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 Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)
F981p Análise e Desenvolvimento de Sistemas / Fundação Universidade do 
Tocantins; EADCON. Palmas: Editora Educon, 2008.
 320 p.: il.
 Nota: Caderno de Conteúdo e Atividades 1º período de Análise 
e Desenvolvimento de Sistemas (apostila)
 1. Analista de Sistemas – Formação. I. EADCON. II. Título.
CDD 378
22. ed.
Ficha Catalográfica elaborada pela UNITINS. Bibliotecária – Rozangela Martins da Silva CRB2/1019
Direitos desta edição reservados à UNITINS.
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da UNITINS.
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS
Reitor
Humberto Luiz Falcão Coelho
Vice-Reitor
Lívio William Reis de Carvalho
Pró-Reitor de Graduação
Galileu Marcos Guarenghi
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Extensão
Claudemir Andreaci
Pró-Reitora de Pesquisa
Antônia Custódia Pedreira
Pró-Reitora de Administração e Finanças
Maria Valdênia Rodrigues Noleto
Diretor de EaD e Tecnologias Educacionais
Marcelo Liberato
Coordenador Pedagógico
Geraldo da Silva Gomes
Coordenador do Curso
Igor Yepes
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Computação Básica ........................................................................................5
Aula 1 – História da computação ............................................................................ 11
Aula 2 – Componentes básicos do computador ......................................................... 27
Aula 3 – Sistemas posicionais de numeração ............................................................ 37
Aula 4 – Operações aritméticas no sistema binário de numeração .............................. 53
Aula 5 – Classificação de software .......................................................................... 63
Aula 6 – Noções básicas de redes de computadores e banco de dados ...................... 71
Aula 7 – Profissões na área de Informática ............................................................... 79
Algorítmos e Programação...........................................................................93
Aula 1 – Introdução à programação em Linguagem C ............................................... 99
Aula 2 – Operadores ........................................................................................... 115
Aula 3 – Estruturas de controle .............................................................................. 125
Aula 4 – Modularização em C: uso de Funções ...................................................... 137
Aula 5 – Estruturas de dados homogêneas (vetores e matrizes) e 
heterogêneas (estruturas) ......................................................................... 147
Aula 6 – Ponteiros e alocação dinâmica ................................................................. 157
Aula 7 – Arquivos ................................................................................................ 163
Lógica de Programação ..............................................................................175
Aula 1 – Fundamentos da Lógica para Programação ............................................... 181
Aula 2 – Formas de representação de um algoritmo ................................................ 193
Aula 3 – Tipos de dados: variáveis e constantes ...................................................... 211
Aula 4 – Operadores e expressões ........................................................................ 223
Sumário
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Aula 5 – Arquivos ................................................................................................ 233
Aula 6 – Estruturas de controle .............................................................................. 243
Aula 7 – Modularização....................................................................................... 257
Matemática para Computação ...................................................................265
Aula 1 – Teoria dos Conjuntos ............................................................................... 271
Aula 2 – Análise e Simbolização de Proposições .................................................... 283
Aula 3 – Tabela-verdade ....................................................................................... 291
Aula 4 – Relações de Implicação e Equivalência ..................................................... 297
Aula 5 – Predicados e introdução à Álgebra de Boole ............................................. 305
Aula 6 – Funções Booleanas ................................................................................. 313
Aula 7 – Simplificações de Funções e Mapas de Karnaugh ...................................... 317
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EQUIPE UNITINS
Organização de Conteúdos Acadêmicos
Alexandre T. Rossini 
Alex Coelho 
Evanderson S. de Almeida 
Marcelo Ribeiro de Oliveira 
Vinícius de Miranda Rios
Coordenação Editorial
Maria Lourdes F. G. Aires
Assessoria Editorial
Darlene Teixeira Castro
Assessoria Produção Gráfica 
Katia Gomes da Silva 
Revisão Didático-Pedagógica
Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto
Revisão Lingüístico-Textual
Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto
Revisão Digital
Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto
Projeto Gráfico
Douglas Donizeti Soares
Irenides Teixeira
Katia Gomes da Silva
Ilustração
Geuvar S. de Oliveira
Capa
Igor Flávio Souza
EQUIPE FAEL
Coordenação Editorial
Leociléa Aparecida Vieira
Assessoria Editorial
William Marlos da Costa
Revisão
Juliana Camargo Horning
Lisiane Marcele dos Santos
Programação Visual e Diagramação
Denise Pires Pierin
Kátia Cristina Oliveira dos Santos
Rodrigo Santos
Sandro Niemicz
William Marlos da Costa
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Você está recebendo o material da disciplina de Computação Básica. O 
conteúdo está apresentado em sete aulas. Na primeira, veremos a história 
da computação; na segunda, os componentes básicos do computador; e, na 
terceira, você conhecerá os sistemas posicionais de numeração.
A continuidade dos estudos se dará por meio do estudo das operações 
aritméticas no sistema binário de numeração, o que será visto na quarta 
aula; na quinta, classificaremos software. A sexta aula será dedicada a um 
conteúdo muito importante: noções básicas de redes de computadores e banco 
de dados.
Para terminarmos os estudos referentes a esta disciplina, analisaremos as 
profissões na área de Informática.
Com o intuito de combinar reflexões teóricas com propostas práticas, 
este material não só trará contribuições relevantes para o aprendizado da 
Computação Básica, como também motivará você para um trabalho mais 
prazeroso com esse conteúdo.
Desejamos bons estudos!
Prof. Alexandre T. Rossini
Prof. Alex Coelho
Prof. Evanderson S. de Almeida
Prof. Marcelo Ribeiro de Oliveira
Prof. Vinícius de Miranda Rios
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EMENTA
História da computação. Componentes básicos do computador. Sistemas 
posicionais de numeração. Operações aritméticas no sistema binário de nume-
ração. Classificação de software. Noções básicas de redes de computadores 
e banco de dados. Profissões na área de informática.
OBJETIVOS
Conhecer a história da computação, os componentes básicos do •	
computador e os sistemas posicionais de numeração.
Reconhecer as operações•	 aritméticas no sistema binário de numeração.
Adquirir noções básicas de redes de computadores e banco de dados.•	
Estudar a classificação de •	 Software.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
História da Computação•	
Componentes básicos do computador•	
Sistemas posicionais de numeração•	
Operações•	 aritméticas no sistema binário denumeração
Classificação de •	 software
Noções básicas de redes de computadores e banco de dados•	
Profissões na área de Informática•	
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 9
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Marcus Garcia de. Fundamentos de informática. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Brasport, 2002.
BROOKSHEAR, J. Glenn. Ciência da computação: uma visão abrangente. 
7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
MARÇULA, Marcelo; BENINI FILHO, Pio Armando. Informática: conceitos e 
aplicações. São Paulo: Érica, 2005.
POLLONI. Enrico G. F.; FEDELI, Ricardo Daniel; PERES, Fernando Eduardo. 
Introdução à Ciência da Computação. São Paulo: Thomson, 2003.
VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: conceitos básicos. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2004.
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 11
Objetivos
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: 
visualizar o panorama da evolução dos computadores, composto por •	
descobertas da ciência e invenções de cientistas em diversos momentos 
da história;
compreender a atual realidade em que a tecnologia de produção de •	
computadores se encontra. 
Pré-requisitos
Como esta aula é a primeira de uma série e esta disciplina é a encarre-
gada de introduzir o estudo do conhecimento dos computadores e afins, não 
há necessidade de que você tenha algum conhecimento específico da área 
computacional. Recomenda-se, porém, que estude atentamente, procurando 
traçar um paralelo de cada assunto abordado com a realidade atual da tecno-
logia computacional, a fim de visualizar as semelhanças existentes daquelas 
com os padrões da atualidade. As informações históricas aqui contidas servirão 
de base primordial para a compreensão de aspectos tecnológicos computacio-
nais conhecidos e, até mesmo, as emergentes facetas que a comunidade cien-
tífica da computação venha a apresentar.
Introdução
Você visualizará, nesta primeira aula, a linha do tempo da evolução dos 
computadores, seus cientistas e povos que contribuíram para sua formação. 
Vale a pena lembrar que tal linha não será vista exaustivamente, uma vez 
que é inviável discorrer sobre milhares de inventos e povos que contribuíram 
de alguma forma para tal evolução, mas, sim, sobre aqueles que serviram de 
Aula 1
História da computação
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
12 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
marco nesta caminhada tecnológica. Antes disso, porém, você compreenderá 
algo sobre o que venha a ser um dado e uma informação, além de diferenciar 
dados analógicos de dados digitais.
1.1 Dados
O ser humano sempre processou dados. Desde o momento em que um 
cidadão antigo coletava pedras para representar a quantidade de ovelhas de 
seu rebanho, ou escrevia nas paredes das cavernas, em cartões perfurados para 
controlar o posicionamento e o movimento de agulhas do tear, ou até o tempo 
em que grandes transações bancárias são efetuadas entre duas mega empresas 
situadas em continentes distintos, deparamo-nos com a definição de dados. 
1.2 O que é dado e o que é informação?
Dados são pequenas unidades de informação que, ao serem aplicadas em 
determinada direção, resultam em unidade de informação maior, de alguma 
utilidade mais apreciada, ou melhor, a informação em si. Por exemplo, se 
unirmos o dados “R”, “$” aos dados “1,50”, teremos a informação R$ 1,50. 
