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Estudos Epidemiológicos Epidemiologia HospitalarEpidemiologia Hospitalar Adaptado – 2020-1 Prof.ª Dr.ª Eliane Caixeta de Lima Lucas Epidemiologia Hospitalar O objetivo da vigilância epidemiológica em âmbito hospitalar é detectar e investigar doenças de notificação compulsória atendidas em hospitais. A Portaria nº. 2.529, de 23 de novembro de 2004, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. Epidemiologia Hospitalar (cont.) OBJETIVOS: Aperfeiçoar a vigilância epidemiológica; Ampliar rede de notificação e investigação de agravos e doenças transmissíveis;doenças transmissíveis; Mediadas de controle, pelo município, a partir da notificação dos casos; Interrupção da cadeia de transmissão na população. COMO: Detecção dos casos pelos profissionais, a partir da busca ativa dentro da instituição hospitalar; Investigação, independente a capacidade e ou complexidade Epidemiologia Hospitalar (cont.) Investigação, independente a capacidade e ou complexidade de atendimento da instituição; Avaliar o perfil da instituição relacionado às doenças infecciosas, números de leitos, tipos de unidades; Identificação dos casos, diariamente, através das fichas de atendimento e prontuários. A doença infecciosa estão presentes desde o surgimento, do homem na terra. Era bacteriológica Epidemiologia Hospitalar (cont.) 5 Ex: Hanseníase descrita nos textos Bíblicos como “lepra” e discorria sobre a forma de controle. JOSEPH LISTER Cirurgião Ácido IGNAZ PHILIPP SEMMELWEIS ROBERT KOCH Bacteriologista; Microbiologista; LOUIS PASTEUR pasteurização Florence Nightingale estabeleceu medidas simples de prevenção e Era bacteriológica 6 Cirurgião Ácido carbólico (fenol). Desinfetante roupas cirúrgicas e sítio cirúrgico. Inglaterra - 1865 SEMMELWEIS Febre puerperal x lavagens das mãos Húngria 1846 Bacteriologista; Microbiologista; Epidemiologia das doenças transmissíveis- TB Alemanha 1882 pasteurização Estafilococo e estreptococo Vacina antirrabica 1885; França 1871 simples de prevenção e controle da disseminação de microrganismos, como a limpeza dos ambientes e a separação física dos doentes, reduziu a mortalidade. Reestruturação da Enf. Florença - Grão-ducado da Toscana. 1854 Crimeia- sul da Rússia Era bacteriológica Avanços iniciais Teoria microbiológica das infecções; Hospitais contemporâneos e Avanços da medicina Sondas; Drenos; Cateteres; Epidemiologia Hospitalar (cont.) Hospitais contemporâneos e a incorporação tecnológica; Vacinas; Antibióticos. 1941 – Descoberta da penicilina. Cateteres; Ventilação mecânica; Próteses; Cirurgias; Consequência: O tempo de internação por bacteremias hospitalares, aumenta a permanência, na UTI, 8 à 14 dias e com taxa de mortalidade de 35%. As feridas operatórias aumento de 7,4 dias, causam mortes. Epidemiologia Hospitalar (cont.) A lição aprendida é que a técnica asséptica, como a lavagem das mãos é essencial para a redução das taxas de infecção. 1990 a 1996, nos Estados Unidos, o Staphylococcus aureus foi o líder das pneumonias hospitalares e das infecções de feridas cirúrgicas e é considerado a segunda causa de bacteriemias hospitalares. As infecções hospitalares representam um grave problema de saúde pública, e é necessário a vigilância epidemiológica constante; Atenção redobrada por parte de todos os profissionais da Epidemiologia Hospitalar (cont.) Atenção redobrada por parte de todos os profissionais da administração das instituições de saúde, da assistência a saúde, das CCIH e do Governo. Controle de infecção hospitalar prima pela segurança do paciente e pela prática segura. Infecção hospitalar nos EUA em 1982 era de 80.000; Taxa de letalidade: EUA – 13 a 17% Reino Unido – 9,2% América Latina – 5% a 70% Epidemiologia Hospitalar (cont.) América Latina – 5% a 70% Qualidade inferior não gera economia na assistência à saúde; Baixa qualidade leva à complicações e tratamentos adicionais que elevam substancialmente