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Literatura Informativa		
1. (UFSM) Leia o texto a seguir.
“Eles não usam barba, elas têm cabelos compridos e tranças. Esguios, alimentados a peixe moqueado com biju, mingau de amendoim e frutas. Falam baixo, dormem cedo e só têm uma conversa: índio. É a tribo dos brancos composta de cientistas sociais, médicos, pedagogos, enfermeiras, biólogas e engenheiros agrônomos, vindos de diversas regiões brasileiras. Boa parte da engenhosa engenharia social e cultural que mantém o Parque do Xingu funcionando em harmonia se deve ao trabalho desses especialistas. O foco agora é preparar os índios para o inevitável confronto com a civilização que um dia ocorrerá. As cidadezinhas vizinhas do parque vão transformar-se em municípios de porte médio, a urbanização baterá às portas da reserva. Os moradores do parque, cada vez mais, dependerão de produtos fabricados pelo branco. Em todos os momentos da humanidade, sempre que o choque ocorreu, o mais forte sobrepujou o mais fraco. Quase sempre de forma violenta. Neste canto do Brasil, um punhado de brancos está conseguindo driblar essa inevitabilidade. Procuram transformar o abraço sufocante em um caminhar de mãos dadas de culturas tão diferentes.” FERRAZ, Silvio. Do Xingu. In: Veja, 30 de junho de 1999.
Relacione o texto com a carta de Pero Vaz de Caminha e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas quanto à preocupação do homem branco em relação ao índio:
( ) O texto tem o mesmo objetivo da carta, pois ambos destacam, várias vezes, que o rei de Portugal deveria cuidar da salvação dos índios.
( ) O texto tem o mesmo objetivo que a carta de Caminha, na medida em que tanto a “tribo de brancos” quanto o escrivão da esquadra de Cabral mostram preocupação com os índios do Xingu.
( ) O texto não tem o mesmo objetivo da carta pois Caminha, ao destacar que o rei deveria cuidar da salvação dos índios, usa “salvação” no sentido religioso, de converter o índio à fé católica, ou seja, no sentido de salvação da alma.
A sequencia correta é:
a) F – F – V.  b) V – V – F.  c) F – V – F.  d) V – F – V.  e) F – V – V.
2. (Cefet/RJ) “A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estima nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...) Porém a terra em si é de muito bons ares, (...). E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”
O texto acima apresenta fragmentos:
a) do “Diálogo sobre a conversão dos gentios”, do Pe. Manuel da Nóbrega.
b) das “Cartas” dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos.
c) da “Carta” de Pero Vaz de Caminha a El-Rey D. Manuel, referindo-se ao descobrimento de uma nova terra e às primeiras impressões do aborígene.
d) da “Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil”, do jesuíta Fernão Cardim.
e) do “Diário de Navegações”, de Pero Lopes de Souza, escrivão do primeiro colonizador, o de Martim Afonso de Souza.
3. (UFSE) Nas manifestações literárias dos dois primeiros séculos de nossa história podem estar presentes as seguintes características:
I – intenção catequética e informação sobre a terra;
II – relato de viagem e pregação religiosa;
III – sentimento nacionalista e participação em campanha republicana.
Estão corretas somente as características indicadas em:
a) I.   		b) II.  		c) III. 	 	d) I e II.  	e) II e III.
4. (Unifor/CE) A obra catequética de José de Anchieta, os sermões do Padre Antônio Vieira e a lírica de Tomás Antônio Gonzaga:
a) representam gêneros e estilos diversos da literatura do período colonial;
b) constituem o que se costuma caracterizar como literatura de informação;
c) constituem obras do mesmo gênero, distribuídas em períodos diversos;
d) representam os momentos mais altos do estilo barroco;
e) constituem obras de gêneros diferentes, produzidas no século XVII.
5. (Unifor/CE) No período colonial, verificam-se os seguintes fenômenos de nossa vida literária:
a) Constituição de um exigente público leitor e surgimento das primeiras editoras nacionais.
b) Manifestação de sentimentos nacionalistas e consolidação do romance de temática urbana.
c) Surgimento dos nossos primeiros grandes críticos literários e consolidação de um público de leitores.
d) reflexos de princípios estéticos do Barroco e do Arcadismo europeus e manifestação de sentimentos nativistas.
e) surgimento dos primeiros manifestos românticos e exploração de temas indianistas.
6. (UFSM) O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definido como uma época em que:
I – não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a cultura portuguesa estabelecia as formas de pensamento e expressão para os escritores na colônia;
II – se pode falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem o Brasil, os textos mostram um forte instinto de nacionalidade, na medida em que todos os escritores eram nativos da terra;
III – a produção escrita se prende à descrição da terra e do índio ou a textos escritos pelos jesuítas, ou seja, uma produção informativa e doutrinária.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.     b) Apenas II.   c) Apenas I e III.   d) Apenas II e III.   e) Apenas III.
Barroco
7. (UFSM) Leia o seguinte fragmento do “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, do Padre Antonio Vieira, para responder às questões 128 e 129:
“Enfim, Senhor, despojados os templos e derrubados os altares, acabar-se-á no Brasil a cristandade católica; acabar-se-á o culto divino, nascerá erva nas igrejas, como nos campos; não haverá quem entre nelas. Passará um dia de Natal, e não haverá memória de vosso nascimento; passará a Quaresma e a Semana Santa, e não se celebrarão os mistérios de vossa Paixão. Chorarão as pedras das ruas como diz Jeremias que chorava as de Jerusalém destruída: chorarão as ruas de Sião, porque não há quem venha à solenidade. Ver-se-ão ermas e solitárias, e que as não pisa a devoção dos fiéis, como costumava em semelhantes dias.”
O texto relaciona-se à invasão holandesa no Brasil, em 1640; nele, o orador:
a) considera os holandeses hereges e violentos com aqueles que não fossem seus compatriotas;
b) dirige-se a Deus e prevê o esvaziamento da religião católica, caso o Brasil fosse entregue aos holandeses;
c) pede a Deus que evite a invasão de ervas nos templos, a fim de preservar o patrimônio da Igreja;
d) é um profeta e previu o que realmente aconteceria com a religião católica no Brasil, quase três séculos depois;
e) dirige-se ao rei de Portugal, a fim de salvar o país da invasão holandesa, que já começava a destruir as igrejas da cidade.
8. (UFSM) Padre Antonio Vieira, ao afirmar que “Chorarão as pedras das ruas”, utiliza uma:
a) ironia.   	b) antítese. 	 c) gradação.  		d) onomatopeia.  		e) prosopopeia.
9. (FEI/SP) Não é característica da escola literária a que Padre Vieira pertence:
a) emprego frequente de palavras que designam cores, perfumes e sensações táteis.
b) uso constante da metáfora e da antítese.
c) união de duas ideias contrárias em um único pensamento.
d) composição de cantigas de amor e cantigas de amigo.
e) utilização de muitas frases interrogativas.
10. (FEI/SP) Padre Vieira é frequentemente estudado como um autor contemporâneo a:
a) Luís de Camões. 	 b) Gregório de Matos.  		c) José de Alencar. 
d) Carlos Drummond de Andrade.   			e) Fernando Sabino.
11. (FEI/SP) O sermão pode ser definido como:
a) composição em versos recitados nos palácios para divertir os nobres.
b) texto curto, em que predomina o desenvolvimento de um único conflito.
c) narrativa longa em que são apresentados diversos conflitos paralelos.
d) soneto com versos decassílabos.
e) discurso religioso cujo objetivo principal é a edificação moral dos ouvintes.
12. (UFSM) “As águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que delase pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve alcançar.”
Visões otimistas sobre as potencialidades da natureza e dos indivíduos, a exemplo do que se verifica no trecho transcrito, são comuns durante o período colonial. Assinale a alternativa que identifica os textos que transmitiam esse tipo de mensagem.
a) Biografias de santos.    		 b) Sermões eucarísticos.  	c) Ficção regionalista.
d) Literatura informativa.  		 e) Gênero lírico.
13. (UFMG) Leia o poema de Gregório de Matos.
“Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,	
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!”
Com base nessa leitura, é incorreto afirmar que:
a) o eu poético, no poema, mantém-se distanciado do objeto criticado;
b) o poema compara o presente e o passado da cidade;
c) o futuro desejado revela, no poema, a presença de uma voz moralizadora;
d) o poema faz referência ao contexto da época.
e) O poema é um exemplo de poesia parnasiana.
14. (F.M. Itajubá/MG) Na fase quase inicial de nossa literatura, uma nova tendência, de traços bem definidos, fazendo ressaltar ..............., bem como aspirações religiosas, e que se convencionou chamar de ..............., tem como representante maior no Brasil o poeta baiano ............... . Marque a opção que preenche adequadamente o enunciado.
a) Sonhos – Romantismo – Bento Teixeira.     	  b) Figuras – Dadaísmo – Emiliano Perneta.
c) Contraste – Barroco – Gregório de Matos.   	 d) Silepses – Parnasianismo – Castro Alves.
e) A métrica – Concretismo – Caetano Veloso.