Repare que os dados não parecem ter muito sentido para nós, porém o valor 
R$ 1,50 já significa algo muito interessante. 
Da mesma forma, o R$ 1,50 pode ser considerado um dado, se compa-
rado a uma lista de receitas e despesas em uma planilha de orçamento domés-
tico, que seria, aqui, a informação. Os dados e seu processamento são um 
elemento tão abstrato e, ao mesmo tempo, de utilidade tão concreta que, por 
muitas vezes, temos dificuldade em distinguir quando estão em uma situação 
que os envolva significativamente.
1.3 Escrita é armazenamento de dados
A necessidade de escrever, armazenar e comunicar informações por meio 
de símbolos (repare, nesta situação, os dados!) é notada desde os primeiros 
registros humanos que a arqueologia pode nos fornecer. A escrita é prove-
niente dos sumérios. As pinturas rupestres (observadas nas cavernas, nos perí-
odos em que se acredita que sejam dos primórdios da humanidade), o uso do 
ábaco (uma máquina antiga de calcular, contemporânea ao alfabeto, ambos 
criados na região do mediterrâneo) e de outros aparelhos ao longo da história, 
até alcançar a tecnologia dos dias atuais, envolvendo micro, mini e super 
computadores, mostram que o armazenamento de dados e seu processamento 
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 13
sempre foram uma forma especial, usada pela humanidade, para exercer 
controle do meio à sua volta.
1.4 Dados analógicos e digitais
Antes de prosseguirmos no tour pela linha do tempo da evolução dos compu-
tadores, entenderemos sobre a definição de dados analógicos e digitais.
1.4.1 Dados analógicos
O Dicionário Michaelis define o termo analógico como “[...] dado repre-
sentado por outras grandezas que podem variar segundo o sistema mecânico, 
elétrico ou eletrônico empregado”. De fato, informações analógicas podem 
possuir estados variáveis e indefinidos pelo homem. 
Pensemos em um rádio de comunicação de uma torre de controle de 
tráfego aéreo comunicando-se com o rádio de uma aeronave em pleno vôo. 
Eles, supondo possuírem rádios analógicos, estão sintonizados em uma deter-
minada freqüência, por exemplo, 900,023Mhz. Repare que a freqüência de 
comunicação possui três casas após a vírgula. Mas, mesmo que o receptor 
do rádio do avião estivesse sintonizado a 900,0237Mhz (quatro casas após 
a vírgula), a comunicação ainda assim seria possível entre torre e aeronave 
(talvez com algum chiado). Isso se dá devido ao fato de que um valor analó-
gico poderá assumir infinitos estados, tal qual o comprimento de uma onda, 
propagando-se no espaço. O valor possui largura tal que, embora possa ser 
detectado algum padrão ou média de tamanho ou largura, tais medidas nunca 
serão exatas, podendo ser subdividas em infinitas partes. 
Outro exemplo é o próprio relógio analógico. O ponteiro dos segundos 
percorre uma volta completa em 60 segundos. Logo, se dividirmos 360° por 
60, obteríamos seis. Isso significa que o ponteiro percorre seis unidades da 
circunferência a cada segundo. Porém, analogicamente falando, poderemos 
dividir o segundo em 100 centésimos; logo, se dividirmos 6 unidades da circun-
ferência por 100, teremos 0,06 unidades da circunferência sendo percorridos 
pelo ponteiro a cada centésimo de segundo. Creio que você já tenha deduzido 
que poderíamos ficar aqui calculando infinitamente quantas frações de circun-
ferência estaríamos percorrendo em determinada fração de tempo. Inclusive, 
se assim o fizéssemos, chegaríamos a um valor tão pequeno que não teríamos 
uma nomenclatura oficial para definirmos tão pequenos intervalos. Porém o 
fato é que eles existem e são divididos em infinitas partes. 
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
14 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
1.4.2 Dados digitais
Quando olhamos o ponteiro dos segundos se movendo, por causa de 
nossa capacidade humana limitada de capturar movimentos com clareza até, 
no máximo, na casa dos centésimos de segundos, temos a impressão de que 
o ponteiro se tele-transporta de seis em seis unidades de circunferência a cada 
segundo. Porém, se filmarmos tal ponteiro em movimento e depois assistirmos 
ao vídeo em câmera lenta, o que visualizaremos será justamente algo parecido 
com o que vemos no ponteirodos minutos ou das horas sem câmera lenta. 
Os dados analógicos, por serem infinitos, chegam a atrapalhar os estudos 
dos cientistas que, para possibilitarem a execução prática de suas teorias, 
precisam discretizar, isto é, limitar a aplicação de um dado analógico infinito 
para um conjunto de estados finitos. Retornando ao assunto do ponteiro dos 
segundos, o cientista poderá, para tornar viável a aplicação de sua teoria, 
considerar que o ponteiro realmente se tele-transporta de seis em seis unidades 
de circunferência a cada segundo para, então, projetar o relógio digital, com 
o desenho de um ponteiro no visor do relógio, que realmente aparece em 
pontos distantes de seis em seis unidades a cada segundo. 
Verifica-se, então, que uma informação analógica poderá ser infinitamente 
mais rica que uma informação digital e, ao mesmo tempo, toda a infinidade 
de riqueza que possui poderá ser desprezada sem prejuízo para a solução 
concreta que foi alcançada, como é o caso do relógio digital. Basta, para ele, 
possuir 60 dígitos que a circunferência já estará modelada, ignorando-se os 
infinitos pontos entre cada um dos 60 pontos requeridos. 
Afinal, o que concluir sobre dados analógicos e digitais?
Conclua que uma informação ou dado digital (referente a dígito), embora 
limitada, é capaz de possuir toda a precisão necessária para que um objetivo 
seja alcançado (e a prova disso são os computadores que usamos na atuali-
dade, na maioria, digitais). O mundo em que vivemos é altamente analógico 
(embora o termo altamente analógico seja uma redundância, faço questão 
de deixar dessa forma, para ficar claro a infinidade de sua definição). Já os 
computadores que criamos são digitais, ou seja, limitados, porém essa limi-
tação poderá ser grande o suficiente para representar, sem perdas significa-
tivas (até mesmo imperceptíveis ao ser humano), um modelo real, por exemplo, 
as fotos, vídeos e músicas armazenadas e reproduzidas por computador. Um 
exemplo de armazenamento digital sem perdas são os textos digitais.
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 15
Após essas constatações, veremos a evolução da tecnologia computa-
cional ao longo do tempo.
1.5 Linha histórica da evolução tecnológica computacional
Ao longo dessa viagem pela linha de evolução dos computadores, veri-
fica-se que os inventores, a partir de uma necessidade pessoal e, não raro, 
coletiva, motivaram-se a criar máquinas que facilitassem, agilizassem e até 
mesmo permitissem determinadas atividades ou cálculos.
Nessa linha histórica, iremos considerar suas subdivisões de acordo com 
a estrutura de Marçula e Beninni (2005) e Tanenbaum (2007). Agruparemos 
os diferentes momentos em que se sucedem as facetas da evolução científica 
e os distintos componentes que foram usados como marco da posição digital 
da época.
1.6 “Iniciando do começo”
Os chineses inventaram o ábaco. Você já deve conhecê-lo, pois o mesmo 
é muito divulgado como elemento didático nas escolas e citado em várias 
palestras e conferências.
Embora a humanidade antiga soubesse armazenar números e símbolos, 
os cálculos matemáticos, embora realizados, no ábaco, por exemplo, não 
eram, na maioria das vezes, armazenados ou escritos. Assim, não se poderia 
guardar uma equação do segundo grau, por exemplo, e se discretizar alguma 
teoria. Mas, com a ajuda dos hindus, que criaram o zero escrito, isso já se 
tornou possível.
2000 a.C. – O ábaco chinês é a primeira ferramenta de cálculo de que 
se tem notícia. É uma calculadora primitiva, composta por varetas e anéis 
de madeira, representando unidades, dezenas e centenas. Os chineses não 
sabiam que estavam fornecendo uma grande ajuda teórica na organização 
dos computadores. O ábaco é muito popular e até hoje ainda é usado, princi-
palmente em países orientais.
1614 – Logaritmos são definidos por John Napier, nascido na Escócia.
1623 – Wilhelm Schickard cria a primeira máquina de calcular, de acordo 
com os historiadores, pois, infelizmente, ela desapareceu durante a guerra dos 
trinta anos. Ela realizava operações de divisão e multiplicação e tinha uma 
estrutura mecânica baseada em rodas dentadas. 
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
16 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
1644 – Blaise Pascal (1623-1662) (inclusive, Pascal é o nome de uma 
linguagem de programação muito conhecida, batizada assim em homenagem 
a esse cientista) constrói o que a história entende como a primeira calculadora, 
batizada por ele de Pascalene, ou Pascalina. Ele a criou para auxiliar seu 
pai (preparação de impostos). Tal máquina também usava uma roda dentada 
contendo justamente dez dentes, um para cada algarismo decimal (ou dígito 
decimal! Uma máquina digital!). A pascalina realizada subtrações e somas.
1673 – Gottfried Wilhelm Leibnitz (1646-1716), matemático e filósofo, 
melhorou o projeto da Pascalina, construindo, assim, uma máquina capaz 
de dividir, multiplicar, subtrair, somar e calcular a raiz quadrada. Os historia-
dores confirmam seu pensamento: “ele sonhava que um dia todo o raciocínio 
pudesse ser substituído pelo girar de uma alavanca”.
