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Estudo de Mercado - Américas - Avaliação FINAL (3)

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Nota:
Acadêmico: Érika Bresolin, Fábio Soares Identificação
RA: 22107380, 0253530
Curso: Relações Internacionais
Disciplina: Análise de Mercados Internacionais I (Américas)
 Professor: Eduardo Trapp Santarossa
Introdução
Este trabalho consiste na criação, desenvolvimento e apresentação de um estudo de mercado com uma análise criteriosa das oportunidades e riscos para uma atividade comercial de exportação de produtos relacionado à um país, selecionado em aula, pertencente à região das Américas. 
O estudo deve ter foco na análise das oportunidades e riscos para inserção de um ou mais produtos ou serviços brasileiros no mercado alvo, não commodities. Para tanto, o trabalho deve contemplar os seguintes tópicos:
Aspectos geográficos;
A geografia peruana apresenta três regiões naturais: a costa, a serra e a selva (região amazônica), o que lhe determina uma morfologia variada e a existência de diferentes climas para cada região. Sua superfície continental é de 1.286.216 km2, dos quais 11% correspondem à costa (136.339 km2), 32% a serra (405.158 km2) e 58% a selva (744.719 km2). Também conta com parte do Oceano Pacífico, denominado Mar de Grau, que se estende ao longo do litoral. Apresenta uma extensão de 3.079,5 km e uma largura de 200 milhas. O mar peruano conta uma alta riqueza ictiológica, resultado das correntes de Humboldt e do El Niño.
 O Peru limita ao norte com o Equador e com a Colômbia, ao leste com o Brasil, ao sudeste com a Bolívia, ao sul com o Chile e ao oeste com o Oceano Pacífico, compartilhando história, costumes e relações diplomáticas com todos os seus vizinhos, relações que são anualmente reafirmadas. No Peru o clima é variado. O país se vê favorecido por suas condições climáticas por contar com uma declarada e variada biodiversidade. No país existem 28 climas dos 32 possíveis climas existentes no mundo e 84 zonas de vida, considerando um total das 104 que existem no planeta. Assim sendo, ao percorrer o território peruano será possível identificar a maioria dos climas do mundo. Estas características são importantes, já que oferecem uma diversidade biológica que torna possível a existência de um ecossistema diversificado em cada uma das regiões do país e zonas naturais.
Aspectos populacionais, cultura e sociedade;
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI), no Peru nascem 39 pessoas por hora, sendo a taxa diária de nascimentos de 933 indivíduos. No Peru atualmente o número de habitantes é superior a 30 milhões e estima-se que para o ano de 2025 este número aumente para 34 milhões. Nos últimos 10 anos a média anual de crescimento da população foi de 1,34%. Este número é explicado pela queda do crescimento populacional entre os jovens de 15 a 29 anos. Assim sendo, de uma taxa de crescimento de 1,8% para o período de 1990–2010 passou-se para 1,3% entre 2000–2011.
Durante a última década a população de adultos maiores de 65 anos tem aumentado de forma permanente, refletindo um aumento superior à taxa média de crescimento populacional. Enquanto a população cresce a um ritmo médio de 1,14%, a população adulta com mais de 65 anos aumenta a uma média anual de 3,24%. As estimativas referentes ao crescimento populacional interanual tendem a diminuir nos próximos anos, devido à diminuição da fertilidade. Para o ano de 2025 a taxa de crescimento será 0,91% menor, em comparação com a de 2011, que foi de 1,14%. 
Distribuição da população por regiões O crescimento populacional pode apresentar variações dependendo da zona e das regiões. O número de habitantes está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico das regiões. De acordo com a distribuição populacional Lima concentra o maior número de habitantes (31,2%), seguida por Piura (6,0%), La Libertad (5,9%), Cajamarca (5,0%), Puno (4,6%), Junín (4,4%), Cusco (4,3%), já o restante das regiões soma 38,6%.
