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2017	-	02	-	13
Revista	de	Processo
2016
REPRO	VOL.	257	(JULHO	2016)
TUTELA	PROVISÓRIA
Tutela	Provisória
1.	A	tutela	provisória	no	ordenamento	jurídico	brasileiro:	a	nova	sistemática	estabelecida	pelo
CPC/2015	comparada	às	previsões	do	CPC/1973
Temporary	protection	in	brazilian	law:	the	new	systematic	established	by	the	Civil
Procedure	Code	of	2015	compared	to	the	Civil	Procedure	Code	of	1973
(Autores)
ALUISIO	GONÇALVES	DE	CASTRO	MENDES
Pós-Doutor	pela	Universidade	de	Regensburg	(Alemanha).	Doutor	em	Direito	pela	Universidade	Federal	do	Paraná	(UFPR).	Mestre	em	Direito	pela	Universidade	Federal	do
Paraná	(UFPR)	e	pela	Johann	Wolfgang	Goethe	Universität	(Frankfurt	am	Main,	Alemanha)	e	Especialista	em	Direito	Processual	Civil	pela	Universidade	de	Brasília	(UnB).
Professor	nas	Universidades	do	Estado	do	Rio	de	Janeiro	(UERJ)	e	Estácio	de	Sá	(Unesa).	Diretor	de	Cursos	e	Pesquisas	da	Escola	da	Magistratura	Regional	Federal	da	2.ª
Região	(EMARF).	aluisiomendes@terra.com.br
LARISSA	CLARE	POCHMANN	DA	SILVA
Doutoranda	e	Mestre	em	Direito	pela	Universidade	Estácio	de	Sá	(Unesa).	Membro	do	Instituto	Brasileiro	de	Direito	Processual	(IBDP),	da	Associação	Brasileira	de	Direito
Processual	(ABDPro)	e	da	Rede	de	Pesquisa	Empírica	(Reed).	Professora	no	curso	de	graduação	e	de	pós-graduação	lato	sensu	da	Universidade	Candido	Mendes	(Ucam).
Professora	Adjunta	do	Unifeso.	Advogada.	larissacpsilva@gmail.com
Sumário:
Introdução
1	O	processo	civil	brasileiro:	transformações	nas	acepções	de	processo	a	partir	da	técnica	processual
2	As	tutelas	de	urgência	e	de	evidência:	do	CPC/1973	à	nova	sistemática	do	CPC/2015
3	Disposições	gerais	sobre	a	tutela	provisória
4	A	tutela	de	urgência
4.1	Disposições	gerais	relativas	à	tutela	de	urgência
4.2	A	tutela	antecipada	em	caráter	antecedente
4.3	A	tutela	cautelar	em	caráter	antecedente
5	A	tutela	de	evidência
6	A	estabilização	da	tutela	antecipada
Conclusão
Referências	Bibliográficas
Área	do	Direito:	Processual
Resumo:
O	presente	artigo	destaca	a	nova	sistemática	da	tutela	provisória	trazida	pelo	Código	de	Processo	Civil	Brasileiro	de	2015	comparativamente	ao	diploma	anterior,	o
Código	de	1973.	Para	isso,	realiza	uma	abordagem	da	tutela	sumária	a	partir	da	técnica	processual	e,	então,	elucida	o	que	foi	mantido,	aperfeiçoado	ou	criado	em
relação	ao	tema,	enfatizando	que	as	mudanças	de	maior	destaque	foram	a	possibilidade	de	estabilização	da	tutela	antecipada,	o	procedimento	da	tutela	antecipada
antecedente	e	o	processo	cautelar	sincrético	no	caso	da	tutela	cautelar	antecedente.
Abstract:
This	article	analyses	the	new	system	of	the	provisory	measures	brought	by	the	Brazilian	Civil	Procedure	Code	of	2015	compared	to	the	Code	of	1973.	In	order	to	do
this,	 it	 studies	 the	 provisory	measures	 according	 to	 the	 procedural	 technique,	 and,	 then,	mentions	 the	 institutes	 that	were	maintained,	 improved	 or	 created	 in
relation	to	the	issue,	noting	that	the	most	relevant	changes	were	the	possibility	of	the	stabilization	of	injunctive	relief,	the	systematic	of	previously	injunction	relief
and	the	syncretic	process	in	case	of	previous	protective	injunctive	relief.
Palavra	Chave:	Medidas	de	Urgência	-	Código	de	Processo	Civil	de	1973	-	Código	de	Processo	Civil	de	2015
Keywords:	Urgent	Measures	-	Civil	Procedure	Code	of	1973	-	Civil	Procedure	Code	of	2015
Introdução
O	Código	de	Processo	Civil	Brasileiro	de	1973,	em	sua	origem,	dispunha	sobre	as	tutelas	cautelares	no	Livro	III,	após	regular,	no	Livro	I,	o	processo	de	conhecimento
e,	no	Livro	II,	o	processo	de	execução,	além	de,	no	Livro	IV,	haver	a	possibilidade	de	liminar	nos	procedimentos	especiais,	como,	por	exemplo,	a	concessão	da	tutela
possessória	para	os	casos	de	posse	de	força	nova.
Ocorre	que	a	prática	jurídica	indicava	a	necessidade	de	algumas	medidas	que	não	se	limitassem	a	assegurar	o	resultado	prático	do	processo	ou,	tampouco,	a	realizar
o	direito	afirmado	pelo	autor,	mas	concedessem,	de	forma	antecipada,	os	efeitos	do	provimento	jurisdicional.	Diante	dessa	perspectiva,	o	CPC	de	1973	passou,	dentre
outras	reformas	setoriais,	pelo	advento	da	Lei	8.952/1994,	que,	alterando	a	redação	do	art.	273,	trouxe	a	previsão	da	tutela	antecipada	no	ordenamento	processual,
bem	como,	através	da	Lei	10.444/2002,	pela	posterior	inclusão	da	fungibilidade	das	tutelas	sumárias.
O	novo	Código	de	Processo	Civil	 teria	diversos	desafios	 a	 enfrentar,	 em	virtude	de	 o	 tempo	 se	destacar	 como	uma	questão	 relevante	no	 cenário	mundial	 e,	 em
inúmeras	situações,	a	urgência	pode	ser	a	questão	mais	relevante,	procurando-se	efetivar	essa	tutela	provisória	como	a	própria	forma	de	solução	do	conflito.	Nessa
perspectiva,	a	nova	legislação	aprimorou	o	sistema	do	Código	de	Processo	Civil	de	1973,	buscando,	através	da	tutela	provisória,	solucionar	os	conflitos	de	forma	mais
simples	e	célere.	Trouxe,	então,	uma	tutela	de	urgência,	de	natureza	antecipada	ou	cautelar,	ambas	antecedentes	ou	incidentes,	e	a	tutela	de	evidência.
O	presente	 trabalho	objetiva	analisar	a	nova	sistemática	da	 tutela	provisória	no	CPC	de	2015,	comparativamente	ao	CPC	de	1973,	destacando	seus	desafios	e	seu
aprimoramento.	Para	cumprir	esse	objetivo,	abordar-se-ão	as	transformações	no	processo	a	partir	da	técnica	processual	para,	então,	passar	à	análise	comparativa
da	tutela	provisória	do	CPC	de	2015	em	relação	à	tutela	antecipada	e	à	tutela	cautelar	do	 CPC/1973.
1.	O	processo	civil	brasileiro:	transformações	nas	acepções	de	processo	a	partir	da	técnica	processual
O	processo	civil	brasileiro	passou	do	apego	ao	 formalismo	para	o	processo	como	instrumento,	depois	para	a	 tutela	do	direito	material.	O	 formalismo	não	estava
associado	apenas	à	forma,	mas,	especialmente,	à	delimitação	dos	poderes,	faculdades	e	deveres	dos	sujeitos	processuais,	coordenando	as	atividades,	ordenando	o
procedimento	 e	 organizando	o	processo,	 para	atingir	 suas	 finalidades	 essenciais. 1	 Foi	 o	 elemento	 fundador	da	 ideia	de	 efetividade	 e	de	 segurança	do	processo,
associando-se	a	forma	a	uma	garantia	de	segurança.
Porém,	com	o	tempo,	o	termo	sofreu	um	desgaste	e	passou	a	ser	associado	a	uma	concepção	negativa,	de	respeito	excessivo	à	forma, 2	sem	se	cogitar	da	forma	como
medida	para	a	organização	de	um	processo	justo, 3	que	alcance	suas	finalidades	últimas	em	um	tempo	razoável	e	contribua	para	a	justiça	material	da	decisão.	Pelo
contrário:	o	poder	organizador,	ordenador	e	disciplinador	do	formalismo	acabou	por	aniquilar	o	próprio	direito	ou	determinar	uma	duração	irrazoável	na	solução
do	litígio.