1801 – Joseph Marie Jacquard (1752-1834) foi um mecânico nascido 
na frança que criou uma máquina mecânica de tear (a primeira máquina 
programável, controlada por cartões perfurados, tamanho grande) capaz de 
criar bonitos desenhos enredados no próprio tecido. Sua invenção fez muito 
sucesso na França e, em sete anos, milhares de máquinas de tear já estavam 
em operação no país.
Até aqui, podemos dizer que chegamos ao fim da era mecânica. Veja 
como ela trouxe a base sem a qual não teríamos chegado onde estamos hoje, 
e as malhas de nossas roupas não poderiam ter lindos e detalhados enfeites 
intrínsecos e costurados. Vamos prosseguir para verificar como as máquinas 
e descobertas daquela era influenciaram na continuidade desse processo 
evolutivo.
1.7 A era dos dígitos
No decorrer do processo, logo vemos a necessidade de utilizar 
 computadores para realizar atividades repetitivas e rotineiras, principalmente 
cálculos de precisão diferencial. No século XIX, vemos por, exemplo, que as 
invenções de Charles Babbage expandem a visão do tamanho do potencial 
computacional para a humanidade. Prossigamos em nossa caminhada...
1820 – Charles Babbage (1792-1871), matemático nascido na Inglaterra, 
projeta a máquina analítica, uma máquina diferencial calculadora de polinô-
mios. Essa máquina calcularia automaticamente, além de somas e subtrações 
e outros cálculos básicos, a conversão de números de uma base para outra (da 
base binária para a decimal, por exemplo). Babbage ficou conhecido com o 
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 17
Pai do computador, uma vez que seu invento muito se aproximava do conceito 
de computador que temos na atualidade.
Tal máquina, que fora financiada por algum tempo pelo governo britânico, 
era puramente mecânica, sendo composta por um engenho central (olha só, 
uma CPU!), uma memória, engrenagens e alavancas. Utilizava cartões perfu-
rados e possuía dispositivos de entrada e saída de dados. 
Por fim, infortunadamente, Charles Babbage parecia estar à frente da 
tecnologia de sua época, pois a mesma não estava suficientemente avançada 
para fornecer a base de que ele precisava para avançar em suas pesquisas 
e construir peças mecânicas de que precisaria. O governo britânico acabou 
por suspender o financiamento de Babbage e, com isso, o cientista não teve 
condições de finalizar o próprio projeto e a calculadora analítica nunca foi 
construída. Vale a pena ressaltar que as máquinas, até o século XIX, funcio-
navam na base decimal (e hoje funcionam na base binária!). 
No século XX, a máquinade Babbage finalmente foi construída (e hoje, 
inclusive, por universidades, com certo sabor saudosista), porém Babbage não 
viveu tempo suficiente para ver seu invento concretizado.
1842 – Ada Byron (1815-1852), Condessa de Lovelace, filha de Lord 
Byron (poeta), foi considerada a primeira programadora da história (hoje, 
existe uma linguagem batizada de Ada, em sua homenagem), inclusive, antes 
mesmo do computador, como conhecemos, ter sido inventado. Ela escreveu 
várias instruções para serem interpretadas pela máquina analítica de Babbage. 
O Conceito de Subrotina partiu dela, que também aprendeu a valorizar os 
laços de repetições (loop): basta em algum lugar de um cartão, inserir infor-
mações para que a leitora de cartões retornasse para outro cartão anterior, 
concretizando-se assim o efeito de repetição de uma seqüência de instruções. 
Ada também imaginava as vantagens, caso pudesse trabalhar com os desvios 
condicionais (if).
1854 – George Boole (1815-1864) publicou as bases da lógica booleana 
(Booleana em homenagem ao próprio cientista). Tais bases determinam que 
equações matemáticas algébricas podem expressar os conceitos da lógica, em 
que variáveis (unidades de memória que armazenam valores) assumiriam os 
valores 0 e 1 (ex.: verdadeiro ou falso).
Graças a essa contribuição de George Boole, os cientistas puderam pensar 
em um computador que fosse utilizável para qualquer fim.
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AULA 1 • COMPUTAçãO BÁSICA
18 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
1.8 Máquinas de computar
1889 – As idéias de Charles Babbage são mescladas às práticas com 
cartões perfurados por um estatístico americano preocupado com a demora na 
contagem da população. Até então, a contagem completa da população norte-
americana demorava sete anos. Após a aplicação computacional de Babbage 
com a máquina de Hollerith (inclusive esse era, e ainda é, o nome dado aos 
contracheques de pagamento de funcionários), o tempo para contagem popu-
lacional reduziu pela metade, três anos e meio.
1896 – Aqui, a Companhia de máquinas de tabular é criada (Tabulating 
Machine Company). 
1924 – Bem, se foi difícil saber que empresa era essa que fora citada ante-
riormente, saiba que neste ano ela muda seu nome para International Business 
Machine, ou a famosa IBM.
1904 – A Válvula é criada por John A. Fleming. Tal componente é composto 
por um envoltório de vidro que contém dois eletrodos. A válvula interrompe ou 
permite a passagem de corrente elétrica, dependendo de como a energia 
passa por dentro da mesma. Veja a utilidade disso: com corrente elétrica, 
temos o Bit um; sem corrente elétrica, o bit zero.
1937 – Allan M. Turing, utilizando-se da álgebra de boole, da tecno-
logia de entrada e saída via cartões perfurados e da válvula expõe minucio-
samente uma máquina computacional de propósito múltiplo. Essa iniciativa 
foi a pioneira no sentido de alguém, o próprio usuário (ou seja, não vem 
definido de fábrica), poder decidir que cálculos ou operações a máquina irá 
realizar. A consciência com o conceito de programação que temos hoje não 
é mera coincidência.
1.9 Primeira geração de computadores – Válvula (1945-1955)
De acordo com o progresso da história, é possível agrupar quatro diferentes 
gerações, notadas sempre por um marco, um evento revolucionário que permitia 
à tecnologia saltar consideravelmente em direção a um estado mais evoluído.
1946 – John Presper Eckert (1919-1995) e John Mauchly (1907-1980), ambos 
engenheiros, projetaram o Eletronic Numeric Integrator And Calculator (ENIAC). 
Ele possuía 18.000 válvulas, 1.500 relés, pesava 30 toneladas e consumia 
140Kw de energia (ocupava o tamanho de um prédio pequeno, com 90m2, 
e conseguia realizar 500 operações de multiplicação por segundo, ou 5.000 
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somas, no mesmo período de tempo). O ENIAC foi projetado para fins bélicos 
(iniciou no apogeu da Segunda Guerra Mundial) porém somente após vários 
meses o término da guerra, em 1946, esse teve sua construção concluída. 
O ENIAC dispunha, para sua programação, de 6.000 interruptores de 
ajuste e uma imensa quantidade de soquetes. Tanenbaum (2007) compara: 
“Uma verdadeira floresta de cabos e jumpers”. Programar em painéis elétricos 
realmente era difícil, lento, tedioso e mecânico. 
A partir dessas dificuldades, John Von Neumann propôs um modelo conhe-
cido como Máquina de Von Neumann. Esse modelo é composto por cinco 
partes básicas: uma unidade de controle, uma memória de trabalho (arma-
zena os dados), unidades de entrada e saída (impressora) e CPU, composta 
por uma unidade lógica aritmética e por um acumulador. 
1.10 Segunda geração de computadores – transistores (1955-1965)
Isso mesmo, os transistores (Inventado nos Laboratórios da Bell, em 1948 
por Willian Shockley, Walter Brattain e Jhon Bardeen) substituíram as válvulas. 
A válvula era e é uma grande consumidora de energia elétrica. O transistor é 
muito mais rápido e barato que a válvula, além de consumir bem menos energia 
elétrica e ser mais durável. Os Estados Unidos conseguiram, por exemplo, com 
o uso de transistor, sair à frente da antiga URSS na corrida espacial. 
1963 – O monitor de vídeo, talvez, hoje, o mais conhecido periférico de 
saída, começa a ser usado como tal. Antes dele, os resultados de processa-
mentos eram vistos impressos em papel.
1964 – Agora é a vez de o mouse aparecer. Ele foi apresentado por 
Douglas Engelbart como um periférico de entrada de dados. Antes dele, a 
entrada somente poderia ser feita via os famosos cartões perfurados. 
John Kemeny cria a linguagem BASIC que, no momento, servia como um 
software que intermediava a relação entre a linguagem de programação e o 
hardware. Note que isso muito se assemelha ao sistema operacional (popular-
mente representado pelo Microsoft Windows ou GNU/Linux).
1.11 Terceira geração de computadores – circuitos 
integrados (1965–1980)
O circuito integrado foi inventado em 1958 por Robert Noyce. Dessa vez, 
o tal circuito integrado não é um substituto do transistor, mas sim um conglo-
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20 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
merado de transistores. Mais especificamente, nessa geração, dezenas, e até 
centenas deles, em um pequeno espaço (o chip) de silício. 
