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Sistema Reprodutor Feminino e Ciclo Menstrual/Ovariano

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Sistema reprodutor feminino
· 
· Órgãos internos: ovário, tubas uterinas (trompas de Falópio), útero, vagina
· Genitália externa: vulva que inclui as estruturas: monte púbico, pregas tegumentárias ou formações labiais, espaço interlabial ou fenda vulvar (vestíbulo, meato uretral, introito vaginal e hímen), órgãos eréteis (clitóris e bulbovestibulares) e glândulas acessórias(parauretrais ou de Skene e vulvovaginais ou de Bartholin)
Vulva
A vulva representa a entrada da vagina e, em condições normais, cobre e protege o meato uretral. A porção externa da vulva está coberta por um tipo especial de pele, rica em folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
· Monte pubiano: pele e tecido adiposo subcutâneo; preenchido por pelos na puberdade
· Lábios maiores: formam os limites laterais da vulva
 superfície externa mais pigmentada e coberta por pelos
 superfície interna rosada e lisa com glândulas sebáceas
 possui músculo liso, tecido adiposo, nervos, vasos e outra glândulas entre as superfícies
 revestido por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
· Os grandes lábios se continuam em direção ao períneo para formarem, na linha média, comissura posterior ou fúrcula, limite inferior da vulva.
· Lábios menores: localizados entre os lábios maiores
 sem gordura
 partem do clitóris (formando o prepúcio) até a região inferior (formando o frênulo inferiormente)
· Clitóris: análogo ao pênis
 revestido por epitélio estratificado pavimentoso
 dois corpos cavernosos que se inserem no ramo isquiopúbico
 possui raiz, corpo e glande
 epitélio com alta sensibilidade cutânea
 irrigação: ramos superficial da artéria pudenda externa e profundo da artéria femoral
 drenagem venosa: veias pudendas externas drenam para a veia safena magna
· Vestíbulo: espaço entre os lábios menores
 local onde se abrem o orifício vaginal, óstio externo da uretra e ductos das glândulas vestibulares (de Bertholin e Skene)
 bulbos do vestíbulo
· Glândulas de Skene: localizadas lateroposteriormente ao meato uretral; homólogas a próstata 
· Glândulas de Bartholin: localizadas de cada lado do introito vaginal e secretam muco
· Carúnculas mirtiformes: vestígios do hímen
· Bulbo vestibular: constrição do óstio da vagina, similar ao corpo esponjoso do pênis
· Glândulas vestibulares maiores
Períneo
· Conjunto de partes moles (músculos e aponeuroses) que fecha inferiormente a cavidade pélvica
· Dividido em posterior (retal) e anterior (genital)
· Músculos do períneo:
músculo do diafragma ou assoalho pélvico: levantador do ânus e coccígeo. Além desses, dois outros cobrem as paredes da pelve verdadeira: obturador interno e o piriforme
músculos do períneo anterior: superficiais – transverso superficial, isquiocavernoso e bulbocavernosos-; profundos –transverso profundo e esfíncter externo da uretra
músculo do períneo posterior: esfíncter externo do ânus
· O sistema aponeurótico pode ser separado em três planos:
aponeurose perineal superficial: cobre os músculos superficiais
aponeurose perineal média ou diafragma urogenital: dois folhetos aponeuróticos que englobam os músculos profundos do períneo anterior (transverso profundo e esfíncter externo da uretra), atravessados pela vagina e pela uretra
aponeurose perineal profunda ou endopélvica: recobre, internamente, o assoalho pélvico, a bexiga, o útero, a vagina e o reto
Vascularização e inervação da região vulvoperineal: A vascularização é assegurada pela artéria pudenda interna, ramo da hipogástrica, que imerge, na região, juntamente com o nervo, pelo canal de Alcock. O retorno venoso acompanha as artérias. Os nervos provêm do pudendo interno, ramos genitais do grande e do pequeno abdominogenital e do genitocrural, além da porção perineal do pequeno ciático.
