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1. Compor a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência do imposto sobre a renda pessoa física.
Resposta:
1. Antecedente:
1.1 - Critério material: auferir renda ou proventos de qualquer natureza;
1.2 - Critério temporal: no último dia do ano (31/12);
1.3 - Critério espacial: no território nacional, ressalvados os casos em que estão suscetíveis à incidência o Imposto sobre a Renda auferida por pessoas no exterior;
2. Consequente:
2.1 - Critério pessoal
2.1.1. - Sujeito ativo: União Federal
2.1.2. - Sujeito passivo: as pessoas físicas residentes ou domiciliadas no Brasil.
2.2 - Critério quantitativo:
2.2.1. - Base de cálculo: rendimento bruto do contribuinte;
2.2.2. - Alíquota: Apresenta alíquotas variáveis conforme a renda do contribuinte, sendo que os de menor renda não são alcançados pela tributação.
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2. Que se entende por “renda e proventos de qualquer natureza”? Diferenciar os conceitos de aquisição da disponibilidade jurídica e aquisição de disponibilidade econômica. Verbas indenizatórias podem ser consideradas “renda”. Por quê? (Vide anexos I, II e III).
Resposta:
Renda e proventos de qualquer natureza, para fins de incidência do imposto, são a disponibilidade econômica originada do produto do capital ou do trabalho, ou da combinação de ambos, ou da existência de proventos, que se consubstanciem em riqueza nova efetivamente incorporada ao patrimônio global, assim considerado, dentro de um lapso temporal determinado, ainda que esta riqueza provenha de ato ilícito.
Hugo de Brito Machado entende (2005, p.315): “Não há renda, nem provento, sem que haja acréscimo patrimonial, (...)”
A renda pode derivar do produto do capital - aluguéis, dividendos, juros - produto do trabalho - salário, honorários, vencimentos, soldos - ou, ainda, da combinação da ambos, como a atividade empresarial.
Os proventos de qualquer natureza são os demais acréscimos patrimoniais não advindos de produto de capital, trabalho ou da combinação destes, como, por exemplo, ganhos em loterias.
Ricardo Mariz de Oliveira se posiciona no sentido de que a disponibilidade econômica geralmente é entendida como a renda recebida, enquanto que a disponibilidade jurídica representa um direito já adquirido, mas ainda não recebido. Exemplificando, utiliza-se do caso do comerciante que fez uma venda a prazo e entregou a mercadoria. Nesse caso, ele teria a disponibilidade jurídica, ou seja, o direito adquirido de receber o pagamento.
Dessa forma, verifica-se que, no caso de não recebimento da disponibilidade jurídica, o que antes era um direito agregado ao patrimônio passa a ser um prejuízo. Além disso, explica o doutrinador que uma renda percebida de forma ilícita teria apenas disponibilidade econômica, enquanto que a renda decorrente de atividade lícita teria disponibilidade jurídica.
Roberto Quiroga Mosquera defende que a identificação do significado das expressões disponibilidade jurídica ou econômica é irrelevante, em razão da conceituação de renda e proventos de qualquer natureza. Na verdade, entende o autor que a renda tributável é sempre aquela disponível, ou seja, a renda que de alguma forma foi integrada ao patrimônio do sujeito passivo.
Em outras palavras, se o contribuinte puder usar, fruir e/ou dispor desse direito, isto significa que houve um acréscimo integrado ao patrimônio, podendo ser tributado.
Luciano Amaro, por sua vez, entende que a renda já percebida é tão jurídica e econômica quanto a renda ainda não percebida, mas cujo direito já foi adquirido pelo sujeito passivo, havendo apenas uma diferença de liquidez entre elas, pois sempre haverá a possibilidade de disposição.
Ressalta, ainda, que o Código Tributário Nacional, ao referir-se às expressões disponibilidade econômica ou jurídica, prevê, em outras palavras, que a renda pode ser tributada desde o momento que nasce (por meio do acréscimo de bens ou créditos), mesmo que não tenha ainda sido recebida.
Contudo, entendo que não configura possível a tributação de renda desde o momento em que ela é gerada, uma vez que ela ainda não efetivamente recebida pelo contribuinte.