Nessa fase, verifica-se o famoso fenômeno da miniaturização dos compu-
tadores: com o circuito integrado (CI), tornou-se possível a construção de 
computadores menores, mais rápidos e mais baratos do que os da geração 
anterior já transistorizados. A mudança foi drástica: computadores que tinham 
tamanhos de salas reduziram ao tamanho de geladeiras, ainda grande, se 
comparados com os de hoje, certo? Mas concorde que o impacto, aqui, já foi 
gigantesco para a época que, aliás, não é tão distante de hoje.
1967 – A primeira calculadora digital, precursora das calculadoras 
de bolso, hoje é apresentada pela empresa Texas Instruments. Tal máquina 
realizava as quatro operações fundamentais: soma, subtração, multipli-
cação e divisão.
1968 – A empresa Intel (hoje, a maior fabricante de microprocessadores 
do mundo) é criada por Robert Noyce, Andy Groove e Gordon Moore.
1969 – Nasce a rede Arpanet, por meio da interligação de quatro univer-
sidades, pelo departamento de defesa dos Estados Unidos. A Arpanet é a 
precursora da WWW – Rede mundial de computadores ou, simplesmente, 
a Internet.
1970 – O Sistema operacional (SO) UNIX (curiosidade: o conhecido GNU/
Linux de hoje é um UNIX) é desenvolvido por Ken Thompson e Dennis Ritchie. 
O UNIX foi o primeiro SO portável (sistema que pode funcionar em diferentes 
tipos de computadores) a ser desenvolvido. 
A partir dessa parte da história, você irá notar(se já não tiver notado) que 
convive com boa parte da tecnologia. Estamos nos aproximando da geração 
atual com a qual convivemos.
1.12 Quarta geração de computadores – 
integração em escala muito grande (1973, 1980-?)
Na terceira geração, notamos centenas de transistores em um único chip. 
Agora, na quarta geração, os cientistas obtiveram dezenas de milhares, 
centenas de milhares e milhões de transistores em um único chip (Very Large 
Scale Integration (VLSI) – integração em escala muito alta) ou seja, ainda, de um 
CI, porém, em um nível de miniaturização muitíssimo elevado. A essa altura da 
evolução, é sensato que o chip tenha mudado de nome: Microchip.
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 21
Se o Microchip é o marco dessa geração, logo os computadores constru-
ídos com tais são os microcomputadores. Dessa vez, as máquinas alcançaram 
tamanhos muito menores, evoluindo de geladeiras a cadernos (isso mesmo, 
traduzindo, notebooks), e indo a um tamanho ainda menor.
1973 – O termo PC (personal computer) e CP (computador pessoal) é 
utilizado pioneiramente quando a Xerox lança um computador batizado como 
Alto, com fins de uso pessoal. Repare nas características desse CP: compa-
tível com uso de mouse, possuindo um nível alto de conectividade em rede 
e dispondo de interface gráfica. Realmente, características que podem ser 
usadas para descrever nossos computadores.
1975 – O BASIC é adaptado para rodar nos microcomputadores daquele 
tempo (por meio do conhecido Bill Gates e Paul Allen).
1976 – Nasce a Apple (significa maçã, que é, inclusive, a logomarca da 
companhia) criada por Steve Jobs e Stephen Wozniak, com o intuito de se 
projetar CPs.
1977 – O Apple 2, o Atari 500 e o Commodore 64 são lançados respec-
tivamente pelas empresas Apple, Atari e Commodore. O Apple 2 foi consa-
grado como o primeiro sucesso de mercado na área de computação pessoal.
1980 – O primeiro computador portátil, um avô para o notebook Osborne-1 
com seus 11 quilos, surge no mercado. Um ano depois do Osborne-1, a 
Compaq se estabelece como empresa líder no mercado de portáteis, lançado 
sua cópia clonada, portátil, do IBM-PC.
A arquitetura, Reduced Instruction Set (RISC) – conjunto reduzido de 
instruções, começa a ser aceita no lugar de dificultosas arquiteturas (CISC). 
Abordagens maiores sobre RISC e CISC serão vistas na próxima aula.
1981 – O IBM-PC é lançado pela IBM, com o processador Intel 8088 e o 
SO MS-DOS, feito pela Microsoft. Esse CP surge com desempenho (velocidade 
e memória) muito superior ao dos concorrentes. Você provavelmente possui 
um PC em sua casa ou local de trabalho ou estudo. Ele é um sucesso que 
permanece até os dias de hoje. A arquitetura IBM PC foi aberta ao público 
pela própria empresa. O resultado disso foi a perda de Mercado pela IBM 
(ruim para a IBM) e a popularização do padrão IBM para o mercado (bom 
para o mundo, para nós, usuários). É notável a popularidade do padrão IBM 
(aberto) quando comparamos, por exemplo, à popularidade do Apple (padrão 
fechado, proprietário). Quem lucrou mesmo com essa história foi a Microsoft, 
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22 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
uma vez que, para cada computador vendido, mesmo de arquitetura aberta, 
era quase que provável que uma licença de uso do MS-DOS seria vendida 
para uso juntamente com a máquina.
1992 – O computador Alpha, revolucionário, de 64 bits, é lançado pela 
DEC. Um computador RISC, cuja velocidade ultrapassava e posicionava-se muito 
mais à frente da velocidade de qualquer outro computador pessoal da época.
A história registra o intervalo de tempo de dez anos para que os compu-
tadores RISC de 64 bits fizessem sucesso no mercado, atuando principalmente 
como servidores de alta performance.
1.13 “Quinta geração de computadores” – computadores invisíveis
O que, ou como seria a quinta geração de computadores? 
O Japão já teve interesse em ditar como seria a computação de quinta 
geração: computadores quânticos. Isso causou um grande temor por partes 
das indústrias americanas e européias. Porém o fato é que o Japão não teve 
êxito em suas pesquisas e logo o assunto foi abafado.
Constatações históricas nos mostram que a quinta geração não é marcado 
por uma mudança ou salto grandioso de tecnologia, como constatado nas 
gerações anteriormente citadas, mas sim uma mudança de paradigma: os 
computadores atingiriam tamanhos menores (constatando que a miniaturi-
zação continua a ocorrer) ao ponto de não serem notados pelo ser humano: a 
geração do computador invisível.
1993 – A Apple lança o computador Newton. Esse marcou o momento 
por mostrar que os computadores poderiam ser feitos em invólucros menores 
do que uma fita cassete portátil. Recebia entrada de dados dos usuários a 
partir de uma caneta, assemelhando-se aos conhecidos e populares Personal 
Digital Assistants (PDAs) – agendas eletrônicas, por exemplo, o Palm Tungsten 
ou Pocket PCs.
Embora os PDAs sejam realmente menores, até mesmo que os Notebooks, 
não são eles quem descrevem a característica dessa nova geração, mas sim os 
computadores realmente invisíveis como aqueles embutidos dentro de automó-
veis, aviões, fornos microondas, máquinas de lavar, vídeo games, etc. 
Como se pode notar, os computadores invisíveis estão em toda a parte e, 
se você, leitor, estiver na cidade e olhar à sua volta, provavelmente constatará 
(mesmo não podendo ver) a presença de algum computador, microchip ou 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 23
controlador eletrônico em um raio de 15 a 100 metros. Como Tanenbaum 
afirma: “Eles serão parte da estrutura da vida diária, abrindo portas, acen-
dendo luzes, distribuindo dinheiro e milhares de outras coisas”.
Chegamos ao fim desta primeira aula. E quanta informação você recebeu! 
Muito do que foi visto já fez ou ainda faz parte do seu dia-a-dia ou de seus 
pais ou de professores mais experientes, afinal convive com a quarta geração 
e entende a presença de uma quinta geração eminente. E, a partir de agora, 
desafio você a relacionar na história todos os tipos de computadores com os 
quais você venha a ter contato. É hora de situar-se na história para compre-
ender cada vez mais o porquê de nossa situação tecnológica atual e poder 
projetar tendências de futuro para a mesma.
Síntese da aula
Nesta primeira aula, você aprendeu detalhes esclarecedores sobre dados 
analógicos e digitais. Principalmente, viajou no tempo da história da compu-
tação, aprendendo as características dos computadores de cada geração 
que a tecnologia nos trouxe, incluindo a geração atual, sendo capaz de se 
posicionar quanto às previsões sobre os rumos a serem tomados pela tecno-
logia vigente.
Atividades
1. Como diferenciar dado de informação?
2. Cite cinco formas variadas de se armazenar dados.
3. Você vê alguma vantagem do relógio digital sobre o analógico (considere 
apenas a funcionalidade de relógio)?
4. Qual o nome da máquina criada por Blaise Pascal?
5. Qual o nome da máquina criada por Charles Babbage?
6. Por que Babbage ficou conhecido com o Pai do Computador?
7. Cite as quatro palavras-chave das quatro gerações de computadores. Por 
que devemos nos lembrar delas?
8. Qual a relação da válvula com a álgebra booleana?
9. Descreva a razão de ser do fenômeno de miniaturização.
10. O que são computadores invisíveis?
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Comentário das atividades
Os objetivos desta aula foram introdutórios aos estudos sobre Tecnologia 
da Informação, bem como históricos, a fim de situar o aluno quantoao nível 
de evolução que alcançamos. As atividades 1, 2 e 3 mensuram a captação da 
parte introdutória deste assunto, abordando conceitos de dados, informação, e 
naturezas analógica e digital. As atividades 4, 5, 6 e 7 mensuram a absorção 
do conteúdo histórico exposto. As atividades 8, 9 e 10 verificam a capacidade 
de o aluno de raciocinar sobre os conceitos explanados, bem como “palpitar” 
sobre as tendências de futuro tecnológico.