15. (F.M. Triângulo Mineiro/MG) Sobre Gregório de Matos, é correto afirmar que:
a) se insere no Arcadismo brasileiro, ao qual imprimiu características barrocas, por ser um poeta de transição;
b) pertenceu ao Barroco brasileiro e tematizou, sobretudo, a natureza mineira;
c) pertenceu ao Barroco brasileiro e sua veia crítica valeu-lhe a alcunha de “Boca do Inferno”;
d) se insere no Barroco brasileiro e sua produção literária abrange, basicamente, textos em prosa;
e) narra, nos seus poemas de contestação social, episódios da Inconfidência Mineira, da qual participou.	
16. (UFSM) A respeito da poesia de Gregório de Matos, assinale a alternativa incorreta.
a) Tematiza motivos de Minas Gerais, onde o poeta viveu.
b) A lírica religiosa apresenta culpa pelo pecado cometido.
c) As composições satíricas atacam governantes da colônia.
d) O lirismo amoroso é marcado por sensível carga erótica.
e) Apresenta uma divisão entre prazeres terrenos e salvação eterna.
17. (F.I. Vidria/ES) “Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade!... A vossa bruteza é melhor que o meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras; eu lembro-me, mas vós não ofendeis a Deus com a memória; eu discordo, mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento; eu quero, mas vós não ofendeis a Deus com a vontade”.
O fragmento é próprio do estilo:       
a) medieval, por sua religiosidade;              	 b) clássico-renascentista, pelas comparações;
c) barroco, pelo conceitismo e cultismos;   	 d) árcade, pelo bucolismo;
e) romântico, pelo sentimentalismo.
18. (UFR/RJ) “Não há mais a moralidade do pecado, na qual o pecador vivia um conflito interno entre ceder ou não à tentação.” O fragmento destacado reflete uma temática recorrente durante o:
a) Barroco.  	 b) Arcadismo.   		c) Realismo.   		d) Simbolismo.  		e) Modernismo.
19. (UFPB-PSS) “Sermão vigésimo sétimo Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da extrema miséria.” VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão vigésimo sétimo. In: AMORA, Antônio Soares, org. Sermões, 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1981, p. 58.
No texto, verificam-se os seguintes traços do barroco:
I – A presença de um grande número de antíteses.
II – A predominância dos aspectos denotativos da linguagem.
III – A utilização do recurso da hipérbole para melhor traduzir o sofrimento dos escravos.
IV – O envolvimento político do jesuíta.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.    	b) III e IV.   	c) II e III.  	d) I e IV.  	e) I e III.
Arcadismo
20. (UFSM) Autor de Obras Poéticas, apresenta, em suas composições, motivos árcades. Assinale a alternativa que identifica esse autor, associando, corretamente, seu nome à característica presente nessa obra.
a) Cláudio Manuel da Costa – desencanto e brevidade do amor.
b) Basílio da Gama – preocupação com feito histórico.
c) Tomás Antônio Gonzaga – celebração da natureza.
d) Basílio da Gama – inspiração religiosa.
e) Tomás Antônio Gonzaga – celebração da amada.
21. (UFSM) O poema épico O Uraguai, de Basílio da Gama, é uma:
a) composição que narra as lutas dos índios de Sete Povos das Missões, no Uruguai, contra o exército espanhol, sediado lá para pôr em prática o Tratado de Madri;
b) das obras mais importantes do Arcadismo no Brasil, por ser uma obra precursora do indianismo.
c) exaltação à terra brasileira, que o poeta compara ao paraíso, o que pode ser comprovado nas descrições, principalmente do Ceará e da Bahia;
d) crítica a Diogo Álvares Correia, misto de missionário e colono português, que comanda um dos maiores extermínios de índios da história;
e) exaltação à índia Lindóia, que morre após Diogo Álvares decidir-se por Moema, que ajudava os espanhóis na luta contra os índios.
22. (Cefet/RJ) “Lira I (1ª parte), de Tomás Antonio Gonzaga
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado,
de tosco trato, de expressões grosseiro,
dos frios gelos e dos sóis queimado.
tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, frutas, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
e mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela.”
“O Arcadismo, Setecentismo ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa.” (José de Nicola)
Assinale a alternativa que não caracteriza este período literário.
a) Os modelos seguidos são os clássicos greco-latinos e os renascentistas, embora a mitologia pagã não venha a construir-se como elemento estético.
b) Os árcades, inspirados na frase de Horácio, fugere urbem (“fugir da cidade”), voltam-se para a natureza em busca de uma nova vida simples, bucólica, pastoril.
c) O fingimento poético justifica-se pela contradição entre a realidade do progresso urbano e o mundo bucólico idealizado pelos árcades.
d) O uso de pseudônimos pastoris transparece: o pobre pastor Dirceu é o Dr. Tomás Antonio Gonzaga.
e) O carpe diem (“gozar o dia”) horaciano, que consiste no princípio de viver o presente, é uma postura típica também dos árcades.
23. (U. Potiguar/RN) Leia o soneto abaixo, de Cláudio Manuel da Costa.
“Já rompe, Nise, a matutina aurora
o negro manto, com que a noite escura,
sufocando do sol a face pura,
tinha escondido a chama brilhadora.
Que alegre, que suave, que sonora,
aquela fontezinha aqui murmura!
E nestes campos cheios de verdura;
que avultado prazer tanto melhora?
Só minha alma em fatal melancolia,
por te não ver, Nise adorada
não sabe inda, que coisa é alegria,
E a suavidade do prazer trocada,
tanto mais aborrece a luz do dia,
quanto a sombra da noite mais lhe agrada.”
No soneto de CláudioManuel da Costa, a oposição claro/escuro e a antítese dia/noite revelam a permanência de características da estética:
a) realista.   b) barroca.  c) romântica.  d) simbolista.  e) parnasiana
24. (Unifor/CE) Considere as seguintes afirmações:
I – A carta de Caminha, o teatro catequético de Anchieta e a poesia de Gregório de Matos são criações culturais exemplares do estilo barroco.
II – A poesia de Tomás Antônio Gonzaga, em Marília de Dirceu, vale-se do bucolismo arcádico ao colocar, no espaço de uma natureza amena, a amada representada por uma pastora.
III – Na obra de Gregório de Matos, os temas históricos e os detalhes de época são mais visíveis na poesia satírica do que na lírica.
Está correto o que afirma em:
a) I, somente;  b) I e II, somente;  c) I e III, somente; d) II e III, somente;   e) I, II e III.
Romantismo
25. (UFF/RJ) O sofrimento amoroso é frequente nas obras dos poetas românticos, como se pode observar abaixo:
“Se Se Morre de Amor! (Gonçalves Dias)
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!”
A característica que situa o fragmento dentro da poética romântica é:
a) evasão no espaço, transportando o eu-lírico para um lugar ideal, junto à natureza;
b) forte subjetivismo, revelando uma visão pessimista da vida;
c) idealização do amor, transcendendo os limites da vida física;
d) realização de poemas lírico-amorosos, valorizando o idioma nacional;
e) idealização da mulher, conduzindo o eu-lírico à depressão.
26. (Unifor/CE) Considere as seguintes afirmações sobre o romance Iracema, de José de Alencar:
I – Ao apresentar esta obra como “lenda do Ceará”, o autor já indica a combinação que fará entre elementos históricos e fantasia.
II – O autor valeu-se de uma narrativa, mas não deixou de explorar sistematicamente recursos típicos da linguagem poética.
III – Aqui, diferentemente do que ocorre na obra de Gonçalves Dias, a personalidade, os costumes, os valores e a cultura do índio real estão fielmente retratados.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I. 	 b) II.  		c) III .  		d) I e II.  	e) II e III.
27. (PUC/SP) A questão central proposta no romance Senhora, de José de Alencar, é a do casamento. Considerando a obra como um todo, indique a alternativa que não condiz com o enredo do romance.
a) O casamento é apresentado como uma transação comercial e, por isso, o romance estrutura-se em quatro partes: preço, quitação, posse, resgate.
b) Aurélia Camargo, preterida por Fernando Seixas, compra-o e ele contumaz caça-dote, sujeita-se ao constrangimento de uma união por interesse.
c) O casamento é só de fachada e a união não se consuma, visto que resulta de acordo no qual as aparências sociais devem ser mantidas.
d) A narrativa marca-se pelo choque entre o mundo do amor idealizado e o mundo da experiência degradante governado pelo dinheiro.
e) O romance gira em torno de intrigas amorosas, de desigualdade econômica, mas, com final feliz, porque, nele, o amor tudo vence.
28. (Unifor/CE)
“Palmares! A ti meu grito!
A ti, barca de granito,
Que no soçobro infinito
Abriste a vela ao trovão,
E provocaste a rajada,
Solta a flâmula agitada
aos uivos da marujada,
Nas ondas da escravidão.”
Está incorreta a seguinte afirmação sobre a estrofe acima:
a) O tom, o tema e o sentimento predominante indicam tratar-se de versos de Álvares de Azevedo.
b) O estilo e o elemento histórico remetem ao autor de Navio Negreiro e Vozes d’África.
c) Essa estrofe é uma oitava, com versos de sete sílabas que cumprem um padrão de rimas.
d) A expressão “barca de granito” é uma metáfora de “Palmares”, a comunidade dos escravos que resistiram ao cativeiro.
e) São versos típicos de uma poesia que, romântica e exaltada, identificou-se plenamente com a causa dos abolicionistas.
29. (Cefet/RJ) “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros do que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.” ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Scipione, 1994,. p. 10.