os custos. Epidemiologia Hospitalar (cont.) https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000500010 Epidemiologia Hospitalar (cont.) Óbitos associados à infecção hospitalar, ocorridos em um hospital geral de Sumaré-SP, Brasil – Aline Caixeta Guimarães, Maria Rita Donalisio, Thaiana Helena Roma Santiago, June Brarreiros Freire https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000500010 Epidemiologia Hospitalar (cont.) Epidemiologia Hospitalar (cont.) ESTUDO RETROSPECTIVO Ex: Verificar números de óbitos associados a infecção hospitalar VARIÁVEIS: sexo, idade, data da última internação, local no Epidemiologia Hospitalar (cont.) VARIÁVEIS: sexo, idade, data da última internação, local no hospital, data e horário do óbito, procedimentos e intervenções, confirmação etiológica, registro de colonização por micro-organismos multirresistentes da infecção hospitalar DEFINIÇÃO DOS AGENTES: Enterobactes, pseudomonas aeruginosa, acinebacter, staphilococcus aureos, enterococcus aureus, enterobacter, citrobacter ou serratia Epidemiologia Hospitalar (cont.) Figura mostra a frequência e a prevalência de micro-organismos encontrados. Epidemiologia Hospitalar (cont.) Epidemiologia Hospitalar (cont.) 18 99.000 mortes anuais por infecção adquirida em cuidados de saúde. OMS: 1,4 milhões de pessoas com infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS); em países em desenvolvimento o risco é 20x maior World Health Organization. WHO guidelines on hand hygiene in health care. The first global patient safety challenge: clean care is safer care. Geneva: World Health Organization METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA Identificação Correta do Paciente. Melhorar a eficácia da Comunicação. Melhorar a Segurança para Medicamentos de Alto Risco. Epidemiologia Hospitalar (cont.) 19 Melhorar a Segurança para Medicamentos de Alto Risco. Eliminar a possibilidade de realizar cirurgias erradas, em paciente errado, na parte errada. Redução dos Riscos de Infecção Hospitalar. Redução dos riscos e danos decorrentes de queda. 3 Macros Objetivos em Segurança: Higienização de Mãos Segurança do Paciente Cirúrgico Epidemiologia Hospitalar (cont.) Segurança do Paciente Cirúrgico Infecção Primária de Corrente Sanguínea/ CVC 5 milhões de vidas protegidas de danos. INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE: Infecção adquirida após a internação, que se manifeste durante esse período ou após a alta, de forma que possa ser relacionada com a internação; procedimentos hospitalares ou Epidemiologia Hospitalar (cont.) relacionada com a internação; procedimentos hospitalares ou com procedimentos relacionados a saúde mesmo sem internação. Diagnóstico diferencial entre infecção comunitária e IH está apoiado fundamentalmente no período de incubação do microrganismo e na infecção já presente na admissão. Infecção pré-existente, com isolamento de germe diferente na mesma topografia e agravamento das condições clínicas (superinfecção); Período de incubação do agente infeccioso; Toda manifestação clínica de infecção a partir de 48 h Epidemiologia Hospitalar (cont.) Toda manifestação clínica de infecção a partir de 48 h internação; Infecções manifestadas antes de 48 h de internação, associadas a procedimentos diagnósticos ou terapêuticos; Infecções no RN, com exceção das transmitidas por via transplacentária. Como controlar a infecção? Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH Epidemiologia Hospitalar (cont.) 23 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH Colaboradores da Instituição de Saúde Desenvolver ações de vigilância, prevenção e controle da Infecções Hospitalares e diminuição da gravidade. Epidemiologia Hospitalar (cont.) diminuição da gravidade. Controle e Qualidade da AssistênciaPrestada SCIH Atua no Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar; Realiza Vigilância Epidemiológica mapeia perfil da instituição hospitalar; Epidemiologia Hospitalar (cont.) hospitalar; Faz a notificação compulsória; Seleciona antissépticos e desinfetantes... Padronização de fármacos; Segurança Profissional. Ações do(a) enfermeiro(a) controlador(a) de infecções relacionadas à assistência à saúde Aplicação das ferramentas de epidemiologias Investigação Estatísticas Epidemiologia Hospitalar (cont.) Estatísticas Elaboração de indicadores - Aplicação das ferramentas da qualidade Análise dos indicadores Investigação dos fatores de risco Implementação de melhorias http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017021003365 Por que essas infecções ocorrem? Epidemiologia Hospitalar (cont.) 28 Risco para infecção hospitalar Epidemiologia Hospitalar (cont.) Quais são os riscos para infecção hospitalar? Cateter Venoso Central de Curta, Média e Longa Permanência; Sonda Vesical de Demora; Ventilação Mecânica Invasiva e não Invasiva; Drenos com maior tempo de permanência; Epidemiologia Hospitalar (cont.) Drenos com maior tempo de permanência; Uso de antibióticos prévios e prolongados; Cirurgias (incisões, curativos, etc.); Ulceras por Pressão. Epidemiologia das Doenças Infecciosas Epidemiologia Hospitalar (cont.) Reservatórios no Hosp. pessoas (pacientes e trabalhadores); animais (insetos e roedores); Fonte Objetos inanimados ou animados: pessoas; Epidemiologia Hospitalar (cont.) animais (insetos e roedores); água e seu sistema de distribuição; medicamentos injetáveis; soluções parenterais; objetos e equipamentos utilizados na assistência. pessoas; Animais; Ambiente; Dispositivos; instrumentais, artigos e equipamentos médico- hospitalares. Vias de Eliminação Na transmissão inter-humana de doenças: Secreções genitais; Nasais, orais e faríngeas; Formas de Transmissão CONTATO - maior frequente e importante de transmissão das IRAS. CONTATO DIRETO: contato de sítio anatômico para sítio anatômico. Esse tipo Epidemiologia Hospitalar (cont.) Nasais, orais e faríngeas; Fezes; Urina; Sangue; Escarro; descamação epitelial; leite materno etc. anatômico para sítio anatômico. Esse tipo de contato pode ocorrer entre profissional-paciente, paciente- profissional, paciente-paciente. CONTATO INDIRETO: contato de um hospedeiro susceptível com algum objeto contaminado utilizado na assistência. Formas de Transmissão GOTÍCULAS Gotículas com microorganismos da pessoa-fonte, através do ar e depositadas na conjuntiva, mucosa nasal ou na boca do hospedeiro. VEÍCULO COMUM Microrganismos transmitidos por itens como alimentos, água, medicamentos, dispositivos e equipamentos e que podem contaminar várias pessoas, provocando surtos. Teoricamente, também é uma Epidemiologia Hospitalar (cont.) hospedeiro. VIA AÉREA Disseminação dos núcleos de gotículas veiculadas pelo ar contendo microrganismos. Após a evaporação os microrganismos permanecem em suspensão por longo período de tempo. surtos. Teoricamente, também é uma forma de transmissão por contato indireto. VETOR Quando vetores como mosquitos, moscas, ratos e outros insetos transmitem microrganismos no contato direto com pessoas e substância, como alimentos. Epidemiologia Hospitalar (cont.) 39 Referências Três décadas de epidemiologia hospitalar e o desafio da integração da Vigilância em Saúde: reflexões a partir de um caso. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017021003365 Vigilância epidemiológica no âmbito hospitalar http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n3/itsaude.pdf Epidemiologia Hospitalar (cont.) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica. http://bvsms.saude.gov.br/php/index.php Óbitos associados à infecção hospitalar, ocorridos em um hospital geral de Sumaré-SP, Brasil – Aline Caixeta Guimarães, Maria Rita Donalisio, Thaiana Helena Roma Santiago, June Brarreiros Freire Estudos Epidemiológicos Epidemiologia HospitalarEpidemiologia Hospitalar Adaptado – 2020-1 Prof.ª Dr.ª Eliane Caixeta de Lima Lucas
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