Nessa	época,	a	maior	contribuição	do	processualista	seria	abrandar	ou	eliminar	o	problema,	buscando	fórmulas	destinadas	a	simplificar	o	processo,	reduzindo	ou
suprimindo	os	óbices	que	a	técnica	poderia	representar	ao	desenvolvimento	da	relação	processual. 4
Como	consequência,	atrelado	às	alterações	de	concepção	políticas,	de	um	Estado	estático	para	um	Estado	dinâmico,	alterou-se	a	acepção	do	processo,	mediante	a
recuperação	do	valor	essencial	do	diálogo	na	formação	do	juízo,	com	a	cooperação	das	partes	com	o	órgão	judicial	e	deste	com	as	partes.	A	percepção	da	democracia
participativa	 levou	à	necessidade	de	uma	participação	mais	 ativa	no	processo,	 além	da	valorização	do	 contraditório	para	a	 construção	de	um	processo	 justo.	A
participação	no	processo	para	a	formação	da	decisão	foi	reconhecida	como	uma	posição	inerente	aos	direitos	fundamentais. 5
O	processo	do	Estado	Democrático	de	Direito	valoriza	a	cooperação,	o	espaço	para	o	contraditório	e	as	"formas	finalísticas",	subordinadas	às	finalidades	processuais,
além	da	atuação	dos	sujeitos	processuais	com	lealdade	e	boa-fé.	As	prescrições	formais	devem	ser	interpretadas	conforme	finalidade	e	sentido	razoáveis,	evitando-se
exageros,	de	modo	que	a	forma	não	se	sobreponha	à	tutela	do	direito	material.	Instituiu-se	o	denominado	formalismo	valorativo,	em	que	não	se	abandona	a	forma
processual,	 até	 porque	 esta	 é	 fundamental	 para	 os	 fins	 do	 processo, 6- 7	 mas	 passa-se	 a	 compreender	 a	 forma	 não	 pelaforma,	 mas	 como	 tutela	 dos	 direitos
fundamentais. 8
Porém,	um	dos	grandes	desafios	do	direito	processual	civil 9	é	o	tempo	do	processo,	o	tempo	que	o	processo	demorará	até	uma	resposta	jurisdicional	efetiva, 10	capaz
de	tutelar	com	efetividade	o	direito	material.
O	constante	aumento	do	número	de	demandas	no	Poder	Judiciário,	que	se	soma	a	um	elevado	quantitativo	de	demandas	pendentes, 11	indicando	a	insuficiência	de
se	ampliarem	os	recursos	materiais	e	humanos	se	desconectados	da	aplicação	de	instrumentos	processuais	adequados,	proporciona	um	natural	prolongamento	no
tempo	de	duração	dos	processos. 12	Como	consequência,	a	técnica	processual	precisa	ser	constantemente	analisada	e	realinhada	à	finalidade	de	tutela	dos	direitos
fundamentais.
Como	forma	de	abrandar	os	efeitos	do	tempo	nos	processos 13	e,	principalmente,	para	fazer	frente	aos	novos	padrões	de	tempo	na	sociedade,	o	legislador	adotou
formas	 de	 tutelas	 de	 urgência,	 de	 natureza	 provisória,	 para	 assegurar	 a	 efetividade	 do	 provimento	 final,	 com	 a	 finalidade	 de	 afastar	 o	 risco	 decorrente	 da
morosidade	do	processo.	Porém,	esta	sumarização	do	conhecimento	deve	ser	reconhecida	como	relativa,	com	o	objetivo	de	evitar	o	desequilíbrio	entre	a	celeridade,
o	contraditório	e	a	segurança	jurídica.
Por	certo,	não	há	fórmula	mágica, 14	capaz	de	afastar	todos	os	males,	mas	passa-se	a	abordar	as	alterações	legislativas	com	o	escopo	de	debelar	os	riscos	do	tempo
frente	à	proteção	do	direito	material.
2.	As	tutelas	de	urgência	e	de	evidência:	do	CPC/1973	à	nova	sistemática	do	CPC/2015
Em	sua	origem,	o	 CPC/1973	dispunha,	em	termos	gerais,	sobre	uma	tutela	de	urgência,	a	tutela	cautelar.	A	Exposição	de	Motivos	do	diploma	indicava,	com	o	título
"Do	Plano	da	Reforma",	que	o	código	está	dividido	em	5	(cinco)	livros,	sendo	o	processo	cautelar	o	Livro	III,	um	tertium	genus, 15	que	continha	as	funções	de	processo
de	 conhecimento	e	de	execução,	 tendo	 como	elemento	específico	a	prevenção.	Havia,	 ainda,	 em	 termos	específicos,	 a	possibilidade	de	 concessão	de	 liminar	nos
procedimentos	especiais,	como	a	previsão	da	concessão	da	tutela	possessória	para	a	posse	de	força	nova,	no	Livro	IV.
O	fator	tempo,	seja	em	relação	ao	processo	de	conhecimento,	seja	em	relação	à	execução,	era	a	principal	razão	da	existência	do	processo	cautelar,	que	evita	que	seja
reduzido	o	valor	das	coisas	envolvidas	no	processo,	tenta	impedir	que	desapareçam	os	próprios	bens	ou	os	meios	probatórios. 16	As	cautelares,	na	perspectiva	do
processo,	 referiam-se	 a	 um	pedido	 de	 tutela	 jurisdicional	 provisória,	 com	 caráter	 instrumental,	 para	 garantir	 a	 oportuna	 fruição	 de	 um	direito	 que	 ainda	 será
reconhecido	ou	satisfeito	por	outra	atuação	jurisdicional. 17
Eram,	portanto,	as	cautelares	medidas	preventivas,	 sem	caráter	satisfativo,	por	não	 tutelarem	diretamente	o	plano	do	direito	material,	 sendo	restritas	a	evitar	a
consumação	do	dano,	autorizando	que	o	magistrado	decida	rapidamente,	com	base	em	cognição	insuficiente	para	formar	a	coisa	julgada	material, 18	ressalvada	a
hipótese	prevista	no	art.	 810	do	 CPC/1973,	se	o	juiz	reconhecesse	a	alegação	de	prescrição	ou	de	decadência	do	direito	material	no	bojo	da	cautelar.
Porém,	na	prática	forense,	muitas	vezes	era	deturpada	a	finalidade	cautelar,	que	acabava	requerida	com	caráter	satisfatório.	Resolvendo	esse	problema,	em	1994,	a
Lei	 8.952,	 com	 uma	mudança	 no	 sistema	 processual,	 inseriu	 no	 ordenamento	 brasileiro	 a	 figura	 da	 tutela	 antecipada,	 no	 art.	 273	 do	 CPC/1973.	 A	 tutela
antecipada	se	consagrou	como	medida	de	caráter	satisfatório,	enquanto	a	medida	cautelar	voltou-se	apenas	à	sua	natureza	instrumental,	deixando	cada	uma	das
medidas	capazes	de	outorgar	uma	tutela	jurisdicional	adequada	efetiva	a	determinado	direito, 19	seja	ele	a	antecipação,	total	ou	parcial,	do	direito	material	que	se
pretende	obter	a	tutela	definitiva	com	o	processo,	seja	a	tutela	a	assegurar	a	efetividade	de	um	provimento	jurisdicional	futuro. 20	Ovídio	Baptista	destacou	a	tutela
cautelar	 como	 responsável	 por	 combater	 o	 perigo	 da	 infrutuosidade	 da	 tutela	 jurisdicional,	 enquanto	 a	 tutela	 antecipada	 combateria	 o	 perigo	 da	 tardança	 do
provimento	jurisdicional. 21
A	 divisão	 do	 CPC/1973 22	 era	 de	 tutela	 antecipada,	 concedida	 no	 bojo	 do	 processo,	 em	 que	 se	 objetivava	 o	 reconhecimento,	 ao	 final,	 do	 direito	 total	 ou
parcialmente	requerido	de	fruição	a	título	de	tutela	antecipada,	e	de	tutela	cautelar,	antecedente/preparatória,	ou,	ainda,	incidente,	distinção	prevista	nos	arts.	
800	e	 801,	parágrafo	único,	do	 CPC/1973.	A	primeira,	preparatória,	representava	o	rompimento	do	pedido	de	inércia	da	jurisdição,	com	ensejo	à	obtenção	da
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proteção	cautelar,	enquanto	que	a	incidente	era	requerida	quando	já	estava	em	curso	o	processo	principal.	As	medidas	cautelares	antecedentes,	nos	termos	do	art.	
806	do	 CPC/1973,	possuíam	um	prazo	de	30	(trinta)	dias,	a	partir	de	sua	efetivação,	para	o	ajuizamento	da	ação	principal. 23	O	referido	prazo	não	se	aplicava	à
cautelar	incidente,	pois	o	processoprincipal	já	estava	em	curso.
