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Introdução ao Serviço Social

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Sumário
NEOTOMISMO	1
HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL	2
HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL - BRASIL	3
CAPITALISMO	5
EVOLUÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL	6
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO	7
O SERVIÇO SOCIAL	8
REGULAMENTAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL	10
CONCEITUAÇÕES e DEFINIÇÕES	11
NEOTOMISMO
· O serviço social se aproximou da corrente tomista e neotomista para justificar a sua ação profissional.
· São Thomás de Aquino - Defendia a caridade como um dos pilares da Fé, imperativo de justiça social aos mais humildes, sendo o grande organizador da Doutrina Cristã.
· No surgimento do serviço social, o mesmo foi fortemente influenciado pela Ação Católica, em especial a Rerum Novarum, proclamada no ano de 1981: 
I - A Igreja considerava a propriedade particular um direito natural o socialismo era considerado "absurdo e injusto" por propor a destituição da propriedade privada. 
II - O primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos sejam elevados ao mesmo nível. É, sem dúvida, isto o que desejam os Socialistas; mas contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão multíplices como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições. Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um organismo muito variado e funções muito diversas, e o que leva precisamente os homens a partilharem estas funções é, principalmente, a diferença das suas respectivas condições.
· De acordo com Martinelli (2009) a organização da prática da assistência, como expressão da caridade cristã, além de ter integrado o temário de vários Concílios, foi objeto de preocupação de muitos teólogos e membros destacados da Igreja. Usando a filosofia TOMISTA para inspirar o serviço social.
HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL
· 1880/1882 – As primeiras Sociedades de Organização da Caridade surgem respectivamente na Inglaterra e nos Estados Unidos. Essas sociedades objetivavam a racionalização da assistência, e são organizadas a partir da conjunção de diversos atores, sendo eles: Igreja, Estado e Empresariado.
· 1898 - Criada a primeira escola de Serviço Social (Escola de Filantropia Aplicada) nos EUA. Durante o processo de Revolução Industrial surgiram os maiores problemas sociais de miséria e outros, a escola buscava a solução desses problemas.
· 1899 - Criada a 1ª escola de serviço social, em Amsterdã, sua maior contribuição para a profissão foi deixar de lado as explicações religiosas para as diferenças sociais e voltar a questão para um aspecto científico. 
· 1917 - Mary Richmond - publicou o livro "Diagnóstico Social" que dá ênfase à importância do trabalho social. E foi a primeira a escrever sobre a diferença entre fazer assistência social, caridade, filantropia e o Serviço Social.
· 1919 - Mary Richmond - Foi responsável pela criação da Primeira Escola de Formação para Assistentes Sociais incorporada à Universidade de Columbia.
· A primeira escola de serviço social da América Latina: percebe-se que os autores são unânimes em afirmar que era um modelo vindo do exterior e que o serviço social estava respaldado pela influência de pessoas de destaque. No entanto surgiu um debate acirrado sobre o serviço social ser uma profissão ou uma sub profissão. O que ocorreu para gerar o debate foi o fato de a escola ter sido fundada por um médico, e não por um assistente social.
· 1929 - Encíclica papal “Quadragesimo Anno” foi escrita em resposta à Crise de 1929: grande depressão econômica, com altas taxas de desemprego, quedas do PIB e na produção industrial.
· 1935 - Gisella Konopka - escreveu um dos clássicos do Serviço Social de Grupo, onde fala muito da necessidade de se encontrar formas de vencer a solidão dos grandes centros urbanos e criar laços de amizade e ajuda mútua entre as pessoas.
· Pós modernismo - Uma das questões a serem enfrentadas pelo serviço social contemporâneo refere-se à denominada crise dos modelos analíticos. O modelo de pensamento, produzido historicamente, que se relaciona com os modos mais flexíveis de acumulação do capital é o pós-modernismo, um processo contemporâneo de mudanças significativas nas tendências artísticas, filosóficas, sociológicas e científicas.
HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL - BRASIL
· O evento que marcou o primeiro passo na longa caminhada do serviço social no brasil, já revelando uma aliança com a burguesia, foi a criação em São Paulo do CEAS - Centro de Estudos e Ação Social.