“Após a independência, século XIX, a nova nação ‘precisava ajustar-se aos padrões de modernidade da época. (...) Havia a necessidade de autoafirmação da Pátria que se formava.’” 
No texto de José de Alencar, temos uma das formas significativas do nacionalismo, sintetizado pelo:
a) realismo naturalista;   		b) sentimentalismo realista;		c) romantismo indianista;  		 d) bucolismo neoclassicista;  	e) nativismo modernista.
30. (UEMS) “O major tinha razão: o Leonardo não parecia ter nascido para emendas. Durante os primeiros tempos de serviço tudo correu às mil maravilhas; só algum mal-intencionado poderia notar em casa de Vidinha uma certa fartura desusada na despensa; mas isso não era coisa em que alguém fizesse conta.” Memórias de um sargento de milícias.
Com base no texto acima, é correto afirmar:
a) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, foi o primeiro escrito no Brasil.
b) Romance de Manuel Antônio de Almeida, possui pouco valor como documentário ou crônica de uma época.
c) A crítica vê em seu romance um caráter regionalista.
d) Escrito na época do Romantismo, Memórias de um sargento de milícias está totalmente de acordo com as características do momento.
e) Não há como negar o tom realístico do qual se carrega a narrativa, evidenciado na linguagem simples e na representação de pessoas comuns.
31. (UFF/RJ) As questões abaixo referem-se ao seguinte texto:
“O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a notícia do descobrimento do Brasil, e com instâncias ao rei de Portugal para que por amor da religião se apoderasse d’esta descoberta, cometera a violência de arrancar de suas terras, sem que a sua vontade fosse consultada, a dois índios, ato contra o qual se tinham pronunciado os capitães da frota de Pedro Álvares. Fizera-se o índice primeiro do que era a história da colônia: era a cobiça disfarçada com pretextos da religião, era o ataque aos senhores da terra, à liberdade dos índios; eram colonos degradados, condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que procuravam as florestas para darem largas às depravações do instinto bruto.” DIAS, Gonçalves. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 4º trim. 1867, p. 274.
A visão de Gonçalves Dias no texto:
a) reforça a posição dos brasileiros que desejam comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, como se esta tivesse sido um evento relevante e benéfico para os habitantes de nossa terra;
b) insere-se no contexto do Romantismo, que busca ressaltar os aspectos negativos da colonização portuguesa, como elemento motivador para um distanciamento e uma diferenciação em relação a Portugal;
c) recusa a ideia da violência que teria caracterizado a colonização portuguesa no Brasil, como se a esquadra de Pedro Álvares não houvesse enviado dois índios a Portugal, contra a vontade deles;
d) ressalta a concordância a que os capitães da frota de Pedro Álvares teriam chegado, como se o consenso de todos estes comandantes justificasse a atitude de enviar os dois índios ao rei português;
e) valoriza e confirma a iniciativa de alguns órgãos de imprensa que celebram a conquista portuguesa como fator importante para nosso posterior desenvolvimento como nação.
32. (UFF/RJ) Índice é tudo aquilo que indica ou denota uma qualidade ou característica especial. No texto, Gonçalves Dias afirma que “fizera-se o índice primeiro do que eraa história da colônia” porque aquela história:
a) seria produzida por pessoas moralmente condenáveis, que alegavam razões religiosas para seus atos, mas que eram movidas pela ganância;
b) seria conduzida por personagens da mais alta idoneidade moral, que se dedicavam intensamente à causa da conversão do indígena brasileiro;
c) seria arquitetada por colonos degradados, condenados à morte ou espíritos baixos, que buscavam no Brasil a redenção de seus pecados;
d) seria derivada da cobiça disfarçada com pretextos da religião, que evitava o ataque dos colonos degradados aos senhores da terra e à liberdade dos índios;
e) seria causada pelos condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que procuravam as florestas para se redimirem, convertendo os índios.
33. (Fuvest)
“Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso… e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.”
Álvares de Azevedo
Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a
a) ironia romântica.      	 	b) tendência romântica ao misticismo. 		 c) melancolia romântica.
d) aversão dos românticos à natureza.  		e) fuga romântica para o sonho.
34. (UFSE)
“Quando junto de ti sinto às vezes
Em doce enleio desvairar-me o siso,
Nos meus olhos incertos sinto lágrimas...
mas da lágrima em troca eu temo um riso!”
Na estrofe acima, de Álvares de Azevedo, revela-se um traço forte de sua poesia, a:
a) idealização da amada, retratada como musa etérea, solene e distante;
b) projeção da própria morte, a um tempo temida e desejada;
c) sátira impiedosa, pela qual se rebaixa a linguagem ao plano do cômico;
d) insegurança amorosa, por temor de que a realidade rechace o devaneio lírico;
e) força material do cotidiano, expressa num detalhismo quase realista.
35. (U.F. Vitória/ES) Observe com atenção o fragmento abaixo de Gonçalves Dias:
“I- Juca -Pirama
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.
São rudes, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
Reflita sobre as tendências da poesia romântica indianista e assinale a alternativa que não confirma a visão idealizada do poeta em relação ao indígena brasileiro:
a) O índio de Gonçalves Dias ganhou o tom dos valorosos cavaleiros medievais e reafirmou o sentimento nacionalista de nosso Romantismo.
b) “I-Juca-Pirama” expressa o nacionalismo de seu autor, que, ao idealizar a coragem e o heroísmo do índio brasileiro, atribuiu-lhe também alguns distúrbios de personalidade.
c) O poema gonçalvino enalteceu e preservou as tradições indígenas brasileiras, incorporando-as ao orgulho nacional.
d) O poeta romântico transformou o silvícola em um dos símbolos da autonomia cultural e da superioridade da nação brasileira.
e) A poesia romântica indianista resgatou o passado histórico do Brasil e valorizou a bravura de seus habitantes naturais.
36. (UFMG) Em relação ao poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, é incorreto afirmar que ele pertence:
a) ao projeto nacionalista romântico;     	b) à tendência romântica para a utopia;
c) à temática romântica da nostalgia;     	d) à vertente romântica indianista.		e) à fuga simbolista.
37. (UFSM) Considere os versos de “Canção do Tamoio”, de Gonçalves Dias.
“Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.”
Vocabulário: Tapuia – identificação dada a tribos inimigas;
Condor – ave semelhante à águia; Tapir – anta.
Conforme os versos transcritos,
a) quem erra o alvo precisa fugir da caça;
b) os índios estão em guerra contra os tapuias;
c) a covardia é o único sentimento a ser temido pelos fortes;
d) quem não tem boa pontaria é excluído do grupo de guerreiros;
e) o bom índio se conhece pela qualidade do seu arco.
38. (U.F. Juiz de Fora/MG) Sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar que:
a) destaca o elemento indígena como a verdadeira origem do povo brasileiro;
b) o sentimento amoroso justifica as duras ações colonizadoras;
c) a linguagem é um misto de narração e descrição lírica;
d) é uma obra de teor nacionalista em que há uso da cor local.
e) é uma prosa poética.
39. (U.F. Juiz de Fora/MG) A partir do fragmento acima, e considerando a obra como um todo, assinale a alternativa incorreta:
a) O amor entre Iracema e Martim desculpa simbolicamente a colonização, na perspectiva do idealismo romântico.
b) Iracema entrega-se a Martim sem resistência, consciente da sua missão de gerar a nova raça, o mestiço povo brasileiro.
c) A expressão “nascido do meu sofrimento” pode ser lida como índice da origem violenta da formação social brasileira.
d) Alencar justifica, a seu modo, a morte da terra virgem pela necessidade se implantar nela uma civilização.
e) Misto de prosa e poesia, o autor consegue tirar várias cenas poéticas.
40. (UFSM)
“Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar.”
Assinale a alternativa que identifica, corretamente, autor, título da obra e período literário dos versos citados.
a) Álvares de Azevedo – Noite na Taverna – Romantismo.
b) Castro Alves – O Navio Negreiro – Romantismo.
c) Aluísio Azevedo – O Mulato – Naturalismo.
d) Álvares de Azevedo – Conde Lopo – Romantismo.
e) Castro Alves – Vozes d’África – Romantismo.
41. (Cefet/PR) O excerto a seguir foi extraído da obra Noite na Taverna, livro de contos escrito pelo poeta ultrarromântico Álvares de Azevedo (1831-1852).
“Uma noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no leito dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar àquela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos lábios úmidos, gemendo ainda nos sonhos como na agonia voluptuosa do amor. Saí. Não sei se a noite era límpida ou negra; sei apenas que a cabeça me escaldava de embriaguez. As taças tinham ficado vazias na mesa: aos lábios daquela criatura eu bebera até a última gota o vinho do deleite... Quando dei acordo de mim estava num lugar escuro: as estrelas passavam seus raios brancos entre as vidraças de um templo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o: era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tez lívida e embaçada, o vidrento dos olhos mal-apertados... Era uma defunta!... e aqueles traços todos me lembravam uma ideia perdida... – era o anjo do cemitério! Cerrei as portas da igreja, que, eu ignoro por quê, eu achara abertas. Tomei o cadáver nos meus braços para fora do caixão. Pesava como chumbo...”
Com relação ao fragmento acima, afirma-se:
I – Acentua traços característicos da literatura romântica, como o subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo; ao contrário, despreza o nacionalismo e o indianismo, temas característicos da primeira geração romântica.
