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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO- BRASILEIRA – UNILAB INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA – ICEN LICENCIATUTA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LCB Aluna: Emily Oliveira Fonseca Resumo – Bioecologia Aquática Acarape 2017 Emily Oliveira Fonseca Resumo – Bioecologia Aquática Atividade acadêmica apresentada como parte dos requisitos necessários para aprovação da disciplina: Bioecologia Aquática, do 4º Semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, conduzida pela Professora Dra. Jullyana C. Magalhães S. Moura Sobczak. Acarape - CE 2017 Na disciplina de Bioecologia Aquática estudamos os principais ecossistemas aquáticos, quanto à sua origem, formação, estrutura biótica e abiótica. No qual conhecemos os aspectos da dinâmica de estuários, manguezais, costas rochosas e arenosas; e recifes de corais, bem como a imensa importância desses ecossistemas para a vida no Planeta Terra, que diga-se de passagem poderia ser chamado de Planeta Água, pois Cerca de 71% da superfície da Terra é coberta por água em estado líquido. Do total desse volume, 97,4% aproximadamente, está nos oceanos, em estado líquido. A água dos oceanos é salgada: contém muito cloreto de sódio, além de outros sais minerais. Mas a água em estado líquido também aparece nos rios, nos lagos e nas represas, infiltrada nos espaços do solo e das rochas, nas nuvens e nos seres vivos. Nesses casos ela apresenta uma concentração de sais geralmente inferior a água do mar. É chamada de água doce e corresponde a apenas cerca de 2,6% do total de água do planeta. Podemos dividir os ecossistemas aquáticos em dois: os de vida marinha e os de água doce (Limnologia). Também podemos dividir esses ecossistemas em zonas de acordo com a disponibilidade de luz. A zona eufótica compreende a parte mais superficial da coluna d’água, onde tem maior parte da luz solar, o que permite maior ocorrência de organismos fotossintetizantes, e a zona afótica a região mais profunda escura e fria, onde habitam organismos adaptados a estas condições de ambiente. As comunidades aquáticas podem ser divididas, de acordo com a capacidade de deslocamento (função ecológica), em três categorias: plâncton, bentos e nécton. O plâncton (plankton = errante) é formado pelo conjunto de seres que se deslocam passivamente na água, arrastados pelas ondas e correntes marinhas. Apesar de muitos possuírem movimentos próprios, os seres planctônicos são fracos demais para vencer a força da correnteza e das ondas. Esses organismos distinguem‐se com base na cadeia alimentar marinha em: o fitoplâncton (autotróficos) e o zooplâncton (heterotróficos). Fitoplâncton é o conjunto dos organismos aquáticos microscópicos que têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos flutuando na coluna de água. Fazem parte deste grupo organismos tradicionalmente considerados algas (microalgas). Podemos falar das algas, tanto as Macroalgas quanto as microalgas, que são organismos autótrofos fotossintetizantes. Eles são capazes de produzir biomassa a partir de compostos inorgânicos. Tem a sua grande importância na manutenção da vida pois atuam na produção de oxigênio, estimando mais da metade de todo o oxigênio produzido na Terra. O fitoplâncton se apresenta, ainda, como fonte de alimento para diversos seres vivos que habitam mares e lagoas. Falando em alimento, certas algas fazem parte do cardápio humano, como a kombu(Phaeophyceae) e a nori(Porphyra), esta última utilizada na preparação de sushis, e não podendo esquecer de citar a alga tão apreciada na alimentação, a gracilária (Gracilaria), a macroalga mais cultivada em algumas cidades litorâneas do Ceará, como em Trairí e Icapuí, que através de projetos que incentivam a educação ambiental, bem como a preservação dos ecossistemas destes ambientes costeiros. Por serem ricas em iodo, sais minerais e vitaminas do complexo B, são uma excelente escolha para este fim, e previnem doenças, como o hipertireoidismo. Devido a tais nutrientes, e à presença de nitrogênio e potássio em sua constituição, muitas espécies podem ser utilizadas como adubo natural ou servir de matéria-prima para a fabricação de fertilizantes para uso agrícola. Outros exemplares, de corpo dotado de carbonato de cálcio, são capazes de contribuir na formação de recifes de corais, servindo como hábitat e refúgio de inúmeras espécies. Algumas algas verdes unicelulares, ainda, são eficazes no tratamento do esgoto, promovendo a decomposição aeróbica de resíduos orgânicos. Os recifes de corais têm uma grande importância