· A emergência do Serviço Social na sociedade industrializada esteve associada à progressiva intervenção do Estado nos processos reguladores da vida social. No Brasil, as particularidades desse processo mostram que o Serviço Social como profissão se institucionalizou e se legitimou a partir dos anos 30. Com algumas características:
- Inspirado no Serviço Social Europeu;
- A doutrina social da Igreja marcou profundamente a profissão;
- Inicialmente se caracterizou por uma ação desenvolvida por senhoras e moças da sociedade;
· A Doutrina Social da Igreja Católica foi a principal influência sobre o Serviço Social no início de sua profissionalização no Brasil.
· A ideologia liberal foi a responsável pela demora de o Estado brasileiro em assumir a questão social. Entretanto, frente à intensificação dos movimentos reivindicatórios, nas primeiras décadas do século XX, inicia-se a incorporação, pelo Estado, de interesses de setores que poderiam colocar em risco o processo de acumulação capitalista. Esse processo se deu sobretudo após a década de 30, no Governo Vargas.
· Dec. 20/30 - As condições de trabalho, eram péssimas, a que os operários responderam com uma série de movimentos sociais que tinham como objetivo defender o único patrimônio desta população: sua vida. Diante desse contexto, o governo e as empresas responderam com repressão e assistência, respectivamente.
· 1923 - Criada a Liga das Senhoras Católicas de São Paulo, um esforço de reação católica, no sentido de divulgar o pensamento social da Igreja e da formação das bases organizacionais e doutrinárias do apostolado laico.
· 1936 – Iniciou o S. Social, em São Paulo, com influência da Doutrina Católica. Foi uma iniciativa particular de vários setores da burguesia ligados ao meio católico. Foi quando foi criada a primeira escola do serviço Social no Brasil, inspirada pela Ação Católica e pela Ação Social.
· 1942 – Criado o SENAI, com objetivo de organizar e administrar nacionalmente escola de aprendizagem para industriários. Com o foco no processo de industrialização um dos objetivos era a formação dos trabalhadores para assumir os trabalhos das indústrias. 
· 1942 – Criada a LBA - Legião Brasileira de Assistência - foi criada para atender as famílias do combatentes da 2a Guerra Mundial, mas terminou que passou a atuar em todas as áreas da assistência social.
· 1946 – Criada a Fundação Leão XIII, com o objetivo de disciplinar a classe trabalhadora, tinha o objetivo de atuar junto aos habitantes das favelas, em especial, aquelas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, onde já se concentrava uma parcela significativa da população pobre.
· 1947 - O autor José Paulo Netto, em seu livro " Capitalismo Monopolista e Serviço Social ", assegura que o Serviço Social opera com um conjunto de representações teóricas oriundas das Ciências Sociais ou da tradição marxista, o que evidencia que o autor não possui uma teoria própria.
· 1950 - o mercado de trabalho para o assistente social se amplia significativamente. Essa ampliação tem relação direta com a política desenvolvimentista adotada no período, que tem como mote o crescimento da produção industrial, com forte intervenção estatal na infraestrutura, gerando o aumento do consumo.
· Dec. 60 - A construção de um mercado de trabalho nacional que se inicia em meados dos anos 40 começa a ser reformuladona década de 60, nesse período do serviço social deixa de ser um instrumento de distribuição da caridade privada das classes dominantes, para se transformar, prioritariamente, em uma das engrenagens de execução da Política social do Estado e de setores empresariais. 
Características:
- Incorpora as teorias Marxistas;
- Se volta para realidade latino-americana;
- O Serviço Social de caso, grupo e comunidade deixa de ser foco de nossas análises;
- Os assistentes sociais não desenvolvem seu potencial crítico;
- Passa a intensificar seu processo de produção teórica.
Críticas:
- A profissão se formou sob as bases confessionais da igreja católica;
- O Serviço Social era visto como tradicional e metódico;
- Tinha o embasamento sobre matrizes do conhecimento conservadoras, como o positivismo;
- Tinha características a-política, burocrático, hierárquico, sem criticidade.