Vagina
· Órgão de cópula da mulher
· Tubo fibromuscular
· Comprimento médio de 7,5 cm a 9 cm
· Revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
· Em torno do introito estão localizados os músculos bulbocavernosos ou constritores da vagina
· túnica mucosa da vagina é circundada por uma túnica muscular, elástica, com camadas de fibras musculares lisas dispostas em feixes circulares e longitudinais contínuos com os do miométrio. A parte da vagina adjacente ao útero apresenta uma túnica serosa de revestimento contínua com o peritônio pélvico; sobre o restante da vagina a túnica muscular é revestida por uma túnica adventícia de tecido conectivo fibroso.
· Bactérias residentes criam um meio ácido que restringe o crescimento de organismos patogênicos e inibe a motilidade do espermatozóide
· Posterior a bexiga e uretra e anterior ao reto
· Presença de hímen no orifício vaginal (tecido epitelial)
· Fórnice da vagina
· Irrigação: ramos das aa. Ilíacas internas
· Drenagem venosa: veias vaginais
Útero
· Localizado na pelve entre a bexiga e o reto
· 7,5 cm de comprimento, 5 cm de diametro
· Posição antevertido e antefletido
· Dividido em:
 corpo do útero: 2/3 superiores
-separado da bexiga pela escavação vesicouterina
-separado do intestino pela escavação retouterina
-fundo do útero mais superior e dilatado
-istmo mais estreito (liga o corpo ao colo); demarcado pelo orifício interno anatômico e orifício interno histológico; na gravidez incorpora-se ao corpo para constituir o segmento inferior do útero
- orifício histológico: zona de transição entre o epitélio endocervical e endométrio
 colo do útero: 1/3 inferior
-formato tubular
- porção supravaginal: lateralmente se inserem os ligamentos paracervicais que contêm vasos uterinos; posteriormente está recoberta pelo peritônio e une-se ao sacro pelos ligamentos uterossacros
-porção vaginal: projeta-se na vagina entre os fundos de saco anterior e posterior
-o orifício externo limita o epitélio pavimentoso estratificado da porção vaginal, contiguo ao epitélio cilíndrico, glandular, que reveste o canal cervical ou endocérvice
-a endocérvice se estende do orifício externo até o orifício interno histológico, onde começa o istmo
· O muco que preenche o canal do colo e fecha o óstio do útero auxilia a evitar a passagem de bactérias da vagina para o interior do canal do colo do útero. Com a aproximação do período de ovulação, o muco altera sua viscosidade e torna-se mais aquoso. A viscosidade excessiva do muco dificulta a penetração dos espermatozóides no útero e pode impedir sua ascensão até as tubas uterinas. Esse fator reduz as chances da ocorrência da fertilização. Por esse motivo, o tratamento da infertilidade feminina pode incluir drogas que reduzem a viscosidade do muco cervical
· Principais ligamentos: ligamento útero-ovárico; ligamento largo do útero e ligamento redondo
· Os ovários, as tubas uterinas e o útero estão relacionados a uma extensa projeção de peritônio conhecida como ligamento largo do útero. As tubas uterinas se estendem ao longo da margem superior do ligamento largo e se abrem na cavidade peritoneal, lateralmente aos ovários. A margem livre do ligamento largo do útero que se fixa a cada tuba uterina é conhecida como mesossalpinge. Uma prega espessada do ligamento largo do útero, o mesovário, sustenta cada ovário e estabiliza sua posição.