Contudo,	a	doutrina	já	dividia	essas	tutelas	sumárias,	em	oposição	à	cognição	plena,	concedidas	sem	a	cognição	exauriente	do	direito	material, 24	tanto	em	tutela	de
urgência,	aquela	em	que	"a	ordem	jurídica	se	vê	posta	em	perigo	iminente,	de	tal	sorte	que	o	emprego	das	outras	formas	de	atividade	jurisdicional	provavelmente	não	se
revelaria	eficaz,	seja	para	impedir	a	consumação	da	ofensa,	seja	mesmo	para	repará-la	de	modo	satisfatório", 25	como	em	tutela	de	evidência,	quando	o	direito	estaria
evidenciado	em	juízo	através	de	provas,	sendo	desnecessário	e,	também,	custoso	às	partes	aguardar	até	o	julgamento	da	causa	para	ver	a	satisfação	de	um	direito
que	já	estava	demonstrado	desde	o	início, 26	embora	essa	última	ainda	fosse	uma	denominação	pouco	comum,	mesmo	em	ordenamentos	estrangeiros. 27
Com	o	advento	do	 CPC/2015,	ocorreu	o	aprimoramento	das	tutelas	sumárias.	Preocupado	com	a	efetividade	da	tutela	jurisdicional, 28	o	novo	 CPC	agora	deixa
clara	a	possibilidade	de	concessão	de	tutela	de	urgência	e	de	tutela	de	evidência,	ambas	sob	o	gênero	tutela	provisória.	Essas	espécies	de	tutela	vêm	disciplinadas	na
Parte	 Geral,	 tendo	 também	 desaparecido	 o	 livro	 das	 Ações	 Cautelares.	 As	 tutelas	 de	 urgência	 e	 da	 evidência	 podem	 ser	 requeridas	 antes	 ou	 no	 curso	 do
procedimento	em	que	se	pleiteia	a	providência	principal.
A	Lei	13.105/2015	possui	uma	Parte	Geral,	com	seis	Livros,	uma	Parte	Especial	e	um	último	Livro	sobre	as	Disposições	Finais	e	Transitórias.	Na	Parte	Geral,	a	tutela
provisória	encontra-se	prevista	no	Livro	V	e	está	estruturada	como:	Título	I,	Disposições	Gerais;	Título	II,	Da	Tutela	de	Urgência	e	Título	III,	Da	Tutela	de	Evidência.	O
Título	 II	 -	 Da	 Tutela	 de	Urgência	 -	 possui	 três	 capítulos:	 Capítulo	 I,	 Disposições	Gerais;	 Capítulo	 II,	 Do	 procedimento	 da	 tutela	 antecipada	 requerida	 em	 caráter
antecedente	e	Capítulo	III,	Do	procedimento	da	tutela	cautelar	requerida	em	caráter	antecedente.
Nesse	diapasão,	a	tutela	provisória,	retratada	nos	arts.	294	a	311	do	novo	diploma	se	subdivide	em	tutela	de	urgência,	nos	arts.	300	a	310,	e	em	tutela	de	evidência,
retratada	no	art.	311.	Por	sua	vez,	a	tutela	de	urgência	pode	ter	natureza	de	tutela	antecipada,	concedida	em	caráter	antecedente	(arts.	303	e	304)	ou	em	caráter
incidente,	ou	natureza	de	tutela	cautelar,	também	concedida	em	caráter	antecedente	(arts.	305	a	310)	ou	em	caráter	incidental.
3.	Disposições	gerais	sobre	a	tutela	provisória
Tutela	provisória	é	a	tutela	proferida	em	cognição	sumária	ou	não	exaustiva, 29	isto	é,	sem	cognição	exauriente,	sem	profundo	debate	sobre	o	objeto	da	decisão. 30	É
uma	tutela	precária,	por	conservar,	em	regra,	a	sua	eficácia	ao	longo	do	processo,	ressalvando	a	possibilidade	de	serem	protraídos	os	efeitos,	apenas	para	a	tutela
antecipada,	em	caso	de	estabilização.	Assim	como	o	regime	da	tutela	antecipada	(art.	 273,	§	4.º	do	 CPC/1973)	e	da	tutela	cautelar	do	 CPC/1973	(art.	807),	a
tutela	provisória	poderá	ser	revogada	ou	modificada	a	qualquer	tempo,	com	a	ressalva,	aqui,	também	para	a	antecipação	de	tutela	estabilizada.	A	revogação	ou	a
modificação	são,	em	regra,	corolários	da	base	cognitiva	sumária,	que	ocorre	durante	o	desenvolvimento	do	procedimento,	quando	é	possível	às	partes	trazer	novos
elementos	capazes	de	alterar	a	convicção	judicial	sobre	o	direito	postulado	em	juízo,	e	podem	ocorrer	na	hipótese	de	alteração	posterior	no	estado	de	fato,	devido	ao
caráter	rebus	sic	stantibus	da	medida. 31	Esta	revogação	tem	sua	duração	limitada	ao	advento	da	tutela	definitiva,	tanto	que	o	caput	do	art.	296	se	refere	à	"pendência
do	processo	principal".
A	efetivação	da	tutela	provisória	deferida	observará	as	normas	do	cumprimento	provisório	de	sentença	(art.	297,	parágrafo	único),	mas	a	disposição	da	parte	geral
se	coaduna	com	o	art.	301	do	novo	diploma	sobre	tutela	de	urgência,	prevendo	que	o	 juiz	poderá	se	valer	de	qualquer	medida	cautelar	para	assegurar	o	direito,
como	arresto,	sequestro,	arrolamento	de	bens,	registro	de	protesto	contra	alienação	de	bem.	Este	dispositivo	é	semelhante	ao	art.	 273,	§	4.º	do	 CPC/1973,	pois	a
tutela	provisória	que	imponha	um	fazer	ou	não	fazer	deve	se	concretizar	através	da	fixação	da	multa	coercitiva,	da	expedição	de	mandado	de	busca	e	apreensão,	da
imissão	na	posse	ou	de	medidas	necessárias	para	efetivar	o	direito	da	parte,	enquanto	as	obrigações	de	quantia	certa	se	submetem	ao	cumprimento	provisório	das
obrigações	de	quantia	certa.
No	novo	Código,	o	fundamento	da	tutela	provisória,	nos	termos	do	art.	294	do	novo	 CPC,	pode	ser	a	urgência	ou	a	evidência.
A	tutela	provisória	de	urgência	(de	natureza	satisfativa	-	a	tutela	antecipada	-	ou	de	natureza	instrumental	-	a	tutela	cautelar)	pressupõe	a	probabilidade	do	direito	e
o	perigo	de	dano	ou	o	 risco	ao	 resultado	útil	 do	processo.	Como	consequência,	nos	 termos	da	previsão	do	art.	 12,	 IX,	do	novo	 CPC,	a	urgência	constitui	uma
exceção	à	ordem	cronológica	prevista	pelo	novo	diploma,	em	virtude	do	risco	de	perecimento	do	próprio	direito. 32	Ademais,	o	novo	 CPC	excepciona,	no	art.	9.º,	I,
a	 necessidade	 do	 contraditório	 prévio	 obrigatório	 na	 tutela	 provisória	 de	 urgência.	 A	 tutela	 de	 urgência	 poderá	 ser	 concedida	 inaudita	 altera	 parte,	 com	 o
contraditório	postergado,	em	virtude	do	risco	de	ineficácia	da	própria	medida	pelo	decurso	do	tempo.
A	tutela	de	evidência	pressupõe	a	demonstração	de	que	as	afirmações	de	fato	estejam	comprovadas,	nos	termos	do	art.	311,	e	possui	natureza	satisfativa.	Nos	termos
do	art.	294,	o	parágrafo	único,	a	tutela	de	evidência	será	sempre	incidental,	sendo	a	classificação	de	antecedente	ou	incidente	aplicável	apenas	à	tutela	de	urgência.
A	referência	incidental	significa	que	será	requerida	no	processo	em	que	se	pede	ou	em	que	já	se	pediu	a	tutela	definitiva,	seja	na	petição	inicial	ou	em	qualquer
outro	momento	posterior.
Sendo	a	 tutela	provisória	 incidente,	seu	requerimento	ocorrerá	por	mera	petição	nos	autos	do	processo	principal.	Porém,	sendo	antecedente,	segue-se	a	 ideia	do
processo	cautelar	preparatório,	que	será	analisada	pelo	juiz	competente	para	o	processo	principal.	Nas	hipóteses	de	causas	de	competência	originária	dos	tribunais
ou	de	recursos,	a	tutela	provisória	será	requerida	ao	órgão	jurisdicional	competente	para	apreciar	o	mérito	do	recurso	ou	da	ação	de	competência	originária.
A	tutela	provisória	incidental	independente	do	pagamento	de	custas	(art.	295).	A	previsão	teve	como	escopo	afastar	a	possibilidade	de	incidência	ou	acréscimo	de
custas	sobre	esta	medida,	que	é	inerente	ao	acesso	à	justiça	e	à	efetividade	do	processo.	Porém,	merece	destaque	que	as	custas	poderão	incidir	não	sobre	o	pleito	de
tutela	 provisória,	 mas	 em	 decorrência	 do	 ajuizamento	 da	 demanda,	 sendo	 indiferente,	 em	 princípio,	 se	 o	 pedido	 principal	 se	 faz	 acompanhado,	 ou	 não,	 do
requerimento	de	tutela	provisória.