· GUERRA FRIA - No período da guerra fria a relação Brasil/Estados Unidos extrapolou o nível da econômico; ela alcançou inúmeros segmentos da vida latino-americana. Houve grande participação de assistentes sociais brasileiros em congressos interamericanos de Serviço Social e concessão de bolsas de estudo.
· ERA VARGAS - Na Era Vargas sob a égide da filantropia, emerge a profissão, parametrizada e dinamizada por um a orientação conservadora.
- O Estado Novo e o Desenvolvimento das grandes instituições sociais, criaram uma série de serviços de assistência e previdência para a população, possibilitando uma grande demanda de instituições necessitando da atuação profissional dos assistentes sociais. São essas: LBA, SESC, SESI, SENAI e SENAC.
- A política na Era Vargas estava voltada para o atendimento dos grandes industriais. E tinha por objetivo reprimir os esforços de organização autônoma da classe trabalhadora urbana e atraí-la para o apoio difuso ao governo.
- Algumas características da ideologia desenvolvimentista: crescimento econômico, integração ao sistema capitalista, presença capital estrangeiro e superação do subdesenvolvimento, a soberania, a paz e a ordem social.
- As grandes instituições assistenciais da Era Vargas tinham a função de propiciar benefícios assistenciais indiretos à massa operária e mantê-la ativa e produtiva a nível de mercado. Para o Serviço Social isso significava a profissionalização da profissão.
- Na década de 30, Getúlio Vargas estabeleceu uma política de alianças que reuniu trabalhadores, classe média e burguesia industrial em nome da paz social, o que possibilitou com que o capitalismo continuasse se expandindo; Ele buscou também o apoio da Igreja, que já realizava um trabalho social, seguindo as orientações da Encíclica Quadragésimo Ano, que pregava que o Estado deveria intervir nas consequências da relação capital-trabalho e de criar políticas sociais.
- Na Era Vargas, o Serviço Social brasileiro se consagra como uma profissão estratégica para legitimação desse governo junto a classe trabalhadora e os setores populares da população. E assume o papel de executor das Políticas Sociais do Estado e dos Setores empresariais.
- Acerca da Conjuntura social e política do Brasil nos anos 30, pode-se afirmar que o Estado Novo, regime político no qual Getúlio Vargas fecha o Congresso nacional, extingue os partidos políticos e Outorga uma Nova Constituição em 1937.
- Pesquisa sobre o perfil dos assistentes sociais no brasil, promovida pelo conselho federal de serviço social, com base em dados em 2004 (CFESS, 2005), constata que, no nível nacional, 78,16% dos assistentes sociais atuam em instituições públicas de natureza estatal, das quais 40,97% atuam no âmbito municipal, 24%, estaduais e 13,19%, federais. A partir dos dados obtidos na pesquisa pode-se afirmar que o assistente social está ocupando majoritariamente a área privada.
CAPITALISMO
· Não há como compreender a origem do Serviço Social sem relacioná-la aos primórdios do capitalismo. A profissão emergiu e se desenvolveu a partir da expansão do sistema capitalista e do consequente aprofundamento das contradições sociais.
· A divisão do trabalho na sociedade expressa o desenvolvimento do Serviço Social, como profissão, apropriado pela classe capitalista. A vertente em questão, tem como referência Karl Marx.
· A partir dos anos 80, observa-se uma busca de flexibilidade no processo de trabalho. Com a reestruturação produtiva, se observam mudanças no espaço ocupacional do serviço social resultantes das novas configurações das questões sociais. No espaço do setor privado, em particular nas empresas, observa-se que o padrão toyotista que instituiu uma nova organização do trabalho que consiste em utilizar novas técnicas que envolvem: a gestão da força de trabalho e o envolvimento participativo dos trabalhadores.
· O serviço social tem a sua gênese intrinsecamente relacionada ao surgimento do capitalismo enquanto modo de produção social. Entre os fatores que contribuíram para a profissionalização do serviço social , podemos citar a refuncionalização de práticas e referências no âmbito da Assistência Social.
EVOLUÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
· No período em que o serviço social transita para a profissionalização, duas encíclicas papais tiveram um papel sumariamente importante para seu desenvolvimento. São elas: Rerum Novarum e Quadragésimo Anno.
· A compreensão advinda da revisão crítica que percebe o Assistente Social inscrito na Divisão Sociotécnica do trabalho, não apenas revisou a natureza e função da profissão na sociedade, mas também o identificou como um trabalhador assalariado e cidadão.
· A visita domiciliar era uma importante prática entre os profissionais da Sociedade de Organização da Caridade para conhecer in loco o modo de vida dos trabalhadores.
· O serviço social tem a sua gênese intrinsecamente relacionada ao surgimento do capitalismo enquanto modo de produção social. Entre os fatores que contribuíram para a profissionalização do serviço social, podemos citar a refuncionalização de práticas e referências no âmbito da Assistência Social.
· É a partir da compreensão destas determinações históricas que se poderá alcançar o significado social desse tipo de especialização do trabalho coletivo (social), mais além da aparência em que se apresenta em seu próprio discurso, e, ao mesmo tempo, procurar detectar como vem contribuindo, de maneira peculiar, para a continuidade contraditória das relações sociais, ou seja, do conjunto da sociedade. Logo deve ser compreendido partir das determinações societárias.
· A pesquisa histórica sobre o Serviço Social mostra uma nítida correlação entre a institucionalização da profissão e O estímulo, pelo Estado Novo, às grandes instituições sociais.
· A busca de renovação trouxe para a profissão sucessivas aproximações com matrizes teóricas distintas. Ao longo de sua trajetória histórica, teórica-metodológica, a seu tempo e dentro de contextos específicos, podemos citar como abordagens que influenciaram a profissão: Funcionalismo, Fenomenologia e Marxismo.
· De acordo com Ana Maria Estevão, com a aprofundamento da crise capitalista, nas duas primeiras décadas do século XX, o Serviço Social de Casos já não era suficiente para atender as grandes demandas, o que permitiu o aparecimento de um outro método de atuação: o Serviço Social de Grupo.
· Em relação à origem do Serviço Social como profissão José Paulo Netto (1992) coloca que o serviço social é indissociável da ordem monopólica.
· É mediante o processo de trabalho que o ser social se constitui, se instaura como distinto do ser natural, dispondo de capacidade teleológica, projetiva, consciente.
· Questão social passou a ser tratada nos cursos de serviço social como primeiro elemento para que o discente entenda a sua gênese e evolução, a ABESPSS reafirma esse compromisso através dos núcleos formativos para que o aluno faça uma leitura crítica sobre a realidade. A questão social é o elemento fundamental do processo de acumulação e dos efeitos que produz sobre o conjunto das classes trabalhadoras.
- A questão social articula todo o processo formativoe impõe exigências que apontam para um maior equilíbrio entre as dimensões: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da profissão do Assistente Social.
- No terreno contraditório entre a lógica do capital e a lógica do trabalho, a questão social representa não só as desigualdades, mas também, o processo de resistência e luta dos trabalhadores.
- A história do Serviço Social tem relação intrínseca com a questão social, até poucas décadas tratada, de forma generalizada, como pobreza. Esta, comumente naturalizada, é fruto de um processo político e histórico de conflito entre relações de capital e trabalho.
· A cerca da racionalização da prática da assistência, é correto afirmar que historicamente a realização da pratica assistencial esteve bastante distanciada das relações sociais, associando-se mais a noção de caridade.
· Ao longo do seu desenvolvimento, o Serviço Social brasileiro foi requisitado por organismos estatais, empresariais e filantrópicos, com uma profissão interventiva e situada no âmbito da prestação de serviços sociais previstos pelas políticas sociais públicas e privadas. 
· O Serviço social é contratado para atuar em instituições públicas e privadas, sendo que a filantropia não é defendida pelo serviço social. 