· Composto por três camadas:
· Perimétrio: serosa de tecido conjuntivo e mesotélio; cobertura peritoneal externa
· Miométrio: camada espessa de músculo liso, contém vasos e nervos, responsável pelas contrações uterinas. Possui 3 camadas de fibras musculares lisas (muscular externa, camada média e camada interna)
· Endométrio: camada interna revestida por epitélio simples colunar; subdivido em 2 camadas (basal mais profunda e funcional mais superficial e sofre descamação durante a menstruação)
· Cérvice uterina: epitélio simples colunar secretor de muco com pouco músculo liso e não descama durante menstruação; epitélio estratificado pavimentoso na parte vaginal
Tubas uterinas
· Trompas de falópio
· Tubo muscular oco de aprox. 13 cm de extensão
· Duas estruturas laterais que partem dos cornos uterinos
· Conduzem o ovócito ao útero
· Dividido em quatro partes:
· Infundíbulo: extremidade mais próxima ao ovário com projeções para a cavidadepélvica (fímbrias)
· Ampola: parte larga onde o óvulo é fecundado; porção intermediária
· Istmo: parte estreita
· Parte uterina: curta e intramural (se abre na cavidade do útero)
· Mucosa com epitélio colunar simples (células ciliadas e células secretoras) e lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo
· Túnica mucosa envolvida por camadas de musculo liso
· Também oferece um meio nutritivo contendo lipídeos e glicogênio para os espermatozoides e para o pré-embrião
Ovários
· Gônadas femininas
· Localizados nas proximidades das paredes laterais da cavidade pélvica
· Formato ovalado e planificado, medindo 5 cm de comprimento, 2,5 cm de largura e 8mm de espessura
· Formam ovócitos e produzem hormônios
· Ligamento suspensor do ovário
· É fixado no útero pelo ligamento útero-ovárico
· O ligamento útero-ovárico (próprio do ovário) se estende da parede lateral do útero, nas proximidades da fixação da tuba uterina, até a extremidade uterina do ovário. O ligamento suspensor do ovário se estende da extremidade tubária do ovário, imediatamente após a extremidade aberta da tuba uterina, até a parede da cavidade pélvica.
· Irrigação: aa. Ováricas
· Drenagem venosa: veia ovárica
· Formado por epitélio germinativo pavimentoso ou cúbico simples
· Coberto pela túnica albugínea (tecido conj. Denso)
· Região cortical (folículos ovarianos)
· Região medular (tecido conjuntivo frouxo)
CONTROLE NEUROENDÓCRINO
A ligação do GnRH aos receptores das células de pars distalis induz a liberação do FSH e estimula a sua síntese
O FSH se liga a receptores das células da granulosa dos folículos primários e estimula o seu desenvolvimento a folículos secundários
FSH também induz as células de teca interna dos folículos em desenvolvimento a inciar sua produção de androgênios, que são convertidos em estrogênios pelas células da granulosa
As células da granulosa também produzem inibina e ativina que ajudam a regular a liberação do FSH
Estrogênio: regula a amplitude dos pulsos do GnRH, que torna sensíveis os gonadotrofos hipofisários, enquanto inibe a secreção de GnRH
o controle se faz por meio de feedback negativo na maior parte do ciclo ovariano
antes do pico de LH, o folículo maduro secreta quantidades maciças de estrogênio no sangue, o que resulta na inibição da secreção do GnRH, causando o pico de LH
Ciclo ovariano
· Desenvolvimento folicular
caracterizado por: crescimento e diferenciação do oocito I; proliferação das células da granulosa. Desenvolvimento de uma capsula de tecido conectivo (teca folicular), proveniente do estroma ovariano
folículo primário é composta pelo o oócito I + uma camada de células da granulosa; seu crescimento é à custa dessas células
espaços cheios de liquido aparecem em volta das células, tornam-se coalescentes e formam uma cavidade única – o antro.
o estradiol acima de 200pg/ml causa o pico de LH e induz a ovulação após 24h
· Ovulação
crescimento subito do foliculo, em decorrencia do acumulo de liquido folicular, produzindo adelgaçamento da teca interna e abaulamento pré ovulatório na superficie do ovário
uma pequena area avascular (estigma) aparece
antes da ovulação, o oócito e algumas celulas do cumulo ooforo se sepram do interior do foliculo distendido
na ovulação, o estigma rompe-se e o oócito é expulso juntamente com o liquido folicular, do foliculo e ovário
o oócito está cercado pela zona pelúcida e por uma ou mais camadas de células foliculares que logo se dispoem de modo radial (coroa radiada)
· Formação do corpo lúteo
após a ovulação, as células da granulosa, pela estimulação do LH, hipertrofiam-se e enchem a cavidade cística com conteúdo hemorrágico, o corpo lúteo ou corpo amarelo, produtor de estrogênio e progesterona
a vida do corpo lúteo é determinada pelo ocorrimento ou não do fenomeno gravídico
os estrogênios e principalmente a progesterona estimulam a secreção das glandulas endometriais
caso não ocorra gravidez, o corpo luteo degenera-se e se transforma em cicatriz branca – o corpo albicans
Ciclo menstrual
· O útero possui perimétrio, miométrio e endométrio. O endométrio é a camada responsável pela menstruação
· Possui três camadas:
camada compacta: fina, superficial, formada por células do estroma, densamente arranjadas em torno das porções vizinhas às glândulas endometriais
camada esponjosa: espessa, edemaciada, contendo glândulas dilatadas e tortuosas
camada basal: fina, que não apresenta edema ou hipertrofia e contém as porções distais das glândulas. Tem sua própria vascularização e não se destaca na menstruação.