Organização Social e Política;
O território peruano, segundo a Lei Orgânica de Divisão em Regiões está organizado em 25 regiões mais a província de Lima, que adota um regime especial. No total existem 26 subdivisões de políticas administrativas. Sendo a cidade de Lima a capital do Peru. Cada região é dividida em províncias, que por sua vez são divididas em distritos. Cada província é civilmente governada por uma Prefeitura Provincial, assim como cada distrito é governado por uma Prefeitura Distrital que se encarrega dos assuntos civis de seu distrito. No entanto, para a Região de Callao é diferente, já que anteriormente não era um departamento e sim uma Província Constitucional; esta região não é dividida em províncias, ela é dividida somente em distritos, o que não lhe tira a qualidade de Região que lhe dada por Lei. Os assuntos políticos das Regiões são controlados por um Prefeito, nas províncias existe um “Subprefeito” e nos distritos existe um “Governador”. No entanto, nas cidades onde a presença da Polícia Nacional e das Direções Regionais é maior, as figuras do Prefeito, do Subprefeito e dos Governadores são pouco conhecidas. Anteriormente o país era subdividido em departamentos. O Peru dividia-se politicamente em 24 departamentos e a Província Constitucional de El Callao. Tanto a Província Constitucional de El Callao como Lima sempre foram províncias independentes entre si, não integraram juntas uma Região Metropolitana Lima-Callao. Os departamentos constituíam-se ao redor de uma cidade importante. É por este motivo que a maioria das regiões leva o nome da cidade capital, que por sua vez costuma ser a cidade mais importante.
Economia;
Desde o ano de 1998, a economia peruana tem registrado contínuo e expressivo ciclo de crescimento. Mesmo diante dos efeitos recessivos da crise de 2009, o país cresceu1,0% naquele ano. Desde então, a economia voltou a expandir-se a taxas próximas àquelas registradas no período que antecedeu a crise, tendo alcançado incremento de 8,5% em2010 e de 6,5% em 2011. Ao longo do biênio 2012-2013, a economia peruana sustentou taxas de expansão em torno de 5,8% a.a. De acordo com dados do FMI, o crescimento da economia peruana foi de 3,6% em 2014 e, assim, o PIB nominal do país atingiu US$ 208,2bilhões. Por conseguinte, o PIB per capita peruano somou US$ 6,625 mil. Embora mais modesto, o índice de 2014 pode ser visto como altamente significativo, sobretudo se comparado ao desempenho de alguns vizinhos. Esse crescimento ocorreu em parte devido aos altos preços internacionais das exportações de metais e minerais do Peru, que representam 55% das exportações totais do país.
 O crescimento caiu de 2014 para 2017, devido aos preços mundiais mais fracos para esses recursos. Apesar do forte desempenho macroeconômico do Peru, a dependência de exportações de minerais e metais e alimentos importados torna a economia vulnerável a flutuações nos preços mundiais. A economia peruana cresceu 1,73% no primeiro semestre de 2019, abaixo das expectativas. Em 2018, houve um crescimento da taxa real do PIB de 4,0%, após 2,5% em 2017 e 4,0 % em 2016, para 2021 a expectativa de crescimento é de 7,0%. A economia nacional também apresenta um baixo nível de dívida pública em comparação com os outros países, inclusive muito mais baixo que a do Brasil. A dívida pública do Peru é de 27% do total do PIB, já em outros países, tais como o Brasil, Argentina, México, Colômbia, a dívida pública é superior a 35% do PIB. 
A taxa de câmbio no país é controlada através da compra e venda de dólares no mercado de câmbio. Considerando que nosso mercado é dolarizado, as mudanças que ocorrem nas taxas de câmbio afetam as decisões do consumidor nacional e das entidades públicas e privadas. Atualmente o mercado de câmbio do Peru é determinado pela oferta e pela demanda. O Banco Central de Reservas do Peru intervém ocasionalmente, somente para estabilizar o índice de desvalorização ou cotação da moeda peruana comparada ao dólar norte-americano ou para evitar movimentações especulativas de curto prazo para a taxa de câmbio. Os investidores têm liberdade para trocar a moeda local por moeda estrangeira a preços de mercado e não énecessário ter autorização governamental para realizar a compra e venda de moeda estrangeira.
Indicadores sociais e desenvolvimento;
A busca por uma educação primária básica no Peru é de 100,2% no ano de 2015 e 106,9% em 2018, já na procura para o ensino secundária vária pouca coisa comparando os anos de 2015 (97,6%) e 2018 (106,4%), já no superior na comparação dos mesmos anos, não houve nenhuma procura, porém em 2015 no Brasil a demanda pelo ensino foi de 51,1%, a alfabetização comparando com a Argentina é de 99,6% (2015) e no Peru 99,0 no mesmo ano, uma diferença de 0,6%. A paridade de gênero na matrícula escola, primária e secundária de 2010 a 2018 é de 1.0.