no ambiente marinho, que assim como os mangues, fornecem abrigo, alimento para a maioria dos peixes, crustáceos e invertebrados, e funcionam como um grande filtro da água do mar, já que os corais se alimentam também por filtração da água, retirando dela os nutrientes necessários. Neste processo de reciclagem dos recifes de corais, participam quase todos os habitantes desta comunidade. Os peixes, ao consumirem macrófitas ou animais, excretam substâncias ricas em fósforo e nitrogênio, que são assimilados pelas plantas e muitas outras formas de vida como ofiuros, moluscos, esponjas, poliquetas, crinóides, holotúrias, gorgônias, as anêmonas e as espécies de peixe- palhaço, que vivem em simbiose com elas, etc. Os peixes que habitam os recifes por sua vez vão servir de alimento para outras espécies marinhas de maior porte, e assim continuando o ciclo alimentar da natureza. A beleza natural dos recifes representa um importante atrativo turístico que vem crescendo a cada ano nas regiões litorâneas do Brasil. O que gera empregos e renda que movimenta a economia da região. Porém atividades turísticas podem comprometer a vida destes ecossistemas. Estima-se que aproximadamente 60% da área de corais existente no mundo ameaçada, sendo que 10% está irremediavelmente destruída e outros 20% seriamente comprometida. Tal fato se deve principalmente à pesca predatória, circulação e ancoragem de embarcações, retirada de corais para a comercialização e o turismo desordenado. Outra causa de destruição vem da contaminação decorrente dos pesticidas utilizados em lavouras, que atingem os corais carregados pela correnteza dos rios. Merece registro o fenômeno de branqueamento dos corais, causando muitas vezes a morte. Tal condição tem origem no aquecimento global, o que provoca um aumento da temperatura da água (acima de 280 C) e aumento da fotossíntese e liberação de toxinas, causando um desequilíbrio do ecossistema. A plataforma continental é a superfície do fundo submarino junto à costa, compreendido entre o litoral e as profundidades que nunca são superiores a 200 metros. A plataforma continental tem origem na costa e termina num declive pronunciado denominado barreira continental. Depois dessa barreira, vêm os fundos marinhos a que se lhes dá o nome de talude continental ou oceânico. Segue-se depois a elevação continental, que se une com os fundos oceânicos na planície abissal. A água que cobre a plataforma continental possui vida marinha em abundância e grande parte da pesca mundial se realiza nesta zona. É nela que se encontra a quarta parte da produção mundial de petróleo e gás procedentes das rochas que se encontram submersas. As águas continentais, que abrangem geleiras, aquíferos, rios, lagos, representam 2,59% do total de água do planeta. São as águas “doces” ou não-salgadas. Elas tem o seu importante papel na manutenção das águas, além de nos fornecer recursos como a água potável, alimentos e energia elétrica das hidrelétricas, que correspondem a maior fonte de energia elétrica produzida no Brasil. Nos últimos anos tem sido cada vez maior a degradaçãodos ecossistemas de águas interiores, com base em despejos de vários tipos de resíduos, por efeitos do desmatamento da bacia hidrográfica e por poluição do ar e posterior chuva ácida. Portanto, a contenção desses processos de deterioração e a correção e prevenção das alterações nas águas interiores só podem ser feitas se uma sólida base de conhecimentos científicos existir. Por outro lado, a interferência humana na vida aquática (superexploração de plantas e animais aquáticos, introdução de espécies exóticas) tem produzido imensas alterações na estrutura dos ecossistemas aquáticos. Além dos problemas de poluição, eutrofização e deterioração que as águas interiores vêm sofrendo, deve-se ainda levar em conta que o manejo adequado desses ecossistemas é também importante para um melhor aproveitamento dos recursos existentes em lagos, rios e represas. Assim diante de tantos assuntos assimilados, posso dizer que a disciplina alcançou os objetivos, pois proporcionou diferentes bons momentos de agregação de conhecimentos e experiências únicas. Posso dizer que pude conhecer melhor a vida que as vezes nos passa tão despercebida, e até desvalorizada e desrespeitada com ações de degradação e consumismo inadequado, a vida aquática que é tão importante para as demais vidas do nosso planeta, a vida aquática que merece mais atenção e mais ações voltadas à sua preservação e valorização consciente e sustentável para a garantia de todos os ecossistemas do planeta.
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