as camadas compacta e esponjosa desprendem-se durante o catamênio ou após o parto, e, em razão disso, constituem a camada funcional
· Fase menstrual: 1º dia da menstruação é o inicio do ciclo. A camada funcional descama-se e é expelida durante o sangramento, que normalmente ocorre a cada 28 dia e dura de 3 a 5 dias.
· Fase proliferativa ou folicular: os estrogênios determinam a recuperação do endométrio, o crescimento glandular e a multiplicação das células do estroma
· Fase secretória ou progestacional: a progesterona induz o entortilhamento das glândulas, que passam a segregar em abundancia, e o edema do estroma
· Fase isquêmica ou pré-menstrual: se o óvulo não é fertilizado, o corpo lúteo degenera, os efeitos progestacionais declinam e surgem alterações vasculares acentuadas que ocasionam a isquemia da camada funcional
· 
Síndrome pré-menstrual
· 
· A SPM é um distúrbio crônico que ocorre na fase lutea do ciclo menstrual e desaparece logo após o incio da menstruação.
· Combinação de sintomas físicos, psicológicos e comportamentais que interferem de forma negativa nas relações interpessoais da mulher.
· Sintomas leves a moderados: poucos dias antes do fluxo; menor interferência 
· Sintomas intensos: a partir da ovulação, durando em torno de 14 dias, constituindo o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)
· Sintomas psicológicos: labilidade de humor, ansiedade, irritabilidade, depressão, sentimento de desvalia, insônia ou aumento da sonolência, diminuição da memória, confusão, concentração dimuída e distração
· Sintomas físicos: aumento do volume abdominal e sensação de fadiga, cefaleia tensional, enxaqueca, mastalgia, dores generalizadas, aumento de peso, fogachos, tonturas, náuseas, palpitação
· Mudanças de comportamento: mudanças nos hábitos alimentares, aumento do apetite, avidez por alimentos específicos, não participação em atividades sociais ou profissionais, maior permanência em casa, aumento de consumo de álcool e aumento ou diminuição da libido
· A ciclicidade ovariana parece criar uma vulnerabilidade inicial para a síndrome pré-menstrual ao modular vários fatores endócrinos. Segundo Magos (1990), seria o resultado final da influência das várias modificações fisiológicas que normalmente acompanham a atividade cíclica ovariana em mulheres suscetíveis.
· Não existe diferença da dosagem dos hormônios e outras substancias entre as que possuem SPM ou TDPM e as que não possuem
· As endorfinas podem afetar o humor. Choung (Chihal, 1990) demonstrou que mulheres com síndrome pré-menstrual tem níveis menores de endorfinas do que mulheres-controle normais, embora outros estudos apresentem resultados divergentes. Esses achados levam alguns autores a crer que a SPM seja uma síndrome de retirada de opioides.
· Alguns trabalhos têm demonstrado níveis anormais de precursores de prostaglandinas no soro de mulheres com síndrome pré-menstrual quando comparadas a mulheres normais. Jakubowicz, Godard e Dewhurst (1984) demonstraram níveis séricos menores de PGE1 e PGE2 em mulheres com síndrome pré-menstrual comparadas com o grupo-controle. Entretanto, ainda não se identificou o exato desequilíbrio de prostaglandinas que estaria envolvido na etiologia da SPM. Embora se saiba que as prostaglandinas interagem com os neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC), os dados a respeito do papel das prostaglandinas na síndrome ainda são contraditórios e inconsistentes
· Outro neurotransmissor, o ácido gamabutirico (GABA), interage com os hormônios esteroides. Os niveis de GABA sãoafetados pelos níveis de progesterona e seus metabolitos. Como o complexo receptor GABA e o maior sitio de ação dos benzodiazepínicos, especula-se que alterações no sistema gabaergico induzidas por progesterona possam estar envolvidas na patogênese da síndrome.