Na atividade 1, dado pode ser diferenciado de informação quando deter-
minada informação pode ser subdividida em partes menores os dados que a 
compõem.
Na atividade 2, podemos citar as seguintes formas de se armazenar dados: 
agrupamento de pedras, escrita em paredes de cavernas, escrita em papel, 
meio magnético, meio óptico.
Na atividade 3, quanto à funcionalidade de relógio (marcar as horas), o 
relógio analógico é equivalente ao relógio digital.
Na atividade 4, o nome da máquina criada por Blaise Pascal foi Pascalene 
ou Pascalina.
Na atividade 5, a máquina criada por Charles Babbage foi a máquina 
analítica.
Na atividade 6, Babbage ficou conhecido como o Pai do Computador 
devido ao seu invento muito se aproximar ao conceito de computador que 
temos na atualidade: possuía um engenho central, uma memória, engrenagens 
e alavancas. Utilizava cartões perfurados e possuía dispositivos de entrada e 
saída de dados.
Na atividade 7, as respectivas palavras-chave das 4 gerações de compu-
tadores são: válvula, transistor, circuito integrado, microchip. Lembrar dessas 
palavras nos faz recuperar, em nossa mente, a linha histórica da evolução dos 
computadores.
Na atividade 8, a válvula interrompe ou permite a passagem de corrente 
elétrica, dependendo de como a energia passa por dentro da mesma. Com isso, 
percebemos dois estados físicos definidos: com corrente elétrica, temos o bit um 
(verdadeiro); sem corrente elétrica, o bit zero (falso). Eis aí dois estados, o sufi-
ciente para realizar quaisquer cálculos baseados em álgebra booleana.
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 25
Na atividade 9, a miniaturização foi uma conseqüência natural obtida 
conforme as gerações vão se estabelecendo. Cada geração é definida por 
componentes elétricos cada vez menores. Diminuindo-se os componentes, logo 
diminuem-se o tamanho dos computadores compostos pelos mesmos. 
Na atividade 10, computadores invisíveis são uma nomenclatura sugerida 
para todo objeto de uso humano que contenha, dentro de si (embutidos), micro-
processadores ou microcontroladores. Essa realidade nos coloca dentro de um 
mundo em que estamos cercados de utensílios computadorizados, muitos deles 
usados por nós tão automaticamente que, por muitas vezes, não atentamos que 
estamos interagindo com um computador, daí o fenômeno da invisibilidade do 
computador.
Referências
MARÇULA, Marcelo; BENINI FILHO, Pio Armando. Informática: conceitos e 
aplicações. São Paulo: Érica, 2005.
TANENBAUM, Andrew S. Organização estruturada de computadores. São 
Paulo: Prentice Hall, 2007.
Na próxima aula 
Agora que você já visualizou a linha do tempo da evolução dos compu-
tadores, na próxima aula, você irá estudar sobre a estrutura física (hardware) 
básica dos computadores da atualidade. Conhecer as facetas internas dos 
computadores modernos lhe dará maior embasamento e autoridade tanto 
para discutir sobre os mesmos quanto para desenvolver programas que sejam 
executados nessas plataformas.
Anotações
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 27
Objetivos
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: 
conhecer os principais componentes formadores do computador •	
moderno;
compreender, conceitualmente, o modo de execução de instruções de •	
um computador.
Pré-requisitos
Chegamos à segunda aula, que abordará um tema conceitual, porém não 
menos importante para o curso, que recomenda fortemente o estudo da aula ante-
rior. O estudo da aula anterior se faz importante devido ao fato de ser a base 
teórica para uma melhor compreensão dos componentes atuais formadores do 
computador moderno, que serão estudados nesta aula. Ter conhecimentos sobre, 
por exemplo, a máquina Von Neumann, o armazenamento de dados e outros impor-
tantes conceitos é condição necessária para que você possa ter o melhor proveito 
desta e de outras aulas de nossa disciplina e, conseqüentemente, do curso.
Introdução
Você conhecerá, nesta segunda aula, os componentes internos e externos 
que formam o computador contemporâneo de nossa época. Veremos como 
esses componentes se relacionam entre si para que o conceito de computador se 
torne uma realidade prática e, portanto, útil para a resolução de problemas.
2.1 Componentes do computador
O computador, relembrando a máquina Von Neumann, é composto por: 
CPU (nesse caso, representada pela unidade lógica aritmética e pela unidade 
de controle), memória e unidades de entrada e saída.
Aula 2
Componentes básicos 
do computador
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28 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
Andrew Tanenbaum (2007) define que “um computador digital consiste 
em um sistema interconectado de processadores, memórias e dispositivos de 
entrada/saída”.
Atualmente, os computadores seguem esse mesmo princípio de compo-
sição. Eles se diferem do modelo de Von Neumann no aspecto do processador, 
ou CPU, que, em nossa realidade, estão em um único microchip, se é que isso, 
um reposicionamento, pode ser considerado uma diferença significante.
Visto isso, os componentes principais do computador são: CPU, memória 
e a placa mãe. Em resumo, a CPU é responsável por processar os dados, 
a memória tem a funcionalidade de armazenar os dados pré e pós-proces-
sados, e a placa mãe é o barramento (canal de comunicação) onde a CPU e a 
memória se localizam conectadas por meio de slots (conectores), permitindo, 
assim, que o processador acesse aos dados na memória, processe-os e os 
retorne para a mesma.
2.2 A Memória Principal – RAM (Random Access Memmory)
O termo RAM, Random Access Memmory traduz-se por Memória de Acesso 
Aleatório. Trata-se da memória de trabalho com a qual o processador comuni-
ca-se. O termo aleatório quer dizer que a memória poderá ser acessada, para 
operações de escrita e leitura, em qualquer posição. Existem milhares de posi-
ções de memória, a depender da capacidade do pente de memória instalado 
em sua placa mãe. 
Considere, para efeito didático, uma posição de memória em um 
pente como sendo um dos apartamentos de um prédio. Cada apartamento 
pode conter apenas um morador (em termos técnicos, um caractere, por 
exemplo, a letra “A”). O processador poderá, então, dependendo do 
programa que está executando, inserir um caractere em uma posição de 
memória, retirar um caractere de uma posição, substituir um caractere 
que estava previamente armazenado em uma posição por outro caractere, 
copiar um caractere de uma posição de memória para outra da posição 
de memória. Repare que a memória tem de ser de rápido acesso, uma vez 
que os computadores perfazem milhões de acessos à memória durante o 
tempo em que estão funcionando, dependendo dos programas que esti-
verem sendo executados.
Um exemplo didático de uso da memória seria, por exemplo, os seis passos 
descritos a seguir.
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO29
1. Processador insere o número um na posição de memória 002.
2. Processador insere o número dois na posição de memória 003.
3. Processador lê o número contido na posição de memória 002.
4. Processador lê o número contido na posição de memória 003.
5. Processador soma os números lidos e armazena o resultado na posição 
de memória 101.
6. Processador insere o número três na posição de memória 003.
Você é capaz de dizer qual o resultado da soma armazenado na posição 
de memória 101? Se você respondeu três, acertou. Uma possível resposta, 
porém, errada, seria cinco. Está errada uma vez que, embora o processador 
tenha alterado o conteúdo na posição 003 de dois para três, isso em nada 
influenciou o conteúdo da posição 101.
A Memória Principal (RAM) não processa nada. Ela é um repositório de 
dados, acessada pelo processador. Ela também é volátil, ou seja, se você 
desligar o computador, todos os dados contidos nela irão se perder. A propó-
sito, a memória que não se perde, em que os documentos que digitamos ficam 
armazenados, é de outra natureza. Documentos de textos e planilhas, sistema 
operacional e outros dados persistentes ficam armazenados em dispositivos de 
memória de massa, por exemplo, os discos rígidos, conhecidos também como 
memória secundária.
Estudemos, agora, o processador, que tem como função a comunicação, 
por meio da via de comunicação fornecida pela placa mãe, com a memória 
principal.
2.3 A Unidade Central de Processamento – UCP
A Unidade Central de Processamento é a principal parte do computador. 
Você pode referir-se a ela como CPU (Central Processing Unit), UCP (Unidade 
Central de Processamento) ou, simplesmente, processador.
Um computador poderá até sobreviver, conceitualmente, sem memória ou 
mesmo sem uma placa mãe, mas, se não possuir um processador, não pode 
ser nem considerado como um computador propriamente dito: talvez seja outro 
equipamento como um pen-drive, mas nunca um computador. O termo compu-
tador nos lembra do verbo computar, que quer dizer calcular ou, mais espe-
cificamente, executar cálculos e operações próprias de um computador. Ora, 
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30 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
se um computador é aquilo que realiza cálculos, logo, presumimos que ele 
precisará ter uma espécie de cérebro eletrônico, ou uma cabeça eletrônica que 
possa pensar ao menos o suficiente para resolver os cálculos para os quais o 
mesmo foi designado para realizar.
A CPU age, então, como o cérebro do computador, tendo a função de 
obter dados ou instruções de algum lugar que, no caso de um computador, é a 
memória de trabalho (será vista em seguida, ainda nesta aula), verificar estas 
instruções e depois executá-las, uma após a outra.