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
· todos os conceitos, crenças, bases teóricas já não mais valiam, era necessário procurar outros. Era necessário criar também outros espaços profissionais. Tudo o que os assistentes sociais faziam até este momento estava maculado pelos interesses burgueses. Trabalhar em instituições públicas significava fazer o jogo do sistema, trabalhar em indústria era defender os interesses do patrão perante os operários, distribuir ajuda material era ser paternalista e assistencialista. (ANA MARIA ESTEVÃO, 2007:38)
· Os projetos profissionais são projetos coletivos que dizem respeito às categorias profissionais e que apresentam a intencionalidade de determinada profissão. Configuram-se como respostas profissionais à realidade concreta e objetiva, que, a partir de fundamentos teórico-metodológicos, sustentam a direção ética e política impressa nos processos interventivos. Embora projetos de caráter conservador e emancipatório estejam em disputa, apenas um deles conquista hegemonia para conduzir a profissão em determinado período histórico-social.
Sobre a trajetória histórico-social do Serviço Social brasileiro:
I. No contexto das influências teóricas positivistas e fenomenológicas no Serviço Social brasileiro, o projeto profissional apresentava, entre os anos 1960-1970, caráter conservador.
II. O amadurecimento de um projeto profissional sob bases emancipatórias ocorreu nos anos 1990, sustentado pelo Código de Ética (1993), pela Lei de Regulamentação da Profissão (1993), e pelas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (1996).
O SERVIÇO SOCIAL
· O Serviço Social se particulariza nas relações sociais de produção e reprodução da vida social como uma profissão interventiva no âmbito da questão social expressa pelas contradições do desenvolvimento do capitalismo monopolista.
· Para Marilda Iamamoto, para uma melhor compreensão do quadro sócio-histórico no qual o Assistente Social está inserido e sendo modificado por ele, é necessário romper com uma visão, que a autora, qualifica como endógena da profissão. Isso significa extrapolar o Serviço Social e apreendê-lo na história da sociedade da qual ele é parte e expressão.
· Mary Richmond, no começo da profissão, introduz um debate da necessidade de métodos de trabalho para o profissional de serviço social. Uma destas ferramentas é o diagnóstico, que deve incluir todos os fatores principais e os aspectos indicadores de tratamento a serem aplicados. Desde os primórdios os debates e as reflexões permeiam a questão diagnóstico, por ser esta uma ferramenta bastante importante e usada no SS, inclusive na atualidade.
· Dentro da perspectiva ontológica-crítica, entendemos que o trabalho do assistente social, enquanto práxis social, efetua-se por meio de duas categorias indissociáveis: teleologia e causalidade. A ação do profissional requer a leitura da realidade que quanto mais concreta e rica de determinações acerca da situação em pauta, sempre tendo em mente como primeira causa a econômica, mais possível se torna a construção do objetivo teleologizado. A partir da década de 1980, o serviço social brasileiro é marcado por uma leitura crítica da realidade social. Um dos elementos presentes nesta crítica é o debate do compromisso ético-político no serviço social. No entanto, o relativo desconhecimento do projeto ético-político pela categoria profissional pode ser justificado pelo precoce inserção do tema no debate do serviço social e pouca produção de conhecimento a respeito desta temática. Embora a Universidade abranja a discussão do projeto-ético do serviço social, a produção sobre a execução das atividades no campo interventivo encontra-se baixa, sendo um elemento que confirma que torna-se necessário a produção e sistematização da prática profissional.
· O Serviço Social é uma profissão com caráter interventivo, sendo indispensável à formação profissional o contato com a prática através do estágio supervisionado, que é obrigatório.
· Um dos desafios do profissional nos dias atuais é conhecer e interpretar o mundo contemporâneo de trabalho, desestruturação do sistema de proteção social e as políticas em geral.
· O assistente social deve contribuir por meio de sua práxis educativa e transformadora a construção de sujeitos históricos respeitados e valorizados como seres humanos livres e capazes de pensar, agir e decidir numa perspectiva dialética transformando a realidade.
· É um dos desafios do assistente social na atualidade desenvolver a capacidade de decifrar a realidade e construir propostas criativas e capazes de preservar e efetivar direitos diante das demandas emergentes.
· O serviço social passou a tratar o campo das políticas sociais como meio de acesso aos direitos sociais e a defesa da democracia, não sendo o profissional apenas executivo, mas também propositivo para gestão e execução de tais políticas.