Novas hipóteses para o mecanismo dessa doença surgiram com o uso dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). As pacientes apresentam melhora dos sintomas a partir do primeiro ciclo, e parece que os melhores resultados são com o tratamento intermitente, característica de resposta a essas medicações única dessa síndrome. Isso sugere que a via serotoninérgica esteja envolvida na patogênese da SPM. Outra evidencia indireta de que a via serotoninérgica esteja envolvida são os estudos de concordância em gêmeas em relação aos sintomas de SPM e uma correlação de sintomas de SPM com episódio depressivo maior nesses grupos.
· 
· TRATAMENTO
educação e orientação
intervenções no estilo de vida
modificações dietéticas (alimentação equilibrada – proteínas, fibras e carboidratos adequados e baixa ingestão de gorduras saturas
evitar café, chá e bebidas a base de cola, pois podem agravar a irritabilidade, tensão e insônia
exercícios aeróbicos, por aumentarem os niveis de endorfinas e, consequentemente, melhorar o humor
vitamina B6 é melhor do que placebo
uso de progesterona não é comprovadamente eficaz, acredita-se que o beneficio é em razão do efeito placebo
drospirenona: propriedades progestogenicas, mineralocorticoides e antiandrogênicas e sem atividade estrogênica e androgênica. A formulação de 20µg de etinilestradiol + 3 mg de drospirenona foi aprovada para tratamento dos sintomas emocionais e físicos de TDPM. Estudos demonstram melhoras na produtividade e das atividades e relações sociais das mulheres com TDPM
· Muitos estudos avaliaram a eficácia dos ISRS no manejo da SPM e do TDPM, apresentando taxas de 60 a 90% de melhora, comparadas a 30 a 40% do placebo. Os medicamentos mais usados são citalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina e um inibidor da recaptação de noradrenalina (antidepressivo de outra classe), a venlafaxina (Tab. 7.1). Os ISRS podem ser usados de forma continua ou intermitente, a partir do 15o dia do ciclo.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
Para que Horta formulasse sua teoria ela fez diversos questionamentos como: A que serve a Enfermagem? “[...] é um serviço prestado ao ser humano [...]”; e Com que se ocupa a Enfermagem? “A Enfermagem como parte integrante da equipe de saúde (...) mantém o equilíbrio dinâmico, previne desequilíbrios e reverte desequilíbrios em equilíbrio do ser humano, no tempo e no espaço”. 5:12
Como fundamental para o desenvolvimento de sua teoria propôs a aquisição de conhecimento sobre: 
1) o ser humano-indivíduo, família e comunidade, inserido e trocando energia com o seu ecossistema, sua natureza, as leis que o regem no universo, no tempo e no espaço e seu dinamismo; 
2) o objeto, ou seja, os níveis de atendimento, as teorias de enfermagem, o processo, a assistência, o cuidado, as síndromes; e, 
3) o ente, entendido como as necessidades humanas básicas, que recebeu forte influência da obra de Maslow, desenvolvida em 1954, intitulada Motivacion and Personality e as classificou conforme a denominação João Mohana para os níveis da vida psíquica em: psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, servindo de alicerce para a sua classificação de necessidades humanas básicas.
Na Enfermagem, Horta distinguiu três seres: O Ser-Enfermeiro, o Ser-cliente ou paciente e o Ser-enfermagem. 
· O Ser-Enfermeiro é um ser humano, com todas as suas dimensões, potencialidades e restrições, alegrias e frustrações; é aberto para o futuro, para a vida, e nela se engaja pelo compromisso assumido com a enfermagem. Este compromisso levou-o a receber conhecimentos, habilidades e formação de enfermeiro, sancionados pela sociedade que lhe outorgou o direito de cuidar de gente, de outros seres humanos. 