Vamos desmistificar o processador aqui: ele não é um elemento mágico que 
busca as informações e as processa de forma desconhecida. No parágrafo ante-
rior, utilizamos verbos de ação como obter, verificar e executar. Para cada um 
destes verbos, existem barramentos e circuitos elétricos e eletrônicos que desem-
penham e possibilitam a comunicação entre os componentes internos ao próprio 
processador. Porém não é aconselhável, por fins didáticos, que você se aprofunde 
ao nível dos projetos eletrônicos de construção e um processador, pois esse não 
é o objetivo deste curso. Projetar processadores, bem como circuitos eletrônicos 
e componentes para computadores, como interfaces de vídeo tridimensionais ou 
modems para acesso a Internet, etc., são objetivos de cursos específicos como, 
por exemplo, engenharia eletrônica e engenharia da computação.
Diferentes partes compõem a UCP: UC (Unidade de Controle), ULA (Unidade 
Lógica Aritmética) e Registradores (Pequenas memórias de alta velocidade). 
2.3.1 Unidade de Controle – UC
A Unidade de Controle tem a função de obter dados e instruções na memória 
principal, determinando sua tipologia. É ela a porta de entrada e saída que o 
processador usa para comunicar-se, via sinais elétricos, com a memória prin-
cipal. Por exemplo, se a ULA precisar armazenar o número binário 0012 na 
posição de memória 0002, ele solicitará à UC que realize tal procedimento.
2.3.2 Unidade Lógica Aritmética – ULA
A Unidade Lógica Aritmética efetua diversas operações matemáticas, como 
adição e subtração, multiplicação e divisão, e de lógica booleana (lembra G. 
Boole? Se não, aconselhamos que você dê uma pequena pausa neste ponto 
de leitura, retorne à aula anterior e reveja as explanações sobre George Boole 
e a lógica binária), como o OR (ou) booleano (você estudará isso com deta-
lhes na disciplina Lógica de Programação) com a finalidade de se executar as 
instruções (o programa). 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 31
2.3.3 Registradores
Os Registradores são pequenas memórias que servem para auxiliar o 
processador, armazenando resultados temporários, durante o processo de 
cálculo. Pense que o processador teria de se esforçar muito mais para realizar 
operações sem esses registradores internos, pois, se assim fosse, teria de utilizar 
a memória principal, que está mais longe, externa ao processador. 
Existem registradores com funções genéricas e específicas que são muito 
mais rápidos do que aqueles, porém são preparados para responder a 
apenas um tipo fixo de operação, enquanto os genéricos, diversas, tal qual 
a memória principal. Os registradores são memórias internas para uso geral, 
usados pela ULA para armazenar dados (caracteres, números binários) que 
estão sendo processados. 
Exemplo de registradores gerais: AX, BX, usados para armazenar números 
binários. Exemplo de registrador específico: IP, Instruction Pointer, armazena 
a referência do endereço da memória principal (RAM) que contém a próxima 
instrução a ser executada.
2.4 Executando-se uma instrução
A Memória principal armazena dados que serão buscados pela UC 
(unidade de controle) da CPU e adicionados nesses registradores. Em seguida, 
a ULA realiza operações sobre os dados que estão nos registradores, também 
armazenando o resultado das operações neles. Por fim, UC copia o valor dos 
registradores para dentro de um endereço (posição) de memória principal. 
A enumeração a seguir representa uma seqüência de pequenas fases que 
são reproduzidas para cada instrução que a CPU executa. A mesma tem uma 
denominação comum de ciclo buscar-decodificar-executar.
1. Transportar a instrução seguinte da memória principal para o registrador.
2. Modificar o ponteiro de instrução (IP) indicando a próxima instrução.
3. Estabelecer qual o tipo da instrução transportada.
4. Caso a instrução utilize uma seqüência de dados na memória prin-
cipal, estabelecer onde está seqüência de dados se encontra.
5. Transportar a seqüência de dados, se necessário, para algum regis-
trador da UCP.
6. Executar a instrução.
7. Retorno à fase 1 (isso fará com que se execute a próxima instrução, 
contida no registrador IP, alterado pela etapa 2).
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32 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
2.5 RISC versus CISC
Ao longo a história, a Apple projetou seu processador e acabou compe-
tindo com a Intel, também com um processador próprio. Ambas competiam 
pelo espaço no mercado de processadores. A Intel lidera essa concorrência de 
forma geral, principalmente no que se diz respeito aos computadores pessoais. 
Você deve estar habituado a ouvir, mesmo na televisão, sobre os processa-
dores Intel, por exemplo, Pentium, Celeron, etc.
Existe uma diferença básica entre os dois processadores dessas duas 
companhias aqui: a quantidade de instruções que eles podem realizar. A Apple 
utiliza um conjunto reduzido de instruções (RISC), enquanto a Intel utilizaum 
conjunto complexo de instruções (CISC).
Um processador RISC segue a regra de que, internamente, deverá possuir o 
menor número de micro instruções possível. Por exemplo, ao invés de conter uma 
instrução para multiplicar (x), basta possuir a instrução de somar (+) e deixar que 
o programador que queira multiplicar 5x2 realize a operação 2+2+2+2+2. Isso 
torna a vida do programador mais difícil, pois o mesmo terá de codificar instru-
ções complexas que precisar para alcançar seu objetivo. O programa resultante, 
porém, ao ser executado, será feito em alta velocidade pelo processador RISC.
Um processador CISC segue a regra de que, internamente, deverá possuir 
vários conjuntos de instruções para realizar diversas operações. Isso significa 
que ele possuirá tanto a operação de soma (+), quanto à de multiplicação (x). 
Isso facilita a vida do programador, que terá à sua disposição um leque de 
instruções prontas de fábrica (a Intel) a fim de alcançar seus objetivos.
Não há como definir qual o melhor dos processadores. Alguns autores 
defendem o RISC como sendo o mais performático e puro dos processadores; 
outros defendem que a complexidade trazida pelo CISC facilita a vida dos desen-
volvedores. De fato: os processadores RISC costumam ser mais rápidos que os 
processadores CISC. Mais rápido nem sempre significa melhor. Os computadores 
da Apple (power pc, I-mac), não são tão populares no Brasil, mas sim nos EUA. 
São preferidos quando o assunto é, por exemplo, processamento de vídeo, som e 
gráfico, realizado por empresas de jogos eletrônicos, maquetes virtuais, etc. 
Mesmo assim, o processador Intel é o mais popular por seguir uma regra de 
retro compatibilidade com programas construídos para outros processadores 
da mesma marca, mesmo que ultrapassados. Isso significa que um programa 
feito para um processador Intel 4x86 (antigo) terá grandes chances de ser 
executado em um Pentium IV (novo). Ter essa vantagem de retro compatibili-
dade coloca a Intel em posição comercial privilegiada, uma vez que os progra-
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AULA 2 • COMPUTAçãO BÁSICA
UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 33
madores de sistemas e aplicativos terão menos trabalho: codificarão uma só 
vez e verão o seu programa funcionar em várias versões futuras da Intel.
Chegamos ao fim de nossa segunda aula. Agora você está ciente de 
importantes informações que nortearão de maneira significativa as decisões 
que você tomará em relação à programação e demais relacionamentos asso-
ciados ao computador. 
Repare, também, o quanto a primeira aula apresentou aspectos fundamen-
tais sobre a evolução dos componentes de nossos computadores, o que fez 
com que você recebesse a informação dessa aula de forma racional e funda-
mentada. Leve para sempre, em sua mente, esses conceitos aqui expostos, pois 
você irá usá-los como, no mínimo, pano de fundo para o desenvolvimento de 
aplicações, preparação de conteúdos, ministração de palestras e seminários e 
os estudos da maioria das disciplinas que serão vistas neste curso e que sejam 
relacionadas ao computador moderno.
Síntese da aula
Nesta segunda aula, você conheceu os componentes fundamentais do 
computador moderno e aprendeu detalhes conceituais sobre os mesmos, além 
de entender diferenças entre arquiteturas de processadores e o modo como um 
computador executa instruções.
Atividades
1. Cites os três componentes principais de um computador moderno.
2. Associe um verbo chave para cada um dos componentes que você citou na 
primeira questão.
3. Cites os componentes que compõem a CPU.
4. Descreva as funções da ULA.
5. Qual o papel da UC?
6. O que é RAM e qual a sua função?
7. Qual a diferença entre os registradores da CPU e a memória principal 
(RAM)?
8. Qual a função do IP (Instruction Pointer) no processo de se executar uma 
instrução?
9. Explique a frase: “Para o RISC, quanto menor, melhor”.
10. Se o RISC é mais rápido que o CISC, qual o motivo da Intel, típica fabri-
cante de processadores CISC, ser líder de mercado?
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34 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
Comentário das atividades
Os objetivos desta aula foram pertinentes aos estudos introdutórios sobre 
os modernos computadores da atualidade, mais especificamente, sobre aqueles 
mais utilizados pela maioria da população mundial, inclusive, de arquitetura já 
previamente anunciada ou descrita por grandes ícones da informática atuantes 
em momentos históricos passados. As atividades de 1 a 10 mensuram o aprendi-
zado sobre os principais componentes formadores dos computadores modernos.
Na atividade 1, os três componentes que formam o computador moderno 
são CPU, Memória Principal e Placa Mãe.
