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Resenha Crítica Constitucional

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FACULDADE ESTÁCIO TERESINA
DIREITO – TURMA: 3001 – NOITE
Idnilson José Barbosa de Carvalho
José Lucas Fernandes Diniz
RESENHA CRÍTICA
NEOCONSTITUCIONALISMO E O DIREITO POR PRINCÍPIOS
Teresina(PI)
2020
NEOCONSTITUCIONALISMO E O DIREITO POR PRINCÍPIOS
AUTOR DA OBRA RESENHADA:
O referido trabalho foi publicado no segundo semestre de 2011, por Frank Silva de Morais: Mestrando em Ciências Jurídicas pela Univali, Bacharel em Direito, Advogado nas áreas Cível e Criminal. Professor de Legislação aplicada ao Curso Secretariado no Instituto Federal do Amazonas, Campus Lestes.
A OBRA:
A referida obra tem por objetivo evidenciar o surgimento do Pós-positivismo como momento histórico do Direito com suas características próprias.
No contexto do Neoconstitucionalismo observa-se uma nova maneira de refletir o Direito, onde princípios ganham status de fontes do Direito Positivados.
A moral servindo como referência na intervenção e solução de conflitos, a técnica de ponderação na aplicação do direito e a liberdade interpretativa aos magistrados, bem como afirmação dos princípios como Normas Constitucionais.
Assim, um fortalecimento da constituição, por normas de direitos fundamentais efetivados, caracterizadas por conteúdos materiais ou axiológicos influenciando o ordenamento jurídico no âmbito público e privado, além de estreitar a relação entre direito e moral.
O trabalho é subdividido em duas partes, provavelmente para facilitar a compreensão, bem como, a abordagem dos temas, conforme segue abaixo:
Parte I – Neoconstitucionalismo e Características:
O autor busca reconstituir a trajetória percorrida pelo Direito Constitucional nas últimas décadas, na Europa e no Brasil, colocando a Constituição no centro de todo sistema jurídico brasileiro. O Novo direito constitucional surge como um acontecimento que revela uma nova maneira de ver e pensar, onde princípios aparecem como fontes positivas do direito. 
Com o Neoconstitucionalismo a moral passou a balizar a solução de conflitos sociais, verificando-se a liberdade interpretativa dos magistrados. Portanto, nesse contexto por busca de soluções adequadas para atender aos anseios sociais, o Neoconstitucionalismo aparece nos princípios com status de força normativa.
No entendimento do Prof. Luis Roberto Barroso, “o neoconstitucionalismo se caracteriza por três grandes marcos fundamentais”, que contribuíram para a nova percepção da Constituição e de seu papel na interpretação jurídica em geral.
I – Marco Histórico, identifica como marco histórico europeu o pós-guerra, destacando como referências a promulgação da Constituição Alemã em 1949. No Brasil, a referência para a reconstitucionalização foi o processo de redemocratização através da elaboração e promulgação da Constituição de 1988, capaz de promover a travessia de um Estado autoritário para um Democrático de Direito, proporcionando o mais longo período de estabilidade institucional da história republicana do nosso país.
II – Marco Filosófico, destaca como marco filosófico o movimento chamado pós-positivismo, que trata da confluência das correntes de pensamentos opostos: jusnaturalismo e positivismo. No entanto, ultimamente esta ideia de oposição tem sido substituída pela visão de complementação, ou seja, de um lado os princípios valorativos de justiça e do outro a objetividade científica; é o que se chama de normatização dos princípios, promovendo uma reaproximação entre o Direito e a filosofia.
III – Marco Teórico, identifica três grandes transformações ocorridas em relação à aplicação do Direito Constitucional, as quais passaremos a analisar:
1- A Força Normativa da Constituição: trata-se de mudança de paradigma onde atribuiu-se à norma constitucional o status de norma jurídica, bem como o caráter vinculativo e obrigatório de suas disposições.
 2- A Expansão da Jurisdição Constitucional: No Brasil, o controle de constitucionalidade existe incidentalmente, desde a Constituição republicana de 1891, e de maneira concentrada a partir de 1965, expandindo-se a partir da Constituição de 1988, com a ampliação do direito de propositura e a criação de novos mecanismos de controle concentrado.
3- A Nova Interpretação Constitucional: trata-se de uma modalidade de interpretação jurídica, em que tais elementos não são suficientes para a realização da vontade constitucional, e por isso, faz-se necessária uma nova interpretação constitucional desenvolvida a partir das seguintes categorias: as cláusulas gerais, os princípios, as colisões de normas constitucionais, a ponderação e a argumentação, formando uma nova dogmática da interpretação constitucional.