Nesse mesmo sentido, entendo que verbas indenizatórias não podem ser consideradas como renda, tendo em vista que apesar de ser um valor percebido pelo contribuinte, esse não representa acréscimo patrimonial, e sim uma mera compensação por eventual prejuízo sofrido, não podendo, portanto, ser tributada pelo Imposto de Renda, vez que não configurado seu fato gerador.
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3. “Sinais exteriores de riqueza” (art. 6º, da Lei nº 8.021/90) e os “depósitos bancários não contabilizados” (art. 42, da Lei nº 9.430/96) podem ser validamente considerados “renda” para fins de lançamento do imposto? (Vide anexo IV)
Resposta:
Verifica-se que o Imposto de Renda, de acordo com a bem aceita teoria do acréscimo patrimonial explicada por Paulo de Barros Carvalho, incide apenas naqueles casos em que houver ingresso líquido, em bens materiais, imateriais ou serviços avaliáveis em dinheiro, periódico, transitório ou acidental, de caráter oneroso ou gratuito, que importe um incremento líquido do patrimônio de determinado indivíduo, em certo período de tempo.
Dessa forma, tem-se que a tributação através desse imposto se dá sempre que atendidos os requisitos acima. Um acréscimo patrimonial em certo período de tempo que importe um incremento líquido do patrimônio de determinado indivíduo.
Evidente, pois, que tanto sinais exteriores de riqueza quanto depósitos bancários não contabilizados podem ser considerados para configurar a renda, uma vez que se enquadram perfeitamente no caso acima, ainda que não declarados expressamente pelo contribuinte.
Contudo, os referidos indícios de renda podem ser considerados apenas como indícios de renda, e jamais como renda em si, devendo ser investigados em atenção ao devido processo legal e princípios do contraditório e ampla defesa.
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4. A atual tabela progressiva de imposto sobre a renda da pessoa física prevê alíquotas de 7,5%, 15%, 22,50% e 27,5%. Tal previsão observa o princípio da progressividade? Qual é o efeito da chamada “parcela a deduzir”? Há parâmetros constitucionais ou legais para a fixação dos abatimentos e deduções possíveis e seus respectivos limites?
Resposta:
O princípio da progressividade, ou graduação, é dado pelo § 1º, do artigo 145 da Constituição Federal, que dispõe que os impostos terão I) caráter pessoal; e II) serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, nos seguintes termos:
§1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Como visto, é constitucional a progressão do IR, ao passo que se dá de maneira graduada e fixada em níveis razoáveis, vez que respeita níveis próximos entre os percentuais estipulados, em respeito ao dispositivo supracitado e ao princípio da proporcionalidade.
Por progressividade deve-se entender a adequação crescente de alíquotas, proporcionalmente ao crescimento da base de cálculo do imposto, não impedindo que se baseie, contudo, em elemento diverso, fixado pelo legislador.
Por “parcela a deduzir” deve-se entender a forma de se efetivar o aludido critério pessoal do imposto de renda, sendo deduzida da esfera de incidência do imposto os valores que não foram transformados em renda, devendo esse ponto ser considerado para a correta aplicação da progressividade do imposto de renda.
Além disso, a progressividade do Imposto de Renda deve ser limitada ao princípio constitucional do não-confisco, ou da vedação ao confisco, não podendo oImposto Renda subtrair a parcela vital da renda do contribuinte ou da empresa, e sim tributar razoavelmente os rendimentos líquidos ou lucro.
A “parcela a deduzir” evita que seja tributado a renda da faixa anterior a do salário à alíquota mais alta. Quanto maior a alíquota cobrada à faixa salarial, maior será a “parcela a deduzir”, isso porque, o contribuinte só paga, por exemplo, 27,5% sobre a base salarial que ultrapassar o limite da faixa anterior, no caso de 22,5%. Ou seja, cada “pedaço” do salário será tributado à alíquota respectiva. O cálculo é complexo e para evitar problemas operacionais, fez-se uma média das faixas salarias e institui-se a “parcela a deduzir”. Isso exposto fica evidente a função progressiva do procedimento. Ao se atribuir a cada valor à sua respectiva faixa de alíquota e evitando que aumentos de renda e o fato de se “pular” uma faixa enseje um valor líquido de imposto de renda a pagar, maior do que o aumento de renda efetivo.