Na atividade 2, o verbo associado à CPU é processar (dados), o verbo 
associado à memória principal é armazenar (dados) e o verbo associado à 
placa mãe é comunicar (dados).
Na atividade 3, os componentes que compõem a CPU são ULA (Unidade 
Lógica Aritmética), UC (Unidade de Controle e Registradores).
Na atividade 4, a ULA possui a função de realizar operações matemá-
ticas, como multiplicação, divisão, soma, subtração, raiz quadrada, etc, bem 
como a realização e operações lógicas booleanas.
Na atividade 5, o papel da UC é servir como porta de entrada e saída 
para com a memória principal, transportando dados dos registradores para a 
memória principal e vice-versa.
Na atividade 6, RAM é a memória principal, também conhecida como 
memória de trabalho, e sua função é armazenar dados que poderão ser tanto 
informações de planilhas (carregadas da memória de massa) quanto instruções 
de programas.
Na atividade 7, a diferença principal entre os registradores da CPU e 
memória RAM é a localização física (registradores ficam dentro da própria 
CPU, enquanto a RAM fica externa à CPU, conectada ao processador via 
barramento da placa mãe), o tamanho (registradores são quantidades muito 
pequenas de memória, se comparadas à RAM) e a velocidade de acesso 
(Registradores são muito mais rápidos que a RAM).
Na atividade 8, dentro processo de se executar um instrução a função do 
IP (Instruction Pointer) é armazenar o endereço (da memória RAM) da próxima 
instrução a se executada pela ULA.
Na atividade 9, a frase “Para o RISC, quanto menor, melhor” faz uma 
alusão à filosofia de fabricação de processadores RISC, que é direcionada ao 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 35
projeto do menor número de micro instruções possível para alcançar, com isso, 
maior performance (velocidade) de execução.
Na atividade 10, embora o padrão RISC seja mais rápido do que o padrão 
CISC, os processadores CISC da Intel facilitam a vida dos desenvolvedores de 
software devido ao grande leque de instruções disponíveis, bem como ao prin-
cípio a retro compatibilidade empregado pela empresa, que preza pelo fato 
de um programa, construído uma única vez, poder executar em futuras versões 
de seu processador CISC.
Referência
TANENBAUM, Andrew S. Organização estruturada de computadores. São 
Paulo: Prentice Hall, 2007.
Na próxima aula 
Agora que você já compreendeu detalhes importantes sobre a arquitetura 
de computadores modernos (sua estrutura física) e conheceu detalhes de seus 
componentes internos, você está pronto para se aprofundar na maneira como 
o computador armazena suas informações, ou seja, utilizando-se do sistema de 
numeração binário. Também verá a importância da conversão inter-sistemas 
numéricos, principalmente entre o sistema binário (usado pelo computador) e 
o sistema decimal (usado pelo homem).
Anotações
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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36 1º PERÍODO • ANÁLISEE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 37
Objetivo
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:
compreender os sistemas de representação numérica de base 2, 8, 10 •	
e 16 e suas conversões. 
Pré-requisitos
Para iniciar os estudos desta aula, é importante conhecer a história da 
computação, estudado na primeira aula deste caderno, para que fique mais 
clara a necessidade e a importância dos sistemas posicionais de numeração. 
Também se faz necessário ter noções dos componentes básicos do compu-
tador, conteúdos vistos na aula dois, uma vez que são eles que fazem uso de 
uma das representações que será estudada nesta aula: o sistema binário.
Introdução
Ao longo da evolução humana, desde os primórdios, quantificar coisas, 
objetos, rebanhos, entre outros, emergiu como uma necessidade. Assim, os 
números se tornaram presentes, desde cedo, na civilização.
Entretanto a representação numérica da forma como a conhecemos hoje 
não é uma invenção que apareceu de um dia para o outro e nem conseqüência 
de uma única mente inventiva. A utilização dos dedos da mão para representar 
quantidade, ou seja, alguma grandeza numérica, talvez seja a primeira forma 
que apareceu. Hoje em dia parece natural essa forma de representação, afinal 
é comum vermos crianças indicarem suas idades com os dedos da mão. 
Pedras, nós em cordas, marcas em um osso e símbolos unitários pintados 
nas paredes de cavernas também são outras formas de representação numérica. 
Imagine-se nas cavernas representando o número quinze nas paredes desta forma: 
| | | | | | | | | | | | | | |. É fácil perceber que é uma tarefa exaustiva.
Aula 3
Sistemas posicionais 
de numeração
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38 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
Um pouco mais adiante na história, apareceram os números romanos (até 
hoje utilizados para referenciar séculos) utilizado em todo o império romano. 
Nessa forma de representação, ou nesse sistema numérico, letras são os 
símbolos utilizados para representar quantidades. Nesse sentido, cada letra 
representa uma quantidade pré-definida. Veja exemplos na tabela 1.
Tabela 1 – Exemplos de números representados no sistema numérico romano
ROMANA REPRESENTAçãO
I Um
II Dois
III Três
IV Quatro
V Cinco
IX Nove
X Dez
C Cem
CXVI Cento e dezesseis
D Quinhentos
DCXX Seiscentos e vinte
M Mil
MMVIII Dois mil e oito
 Contudo o sistema romano, apesar de amplamente utilizado pelo império, 
é um sistema numérico que apresenta deficiências em operações aritméticas. 
Outras formas de representações surgiram ao longo da civilização. Entre essas 
outras formas, surgiram os algarismos arábicos. Segundo Weber (2004), com 
os seguintes símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9):
٠, ٩, ٨, ٧, ٦, ٥, ٤, ٣, ٢, ١
Note que nessa representação (ao contrário da romana) aparece o número 
zero, uma invenção indo-arábica das mais importantes da humanidade. Nessa 
forma de representação numérica, dez símbolos diferentes são utilizados para 
se representar qualquer número natural. Esse sistema numérico é o mais ampla-
mente conhecido e utilizado atualmente e é conhecido como sistema decimal 
ou sistema numérico posicional de base 10.
Além dos sistema decimal, outros sistemas numéricos se destacam e são 
importantes para a computação: o binário (sistema numérico posicional de 
base 2), o octal (sistema numérico posicional de base 8) e o hexadecimal 
(sistema numérico posicional de base 16).
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 39
Mas você já parou para pensar e tentar descobrir o porquê da popula-
rização da sistema de base 10 em relação aos dos demais tipos de base? 
A resposta é simples. Lembra-se de que no início da aula foi exposto que os 
dedos talvez tenha sido a primeira forma de representação numérica pelo 
ser humano e é uma representação natural? Pois bem, a reposta está aí. O 
sistema decimal se destaca exatamente porque o ser humano tem 10 dedos. 
Ao contrário do que muita gente pensa, de que o sistema decimal é mais 
fácil de se trabalhar, os demais sistemas funcionam exatamente iguais aos de 
base 10. Entretanto podemos achar mais simples o decimal exatamente por 
estarmos acostumados desde criança com essa forma de representação.
Como veremos a seguir, todas as representações posicionais são regidas 
por uma única lei: lei de formação.
Vejamos como se compoe um número pela lei de formação:
Número = an ∙ b
n + an-1 ∙ b
n-1 + an-2 ∙ b
n-2 + ... + a0 ∙ b
0
em que:
b = base do número (exemplo: base 2, 8, 10 e 16)
n = quantidade de algarismos - 1 
an = algarismos de acordo com sua posição (daí o nome sistema posicional)
Exemplo
O número 1982 no sistema decimal é composto por 1 milhar, 9 centenas, 
8 dezenas e 2 unidades. 
1000 + 900 + 80 + 2 = 1982
Esse número pode ser decomposto também da seguinte maneira:
1982 = 1000 + 900 + 80 + 2
 = 1x1000 + 9x100 + 8x10 + 2x1
 = 1x103 + 9x102 + 8x101 + 2x100
Note que a última linha é a representação do número 1982 no sistema 
decimal pela lei de formação. Nesse sentido, a idéia é adotar pesos dife-
rentes para posições diferentes de algarismos (idéia de representação posi-
cional). Assim, quanto mais à esquerda, maior seu peso, sempre 10 (base) 
vezes maior.
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40 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
3.1 Sistema binário (Base 2)
Vimos que o sistema decimal (base 10) utiliza dez símbolos diferentes 
para representar qualquer número natural. No sistema binário, como o próprio 
nome diz, existem apenas 2 símbolos para se representar: 0 (zero) e 1 (um).
Como já foi exposto anteriormente, o sistema binário obedece à lei de 
formação. Vejamos.
O número 1001, no sistema binário, de acordo com a 
lei de formação, é composto da seguinte forma: 
1 = 1x23 + 0x22 + 0x21 + 1x20
O número 11011, no sistema binário, de acordo com a 
lei de formação, é composto da seguinte forma: 
11011 = 1x24 + 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
Idoeta e Capuano (1998, p. 2) expõem que, no sistema binário
para representarmos a quantidade zero, utilizamos o algarismo 
0, para representarmos a quantidade um, utilizamos o alga-
rismo 1. E para representarmos a quantidade dois, se nós não 
possuímos o algarismo 2 nesse sistema? É simples. No sistema 
decimal, nós não possuímos o algarismo dez e representamos 
a quantidade de uma dezena utilizando o algarismo 1 seguido 
do algarismo 0. Neste caso, o algarismo 1 significa que temos 
um grupo de uma dezena e o algarismo 0 nenhuma unidade, 
o que significa dez.