II – Idealiza figuras imaginárias, mulheres incorpóreas ou virgens, personagens que confirmam o amor inatingível, idealizado na literatura ultrarromântica. Desta forma, no 1º. parágrafo, o amor platônico não é superado pelo amor físico.
III – Tematiza a morte, presente em grande parte da obra do autor.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I está correta.     b) Apenas II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.  d) Apenas I e II estão corretas.    e) Apenas I e III estão corretas.
 42. (Uniube/MG) Marque (V) para as declarações que estão de acordo com o romance Senhora, de José de Alencar e (F) para as que não se aplicam adequadamente ao romance:
( ) O autor coloca no centro do romance não mais um herói,mas um ser venal inferior como é o caso de Seixas, que se casa pelo dote, em virtude da educação que recebera.
( ) Nesta obra, o equilíbrio, rompido temporariamente, acaba por restabelecer-se na medida em que o autor arranja uma solene redenção fazendo Seixas resgatar-se na segunda parte da história.
( ) Este romance testemunha que Alencar crê nas “razões do coração” e se seu moralismo se abate sobre as mazelas de um mundo antinatural (o casamento por dinheiro), sempre se salva a dignidade última dos protagonistas, e se redimem as transações vis repondo de pé herói e heroína.
( ) Embora existam personagens más em seu romance (Seixas, por exemplo), elas só o são aparentemente, pois Alencar acredita que pode operar-se nesse caráter uma transformação capaz de restituí-lo gradualmente à sua natureza generosa.
A alternativa que contém a sequencia correta é:
a) F – V – V – V.     b) V – V – F – F.  c) V – F – F – V.    d) F – V – V – F.  e) F – F – F – V
43. (U.F. Uberlândia/MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que:
1. as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.
2. em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.
3. Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica, ele representa o homem brasileiro, fruto do negro e do branco.
4. A linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. Alencar consegue belos efeitos linguísticos ao abusar de imagens sobre imagens, comparações sobre comparações.
Assinale:
a) se apenas 2 e 4 estiverem corretas;
b) se apenas 2 e 3 estiverem corretas;
c) se 2, 3 e 4 estiverem corretas;
d) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.
e) se nenhuma estiver correta.
Parnasianismo
44. (AEU/DF) Texto para as questões abaixo:
“MÚSICA BRASILEIRA – Olavo Bilac
Tens, às vezes, o fogo soberano
Do amor: encerras na cadência, acesa
Em que requebros e encantos de impureza,
Todo o feitiço do pecado humano.
Mas, sobre essa volúpia, erra a tristeza
Dos desertos, das matas e do oceano:
Bárbara poracé, banzo africano,
E soluços de trova portuguesa.
És samba e jongo, chiba e fado, cujos
Acordes são desejos e orfandades
De selvagens, cativos e marujos:
E em nostalgias e paixões consistes.
Lasciva dor, beijo de três saudades,
Flor amorosa de três raças tristes.”
Julgue os itens seguintes, em relação à semântica e à estilística.
( ) O poeta personaliza a música e mantém com ela uma espécie de diálogo em que a trata por “tu”.
( ) Termos como “impureza” (l. 3), “feitiço” (l. 4), “pecado” (l. 4) e “volúpia” (l. 6) remetem a um mesmo campo semântico, no texto.
( ) Por “samba e jongo” (l. 11) entendemos a música portuguesa, enquanto a africana está representada por “chiba e fado” (l. 11).
( ) Relacionamos “selvagens, cativos e marujos” (l. 13) a índios, portugueses e africanos, respectivamente, nesta ordem.
( ) Os termos “nostalgias” (l. 15) e “saudades” (l. 16) são semanticamente equivalentes no texto.
Qual a alternativa correta?
a) V - V – F - F – V 	 b) V - V – F - F – F  	c) F - V – V - F – V  	d) V - V – F - V – V  	e) V - V – V - F - V
45. (AEU/DF) Julgue os itens abaixo em relação à compreensão e à interpretação do texto.
( ) Olavo Bilac inicia o poema aludindo ao erotismo desencadeado pelos movimentos rítmicos da música na coreografia e na dança.
( ) Justifica o autor a riqueza de nossa música pelo caldeamento de ritmos oriundos de várias e variadas culturas.
( ) Contudo, sua visão de música brasileira é pobre e unilateral, porque vislumbra nela apenas a melancolia.
( ) O poeta estende à natureza esse sentimento de tristeza advinda da distância da terra natal e da saudade dos que ficaram ou morreram.
Qual a alternativa correta?
a) V - V – F – V  	 b) V - V – F – F  	 c) F - V – V – V   	d) V - F - V – V  		e) V - F - F – V
46. (AEU/DF) Julgue os itens que vêm a seguir, em relação aos estilos de época na Literatura Brasileira.
( ) O texto lido exemplifica a preocupação formal presente nos poemas parnasianos.
( ) No Parnasianismo, Olavo Bilac pontificou ao lado de eminentes vates como Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Vicente de Carvalho.
( ) Em Música Brasileira, Bilac alia profundo lirismo e nítida destreza técnica, que já apontam para o Simbolismo, movimento literário que sucederia o Parnasianismo, pela musicalidade das assonâncias e aliterações apresentadas.
( ) Contudo, foi o Parnasianismo, pelo seu ardor entusiástico e eloquente, o estilo de época que mais fielmente expressou o intimismo e o sentimento brasileiro.
Qual a alternativa correta?
a) V - V – V – F   		b) V - V – F – F  		c) F - V – V – F 		 d) V - V – F – V  		e) V - F – F – F
47. (UFR/RJ) (...) “– Só tomando distância, escrevendo e reescrevendo, relacionando e burilando você faria isto [um bom poema].” Essa fala revela uma concepção de texto literário compatível com a dos poetas:
a) românticos. 	 b) parnasianos. 		c) simbolistas. 		d) árcades. 		e) barrocos.
48. (U. Uberaba/MG) Leia com atenção os fragmentos a seguir:
“Esta, de áureos relevos trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo Deus servia.”
II
“A música da morte, a nebulosa,
A estranha, imensa música sombria
passa a tremer pela minh’alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...”
Assinale a alternativa em que aparecem características relacionadas, respectivamente, aos fragmentos I e II.
a) Busca do vago e do diáfano / Palavras que despertam impressões sensoriais.
b) Cultivo da perfeição formal / Linguagem marcada pela objetividade temática.
c) Busca de um tema ligado à Grécia antiga / Registro da realidade de maneira simbólica.
d) Forma requintada, linguagem sugestiva / Descrição minuciosa de um objeto.
49. Leia o poema abaixo.
“Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
De ourives, saia da oficina
Sem um defeito
(...)”
Os versos do poema Profissão de fé, de Olavo Bilac, remetem ao:
 a) Simbolismo.  		b) Modernismo. 	 c) Romantismo. 	 d) Parnasianismo. e) Pré-modernismo.
50. (PUCRS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão abaixo, ler o texto que segue.
“Vila Rica
O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre:
E cada cicatriz brilha como brasão.
[...]
Como uma procissão espectral que se move...
Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.”
O poema, pertencente ao autor de “Profissão de Fé”, não segue rigidamente o padrão _________ no que se refere à _______.
a) romântico – idealização do mundo       		b) simbolista – busca do eu profundo		 c) parnasiano–alienação dos problemas sociais   	d) simbolista – inteligibilidade sintática
e) parnasiano – sonoridade dos versos
51. (Univali/SC) Observe as considerações:
I – Adotando uma postura antirromântica, baseava-se no binômio objetividade temática/culto da forma. Buscava atingir a impassibilidade e a impessoalidade.
II – Os poetas seguem os modelos clássicos gregos e latinos e, inspirados na frase de Horário, fugere urbem (fugir da cidade), voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples. Tinham também por objetivo viver o presente, “gozar o dia”.
As afirmativas acima exprimem, respectiva e sucessivamente, características do:
a) Parnasianismo – Arcadismo.   		b) Arcadismo – Parnasianismo.  		c) Parnasianismo – Realismo.
d) Modernismo – Arcadismo.  		e) Realismo – Parnasianismo.
52. (UCS) INSTRUÇÃO: A questão de número 25 refere-se ao texto abaixo.
“Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,
O porvir de teu pai! – Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, caíste! – Crença, já não vives! (...)”
O fragmento acima pertence ao poema Cântico do Calvário, de Fagundes Varela. Nele se reconhecem aspectos altissonantes,semelhantes à obra de:
a) Álvares de Azevedo.  	b) Casimiro de Abreu.  	c) Castro Alves.	 d) Junqueira Freire. e) Gonçalves Dias.
Simbolismo
53. (Mackenzie/SP) Texto para as questões abaixo:
“Ficávamos sonhando horas inteiras,
Com os olhos cheios de visões piedosas:
Éramos duas virginais palmeiras,
Abrindo ao céu as palmas silenciosas.
As nossas almas, brancas, forasteiras,
No éter sublime alavam-se radiosas.
Ao redor de nós dois, quantas roseiras…
O áureo poente coroava-nos de rosas.
Era um arpejo de harpa todo o espaço:
Mirava-a longamente, traço a traço,
No seu fulgor de arcanjo proibido.