Princípios constitucionais da capacidade contributiva, do não-confisco e do mínimo vital, limitando-se a prever deduções e abatimentos no IR referentes as despesas realizadas pela pessoa física por conta da deficiência na prestação de serviços essenciais do Estado, como saúde, segurança e educação.
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5. Existe identidade entre o IR fonte e o IR anual ou trata-se de impostos autônomos (isto é, há apenas uma ou mais de uma regra-matriz de incidência tributária)? Seria a retenção na fonte mero objeto de dever instrumental? Justifique a resposta. (Vide anexos V, VI e VII).
Resposta:
Sim, há identidade entre o IR fonte e o IR anual, ambos constituídos da mesma regra-matriz, caracterizando-se o IR fonte como antecipação do IR anual considerado devido pelo contribuinte no momento da declaração do ajuste.
Conforme se extrai dos artigos 43 e 45, do Código Tributário nacional, o contribuinte do imposto de renda é aquele que for titular da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou dos proventos de qualquer natureza.
O que se observa da leitura do parágrafo único do referido artigo, todavia, é que no caso de recolhimento na fonte a condição de responsável pelo recolhimento do imposto transfere-se à fonte pagadora dessa renda, ou proventos.
Verifica-se que há certa diferença entre o imposto de renda anual e o recolhido na fonte no tocante há consumação de seu fato gerador. Com efeito, enquanto no último o fato gerador se dá instantaneamente, no primeiro esse apenas ocorre no fim do ano-base.
Deve-se entender, portanto, que embora a forma de arrecadação seja diversa, possuindo, inclusive, fatos geradores consumados em momentos diversos, se trata do mesmo imposto, de modo que a regra-matriz do imposto de renda recolhido na fonte é a mesma regra-matriz do imposto sobre a renda recolhido ao fim do ano-base, sofrendo alterações apenas em relação ao seu critério temporal, traduzindo-se o recolhimento na fonte em mero objeto de dever instrumental.
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6. Analise os efeitos jurídicos inerentes ao contribuinte e à fonte pagadora em cada um dos casos abaixo arrolados.
Retenção/Fonte
(EMPRESA)
Recolhimento
Fonte (EMPRESA)
Declaração do rendimento no ajuste-anual entregue pelo contribuinte (funcionário) em 30 de abril (FUNCIONÁRIO)
Caso 1
Retém
Recolhe
Declara rendimentos e retenção
Caso 2
Retém
Recolhe
Não declara rendimentos e retenção
Caso 3
Retém
Não recolhe
Declara rendimentos e retenção
Caso 4
Retém
Não recolhe
Não declara rendimentos e retenção
Caso 5
Não retém
Recolhe
Declara rendimentos e retenção
Caso 6
Não retém
Recolhe
Não declara rendimentos e retenção
Caso 7
Não retém
Não recolhe
Declara rendimentos e retenção
Caso 8
Não retém
Não recolhe
Não declara rendimentos e retenção
Resposta:
Efeitos
Caso 1
Não houve irregularidade tanto para a fonte quanto para o contribuinte
Caso 2
O contribuinte sofrerá a imposição de multa por falta de cumprimento de dever instrumental de apresentar declaração
Caso 3
A empresa sofrerá a imposição de multa por descumprimento do dever de repassar e juros sobre valor não repassado. Além disso, poderá sujeitar-se a condenação por crime contra a ordem tributária.
Caso 4
A empresa sofrerá a imposição de multa de mora e multa por descumprimento de dever instrumenta de repassar os valores retidos, bem como a sujeição às penalidades previstas para crimes contra a ordem tributária. Ao contribuinte será imposta multa por descumprimento de dever instrumental de apresentação de declaração.
Caso 5
A empresa será imposta multa por descumprimento do dever de reter.
Caso 6
Ambos sofrerão a imposição de multa por descumprimento de dever instrumental.
Caso 7
À empresa será imposta multa por descumprimento de dever instrumental. Ao contribuinte caberá o recolhimento do imposto no ajuste anual.
Caso 8
A empresa sofrerá a imposição de multa por descumprimento de dever instrumental + multa de mora + pagamento do IR

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