· Seu campo de atuação é amplo, realizando-se em organizações públicas ou privadas. E todas as áreas de intervenção profissional requerem o conhecimento teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo aplicadas no cotidiano.
· Realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades representa uma competência do Assistente Social.
· Enquanto intelectual, o Assistente Social tem como instrumento básico a linguagem.
· A dimensão ético-política da profissão implica em assumir uma luta social pela transformação da sociedade.
· Dimensão ético-política do Serviço Social:
- Lutar por condições mais adequadas de realização do trabalho profissional;
- Fortalecer a luta sindical como estratégia de resistência da classe trabalhadora;
- Posicionar-se contra o machismo e o racismo;
- Seguir os princípios fundamentais que norteiam o trabalho do assistente social.
· Dimensão teórico-metodológica do S. Social:
- Necessidade de articulação da teoria com a prática profissional.
· Dimensão investigativa da profissão:
- Materializa-se na realização sistemática de estudos e pesquisas que revelem as reais condições de vida e demandas da classe trabalhadora.
- A dimensão investigativa questiona, problematiza, testa as hipóteses, permite revê-las, mexe com preconceitos, estereótipos, crenças, superstições, supera a mera aparência, por questionar a positividade do real. Permite construir novas posturas visando a uma instrumentalidade de novo tipo: mais qualificada, o que equivale a dizer: eficiente e eficaz, competente e compromissada com os princípios da profissão.
- No campo sociojurídico, cabe ao estudo social fornecer aos autos processuais informações sobre a realidade dos sujeitos, orientadopelos princípios do Código de Ética Profissional, a fim de subsidiar a decisão judicial.
REGULAMENTAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
· Um estatuto profissional é validado à medida que é socialmente demandado.
· Elementos que contribuíram para a profissionalização do serviço social: 
I. Refuncionalização de práticas e referências no âmbito da assistência social. 
II. Surgimento de um mercado de trabalho. 
III. A ampliação da questão social. 
· Na contemporaneidade, o serviço social brasileiro, tem como base de orientação o projeto ético político da categoria. CFESS, CRESS, ABEPSS E ENESSO são as entidades representativas da categoria que irão conduzir política e profissionalmente os profissionais.
· Lei N° 8.662 - Lei de Regulamentação da Profissão fosse revisada em 07 de junho de 1993. A lei dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências.
· CFESS - na qualidade de órgão na qualidade de órgão normativo de graus superior, cabe a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão, em conjunto com os Conselhos Regionais de Serviço Social.
· A Lei de Regulamentação da Profissão 8662/1993, o Código de Ética de 1993 e a Revisão nas Diretrizes Curriculares fazem parte do acervo legislativo da profissão.
· O código de ética tem como desafio a materialização dos princípios a fim de que os mesmos deixem de ser processos abstratos, descolados do processo social. Sendo assim podemos afirmar que o valor ético central é a liberdade. O reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais. 
- O código de ética aponta a vinculação ideológica da profissão com a classe trabalhadora.
- O código de Ética de 1993 inaugura um projeto profissional que vinculou-se a um projeto social radicalmente democrático, intrinsecamente ligado à classe trabalhadora e suas conquistas históricas.
- No bojo do processo de revisão crítica do serviço social, foram significativas as mudanças ocorridas no projeto ético político da profissão. O primeiro código de ética profissional formatado com base na intenção de ruptura data de 1986.
- A partir de 1993, o Código de Ética passa a ser uma das referências dos encaminhamentos práticos e do posicionamento político dos assistentes sociais em face da política neoliberal e de seus desdobramentos para o conjunto dos trabalhadores. É neste contexto que o projeto profissional de ruptura começa a ser definido como um projeto emancipatório das classes subalternizadas referendado no conjunto de seus avanços teórico-práticos construídos no processo de renovação profissional.
CONCEITUAÇÕES e DEFINIÇÕES
· LAICATO SOCIAL - pessoas leigas ligadas ao meio católico sem muita aderência doutrinária
· ABEPSS - associação brasileira de ensino e pesquisa em serviço social – tem por principal objetivo a qualidade da formação profissional.
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