4.	A	tutela	de	urgência
O	título	Tutela	de	Urgência,	no	novo	diploma,	está	dividido	em	três	capítulos,	o	primeiro	relativo	às	disposições	gerais,	o	segundo	relacionado	ao	procedimento	da
tutela	antecipada	requerida	em	caráter	antecedente	e	o	último	relacionado	à	tutela	cautelar	requerida	em	caráter	antecedente.
4.1.	Disposições	gerais	relativas	à	tutela	de	urgência
A	denominada	 tutela	de	urgência	pelo	novo	Código	de	Processo	Civil	 contém	características	da	medida	cautelar	e	de	uma	das	modalidades	de	 tutela	antecipada
(calcada	no	 risco	da	demora)	 existentes	 à	 luz	do	 CPC/1973.	O	 legislador	 trouxe	uma	unificação	 das	medidas, 33	 tendo	 em	vista	 o	 critério	 da	natureza, 34	para
proteger	o	direito	que	se	encontra	em	risco.
No	Código	de	1973,	a	tutela	cautelar,	instrumental,	tinha	como	requisitos	a	indicação	da	exposição	sumária	do	direito	ameaçado	ou	fumus	boni	iuris,	isto	é,	que	o	juiz
se	convença	sumariamente	da	existência	do	direito	e	das	consequências	 jurídicas	pretendidas	pelo	requerente	para	a	concessão	da	tutela	cautelar	e	do	receio	de
lesão,	também	referido	comopericulum	in	mora,	o	perigo	da	demora	da	prestação	jurisdicional	(art.	800,	IV).	Já	a	tutela	antecipada,	de	natureza	satisfativa,	com	base
na	urgência,	não	se	limita	ao	preenchimento	das	situações	dos	incisos	I	ou	II	do	art.	273.	Era	preciso,	ainda,	a	prova	inequívoca	daverossimilhança	da	alegação	para	a
tutela	antecipada,	enquanto	a	cautelar	dispõe	sobre	fundado	receio	de	dano,	ambas	indicando	cognição	sumária.	A	prova	inequívoca	da	verossimilhança	da	alegação
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é	a	prova	suficiente	para	a	formação	de	um	juízo	sobre	a	medida	pleiteada,	quando	ainda	não	foi	plenamente	realizado	o	contraditório.	Barbosa	Moreira	destaca
que	"o	juiz	deve	reclamar	uma	forte	probabilidade	de	que	o	direito	alegado	realmente	exista". 35
O	novo	código,	seguindo	as	lições	e	a	terminologia	sempre	indicada	por	Barbosa	Moreira,	se	utiliza	do	binômio	probabilidade	do	direito	e	perigo	de	dano	ou	risco	ao
resultado	 útil	 do	 processo.	 A	 probabilidade	 do	 direito	 é	 a	 plausibilidade	 do	mesmo	 quando	 da	 apreciação	 do	 requerimento	 do	 pedido	 de	 tutela.	 A	 urgência	 é
caracterizada	pela	situação	de	perigo,	relacionada	ao	direito	a	ser	protegido.	O	perigo	de	dano	deve	ser,	também,	concreto,	atual	e	grave. 36	Além	disso,	o	dano	deve
ser	irreparável	(com	consequências	irreversíveis)	ou	de	difícil	reparação	(aquele	que,	se	ocorrer,	provavelmente	não	será	reparado,	seja	por	sua	própria	natureza,
seja	pelas	condições	econômicas	da	parte	contrária). 37
A	tutela	de	urgência	poderá	ser	concedida	inaudita	altera	parte,	mas,	sempre	que	possível	e	desde	que	não	prejudique	a	consecução	ou	o	resultado	da	medida,	deve
ser	analisada	após	a	oportunidade	de	manifestação	da	parte	contrária 38	ou,	caso	o	juiz,	ao	analisar	o	requerimento	da	tutela	de	urgência,	não	se	convença,	de	plano,
sobre	 as	 razões	 para	 seu	 deferimento	 ou	 indeferimento,	 poderá	 haver	 designação	 de	 uma	 audiência	 de	 justificação	 prévia,	 para	 que	 o	 requerente	 esclareça	 a
demonstração	dos	requisitos	necessários	à	concessão	da	medida.
O	novo	Código	manteve	a	vedação	existente	à	luz	do	 CPC/1973	de	concessão	de	tutela	de	urgência	diante	do	risco	de	irreversibilidade	da	decisão.	No	Código	de
1973,	esta	exigência	não	era	interpretada	ao	extremo.	Em	sendo	cabível	a	concessão	da	tutela,	a	mera	irreversibilidade	da	situação	antecipatória	não	poderia	obstar
sua	concessão,	como	nos	casos	que	envolvessem	situações	de	risco	aos	direitos	fundamentais,	como,	por	exemplo,	a	concessão	de	tutela	antecipada	para	a	entrega	de
um	remédio	vital.	Esta	exceção	constava,	inclusive,	na	parte	final	do	art.	273,	§	2.º	do	Código	de	Processo	Civil	de	1973,	mas	acabou	retirada	no	processo	legislativo. 39
Mesmo	que	o	bem	jurídico	do	autor	que	possa	ser	afetado	pela	não	concessão	da	medida	seja	qualitativamente	distinto	do	bem	jurídico	do	réu,	estando	presentes
seus	requisitos,	a	concessão	da	medida	decorre	de	um	modelo	constitucional	do	processo	civil,	de	prestação	de	uma	tutela	jurisdicional	adequada	e	efetiva. 40	Neste
sentido,	deve	ser	mantida	a	mesma	interpretação	do	código	anterior	à	luz	do	novo	código	de	processo	civil.
Nas	disposições	gerais	do	 CPC/2015,	há,	ainda,	a	referência	à	responsabilidade	civil	do	requerente	no	caso	de	 tutela	de	urgência.	A	responsabilidade	civil	nas
medidas	de	urgência	é	de	natureza	objetiva, 41	cabendo	ao	requerente	da	medida	ressarcir,	independente	de	culpa,	as	perdas	e	danos	ao	requerido,	em	virtude	da
efetivação	 da	medida,	 e	 não	 de	 sua	mera	 concessão.	A	 apuração	 do	 valor	 ocorrerá	 através	 da	 liquidação,	 nos	mesmos	 autos	 em	que	 a	 tutela	 for	 concedida.	 As
hipóteses	são	similares	no	diploma	de	1973	e	no	atual:	o	inciso	I	reafirma	o	caráter	provisório	da	tutela	de	urgência	e	sua	relação	de	dependência	com	o	desfecho	do
julgamento	da	demanda;	o	 inciso	II	 tem	a	 intenção	de	evitar	um	retardamento	da	marcha	processual	por	aquele	que	foi	beneficiado	pela	concessão	da	tutela	de
urgência;	o	 inciso	III	alude	à	previsão	do	art.	303,	§	2.º	do	novo	diploma,	bem	como	aos	 incisos	do	art.	309,	punindo-se	a	desídia	do	requerente	da	medida.	Cabe
destacar	que,	na	hipótese	do	inciso	II	do	art.	309	do	novo	 CPC	(correspondente	ao	art.	 808,	II,	do	 CPC/1973),	a	responsabilidade	civil	nãoestaria	configurada
diante	da	não	execução	da	cautelar,	mas	sim	pela	sua	execução	após	o	prazo	de	30	(trinta)	dias. 42	Por	fim,	o	inciso	IV	prevê	a	responsabilidade	civil	daquele	que
executou	a	medida	de	urgência	para	proteger	direito	que	já	estava	decaído	ou	com	a	pretensão	prescrita.
4.2.	A	tutela	antecipada	em	caráter	antecedente
No	Código	de	1973,	a	 tutela	antecipada	era	 sempre	 incidental.	O	procedimento	da	 tutela	antecipada	em	caráter	antecedente	é,	 talvez,	uma	das	 inovações	do	
CPC/2015	que	merecem	maior	ênfase.
A	tutela	de	urgência	satisfativa	(antecipada)	antecedente	é	aquela	requerida	dentro	do	processo	em	que	se	pretende	pedir	a	tutela	definitiva,	no	intuito	de	adiantar
seus	efeitos,	mas	antes	da	formulação	do	pedido	da	tutela	final. 43	Essa	modalidade,	porém,	deve	ser	concebida	como	opção,	quando	a	parte	não	puder,	desde	logo,
requerer	tal	provimento	com	o	pedido	de	tutela	final. 44
Nesta	hipótese,	segundo	previsão	do	art.	303	do	novo	 CPC,	a	petição	inicial	limita-se:	a)	ao	requerimento	da	tutela	antecipada;	b)	à	indicação	de	tutela	final	-	que
será	formulado	no	prazo	previsto	em	lei	para	aditamento;	c)	à	exposição	da	lide	e	do	direito	que	se	busca	realizar;	d)	ao	perigo	de	dano	ou	do	risco	ao	resultado	útil
do	processo;	e)	ao	valor	da	causa,	considerando	o	pedido	de	tutela	definitiva	que	se	pretende	formular;	f)	à	indicação	do	caráter	antecedente	(art.	303).