Essa mesma idéia está presente também no sistema binário, proveniente da 
lei de formação. Para se representar o número dois, é utilizado o algarismo 1 
seguido do algarismo 0. Assim, o algarismo 1 representa dois elementos (base 2 
ao invés de 10 do sistema decimal) e 0 representa nenhuma unidade.
Ao contrário do decimal, em que cada posição de algarismo recebe um 
nome (unidade, dezena, centena, milhar, etc), no binário cada algarismo é 
chamado de bit (binary digit – dígito binário, em português). As denominações 
no sistema binário aparecem pela quantidade de bits. Veja tabela 2.
Tabela 2 – Nibble, Byte, Word
BITS DENOMINAçãO
4 Nibble
8 Byte
16 Word
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 41
Gates (1995) apresenta uma forma diferente, no intuito de facilitar 
o entendimento, sobre o sistemanumérico binário. Gates introduz uma 
idéia diferente de como iluminar um ambiente. Imagine um quarto com 
uma única lâmpada de 250 watts. Contudo suponha que, ao invés de 
uma, o quarto tenha 8 lâmpadas de menor intensidade (de 1 a 128 
watts). Veja figura 1.
 
Lâmpada 
de 128 
watts
Lâmpada 
de 64 
watts
Lâmpada 
de 32 
watts
Lâmpada 
de 16 
watts
Lâmpada 
de 8 
watts
Lâmpada 
de 4 
watts
Lâmpada 
de 2 
watts
Lâmpada 
de 1 
watts
interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor
Figura 1 – Lâmpadas de intensidade diferentes com seus interruptores
Fonte: Gates (1995).
No ambiente, há um interruptor para cada lâmpada e elas são arranjadas 
em ordem crescente de potência da direita para a esquerda, ou seja, a de 
maior potência está mais à esquerda e a de menor mais à direita (note que é a 
mesma idéia dos pesos da lei de formação). Dessa forma, ao ligar e desligar 
os interruptores, é possível ajustar a iluminação do ambiente. 
Se quiser somente 1 watt de luz, liga só o interruptor mais à direita. Se 
quiser 191 watts, liga todos os interruptores, com exceção do da lâmpada 
de 64 watts. Assim como se você quiser ajustar o nível de iluminação em 
137 watts, ligam-se as lâmpadas de 128, 8 e 1 watts, como representado 
na figura 2.
 
Lâmpada 
de 128 
watts
Lâmpada 
de 64 
watts
Lâmpada 
de 32 
watts
Lâmpada 
de 16 
watts
Lâmpada 
de 8 
watts
Lâmpada 
de 4 
watts
Lâmpada 
de 2 
watts
Lâmpada 
de 1 
watts
interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor interruptor
Figura 2 – Interruptores ajustados para produzir 137 watts
Fonte: Gates (1995).
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42 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
Gates (1995, p. 41) complementa que
para encurtar ainda mais a notação, você pode registrar cada 
“desligado” com 0 e cada “ligado”com 1. O que significa 
que, em vez de escrever “ligado, desligado, desligado, desli-
gado, ligado, desligado, desligado, ligado”, vale dizer, ligue 
a primeira, a quarta e a oitava das oito lâmpadas e deixe 
as outras desligadas, você escreve a mesma informação como 
1, 0, 0, 0, 1, 0, 0,1, 1 ou 10001001, um número binário. No 
caso, é 137.
A idéia de ligar e desligar interruptores é a que está por trás do sistema 
binário, como vimos. A princípio pode até parecer complicado, mas no 
sistema decimal essa mesma idéia é utilizada, regida pela lei de formação.
3.2 Sistema octal (Base 8)
O sistema octal, intuitivamente, nos induz que nesse sistema de numeração 
existem oito símbolos diferentes para se representar qualquer número natural, 
são eles: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
O sistema octal também obedece à lei de formação. Vejamos.
O número 735 no sistema octal, de acordo com a lei 
de formação, é composto da seguinte forma: 
735 = 7x82 + 3x81 + 5x80
3.3 Sistema hexadecimal (Base 16)
O sistema hexadecimal possui 16 símbolos de representações. Como já 
vimos, os algarismos arábicos são apenas dez e, sendo assim, faltam ainda 
seis algarismos. Desse modo, o sistema hexadecimal fica constituído pelos 
seguintes símbolos ordenados crescentemente:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F
Note que A=10, B=11, C=12, D=13, E=14 e F=15. Lourenço e outros 
(1996, p. 7) dizem que “outros símbolos poderiam ser utilizados para repre-
sentar as quantidades maiores que 9, porém, as letras foram escolhidas pela 
facilidade de manuseio”.
A lei de formação também rege o sistema hexadecimal, uma vez que ele 
também é um sistema de representação posicional.
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 43
Exemplo
O número A29F no sistema hexadecimal, de acordo com a lei de formação, é 
composto da seguinte forma: 
A29F = Ax163 + 2x162 + 9x161 + Fx160
 10x163 + 2x162 + 9x161 + 15x160
3.4 Padrões de representação
De acordo com Lourenço e outros (1996), existem vários padrões para se 
representar os números em diferentes bases. Os mais comuns são:
utilizar uma letra após o número para indicar a base;•	
colocar o número entre parênteses e a base como um índice do número.•	
Exemplos
Sistema decimal: 1673D ou (1673)10
Sistema binário: 1001B ou (135)2
Sistema octal: 753O ou (753)8
Sistema hexadecimal: F3AH ou (F3A)16
3.5 Tabela de conversão entre bases
Já vimos a idéia de alguns dos principais sistemas de representação posi-
cional de números: decimal, binário, octal e hexadecimal. Conhecer suas equi-
valências é de extrema importância para as conversões que serão estudadas 
mais adiante e são apresentadas na tabela 3.
Tabela 3 – Tabela de equivalência entre as bases 2, 8, 10 e 16
BASE 10 BASE 2 BASE 8 BASE 16
0 0 0 0
1 1 1 1
2 10 2 2
3 11 3 3
4 100 4 4
5 101 5 5
6 110 6 6
7 111 7 7
8 1000 10 8
9 1001 11 9
10 1010 12 A
11 1011 13 B
12 1100 14 C
13 1101 15 D
14 1110 16 E
15 1111 17 F
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44 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
Faz-se necessário acrescentar que, assim como no sistema decimal, adicio-
nando-se zeros à esquerda de um número em qualquer outra base, seu valor 
não é alterado.
Exemplos
a) 43610 = 043610 = 0043610 = 00043510
b) 111012 = 0111012 = 00111012 = 000111012
c) 6178 = 06178 = 006178 = 0006178
d) F4316 = 0F4316 = 00F4316 = 000F4316
3.6 Conversões de qualquer base para a base 10
Para se converter um número de qualquer representação posicional para a 
base 10, basta aplicar a lei de formação, substituindo b pela base do número 
a ser converto e an por seus algarismos.
Exemplos
(11011)2:
b = 2 (base do número)
n = 5 – 1 = 5 (quantidade de algarismos – 1)
1x24 + 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20
16 + 8 + 0 + 2 + 1 = (27)10
(3D9)16:
b = 16 (base do número)
n = 3 – 1 = 2 (quantidade de algarismos – 1)
3x162 + Dx161 + 9x160
3x162 + 13x161 + 9x160
768 + 208 + 9 = (985)10
3.7 Conversão da base 2 para qualquer base
Acabamos de ver que, para se converter um número de qualquer base para 
o sistema decimal, é utilizada a lei de formação que são, basicamente, suces-
sivas multiplicações dos algarismos por seus pesos. Agora queremos o inverso, 
do sistema decimal para as demais bases. Sendo assim, precisamos realizar a 
operação matemática inversa que utilizamos anteriormente, ou seja, a divisão. 
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UNITINS • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • 1º PERÍODO 45
Lourenço e outros (1996, p. 9) dizem que
dado um número inteiro escrito na base 10, para se obter seu 
equivalente em uma base b qualquer, divide-se o número por 
b tantas vezes quantas necessárias para que o quociente da 
divisão seja menor que b. O último quociente da divisão e 
os restos das divisões sucessivas, tomados na ordem inversa, 
correspondem ao número na base b.
Exemplo
(125)10 : ( ? )2
125 ÷ 2 = 62 e resto = 1
62 ÷ 2 = 31 e resto = 0
31 ÷ 2 = 15 e resto = 1
15 ÷ 2 = 7 e resto = 1
7 ÷ 2 = 3 e resto = 1
3 ÷ 2 = 1 e resto = 1
1 < 2 (base desejada)
Quando o quociente é menor que a base desejada, pára de se efetuar as 
divisões. O resultado da conversão é o último quociente concatenado com os 
restos das divisões do fim para o começo. Dessa forma, obtém (1111101)2.O 
mesmo exemplo anterior por ser visto na figura 3.
125 2
1 62 2
0 31 2
1 15 2
1 7 2
1 3 2
1 1
sentido da leitura
(125)10 = (1111101)2
Figura 3 – Exemplo de múltiplas divisões na conversão do número (125)10 para a base 2
Fonte: Lourenço e outros (1996).
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46 1º PERÍODO • ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS • UNITINS
3.8 Conversão entre base 2 e 16
A conversão

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