No Comentário de Luis Prieto Sanchis, “salienta que há mais princípios que regras, mais ponderação que subsunção”, estando a constituição presente em todas as áreas jurídicas e em conflitos de menor potencial, exigindo uma nova postura de pensamento jurídico.
Conotilho, “propõe que o novo sistema constitucional se constitua por princípios e regras que exprimam valores morais”. Tendo nesse sistema uma função normativa, por serem fundamentos das regras jurídicas.
Dessa forma, os princípios norteiam as Constituições, encontrando valoração na ordem normativa, os positivados são normas escolhidas pelo poder constituinte como fundamentos da ordem jurídica que os institui.
Parte II – PRINCIPIOS E APLICABILIDADE
A Constituição no Neoconstitucionalismo é caracterizada por seu denso conteúdo normativo de caráter material ou axiológico dentro de todo ordenamento jurídico, capaz de influenciar não só a legislação, como também a jurisprudência, a doutrina e as relações sociais.
Os Neoconstitucionalistas consideram o positivismo jurídico inadequado e incapaz de interpretar o Direito, principalmente, da constitucionalização de princípios morais e de direitos fundamentais.
O Direito não pode mais ser pensado como conjunto de regras, vindas do poder estatal, que regulam a conduta social e nem ter característica principal a coerção. O novo direito deve ser para sociedade abrangendo todos esses aspectos em sua constituição, a partir de novas concepções e não somente por expoentes do positivismo.
A constituição, nessa nova abordagem tem que ser vista como um documento normativo formado por princípios e regras, consolidados como normas que passam a servir como referência de aplicação do Direito nos poderes legislativos, executivos e judiciário, clareando todas as leituras dogmáticas jurídicas que norteiam valores morais constitucionais positivados.
Assim, princípios não são como regras, mais sim normas que consagram determinados valores ou indicam fins públicos a serem realizados por diferentes meios.
Quanto a sua aplicabilidade, os princípios não podem ser aplicados direto e imediatamente, por si mesmos, em uma caso concreto, pois dependem da presença de regras. Eles não podem fundamentar diretamente nenhuma ação, não tem aplicabilidade direita e imediata, retirando-se assim sua força normativa, vindo a prejudicar toda sua dogmática principiológica e diminuindo a importância que eles possuem.
Pode-se concluir que eles se destacam como fontes positivadas do direito, pois, são importantes para produção, interpretação e aplicação do direito positivo, possuindo regulação direta e imediata de na aplicação dos casos concretos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As considerações acerca do Neoconstitucionalismo e os Princípios Constitucionais revelam que que o positivismo jurídico se encontra inadequado e impotente para interpretar o direito.
Apenas servem como normas e referências na aplicação do Direito para os três poderes. Os princípios axiológicos positivados trazem mudanças no Direito, rompendo a ideia de mera descrição da organização do poder, manifestando-se apenas por meio de normas positivadas.
O Direito não pode delimitar-se apenas como regras com objetivo de regular o comportamento humano, e sim agregar suas normas a princípios morais explícitos ou implícitos na constituição.
Por fim, sendo positivados ou não, incorporam os valores éticos, não se limitam apenas em normas,mais se formam em Direito devido sua forma normativa que o torna supremo em todo sistema jurídico Brasileiro.
CONCLUSÃO:
Por todo o exposto, conclui-se que o presente tema foi brilhantemente abordado por Frank Silva de Morais, que conseguiu demonstrar com bastante coerência e precisão as principais causas e efeitos do processo evolutivo do Neoconstitucionalismo no Brasil.
Acredito que o novo direito constitucional através dos princípios axiológicos estão trazendo mudanças para construção de um modelo valorativo manifestado por normas positivadas na Constituição.
Através de valores éticos, morais explícitos e implícitos trará força normativa e uma justa aplicação no caso concreto.
 BIBIOGRAFIA DA OBRA RESENHADA: 
MORAIS, Frank Silva de. Neoconstitucionalismo e o direito por princípios. Revista Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.6, n.1, 1º quadrimestre de 2011. Disponível em: www.univali.br/direitoepolitica - ISSN 1980-7791
___________________________________________________________________
Idnilson José Barbosa de Carvalho, José Lucas Fernandes Diniz, Acadêmicos de Direito pela Faculdade Estácio Teresina, 3º período, 2020.

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