No	 procedimento	 antecedente,	 depois	 da	 decisão	 sobre	 a	 tutela	 pleiteada,	 deve	 haver	 a	 complementação	 da	 petição	 inicial,	 seja	 quando	 a	 tutela	 pleiteada	 for
concedida,	nos	termos	do	art.	303,	§	1.º,	I,	seja	quando	for	indeferida,	nos	termos	do	art.	303,	§	6.º,	sob	pena	de	extinção	do	processo	sem	resolução	do	mérito.	Nesse
momento	há	a	possibilidade	de	complementação	da	argumentação,	da	juntada	de	novos	documentos	e	da	confirmação	do	pedido	de	tutela	final.
Em	caso	de	concessão	da	tutela	requerida,	o	prazo	de	aditamento	será	de	15	dias	ou	outro	maior	que	o	juiz	fixar.	Por	outro	lado,	indeferida	a	tutela	antecipada,	o
prazo	 de	 emenda	 seria	 de	 cinco	 dias	 (art.	 303,	 §	 6.º),	 em	 um	 tratamento	 não	 isonômico	 diante	 de	 situações	 semelhantes,	 já	 que	 haveria	 a	 previsão	 legal	 da
necessidade	de	complementação	da	petição	inicial,	tanto	no	caso	de	deferimento	quanto	de	indeferimento	da	tutela	de	urgência	requerida.	Poder-se-ia,	até	mesmo,
se	afirmar	que,	diante	do	indeferimento,	a	necessidade	de	complementação	seria	maior,	já	que	o	requerente	não	conseguiu,	em	um	primeiro	momento,	demonstrar
ao	 juízo	a	presença	dos	requisitos	para	a	concessão	da	medida,	necessitando	complementar.	Melhor	seria	a	redação	do	novo	diploma,	portanto,	se	o	prazo	fosse
idêntico,	diante	tanto	da	concessão	quanto	da	negativa	de	tutela	de	urgência.
4.3.	A	tutela	cautelar	em	caráter	antecedente
No	Código	de	1973,	as	cautelares,	em	relação	ao	momento,	seriam	(a)	preparatórias	ou	(b)	incidentes,	distinção	prevista	nos	arts.	 800	e	 801,	parágrafo	único,	do
CPC/1973.	Em	relação	à	tutela	cautelar	preparatória,	o	procedimento	cautelar	se	caracterizaria	pela	sua	brevidade.
Já	no	novo	Código,	mantém-se	a	ideia	de	uma	cautelar	antes	do	processo	principal,	com	a	denominação	de	antecedente,	para:	a)	adiantar	provisoriamente	a	eficácia
da	tutela	definitiva	cautelar;	b)	assegurar	a	futura	eficácia	da	tutela	definitiva	satisfativa.
No	 CPC/1973,	 o	 art.	 801	 disciplinava	 a	 petição,	 tratando	 o	 inciso	 I	 sobre	 a	 competência,	 sendo	 que,	 no	 caso	 da	 cautelar	 preparatória,	 será	 a	 petição	 inicial
direcionada	 ao	 juiz	 competente	 para	 conhecer	 da	 ação	 principal, 45	 ressalvada	 a	 cautelar	 interposta	 para	 a	 concessão	 de	 efeito	 suspensivo	 ao	 recurso,	 quando
deverá	 ser	observada	a	 localização	 física	dos	autos	para	 fins	de	determinação	da	 competência	para	a	 cautelar.	A	petição	 inicial	deveria	qualificar	 requerente	 e
requerido	 (art.	 800,	 II),	 além	 de	 indicar,	 o	 processo	 principal,	 isto	 é,	 qual	 direito	 se	 pretende	 que	 seja	 reconhecido	 pela	 atividade	 jurisdicional	 (art.	 800,	 III),
exigências	estas	que	se	mostravam	particularmente	relevante	nas	hipóteses	de	cautelar	preparatória;	deveria	realizar	a	exposição	sumária	do	direito	ameaçado	ou
fumus	boni	iuris,	isto	é,	que	o	juiz	se	convencesse	sumariamente	da	existência	do	direito	e	das	consequências	jurídicas	pretendidas	pelo	requerente	para	a	concessão
da	 tutela	 cautelar,	 além	do	 receio	de	 lesão,	 também	referido	como	periculum	 in	mora,	 o	perigo	da	demora	da	prestação	 jurisdicional	 (art.	 800,	 IV),	 bem	como	a
indicação	das	provas	a	serem	produzidas	(art.	800,	V).
Se	a	petição	inicial	fosse	indeferida,	caberia	o	recurso	de	apelação,	sendo	possível,	nesse	caso,	o	exercício	do	juízo	de	retratação	pelo	juízo	que	indeferiu	a	inicial,
conforme	 previsão	 do	 art.	 296,	 parágrafo	 único,	 do	 Código	 de	 1973.	 Se	 a	 inicial	 preenchesse	 os	 requisitos	 e	 houvesse	 pedido	 de	 liminar	 inaudita	 altera	 parte,
conforme	previsão	do	art.	 804	do	 CPC/1973,	o	juiz	apreciararia,	de	plano	ou	após	audiência	de	justificação.
No	novo	 CPC,	na	petição	da	tutela	cautelar	antecedente	deve	constar:	a)	a	lide	e	seu	fundamento;	b)	a	exposição	sumária	do	direito	que	se	quer	assegurar;	c)	o
perigo	de	dano	ou	o	risco	ao	resultado	útil	do	processo.	Ao	ser	realizado	o	juízo	de	admissibilidade	da	petição	inicial,	cabe	a	emenda,	na	forma	do	art.	321	do	novo	
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CPC,	o	indeferimento,	nos	termos	do	art.	330,	ou,	ainda,	simplesmente	o	deferimento.
Destaque-se,	porém,	que	é	no	parágrafo	único	do	art.	305	do	novo	 CPC,	na	parte	de	tutela	cautelar,	que	o	legislador	previu	a	fungibilidade,	antes	positivada	no	art.
273,	§	7.º	do	 CPC/1973.	A	referida	fungibilidade	é	reconhecida	como	de	mão	dupla,	em	que	permite	ao	juízo	conceder	a	tutela	adequada,	desde	que	presentes
os	requisitos	da	tutela	considerada	como	cabível,	a	partir	da	medida	requerida. 46	Aplicada	a	fungibilidade,	haverá	a	necessária	adaptação	procedimental.
No	Código	de	1973,	o	pedido	de	liminar	antes	da	citação	do	réu	significava	que	a	intensidade	do	periculum	in	mora	era	tão	grande,	que	o	tempo	necessário	à	citação
do	 réu	 poderia	 comprometer	 o	 resultado	 útil	 da	 tutela	 jurisdicional	 pretendida,	 incidindo	 a	 previsão	 excepcional	 do	 art.	 797.	 A	 audiência	 de	 justificação	 seria
designada	para	a	colheita	de	provas	que	corroborassem	o	pedido	do	autor,	a	fim	de	auxiliar	o	magistrado	a	aferir	os	pressupostos	ou	não	da	concessão	da	liminar
cautelar.	Após	a	audiência,	o	juiz	decidiria	a	concessão	ou	não	da	liminar,	podendo	impor	ao	autor	que	prestasse	caução,	que	serviria	para	ressarcir	o	réu	caso	ele
viesse	a	sofrer	algum	dano	com	a	implementação	da	medida.	Destaque-se,	por	oportuno,	que	a	caução	nem	sempre	seria	exigida	e	não	se	poderia	exigir	caução	de
quem	não	possuísse	condições	de	prestá-la.
O	requerido	seria,	então,	citado	e,	se	houvesse	liminar	deferida	inaudita	altera	parte,	também	intimado	para	cumpri-la.	O	art.	 802	do	 CPC/1973	dispunha	que	o
prazo	de	resposta	seria	de	5	(cinco)	dias,	a	contar	do	mandado	de	citação	devidamente	cumprido	ou	do	mandado	da	execução	da	medida	cautelar,	quando	concedida
liminarmente	ou	após	justificação	prévia.
No	 CPC/2015,	embora	não	haja	referência	expressa,	uma	vez	deferida	a	inicial,	o	juiz	deverá:	a)	decidir	o	requerimento	liminar	de	tutela	cautelar;	b)	ordenar	o
cumprimento	da	medida,	caso	seja	deferida;	c)	determinar	a	citação	do	réu.	Mantém-se	a	previsão	da	legislação	anterior:	ocorrerá	a	citação	do	réu,	que	terá	o	prazo
de	5	(cinco)	dias	para	contestar,	em	relação	ao	pedido	de	tutela	cautelar,	indicando	as	provas	que	pretende	produzir,	além	de	uma	alegação	de	mérito	de	prescrição
ou	decadência.