· O Ser-Cliente ou Paciente pode ser um indivíduo, uma família ou uma comunidade; em última análise, são seres humanos que necessitam de cuidados de outros seres humanos em qualquer fase de seu ciclo vital e do ciclo saúde-enfermidade. Quando o Ser-Enfermeiro está isolado, ele não exerce enfermagem a não ser consigo mesmo. Para que haja o Ser-Enfermagem é indispensável à presença de outro ser humano, o Ser-Cliente ou Paciente. Do encontro do Ser-Enfermeiro com o Ser-Cliente ou Paciente há uma interação das percepções, ações que levam a uma transação; neste momento aparece o 
· Ser-Enfermagem: um Ser abstrato, que se manifesta nesta interação. O Ser-Enfermagem é um Ser que tem como objeto assistir as necessidades humanas básicas. 
Horta construiu conceitos que fundamentam a Teoria das Necessidades Humanas Básicas e a ciência Enfermagem. Os conceitos explicados no modelo conceitual são:
· Ser humano: indivíduo, família ou comunidade “[...] parte integrante do universo dinâmico, e como tal sujeito às leis que o regem, no tempo e no espaço [...], estando em[...] constante interação com o universo, dando e recebendo energia”. A dinâmica destas inter-relações provoca “[...] mudanças que o levam a estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço”.
· Ambiente: “[...] universo dinâmico [...]” no qual o ser humano está “[...] sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaço”. Para a teórica, o ambiente pode ser classificado como favorável, semi-favorável, difícil e desfavorável.
· Saúde: “[...] estar em equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço”5:29 . Este estado de equilíbrio dinâmico refere-se ao período de latência das necessidades, deste modo, dependendo do desequilíbrio instalado, as necessidades são afetadas em maior ou menor grau.
· Enfermagem: “[...] é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado; de recuperar; manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais”
A partir do conceito de Enfermagem, Horta definiu o que é assistir em enfermagem da seguinte forma: “fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo, ajudar ou auxiliar, quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar, orientar ou supervisionar e encaminhar a outros profissionais”
Partindo desses conceitos podem-se inferir algumas proposições e princípios. A primeira proposição diz respeito às funções do enfermeiro, classificadas em três áreas ou campos de ações distintos: 
área específica: consiste em assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e torná-lo independente dessa assistência, quando possível pelo ensino do autocuidado; 
área de interdependência ou de colaboração: destaca as funções do enfermeiro na equipe de saúde nos aspectos de promoção, manutenção e recuperação da saúde; 
área social: dentro de sua atuação como profissional a serviço da sociedade, função de pesquisa, ensino, administração, responsabilidade legal e participação na associação de classe. 
· As necessidades humanas básicas são definidas como “[...] estados de tensão, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais”.
· O desequilíbrio das necessidades humanas básicas acarretará em um problema de enfermagem, o qual é definido como “[...] situações ou condições, decorrentes dos desequilíbrios das necessidades humanas básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem da enfermeira sua assistência profissional”
Necessidades psicobiológicas são forças, instintos ou energias inconscientes que brotam sem planejamento prévio, do nível psicobiológico do homem, e se manifestam, por exemplo, na tendência de se alimentar, de se encontrar sexualmente, e assim sucessivamente. 
Necessidades psicossociais são manifestações que ocorrem por meio de instintos do nível psicossocial, como a tendência de conversar, de conviver socialmente, de se afirmar perante si ou de se valer perante os outros. 
Nas necessidades psicoespirituaiso homem sempre está tentando interpretar o que vivencia de inexplicável cientificamente, transcendendo e ultrapassando as linhas que limitam sua experiência neste mundo. Assim, ele pretende viver a realidade apenas com situações que satisfaçam a sua condição de ser vivente. 
Referências 
FREITAS, F., et al. "Rotinas em Ginecologia; 6ª Edição (2011)." Editora ARTMED.
Marques, Daniela Karina Antão, Gerlane Ângela da Costa Moreira, and Maria Miriam Lima da Nóbrega. "Análise da teoria das necessidades humanas básicas de Horta." Rev. enferm. UFPE on line (2008): 481-488.
Rezende, Jorge de, and Montenegro CAB. "Rezende: obstetrícia fundamental." (2014).
Martini, Frederic H. Anatomia humana. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2009.

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