Surgia a lua, além, toda de cera…
Ai como suave então me parecera
A voz do amor que eu nunca tinha ouvido!”
Alphonsus de Guimaraens.
Assinale a alternativa correta.
a) Os versos 3 e 4 expressam, por meio de metáforas, a desistência da busca de alturas.
b) No último verso, uma vírgula depois de amor mantém o sentido inalterado.
c) Na segunda estrofe, nomes e verbos representam um mundo carnal.
d) No verso 8, há a sugestão do tempo da cena por meio do sujeito sintático.
e) Os versos 9 e 12 apresentam sujeito anteposto ao verbo.
54. (Mackenzie/SP) O texto exemplifica o seguinte princípio estético:
a) Sempre haverá uma poesia popular sem arte, e poetas populares sem apuro gramatical e métrico, versejando com o falar da gente rústica.
b) … jamais se deve arriscar o emprego de qualquer locução ambígua; sigo, como de costume, na esteira de Quintiliano (…)
c) Movimento de oposição à ordem estabelecida do Iluminismo, reúne um grupo de escritores para o qual o “gênio” se torna a palavra de ordem capaz de possibilitar a rejeição à disciplina e à tradição importada.
d) A busca de vagas sensações, dos estados indefinidos de alma, fazendo que a poesia se aproxime da música, tem como intuito “traduzir” um mundo de essências, um mais além, ora conhecido como o Ideal, ora como o Mistério, intraduzível por si mesmo.
e) Porém declaro desde já que não olhei regras nem princípios, que não consultei Horácio nem Aristóteles, mas fui insensivelmente depós o coração e os sentimentos da Natureza, que não pelos cálculos da arte e operações combinadas do espírito.
55. (U. F. Viçosa/MG) Considere as afirmativas abaixo, relativas ao Simbolismo:
I – No plano temático, o Simbolismo foi marcado pelo mistério e pela inquietação mística com problemas transcendentais do homem. No plano formal, caracterizou-se pela musicalidade e certa quebra no ritmo do verso, precursora do verso livre do modernismo.
II – O Simbolismo, surgido contemporaneamente ao materialismo cientificista, enquanto atitude de espírito, passou ao largo dos maiores problemas da vida nacional. Já a literatura realista-naturalista acompanhou fielmente os modos de pensar das gerações que fizeram e viveram a Primeira República.
III – O Simbolismo, com Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães, nossos maiores poetas do período, legou-nos uma produção poética que se caracterizou pela busca da “arte pela arte”, isto é, uma preocupação com o verso artesanal, friamente moldado. Devido a essa tendência à objetividade na composição, o movimento também se denominou “decadentista”.
Assinale a alternativa correta:
a) I é falsa; II e II, verdadeiras.   		b) I e III são falsas; II, verdadeira.
c) I é verdadeira; II e III, falsas. 	 	d) I, II e III são verdadeiras.  	e) I e II são verdadeiras; III, falsa.
56. (UFSM) Assinale a alternativa que indica o período literário que nega o cientificismo, o materialismo e o racionalismo, valorizando, em contrapartida, as formas vagas e espirituais.
a) Barroco.  	b) Modernismo. 		c) Simbolismo. 		d) Romantismo. 		e) Arcadismo.
57. (Univali/SC) “EXPLORAÇÃO ESPACIAL
Com os avanços tecnológicos desvendamos a natureza dos corpos celestes, mas o mistério das noites estreladas continua. O céu nos fascina. Acreditava-se que era a morada dos deuses, e com isso surgiram lendas e mitos que povoaram o imaginário humano durante séculos. O mundo celeste era estudado somente pela astrologia, e ligado aos rituais mágicos, seu conhecimento pertencia à classe sacerdotal, sendo considerado secreto. Esta ligação com a mitologia pode ser observada através dos atuais nomes dos planetas e estrelas, oriundos das mitologias gregas e romanas.” In: Revista Sapiens, n. 1.
Na Literatura, podemos observar, através dos tempos, um constante retorno às origens clássicas. Uma escola, em especial, retomou a mitologia grega como fonte de inspiração para a denominação do movimento. Assinale a alternativa que denomina o período literário, uma de suas características e um de seus autores:
a) Arcadismo – adoção de pseudônimos – Olavo Bilac;
b) Barroco – presença constante de antíteses – Gregório de Matos;
c) Simbolismo – culto do mistério – João da Cruz e Sousa;
d) Parnasianismo – perfeição da forma – Raimundo Correia;
e) Naturalismo – ênfase nos aspectos mórbidos da natureza humana – Aluísio Azevedo.
58. (UCS) Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas.
O Simbolismo inicia como uma reação ao ________ e suas manifestações. A nova estética nega o _________, valorizando, em contrapartida, as manifestações ____________.
a) Arcadismo – racionalismo – subjetivas         	b) Parnasianismo – cientificismo – espirituais
c) Modernismo – materialismo – religiosas     	d) Impressionismo – objetivismo – subjetivas
e) Romantismo – subjetivismo – nacionais
59. (Univali/SC)
“ANTÍFONA
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
Formas de Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...”
O poema “Antífona”, do poeta Cruz e Sousa, apresenta as seguintes características do movimento simbolista:
a) expressões vagas e insólitas; sinestesias; musicalidade.
b) subjetivismo; evasão no tempo; ilogismo.
c) arte pela arte; preocupação com a forma; rimas ricas.
d) objetivismo; espiritualismo; musicalidade.
e) iniciais maiúsculas; sugestão; verso livre.
REALISMO
60. Observe as seguintes afirmações sobre o período literário denominado Realismo:
I. Os realistas fogem às exibições subjetivas dos românticos. O escritor deve manter a neutralidade diante daquilo que está narrando, por isso mesmo, há um domínio das narrativas em terceira pessoa.
II. A ideia de que o escritor deve reproduzir fielmente o real é um dos princípios centrais do movimento realista, uma vez que o leitor precisa acreditar na veracidade do texto.
III. Na tentativa de fugir dos devaneios sentimentais românticos, os realistas propuseram uma linguagem verossímil e repleta de regionalismos, privilegiando, assim, o caráter oral.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	b) apenas II 	c) apenas I e II 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
61. “Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho o que fazer; e realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu leitor. Tu tens a pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam á direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...”
O fragmento acima pertence a qual romance de Machado de Assis?
a) Quincas Borba 	b) Esaú e Jacó 		c) Dom Casmurro     
d) Memórias Póstumas de Brás Cubas   		e) Memorial de Aires
62. Assinale a alternativa incorreta sobre Dom Casmurro de Machado de Assis:
a) Em sua exposição, Bento afirma o adultério, mas a narrativa apresenta tantos paradoxos e contradições que nada se esclarece totalmente para o leitor.
b) Na faculdade, Bentinho conhece Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um advogado de Curitiba. Os dois tornam-se amigos e confidentes.
c) Num gesto extremo, Bento decide suicidar-secom veneno colocado numa xícara de café, mas é interrompido pela chegada de Ezequiel. 
d) Bento, velho e solitário, decide escrever um livro de memórias na tentativa de atar passado e presente, da "construção ou reconstrução" de si mesmo.
e) A figura enigmática de Capitu, com seus “olhos de ressaca” e de “cigana oblíqua e dissimulada”, contribui ainda mais para fortalecer a dúvida fundamental do romance.
63. Observe as afirmações abaixo sobre Memorial de Aires de Machado de Assis:
I. O conselheiro Aires  tinha redigido um memorial, sob a forma de diário, abrangendo os anos de 1888. Agora, em 1908, seu diário íntimo vinha a luz, sob o título de Memorial de Aires.
II. Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908) se encontram interligados. Une-os a figura sábia e diplomática do conselheiro José da Costa Marcondes Aires, fino observador das sutilezas da psicologia humana.
III. O conselheiro Aires  passa boa parte do seu Memorial procurando decifrar como agirão as pessoas. Procura investigar as suas vidas no passado, perscrutar seus mínimos gestos e inclinações no presente, para tentar prever como agirão no futuro próximo.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	b) apenas II 	 c) apenas III 	 d) apenas II e III 		e) I, II e III
64. Assinale a alternativa incorreta sobre Quincas Borba de Machado de Assis:
a) Narrado em terceira pessoa, a narrativa acompanha a trajetória ascensional de um modesto professor que se torna “capitalista”. A escalada de Rubião resulta de um mero golpe do acaso, a herança recebera sob a condição de cuidar do cachorro Quincas.
b) Sofia é uma das grandes personagens femininas de Machado de Assis. Belíssima, charmosa, narcisista, exibida publicamente pelo marido que se compraz em vê-la encantar os homens, ela usa todas as técnicas possíveis de sedução, sem jamais chegar ao adultério.
c) O jornalista Camacho representa o autêntico parasita, ambicioso e vulgar, que explora Quincas sem piedade, inventando para ele um improvável projeto político e tornando-o sócio de seu jornal, Atalaia.
d) Dona Tonica, solteirona desesperada para casar-se, vê no professor mineiro a chance de arrumar um marido. Suas tentativas, contudo são totalmente frustradas, pois Rubião não esmorece em seu desesperado amor por Sofia.
e) No último e curto capítulo, o narrador zomba sobre o título do livro, dizendo que ele tanto pode referir-se ao filósofo quanto ao cão. Convoca o leitor para o riso ou para a lágrima em função das mortes de Rubião e de Quincas.