No	 CPC/1973,	não	contestado,	de	acordo	com	a	previsão	do	art.	803,	o	juiz	deveria	decidir	a	cautelar	no	prazo	de	5	(cinco)	dias.	Já	caso	fosse	contestado	o	pedido,
em	seguida,	o	processo	ingressaria	na	fase	ordinatória,	observando	as	providências	preliminares	descritas	nos	arts.	323	a	328.	Caso	fosse	desnecessária	a	produção
de	outras	provas,	além	das	que	 já	estão	nos	autos,	ou	havendo	os	efeitos	da	revelia,	pelo	 réu	não	 ter	apresentado	contestação	 (art.	803),	ocorreria	o	 julgamento
antecipado	da	lide,	previsto	no	art.	330.	Porém,	caso	houvesse	a	necessidade	de	produção	de	provas,	seria	realizada	a	audiência	de	instrução	e	julgamento,	de	acordo
com	a	previsão	do	art.	803,	parágrafo	único.
No	 CPC/2015,	 contestada	 a	 pretensão	 cautelar,	 segue-se	 o	 novo	 procedimento	 comum.	 É,	 também,	 aplicável	 o	 julgamento	 antecipado	 do	 mérito	 (no	 caso,	 a
pretensão	da	cautelar),	regulado	nos	arts.	355	e	356	do	novo	 CPC.
No	 CPC/1973,	após,	seria	proferida	a	sentença,	em	que	o	magistrado	concederia	ou	não	ao	requerente	a	tutela	cautelar	e,	se	fosse	concedida,	caberia	à	parte,	nos
termos	do	art.	 806	do	 CPC/1973,	propor	a	ação	principal	no	prazo	de	30	(trinta)	dias,	contados	da	data	da	efetivação	da	medida	cautelar.
No	novo	 CPC,	 concedida	a	 cautelar	 em	caráter	antecedente,	 o	 legislador	apenas	previu,	no	art.	 308,	que,	 efetivada	a	 cautelar,	 ocorrerá	o	mesmo	prazo	de	30
(trinta)	dias	para	a	formulação	do	pedido	principal,	sendo	possível	aditar-se	a	causa	de	pedir	(art.	308,	§	2.º).	Porém,	a	inovação	consiste	na	formulação	do	pedido
principal	no	mesmo	processo	e	autos,	independente	de	novas	custas,	tendo-se	aí	a	ideia	de	processo	sincrético.
O	 novo	 CPC	 previu	 que	 o	 indeferimento	 da	 tutela	 cautelar	 não	 obsta	 a	 que	 a	 parte	 formule	 o	 pedido	 principal,	 salvo	 se	 o	 motivo	 do	 indeferimento	 for	 o
reconhecimento	de	decadência	ou	de	prescrição,	porque,	nestas	hipóteses,	haveria	o	julgamento	do	próprio	mérito. 47	Mas,	não	se	tratando	destas	hipóteses,	poder-
se-ia	 emendar	 a	 petição	 inicial,	 a	 exemplo	do	que	 estabelecido	no	procedimento	 antecedente	da	 tutela	 antecipada.	 Entretanto,	 o	 legislador	deixou	de	 consignar
expressamente	 o	 prazo	 para	 que	 o	 autor	 realize	 este	 aditamento	 da	 petição	 inicial.	 Portanto,	 poder-se-ia	 cogitar,	 nesta	 hipótese,	 da	 aplicação,	 por	 analogia	 de
algumas	situações,	a	ensejar	o	prazo	de:	a)	30	(trinta)	dias,	o	mesmo	previsto	para	a	emenda	em	caso	de	deferimento	da	cautelar,	nos	termos	do	art.	308	do	novo	
CPC,	contado	a	partir	da	intimação	do	indeferimento;	b)	15	(quinze)	dias,	decorrente	da	regra	geral	do	art.	321,	para	a	emenda	da	petição	inicial,	em	razão	do	não
preenchimento	dos	requisitos	 legais;	 c)	5	 (cinco)	dias,	 seguindo-se	o	padrão	 fixado	para	a	hipótese	 idêntica,	ou	seja,	na	qual	o	órgão	 jurisdicional	não	concede	a
tutela	antecipada	no	procedimento	antecedente.	Sob	o	ponto	de	vista	estritamente	analógico,	de	fato	esta	terceira	opção	é	a	que	mais	se	assemelha.	Sob	o	ponto	de
vista	prático,	enquanto	não	se	define	esta	possível	controvérsia,	esta	opção	parece	ser	a	mais	segura,	a	ser	seguida	pelas	partes,	para	se	evitar	o	contratempo	de	um
indeferimento	quanto	ao	aditamento.	Entretanto,	como	se	criticou	acima,	a	solução	adotada	para	o	procedimento	antecedente	acabou	sendo,	desnecessariamente,
casuística	e	diferenciada,	denotando,	ainda	que	involuntariamente,	a	um	apego	às	formas	e	fórmulas.	Portanto,	para	hipóteses	semelhantes,	ou	seja,	de	aditamento
da	inicial,	o	mesmo	estatuto	previu	quatro	possibilidades	distintas	quanto	ao	prazo:	a)	quinze	dias	ou	outro	prazo	maior	fixado	pelo	juiz,	nos	termos	do	art.	303,	§	1.º,
I,	quando	concedida	a	tutela	antecipada	em	caráter	antecedente;	b)	cinco	dias,	conforme	o	art.	303,	§	6.º,	em	caso	de	indeferimento	da	tutela	antecipada	em	caráter
antecedente;	 c)	 trinta	dias,	 de	 acordo	 com	o	art.	 308,	 se	deferida	a	 cautelar	 em	caráter	 antecedente;	 d)	 quinze	dias,	 seguindo-se	o	 art.	 321,	 como	 regra	 geral	de
emenda	à	inicial.	A	fixação	de	um	prazo	único	de	quinze	dias,	com	a	possibilidade	já	consagrada	no	art.	139,	VI,	no	sentido	de	que	o	órgão	judicial	poderá	dilatar	os
prazos	 processuais,	 adequando-os	 às	 necessidades	 do	 conflito	 de	 modo	 a	 conferirmaior	 efetividade	 à	 tutela	 do	 direito,	 poderia	 ter	 sido	 uma	melhor	 solução
legislativa.
Depois	de	 formulado	e	recebido	o	pedido	principal,	o	 juiz	deverá	determinar	a	 intimação	das	partes,	na	pessoa	de	seu	advogado	ou	sociedade	de	advogados,	ou
pessoalmente,	caso	não	haja	advogado	constituído	nos	autos,	observando-se,	a	partir	daí,	o	novo	procedimento	comum,	para	o	julgamento	do	pedido	principal,	com
a	audiência	de	conciliação	e	de	mediação	prevista	no	art.	334	ou,	caso	esta	seja	dispensada,	observando-se	o	prazo	de	defesa	do	art.	335	do	novo	diploma.
A	 cessação	 de	 eficácia	 da	medida	 da	 cautelar	 antecedente	 ocorrerá,	 na	 redação	 do	 art.	 309	 do	 novo	 diploma,	 que	 apenas	 reproduz	 as	 hipóteses	 do	 art.	 808	 do
diploma	anterior,	 se:	 I	 -	o	autor	não	deduzir	o	pedido	principal	no	prazo	 legal	de	30	 (trinta)	dias;	 II	 -	não	 for	efetivada	dentro	de	30	 (trinta)	dias,	 referindo-se	a
qualquer	 providência	 para	 a	 sua	 efetivação;	 III	 -	 o	 juiz	 julgar	 improcedente	 o	 pedido	principal	 formulado	pelo	 autor	 ou	 extinguir	 o	 processo	 sem	 resolução	de
mérito.
Por	fim,	o	art.	308,	§	1.º	esclarece	que,	embora	o	capítulo	se	refira	à	cautelar	em	caráter	antecedente,	a	cautelar	pode	ser	requerida,	também,	no	curso	do	processo
principal.
5.	A	tutela	de	evidência
Evidência	é	o	estado	processual	em	que	as	afirmações	de	fato	estão	comprovadas. 48	O	novo	Código	introduziu	no	ordenamento	brasileiro	a	tutela	de	evidência,	que
já	 vinha	 sendo	defendida	 pela	 doutrina 49	 durante	 a	 vigência	 do	 Código	 de	 Processo	 Civil	 de	 1973. 50	No	 art.	 273,	§	6.º,	 do	 CPC/1973,	 havia,	 na	 verdade,	 a
antecipação	do	próprio	mérito	da	causa,	 já	que	não	 faria	 sentido	deixar	o	autor	esperar	pela	 realização	de	um	direito	que	não	 se	mostra	mais	 controvertido.	A
inexistência	de	controvérsia	poderia	decorrer	do	não	desempenho	do	ônus	de	impugnação	específica	das	alegações	do	autor	(art.	 302,	 CPC/1973),	de	transação
parcial,	de	reconhecimento	parcial	do	pedido,	de	admissão,	em	audiência,	de	alegações	incontroversas	e,	em	geral,	da	existência	de	alegações	que	não	dependem	de
prova	(art.	334	 CPC/1973).
