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União 27-03-2019 - Medidas afetas ao poder discricionário do gestor não podem ser objeto de determinação do TCU e sim de recomendação

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| Ano 34 | nº 047 | Quarta-feira, 2 7 /03/2019 
 
 TCU Sustentável / Adgedam 
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Medidas afetas ao poder discricionário do gestor não 
podem ser objeto de determinação do TCU e sim de 
recomendação
Na sessão plenária do úl-
timo dia 20, o Tribunal de Con-
tas da União (TCU), mediante 
o Acórdão 600/2019 – Plenário, 
deu provimento parcial a pedido 
de reexame interposto pelo então 
Ministério do Planejamento, De-
senvolvimento e Gestão contra 
o Acórdão 1056/2017 – Plená-
rio, em que foram expedidas di-
versas determinações e reco-
mendações ao referido órgão. 
A deliberação recorrida 
apreciou auditoria operacional 
realizada com o objetivo de ava-
liar em que medida as ações pro-
movidas pela administração pú-
blica federal (APF) nas áreas de 
redução de consumo próprio de 
papel, de energia elétrica e de 
água evoluíram em relação aos 
parâmetros suscitados 
pelo Acórdão 1.752/2011 – Ple-
nário. 
O órgão se insurgiu princi-
palmente contra as determina-
ções as quais, no seu entender, 
impunham a implantação de pro-
cedimentos não previstos na le-
gislação de regência e que aden-
travam a esfera de discricionari-
edade do gestor público, além da 
adoção de medidas que fugiam 
da sua competência. 
O relator ponderou inicial-
mente que o “Tribunal tem in-
corporado às suas deliberações a 
dinâmica de formular determi-
nações com o objetivo de que se-
jam corrigidas as irregularidades 
detectadas em face da afronta ao 
arcabouço normativo; por outro 
lado, quando os atos a serem 
adotados pelos gestores são dis-
cricionários, o Tribunal formula 
recomendações (Acórdão 
1.131/2009 – Plenário).” 
Ressaltou, ainda, que as 
“determinações do TCU são de 
cumprimento obrigatório por 
parte dos responsáveis, e o 
atraso em seu cumprimento, ou o 
descumprimento, devem ser jus-
tificados e comunicados à Corte 
de Contas, sob pena de respon-
sabilização. Por sua vez, as reco-
mendações, embora não sejam 
de cumprimento obrigatório, não 
podem ser desconsideradas pelo 
gestor, sem justificativas ade-
quadas, também sob pena de res-
ponsabilização (Acórdão 
1.171/2014 – Plenário).” 
Nesse sentido, por exem-
plo, o relator entendeu assistir 
razão ao recorrente quanto ao ar-
gumento de que a determinação 
para implantação de Índice de 
Acompanhamento da Sustenta-
bilidade na Administração (Iasa) 
invadia sua esfera de discricio-
nariedade, mesmo o dispositivo 
tendo possibilitado eventuais 
 
Créditos: Evelynne Gubert 
mailto:sustentabilidade@tcu.gov.br
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adaptações e atualizações neces-
sárias à realidade do órgão. 
Com efeito, a exigência 
não está prevista em lei, além de 
o mencionado índice ter sido 
“desenvolvido pelo próprio 
TCU, não podendo, portanto, ser 
objeto de utilização compulsória 
pela APF, sem que haja prévia 
avaliação acerca da conveniên-
cia e oportunidade de quem te-
nha competência para tal mis-
ter.” 
Nesse particular, o relator 
assinalou que a sustentação jurí-
dica para a “realização de deter-
minação em face dos princípios 
da legalidade e da eficiência não 
deve se dar ao ponto de impor 
aos órgãos e entidades públicas 
obrigações não previstas em lei 
ou normativo, sob pena se alar-
gar indevida e demasiadamente 
a injunção deste Tribunal sobre 
aqueles órgãos/entidades.” 
Assim, após fazer o exame 
da natureza jurídica de cada um 
dos subitens questionados, o re-
lator, acompanhando parecer da 
Secretaria de Recursos, concluiu 
pela necessidade de ajustes na 
deliberação recorrida, de modo a 
converter em recomendação os 
comandos expedidos por este 
Tribunal sob a forma de determi-
nação. 
Para mais informações, a 
coluna recomenda a leitura do 
voto condutor do Acórdão 
600/2019 –Plenário 
 
O conteúdo desta coluna é de re-
sponsabilidade da Secretaria das 
Sessões 
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