65. Observe as afirmações abaixo sobre Esaú e Jacó de Machado de Assis:
I. É a história dos irmãos Pedro e Paulo, um se forma médico, outro advogado, um ingressa no partido conservador, outro no partido liberal. Um é monarquista, outro vira republicano. Ambos, no entanto, se apaixonam pela mesma moça, Flora.
II. O romance é muito lembrado por ser o único, na obra machadiana, em que fatos históricos (a Abolição e a República) têm importância fundamental no enredo.
III. Durante o funeral de Flora, há a discussão final entre Pedro e Paulo na qual rompem para sempre, odiando-se mutuamente.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	 b) apenas I e II 		c) apenas III 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
66. Observe as afirmações abaixo sobre Machado de Assis:
I. Decorrência da constatação da falência e da degradação dos valores que regem a vida humana, o pessimismo  evidencia-se nas obras machadianas.
II. O narrador  machadiano afirma uma ideia e, em seguida, a destrói. Assim ele faz com todos os sistemas e filosofias, anulando a todos. Nenhuma verdade é absoluta. Tudo depende dos interesses de cada indivíduo.
III. Além de romancista e contista, Machado de Assis deixou poemas, peças de teatro, crônicas e crítica literária.
Quais estão corretas?
a) apenas I  	b) apenas II 	c) apenas III 		d) apenas I e III 		e) I, II e III
67. Assinale a alternativa correta sobre o conto Pai contra mãe:
a) Candido Neves, apoiado por sua esposa Monica, reluta em entregar seu filho recém-nascido à roda dos enjeitados.
b) Clara, para ajudar o marido, vendia doces e salgados na feira, atitude que ajudaria a manter o sustento mínimo de seu filho.
c) Candido Neves, movido por sentimentos paternais, desiste de entregar a escrava grávida, desistindo, assim, da recompensa pela sua captura.
d) Tia Monica conclui, ao final do conto, que nem todas as crianças vingam, aludindo ao desfecho trágico da gravidez da escrava capturada.
e) Com o nascimento da criança, a alegria do pai, Candido Neves, fora enorme, e a tristeza também, uma vez que Tia Monica o pressionava a levar a criança à roda dos enjeitados.
 68. Observe as afirmações sobre os contos machadianos:
I. Em Pai contra mãe, Machado de Assis relata o drama da escravidão e suas consequências, assim, tendo como pano de fundo uma questão social, temos a ausência de um dos princípios estéticos machadianos, a ironia.
II. O desfecho da trama em O caso da vara desmascara o individualismo do ser humano visto pela ótica pessimista de Machado de Assis, uma vez que Damião pondera sobre sua condição e resolve alcançar a vara.
III. Mariana, após ter sido ironizada por Conrado, decide ir contar tudo a sua amiga Sofia, esta, por usa vez, aconselha Mariana a ser mais “forte” com Conrado.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	 b) apenas I e II 		c) apenas II 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
REALISMO-NATURALISMO
69. Assinale a alternativa incorreta sobre a caracterização dos personagens de O primo Basílio de Eça de Queirós:
a) Ernestinho: primo de Jorge escreve seguindo o interesse do público e sua peça Honra e Paixão é um dramalhão de caráter romântico.
b) Basílio: seduz com perseverança e experiência, traz, em seu discurso, uma maldade inescrupulosa e irônica.
c) Juliana: empregada, mulher que se torna amargurada ao nutrir paixão secreta por Jorge.
d) Acácio: símbolo da mediocridade e do convencionalismo, apegado a frases de efeito e a formalidades, adota comportamento populista a fim de se beneficiar.
e) Leopoldina: apelidada de Pão e Queijo, é amiga de Luísa, para o desgosto de Jorge.
70. Assinale a alternativa correta com relação ao episódio que trata da morte de Juliana em O Primo Basílio:
a) Julião, ao verificar que Juliana estava morta, avisa a polícia, fato que perturba Sebastião.
b) Jorge, ao tomar conhecimento da existência da carta, com a ajuda de Sebastião, invade a casa de Juliana que, na mesma hora, sofre um ataque cardíaco.
c) Sebastião, com a ajuda da polícia, toma a carta das mãos de Juliana, esta, desesperada atira-se sobre o carro de Sebastião, vindo a morrer.
d) D. Felicidade, ao saber da notícia da morte de Juliana, lembrou que era necessário alguém para velar a morta, fato que desagradou Jorge.
e) Luísa toma as providencias necessárias para que Juliana tenha um velório digno, com o consentimento de Jorge.
71. Observe as afirmações sobre O Ateneu de Raul Pompéia:
I. Projeção do escritor, Sérgio evoca - em primeira pessoa - o início de sua adolescência passada no internato. A narrativa é construída a partir da perspectiva de Sérgio já amadurecido. E o leitor tem a visão de um sujeito adulto que lembra os acontecimentos.
II. Aristarco, o "monstro moral" é a síntese da dissolução de todos os valores.  Para Sérgio, ele encarna a perversidade do sistema. Sem qualquer vislumbre humanista Aristarco dirige a escola como se ela fosse uma casa de comércio.
III. O Ateneu supera a formulação tradicional do realismo, pois apresenta um narrador cheio de emotividade se converte na pura expressão das emoções de Sérgio: sofrimento do menino e desejo de vingança do adulto. Essa densidade das impressões impede que o romance seja objetivo ou neutro.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	 b) apenas II	 c) apenas III 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
72. Observe as afirmações sobre os romances naturalistas:
I. Em Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo, temos a história de Amâncio, jovem e rico estudante de medicina, cuja fortuna desperta a ambição de João Coqueiro.
II. O aparecimento dos segmentos populares urbanos como atores principaisdo texto é uma das grandes novidades de O cortiço. Operários, primeiros imigrantes, comerciários, lavadeiras, prostitutas, gente de vida ordinária e gente de atividade incerta compõem a galeria dominante dos personagens.
III. Em O Cortiço, As teorias fatalistas se complementam com o peso decisivo dos instintos nas ações dos personagens. Os instintos são sempre bestiais e degradantes, intensificando a potência avassaladora do cenário.
Quais estão corretas?
a) apenas I 		b) apenas II 		c) apenas III		 d) apenas II e III 		e) I, II e III
PARNASIANISMO
73. Observe as características abaixo:
I. A criação literária como resultante do esforço e não da inspiração.
II. Apresenta uma arte centrada em obviedades escritas com ênfase retórica.
III. Assinala o triunfo de uma estética rígida que visa a denuncia social.
Quais características se referem ao Parnasianismo?
a) apenas I 	b) apenas I e II 		c) apenas III 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
74. Assinale a alternativa correta sobre os poetas parnasianos:
a) Olavo Bilac, poeta de admirável habilidade técnica que o leva a versificar com meticulosa precisão, buscou inspiração no subjetivismo romântico, como podemos perceber em Via Láctea.
b) Entre todos os parnasianos, Alberto de Oliveira é o que mais permanece atado aos rigorosos padrões do movimento, como podemos verificar em seu poema Satânia.
c) Em Sinfonias, Raimundo Correia busca um lirismo platônico, configurado numa espécie de neo-romantismo.
d) Vicente de carvalho pode ser considerado poeta de transição entre a estética romântica e a simbolista.
e) Em Raimundo Correia encontramos um pessimismo filosofante, uma percepção negativa do mundo, bem como alguns pontos de contato com a poesia simbolista.
SIMBOLISMO
75. Observe as afirmações abaixo sobre Cruz e Souza:
I. A linguagem denotativa quase desaparece na quantidade de símbolos, aliterações, sinestesias e, por vezes, esquisitas harmonias sonoras existentes em sua lírica.
II. A rigor, os seus assuntos são limitados: a obsessão pela cor branca, O erotismo e sua sublimação, o sofrimento da condição negra e a espiritualização.
III. As mulheres surgem na obra de Cruz e Sousa como um símbolo de sensualidade e arrastam o poeta para o que denominamos de angústia sexual (espasmos, anseios e desejos obscuros). 
Quais estão corretas?
a) apenas I	 b) apenas II 		c) apenas III 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
PRÉ-MODERNISMO
76. Observe as afirmações sobre o Pré-Modernismo:
I. a paisagem brasileira e o homem regional foram duas preocupações dos escritores pré-modernistas.
II. Graça Aranha, Euclides da Cunha e Monteiro Lobato fizeram uma literatura de caráter nacionalista ufanista, mas com perspectivas diferentes.
III. Lima Barreto repensou o interior do Brasil apresentando personagens típicos, como Jeca Tatu,  que representam o caboclo, o homem do campo.
Quais estão corretas?
a) apenas I 		b) apenas II 		c) apenas I e II 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
77.Sobre Monteiro Lobato é correto afirmar que :
a) Sua literatura infanto-juvenil compreende três obras de ficção: Urupês, Cidades Mortas e Sítio do Pica Pau amarelo.
b) Sua escrita está presa aos padrões da época, revelando-se pesada e acadêmica, todavia seu aspecto inovador surge em suas descrições  do universo rural nordestino.
c) Criou com Jeca Tatu um símbolo do caboclo - preguiçoso na primeira versão, doentio e subnutrido a partir das demais versões – que representa o descaso com o interior do país.
d) Entre os seus contos, destaca-se O homem que sabia javanês. Nesta história curta, ele consegue erigir a caricatura à condição de arte superior.
e) Em Clara dos Anjos - novela inacabada – Monteiro Lobato centra o foco do relato na questão do preconceito.