No	novo	diploma,	a	tutela	de	evidência	surge	com	essa	denominação,	por	se	tratar	de	um	direito	evidente,	logo,	sem	a	necessidade	da	demonstração	do	periculum	in
mora,	e	com	um	tratamento	mais	sistemático,	reconhecido	pela	técnica	processual	como	pressuposto	fático	para	a	obtenção	da	tutela.
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Seu	cabimento	está	previsto	no	art.	311	do	novo	Código	de	Processo	Civil,	sem	a	previsão	expressa	de	sua	estabilização,	embora	não	se	encontrem	razões	lógicas	para
a	 sua	 exclusão,	 considerando	 a	 sua	 natureza	 antecipatória.	 Suas	 hipóteses	 são:	 I)	 ficar	 caracterizado	 o	 abuso	 do	 direito	 de	 defesa	 ou	 o	 manifesto	 propósito
protelatório	da	parte,	sendo	que	o	primeiro	fica	caracterizado	no	processo,	por	isso	não	se	pode	conceder	liminarmente	e,	também,	a	outra	hipótese,	que	também
demanda	 contraditória,	 cuja	 conduta	pode	 ser	 extraída	 tanto	de	 atos	processuais,	 como	de	atos	 extraprocessuais.	 Tem-se	uma	 tutela	provisória	de	 evidência	de
caráter	punitivo	por	abuso	da	parte;	 II)	as	alegações	de	fato	puderem	ser	comprovadas	apenas	documentalmente	e	houver	tese	firmada	em	julgamento	de	casos
repetitivos	 ou	 em	 súmula	 vinculante,	 pois	 já	 há	 a	 prova	 documental	 e	 a	 questão	 de	 direito	 está	 de	 acordo	 com	 tese	 fixada,	 sendo	 uma	 tutela	 de	 evidência
documentada	fundada	em	precedente	obrigatório,	nos	termos	do	art.	 927	do	 CPC/2015;	III)	se	tratar	de	pedido	reipersecutório	fundado	em	prova	documental
adequada	do	contrato	de	depósito,	caso	em	que	será	decretada	a	ordem	de	entrega	do	objeto	custodiado,	sob	cominação	de	multa,	tratando	de	uma	tutela	provisória
fundada	apenas	na	probabilidade	do	direito	alegado	e	IV)	a	petição	inicial	for	instruída	com	prova	documental	suficiente	dos	fatos	constitutivos	do	direito	do	autor,
a	que	o	réu	não	oponha	prova	cabal	capaz	de	gerar	dúvida	razoável.
6.	A	estabilização	da	tutela	antecipada
A	 estabilização	 da	 tutela	 antecipada	 é	 uma	 técnica	 de	 monitorização	 do	 processo	 civil	 brasileiro	 para	 situações	 de	 urgência	 de	 natureza	 satisfativa,	 prevista
expressamente,	pelo	 CPC/2015,	no	capítulo	da	tutela	antecipada	requerida	em	caráter	antecedente,	mas	que	deve	ser	interpretada	como	passível	de	se	realizar
também,	 quando	manifestada	na	petição	 inicial,	 nos	 termos	do	 art.	 303,	 §	 5.º,	 na	hipótese	 de	 tutela	 de	urgência	 antecipada	 incidental	 e	 na	 tutela	 da	 evidência.
Representa,	talvez,	junto	com	o	procedimento	antecedente	para	a	tutela	antecipada,	a	principal	inovação	trazida	pelo	legislador	em	termos	de	tutela	provisória.
Para	que	a	estabilização	seja	possível,	nos	termos	dos	arts.	303	e	304,	devem	estar	presentes,	portanto,	os	seguintes	requisitos:	a)	o	autor	deve	ter	requerido	a	tutela
antecipada,	indicando	que	pretende	se	valer	deste	"benefício",	nos	termos	do	§	5.º	do	art.	304;	b)	é	preciso	que	tenha	sido	concedida	a	tutela	provisória	satisfativa;	c)
inércia	do	réu,	de	litisconsortes	ou	de	terceiros	intervenientes	diante	da	decisão	que	concede	a	tutela	antecipada,	que	não	se	confunde	com	a	revelia,	sendo	apenas	a
não	impugnação	da	tutela	antecipada	concedida.	A	doutrina	tem	apontado	que	a	estabilização,	porém,	não	será	possível	se,	embora	haja	inércia,	a	citação/intimação
do	réu	se	realizar	por	edital	ou	por	hora	certa,	 se	estiver	preso	ou	se	 for	 incapaz	sem	representante	ou	em	conflito	com	ele. 51	Destaque-se	que,	 se	a	 inércia	 for
parcial,	relativa	apenas	a	um	ou	alguns	dos	pedidos,	a	estabilização	poderá	ocorrer	de	forma	parcial,	apenas	em	relação	aos	que	restar	caracterizada	a	inércia.
A	 estabilização	 não	 se	 confunde	 com	 a	 coisa	 julgada,	 primeiro	 em	 virtude	 do	 caráter	 de	 sua	 cognição	 (sumária,	 e	 não	 exauriente)	 e	 segundo	 porque,	 como	 se
abordará,	o	art.	304,	§	4.º	do	novo	 CPC	permite	que	seja	ajuizada	uma	nova	ação	para	discutir	a	tutela	antecipada	estabilizada.
Como	supramencionado,	a	previsão	da	estabilização	no	capítulo	do	antecedente,	poderia	levar	a	uma	interpretação	muito	restritiva. 52	Em	primeiro	lugar,	porque,
de	 fato,	o	novo	 CPC	 foi	 infeliz	ao	estabelecer	uma	redação	que	 trata	do	procedimento	antecedente	como	se	este	 fosse	o	único.	A	 ideia	de	uma	petição	 inicial
incompleta,	para	facilitar	o	acesso	à	prestação	jurisdicional	e	especialmente	o	requerimento	de	tutela	de	urgência	é	muito	bem	vinda.	No	entanto	esta	deveria	ser
uma	 simples	 possibilidade.	 A	 regra	 continua	 e	 continuará	 sendo,	 naturalmente,	 a	 da	 petição	 inicial	 completa,	 que	 contém	 o	 pedido	 principal	 e	 também	 o
requerimento	de	antecipação	de	efeitos	da	tutela.	Por	sua	vez,	a	estabilização	da	tutela	antecipada	é	perfeitamente	compatível	com	o	sistema	de	tutela	antecipada,
seja	em	caráter	incidental	na	instância	originária,	quanto	no	novel	procedimento	antecedente.	E	mais,	não	apenas	na	tutela	de	urgência,	mas	também	na	tutela	de
evidência.	Não	haveria	 razão	para	 se	 impedir	 o	 requerimento	de	 estabilização,	 quando	 se	desejasse	 optar,	 por	 economia	processual,	 pelo	 oferecimento	de	uma
petição	inicial	completa.	O	próprio	caput	do	art.	303	expressa	que	a	petição	inicial	pode	se	limitar	aos	elementos	a	seguir	descritos,	sem	indicar	que	esta	limitação
seja	 obrigatória	 ou	 requisito	para	 a	 estabilização	da	demanda.	Requerimento	 antecedente	 e	 estabilização	da	 tutela	 antecipada,	 embora	disciplinados	no	mesmo
capítulo,	são	institutos	que	não	se	confundem	em	termos	de	essência.	Mas,	neste	caso,	é	necessário	que	a	parte	deixe	claro	em	sua	petição	inicial,	nos	termos	do	§	5.º
do	art.	303,	que	pretende	se	valer	de	uma	eventual	estabilização,	ainda	que	não	tenha	se	utilizado	da	petição	inicial	limitada.
É	de	se	ressaltar	que	a	estabilização	somente	é	cabível	em	relação	à	tutela	antecipada,	em	razão	do	seu	caráter	satisfativo.	Não	haveria	sentido	de	se	pretender	e	de
se	obter	a	estabilização	de	uma	medida	não	satisfativa,	como	o	arresto.	Pelo	contrário,	a	estabilização,	nesta	hipótese,	seria	teratológica	e	não	representaria	qualquer
benefício	para	ambas	as	partes,	além	de	consagrar	a	insegurança	jurídica.