78. Observe as afirmações sobre Augusto dos Anjos:
I. Em Augusto dos Anjos encontramos a mistura de estilos na linguagem corrosiva, no coloquialismo e na incorporação à literatura de todas as "sujeiras" da vida.
II. O domínio técnico e o gosto pelo soneto comprovariam sua tendência parnasiana. A fascinação pela morte, a angústia cósmica e o uso de ousadas metáforas indicariam a tendência simbolista.  
III. Em sua poesia, a  angústia diante da morte transforma-se numa espécie de metafísica do horror: não passamos de matéria que acaba, que entra em putrefação e que depois desaparece.
a) apenas I 	b) apenas II 		c) apenas I e II 		d) apenas II e III 		e) I, II e III
79.Observe as afirmações sobre Simões Lopes Neto e assinale V (verdadeiro) ou F (falso): 
(   ) Simões Lopes Neto segue uma tradição literária no Rio Grande do Sul, formada por inúmeras obras menores de autores como Caldre e Fião, Apolinário de Porto Alegre e Luís Araújo Filho.
(    ) Uma das brilhantes inovações ideológicas de Simões Lopes Neto consiste em entregar a voz narrativa de sua principal obra – Contos gauchescos – a um velho vaqueano, Blau Nunes.
(   ) Em Lendas do Sul, o autor compilou três lendas que integravam o imaginário do homem sul-rio-grandense: O negrinho do pastoreio, M´Boitatá e Salamanca do Jarau, e estilizou-as em linguagem carregada de lirismo.
(    )  A tradição da oralidade popular que estrutura as suas obras pode ser encontrada também nos Casos do Romualdo  em que Romualdo divide com Blau Nunes a tarefa de contar os “causos” da vida na campana gaúcha.
A) V – F – V –F 	 B) F – V –V – V 	 C) V –V –V – F 		 D) F – V – V –F 		 E) V – V – F –V
80.Observe as afirmações abaixo sobre a Sociedade Partenon Literário:
I. O Partenon, através de seus agremiados, desempenhou um papel central não apenas em POA, mas em todo o estado, pois contava com sócios na maioria das cidades do interior.
II.Com o Partenon se deu a  consolidação de uma cultura no RS com características próprias. Por essa razão, o início efetivo da literatura gaúcha coincide com o trabalho dos escritores dessa agremiação.
III. O Partenon Literário designa todo o grupo frequentado por Caldre e Fião, Apolinário Porto Alegre, Bernardo Taveira Junior, Hilário Ribeiro, João Simões Lopes Neto e  Luciana de Abreu.
Quais estão corretas?
a) apenas I 	b) apenas I e II 		c) apenas III		 d) apenas II e III		 e) I, II e III
81. Observe o texto abaixo:
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas(..) A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e com a mistificação.
O fragmento do texto acima se refere:
a) A extravagante arte moderna importada da Europa pelo grupo de jovens estudantes paulistas que criariam a revista Noigandres.
b) Ao primeiro momento moderno de nossa literatura no qual despontariam nomes como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.
c)  A reação da elite paulistana contra os ataques desferidos à poesia moderna.
d) Ao artigo demolidor que ocasiona a união  dos jovens "futuristas" brasileiros  em torno de um ideal comum: destruir as manifestações artísticas que remontavam ao século XIX. 
e) Ao Manifesto da Poesia Pau-Brasil  lançado por Oswald de Andrade  em março de 1924.  
82. Assinale a alternativa INCORRETA em relação aos Contos gauchescos, de Simões Lopes Neto.
a) Em “Trezentas onças”, Blau Nunes conta um episódio vivido por ele, no tempo em que tropeava, narrando que perdeu a guaica com as trezentas onças do seu patrão, fato que o levou a pensar em suicídio.
b) Em “Negro Bonifácio”, Blau Nunes fica sabendo mais tarde o porquê da reação de Tudinha frente ao negro Bonifácio: na verdade, Bonifácio fora o primeiro a amanonsiar a Tudinha.
c) Em “No manatial”, Blau Nunes reconstitui parte da história através de uma negra chamada mãe Tanásia, já que o final trágico, ele mesmo, Blau, presenciou, pois estava na arrancada junto com os demais tropeiros e familiares de Maria Altina.
d) Em “Melancia – Coco verde”, Blau narra um caso ocorrido com Reduzo,índio que era “confiança” dos Costas e que, após se envolver com sia Talapa, assume o pseudônimo de “Coco verde”.
e) Em “Jogo do osso”, Chico Ruivo joga sua mulher, Lalica, com Osoro e acaba perdendo-a, sendo que o desfecho do conto mostra um fim trágico: a morte do novo casal, Osoro e Lalica por mão de Chico Ruivo.
83. Memórias de um Sargento de Milícias não apresenta a idealização e sentimentalismo comuns ao Romantismo. É uma obra excêntrica, bastante diferente das narrativas dessa escola literária.
Assinale a alternativa em que se evidencia o antissentimentalismo, o distanciamento do lugar-comum romântico
a) "Isto tudo vem para dizermos que Maria Regalada tinha um verdadeiro amor ao major Vidigal."
b) "Não é também pequena desventura o cairmos nas mãos de uma mulher a quem deu na veneta querer-nos bem deveras."
c) "O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna; virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada."
d) "Sem saber como, unia-se ao Leonardo, firmava-se com as mãos sobre os seus ombros para se poder sustentar mais tempo nas pontas dos pés, falava-lhe e comunicava-lhe a sua admiração."
e) "Leonardo ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira."
84.Assinale a alternativa em que aparece fragmento que se refere ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias.
a) "Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se, porém, do negócio e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado."
b) "Era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração: era o juiz que julgava e distribuía a pena."
c) "Quando passou de menino a rapaz, e chegou a saber barbear e sangrar sofrivelmente, foi obrigado a manter-se à sua custa."
d) "Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, excessivamente calvo, tinha pretensões de latinista."
e) "Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança."
85.Sobre Memórias de um Sargento de Milícias, só não se pode afirmar que:
a) A obra tem como protagonista um anti-herói de características picarescas, o que afasta o livro dos padrões de idealização românticos.
b) À parte a dimensão fantasiosa de que se revestem as peripécias de Leonardo, o livro pode ser considerado realista devido à análise crítica dos costumes da corte.
c) O final do protagonista é bem-sucedido, visto que ele se curva ao universo da ordem e das regras sociais.
d) O livro não apresenta perspectiva moralista, pois o “herói malandro“ não é castigado, mas premiado, e o narrador não emite juízos de valor sobre o que narra.
e) A ausência de polarização maniqueísta entre o que é considerado correto ou incorreto, moral ou imoral, pode ser verificada na caracterização dos personagens, em que predomina o humor sobre a idealização.
86.Leia a seguinte afirmação crítica a respeito de Memórias de um Sargento de Milícias: 
“Diversamente de todos os romances brasileiros do século XIX, mesmo os que formam a pequena minoria dos romances cômicos, as Memórias de um Sargento de Milícias criam um universo que parece liberto do peso do erro e do pecado.“
Assinale a alternativa que não apresenta um fato relacionado ao universo mencionado na afirmação acima:
a) Luisinha prometera casamento a Leonardo, o que não a impede de trair o juramento sem remorsos, casando-se com José Manuel.
b) A comadre forja uma calúnia para afastar do caminho José Manuel, antagonista de Leonardo, visando à felicidade do afilhado.
c) O mestre-de-reza vale-se de sua intimidade junto à casa de D. Maria para reverter a maledicência criada para denegrir José Manuel.
d) O patrimônio do compadre, que viria a servir de amparo ao afilhado abandonado, origina-se de um juramento rompido desonestamente.
e) Leonardo Pataca expulsa de casa o próprio filho, para depois dar-lhe abrigo, afastando-o da vida desregrada.
87.Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias, marque a alternativa correta:
a) O tempo dos acontecimentos que envolvem Leonardo Pataca e seu filho, Leonardo, é
o mesmo em que o narrador escreve o romance.
b) A linguagem do romance é bem romântica, idealizando muito e sempre os fatos que se
revelam sob um prisma enaltecedor.
c) A instituição familiar, especialmente, a família composta por Leonardo Pataca, Maria e o herói da narrativa é sobretudo burguesa, ordeira e sólida.
d) A Igreja, sobretudo a Católica, passa por um processo de idealização, emergindo como instituição inabalável, piedosa e principalmente voltada para a vida espiritual.
e) O cotidiano fluminense, simultaneamente devoto e profano, revela-se a partir de uma linguagem prosaica em que as festas religiosas são pintadas em parte como folias carnavalescas.
88 Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:
a) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.
b) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenando o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.
c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
d) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
e) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.
89 .Leia o trecho transcrito de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida para responder ao teste. 
"Enquanto a comadre dispunha seu plano de ataque contra José Manuel, Leonardo ardia em ciúmes, em raiva, e nada havia que o consolasse em seu desespero, nem mesmo as promessas de bom resultado que lhe faziam o padrinho e a madrinha. O pobre rapaz via sempre diante de si a detestável figura de seu rival a desconcertar-lhe todos os planos, a desvanecer-lhe todas as esperanças. Nas horas de sossego entregava-se às vezes à construção imaginária de magníficos castelos, castelos de nuvens, é verdade, porém que lhe pareciam por instantes os mais sólidos do mundo; de repente surdia-lhe de um canto o terrível José Manuel com as bochechas inchadas; e soprando sobre a construção, a arrasava num volver d'olhos."
Assinale a alternativa incorreta a respeito do trecho transcrito:
a) A cena pode ser considerada como mais um dos exemplos de mobilização que Leonardo provoca em seus protetores, os quais se dedicam continuamente a resolver os problemas do herói.
b) Diferentemente de outras passagens, Leonardo comporta-se como um herói romântico que se desestabiliza emocionalmente ao pensar no seu rival.
c) Os sonhos fantasiosos e apaixonados de Leonardo indicam o caráter complexo do herói, pois, ainda que seja malandro, conserva a sensibilidade romântica, quando se trata da disputa pela mulher amada.
d) O humor presente no trecho advém sobretudo do comportamento sentimental exagerado de Leonardo em contraste com o tom de deboche do narrador.
e) O temor por José Manuel manifesta-se inclusive por meio dos sonhos de Leonardo que, por estar apaixonado, revela-se frágil, vulnerável.
 90.A participação do narrador em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, constitui um dos aspectos mais arrojados da composição da obra, especialmente porque antecipa tendências somente valorizadas muito mais tarde, pelos modernistas, em 1922.
Leia o trecho a seguir que confirma esse caráter inovador.
"Já se vê que esta vida era trabalhosa e demandava sérios cuidados; porém a comadre dispunha de uma grande soma de atividade;e, apesar de gastar muito tempo nos deveres do ofício e na igreja, sempre lhe sobrara algum para empregar em outras coisas. Como dissemos, ela havia tomado a peito a causa dos maiores de Leonardo com Luisinha, e jurar pôr José Manuel, o novo candidato, fora da chapa." (capítulo XXV) 
A postura inovadora do narrador expressa-se no trecho transcrito por meio da:
a) inclusão do leitor na narrativa.
b) oscilação do foco narrativo.
c) adoção de linguagem coloquial.
d) ironia e crítica indisfarçável.
e) expressão de julgamentos de valor.
91.Leiamos um trecho da obra Memórias de um sargento de milícias:
As vozes dos meninos, juntas ao canto dos passarinhos, faziam uma algazarra de doer os ouvidos; o mestre, acostumado àquilo, escutava impassível, com uma enorme palmatória na mão, e o menor erro que algum dos discípulos cometia não lhe escapava no meio de todo o barulho; fazia parar o canto, chamava o infeliz, emendava cantando o erro cometido, e cascava-lhe pelo menos seis puxados bolos. Era o regente da orquestra ensinando a marcar o compasso. O compadre expôs, no meio do ruído, o objeto de sua visita, e apresentou o pequeno ao mestre.
(...)
Na segunda-feira voltou o menino armado com a sua competente pasta a tiracolo, a sua lousa de escrever e o seu tinteiro de chifre; o padrinho o acompanhou até a porta. Logo nesse dia portou-se de tal maneira que o mestre não se pôde dispensar de lhe dar quatro bolos, o que lhe fez perder toda a folia com que entrara: declarou desde esse instante guerra viva à escola. Ao meio-dia veio o padrinho buscá-lo, e a primeira notícia que ele lhe deu foi que não voltaria no dia seguinte, nem mesmo aquela tarde.
- Mas você não sabe que é preciso aprender?...
- Mas não é preciso apanhar... - Pois você já apanhou?... - Não foi nada, não, senhor; foi porque entornei o tinteiro na calça de um menino que estava ao pé de mim; o mestre ralhou comigo, e eu comecei a rir muito...   
A respeito da leitura do trecho acima e de seu conhecimento da obra, assinale a CORRETA:
a) A obra concentra-se em narrar as aventuras infantis de Leonardinho na escola. 
b) Como apontou Antonio Candido (crítico literário), nessa obra, o universo da ordem, que nessa passagem pode estar representado pela rigidez dos castigos do professor, mistura-se ao universo da desordem, nesse parágrafo simbolizado tanto pelo canto dos meninos em algazarra com o dos pássaros, quanto pela presença de Leonardo na escola. 
c) A obra apresenta uma crítica à família que se omitem em relação à educação dos filhos e deixa essa tarefa para a escola.
d) Na resposta de Leonardo (filho) ao padrinho: Não foi nada, não, senhor; foi porque entornei o tinteiro na calça de um menino que estava ao pé de mim; o mestre ralhou comigo, e eu comecei a rir muito... nota-se o respeito que ele terá pelas instituições em toda a obra. 
e) Essa obra é representativa dos romances românticos brasileiros, uma vez que apresenta um herói religioso, honrado e moralmente impecável.
92.No início do livro Memórias de um Sargento de Milícias, o narrador refere-se à honra e à respeitabilidade dos meirinhos (oficiais de justiça), negando-as posteriormente com fatos e atitudes que marcam a personagem de Leonardo Pataca, o que denuncia, mais do que ideias contraditórias, um posicionamento claramente irônico. Isso não ocorre no trecho:
a) “Espiar a vida alheia (…) era naquele tempo coisa tão comum e enraizada nos costumes que, ainda hoje, (…) restam grandes vestígios desse belo hábito.”;
b) “Ao outro dia sabia-se por toda a vizinhança que a moça do Leonardo tinha fugido para Portugal com o capitão de um navio que partira na véspera de noite.
— Ah! disse o compadre com um sorriso maligno, ao saber da notícia, foram saudades da terra!…”;
c) “— Honra!…honra de meirinho…ora!
O vulcão de despeito que as lágrimas da Maria tinham apagado um pouco, borbotou de novo com este insulto, que não ofendia só um homem, porém uma classe inteira!”;
d) “O compadre, que se interpusera, levou alguns por descuido; afastou-se pois a distância conveniente, murmurando despeitado por ver frustrados seus esforços de conciliador:
— Honra de meirinho é como fidelidade de saloia.”;
e) “— Ó compadre, disse, você perdeu o juízo?...
— Não foi o juízo, disse o Leonardo em tom dramático, foi a honra!…”.
93. Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida; andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira.
O trecho acima é do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Dele pode afirmar-se que:
a) confirma o padrão romântico da descrição da personagem feminina, representada nesta obra por Luisinha.
b) exemplifica a afirmação de que o referido romance estava em descompasso com os padrões e o tom do Romantismo.
c) não fere o estilo romântico de descrever e narrar, pois se justifica por seu caráter de transição da estética romântica para a realista.
d) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de suas personagens.
e) insere-se na estética romântica, apesar das características negativas da personagem, que fazem dela legítima representante da dialética da malandragem.
94.  Memórias de um Sargento de Milícias é um romance escrito por Manuel Antônio de Almeida. Considerando-o como um todo, indique a alternativa que NÃO confirma suas características romanescas:
a) É um romance folhetim, já que saiu em fascículos no suplemento “A Pacotilha”, do jornal Correio Mercantil, que o publicava semanalmente entre 1852 e 1853.
b) Utiliza a língua falada sem reservas e com toda a dignidade e naturalidade, o que confere à obra um caráter espontâneo e despretensioso.
c) Enquadra-se fundamente na estética realista, opondo-se ao ideário romântico, particularmente no que concerne à construção da personagem feminina e ao destaque dado às camadas mais populares da sociedade.
d) Reveste-se de comicidade, na linha do pitoresco, e desenvolve sátira saborosa aos costumes da época que atinge todas as camadas sociais.
e) Põe em prática a afirmação de que através do riso pode-se falar das coisas sérias da vida e instaurar a correção dos costumes.
95. Em Memórias de um sargento de milícias, considerado como um todo, há uma forte caracterização dos tipos populares entre os quais destaca-se a figura de Leonardo filho. Indique a alternativa que contém dados que caracterizam essa personagem:
a) Narrador das peripécias relatadas em forma de memórias, conforme vem sugerido no título do livro, torna-se exemplo de ascensão das camadas sociais menos privilegiadas.
b) Anti-herói, malandro e oportunista, espécie de pícaro pela bastardia e ausência de uma linha ética de conduta.
c) Herói de um romance sem culpa, representa as camadas populares privilegiadas dentro do mundo da ordem.
d) Representante típico da fina flor da malandragem, ajeita-se na vida, porque protegido do Vidigal, permanece imune às sanções sociais e em momento algum é recolhido à cadeia.
e) Herói às avessas que incorpora a exclusão social, porque, não tendo recebido amparo de nenhuma espécie, não alcança a patente das milícias e se priva de qualquer tipo de herança.
96. Relacione personagens de “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, e características a que se referem:
	(1) A cigana
	( ) Detesta Leonardo Filho.
	(2) O Major Vidigal
	( ) Desperta paixões em Leonardo pai e no mestre de rezas.
	(3) A vizinha do barbeiro
	( ) Adora demandas judiciais.
	(4) O mestre de rezas
	( ) É ridicularizado por Leonardo numa das estrepolias de sua infância.
	(5) D. Maria
	( ) É o único personagem histórico do livro.
A relação CORRETA é:
a) 3 – 1 – 5 – 4 – 2    	b) 3 – 5 – 1 – 2 – 4          c) 3 – 4 – 5 – 1 –

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