A	estabilização	da	tutela	antecipada,	nos	moldes	da	regulação	contida	no	art.	304	do	novo	 CPC,	ocorreria	diante	da	falta	de	apresentação	do	recurso	cabível.	Tema
de	grande	controvérsia	tem	sido	se,	de	fato	e	como	previsto	expressamente	no	novo	 CPC,	apenas	a	interposição	do	recurso	cabível	teria	o	condão	de	impedir	a
estabilização	da	tutela	antecipada	ou	se,	ao	contrário,	outros	meios	de	impugnação,	especialmente	a	contestação,	também	poderiam	afastar	este	efeito.	O	primeiro
questionamento	que	surge	é	se	essa	expressão	"recurso	cabível",	capaz	de	gerar	a	estabilização,	seria	apenas	a	não	interposição	do	agravo	de	instrumento	(art.	1.015,
I), 53	em	virtude	de	uma	 interpretação	 literal 54	e	sistemática 55	do	dispositivo,	ou,	ainda,	de	apresentação	de	pedido	de	suspensão	de	 liminar;	de	reclamação	 (art.
988,	novo	 CPC);	de	contestação, 56	mediante	antecipação	do	oferecimento	de	sua	defesa,	já	impugnando	a	tutela	concedida;	de	insurgência	do	réu	na	audiência	de
conciliação	ou	mediação	no	prazo	do	recurso 57	ou	de	qualquer	outro	meio	de	impugnação. 58
A	 estabilização	 da	 tutela	 antecipada	 é,	 principalmente,	 um	 instrumento	 prático,	 que	 pode	 ser	 útil	 para	 ambas	 as	 partes,	 por	 que:	 a)	 o	 autor	 poderá	 se	 dar	 por
satisfeito	com	a	medida	concedida,	como,	por	exemplo,	em	casos	como	da	realização	de	um	procedimento	não	autorizado	por	um	plano	de	saúde,	a	determinação	de
entrega	de	um	medicamento	ou	mesmo	a	determinação	de	 troca	de	um	produto	adquirido;	b)	 o	 réu	poderá	preferir	 a	 concessão	parcial	de	um	efeito	do	que	o
julgamento	integral	do	mérito,	que	poderia	acarretar	uma	situação	mais	desvantajosa,	tanto	em	relação	à	parte	autora	como	diante	de	outrosinteressados,	diante	de
um	 precedente	 contrário.	 Se	 houvesse	 o	 julgamento	 de	 que	 a	 cláusula	 restritiva	 é	 abusiva,	 o	 remédio	 devido	 ou	 o	 produto	 defeituoso,	 outras	 consequências
poderiam	 advir	 da	 coisa	 julgada,	 como	 a	 realização	 de	 novos	 exames,	 a	 entrega	 reiterada	 do	 medicamento	 ou	 a	 condenação	 em	 danos	 materiais	 e	 morais
decorrentes	do	ato	ilícito.	Para	o	Poder	Judiciário,	por	sua	vez,	a	nova	sistemática	poderá	representar,	também,	uma	medida	de	economia	processual,	com	a	redução
no	número	de	processos	a	serem	julgados.	Junte-se	a	isso,	também	e	para	todos	os	sujeitos	processuais,	os	aspectos	relacionados	à	redução	das	despesas	processuais.
Essa	decisão	antecipatória,	todavia,	mesmo	depois	de	estabilizada	com	a	extinção	do	procedimento	preparatório	e	manutenção	de	seus	efeitos,	com	executividade	e
eficácia,	não	opera	a	coisa	julgada.	O	direito	de	as	partes	buscarem	a	tutela	de	cognição	plena	e	exauriente	ocorre	no	prazo	de	dois	anos,	de	acordo	com	a	previsão
do	art.	304,	§	5.º.	Se	não	ajuizada	a	ação	em	tal	prazo,	ter-se-á	a	estabilização	definitiva	da	decisão	sumária,	conforme	se	extrai	do	art.	304,	§	6.º.
Estabilizada	a	decisão	que	concedeu	a	 tutela	antecipada,	qualquer	das	partes 59	 poderá,	no	mencionado	prazo	de	dois	anos,	 contado	da	decisão	que	extinguiu	o
processo,	propor	ação	autônoma	com	pedido	de	revisão,	reforma	ou	invalidação	dessa	decisão	(art.	304,	§	2.º	e	5.º	do	novo	 CPC).	O	autor	poderá	propor	a	ação
para	confirmar	a	decisão,	agora	em	cognição	exauriente	e	capaz	de	ser	acobertada	pela	coisa	julgada.	Já	o	réu	pode	retomar	a	discussão	objeto	de	tutela	na	nova
demanda.	A	competência	para	essa	nova	demanda	será	do	mesmo	juízo	em	que	a	tutela	que	se	estabilizou,	com	a	possibilidade	de	pedir	o	desarquivamento	dos
autos	do	processo	em	que	a	medida	foi	estabilizada	(art.	304,	§	4.º	do	novo	 CPC).
Caso	não	seja	proposta	ação	no	prazo	de	dois	anos,	há	o	argumento	de	que	teria	se	formado	a	coisa	julgada	material	sobre	a	decisão	provisória	estabilizada. 60	Por
conta	disso,	seria	cabível	ação	rescisória	após	esses	dois	anos	de	estabilização. 61	Porém,	esse	argumento	não	prospera:	a	existência	da	coisa	julgada	teria	por	base	a
relação	 entre	 coisa	 julgada	 material	 e	 a	 cognição	 exauriente,	 que	 não	 se	 adequaria	 às	 previsões	 do	 CPC/2015	 de	 cognição	 sumária	 para	 tutela	 antecipada
antecedente. 62	 Como	 consequência	 da	 incompatibilidade	 da	 cognição	 em	 que	 foi	 proferida	 com	 a	 formação	 da	 coisa	 julgada	material,	 também	 não	 poderia	 se
cogitar,	 após	 o	 prazo	 de	 dois	 anos	 de	 sua	 estabilização,	 que	 fosse	 objeto	 de	 ação	 rescisória. 63	 Haveria,	 apenas,	 como	 já	 abordado,	 a	 estabilização	 definitiva	 da
decisão	sumária,	conforme	expressamente	previsto	no	§	6.º	do	art.	304	do	novo	Código	de	Processo	Civil.
Conclusão
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O	novo	diploma	modifica	a	técnica	do	Código	de	Processo	Civil	de	1973	em	relação	à	tentativa	de	amenizar	os	efeitos	do	tempo	no	processo.	A	clássica	dicotomia
entre	tutela	antecipada	e	tutela	cautelar	é	unificada	sob	o	gênero	de	tutela	provisória,	que	tem	como	espécies	a	tutela	de	urgência	e	a	tutela	de	evidência.	A	tutela	de
urgência	pode	ter	natureza	de	tutela	antecipada	ou	de	tutela	cautelar,	concedida	em	caráter	antecedente	ou	em	caráter	incidente.
Procurou-se	 abordar,	 no	 texto,	 a	 sistemática	 desses	 provimentos,	 mas	 destaca-se	 como	 uma	 das	 principais	 inovações	 em	 relação	 ao	 tema	 a	 possibilidade	 de
estabilização	da	tutela	antecipada,	a	sistemática	da	tutela	antecipada	de	caráter	antecedente	e	do	processo	cautelar	sincrético	no	caso	da	tutela	cautelar	antecedente.
Referências	Bibliográficas
ANDRADE,	Érico;	NUNES,	Dierle.	Os	contornos	da	estabilização	da	tutela	provisória	de	urgência	antecipatória	no	novo	 CPC	e	o	"mistério"	da	ausência	de	formação
de	 coisa	 julgada.	 Disponível	 em	 [www.academia.edu/12103602/%C3%89rico_Andrade_e_Dierle_Nunes_-
_Os_contornos_da_estabiliza%C3%A7%C3%A3o_da_tutela_provis%C3%B3ria_de_urg%C3%AAncia_antecipat%C3%B3ria_no_novo_CPC_e_o_mist%C3%A9rio_da_aus%C3%AAncia_de_forma%C3%A7%C3%A3o_da_coisa_julgada].
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Pesquisas	do	Editorial
A	ESTABILIZAÇÃO	DA	TUTELA	ANTECIPADA	COMO	FORMA	DE	DESACELERAÇÃO	DO	PROCESSO	(UMA	ANÁLISE	CRÍTICA),	de	Mirna	Cianci	-	RePro
247/2015/249
"PORQUE	TUDO	QUE	É	VIVO,	MORRE"	COMENTÁRIOS	SOBRE	O	REGIME	DA	ESTABILIZAÇÃO	DOS	EFEITOS	DA	TUTELA	PROVISÓRIA	DE	URGÊNCIA
NO	NOVO	CPC,	de	Gabriela	Expósito	-	RePro	250/2015/167
DA	–	SUPOSTA	–	PROVISORIEDADE	DA	TUTELA	CAUTELAR	À	“TUTELA	PROVISÓRIA	DE	URGÊNCIA”	NO	NOVO	CÓDIGO	DE	PROCESSO	CIVIL
BRASILEIRO:	ENTRE	AVANÇOS	E	RETROCESSOS,	de	Rafael	Alves	de	Luna	-	RPC	3/2016/15

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