A busca por trabalho no Peru nas idades de 15 anos até 19 anos, varia pouca coisa comparando os anos de 2010 que foi de 76.1% e 2019 que ficou com 75.1%. A taxa de emprego nas indústrias é bem baixa em 2019, pois foi de 15,3%, uma estimativa modelada pela OIT. A maior parte da porcentagem de desemprego entre os anos de 2010 até 2019, ficou com 2010, 2016 e 2017 com 3.5%, entre os outros anos a variação é mínima.
Na base da mortalidade por acidente de trânsito, mostra um aspecto satisfatório com apenas 13,5, a incidência de HIV (por 1.000 habitantes não infectados entre 15 e 49 anos) possui um resultado muito bom com um resultado de apenas 0,2.
O índice do desenvolvimento humano no momento se encontra com 0,759 na classificação 82º. O IDH (Índice de desenvolvimento humano) simplifica apenas uma parte do que o desenvolvimento humano implica, não reflete as desigualdades, pobrezas, a segurança humano e outros. Abaixo uma imagem do nível de desenvolvimento humano de um país, ele requer uma análise mais aprofundada de outros indicadores e algumas informações.
A segurança pessoal do país está na classificação 91º como mostra o gráfico abaixo, as mortes atribuídas a poluição do ar em residências 11,88, um valor muito maior que a criminalidade percebida. A saúde e bem estar da população 72,06 na classificação 47º, o valor das mortes prematuras por doenças não transmissíveis é inaceitável mais de 180,00 falecidos. A segurança humana por taxa de homicídio é 7,7 (por 100.000 pessoas), já os refugiados do país de origem é de 2.6.
Relações comerciais internacionais, tratados e política comercial;
Os acordos comerciais assinados pelo Peru com seus parceiros econômicos na década de noventa promoveram o aumento das exportações peruanas devido a abertura do merca- do, permitindo que o país melhorasse sua competitividade frente a outros países no mundo. 
O Peru começou a fazer uso de preferências comerciais com alguns países, tais como os Estados Unidos e a União Europeia, no entanto, estes benefícios, embora bons, não beneficiavam todos os produtos nacionais. Atualmente, os novos acordos comerciais que o Peru mantém já não são mais temporários e abrem oportunidades para que o país tenha um compromisso ainda maior, que inclua também disposições sobre serviços, propriedade intelectual, investimentos, entre outros Os benefícios diretos existentes entre as empresas brasileiras e as empresas peruanas estão baseados principalmente nos acordos assinados no MERCOSUL e o seu correspondente da ALADI – ACE 58, desta forma é possível conhecer os preços preferenciais para os produtos que as partes comercializam. No que diz respeito à ALADI, os empresários brasileiros devem levar em conta a nomenclatura, já que o Brasil integra a União Alfandegária do MERCOSUL, constituída no dia 1° de janeiro de 1995.
 A partir dessa data adotou parcialmente a Tarifa Externa Comum (AEC) do MERCOSUL e sua nomenclatura (NCM). A Resolução N° 94 de 8 de dezembro de 2011, da Câmara de Comércio Exterior do Brasil (CAMEX) colocou em vigência no Brasil, a partir de 01 de janeiro de 2012, a Tarifa Externa Comum (TEC) baseada na NCM atualizada com a V Emenda da Nomenclatura do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias. Os produtos procedentes de extrazona, sujeitos ao regime geral de importação irão tributar um imposto equivalente à Tarifa Externa Comum, com exceção dos produtos cujos itens tarifários estão isentos do AEC, que irão tributar as taxas indicadas para cada caso.
A política externa peruana manifesta uma clara preferência por acordos bilaterais, tendo inclusive entrado em vigor no início de 2009 um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. A par disso, o Peru atua nas principais iniciativas integracionistas do continente, sendo membro da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), da Comunidade Andina de Nações (CAN) e membro associado do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), além de ter apoiado o Brasil na iniciativa de construção da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas). Ademais, o Peru tem priorizado suas relações com China, Japão e outros países da região Ásia-Pacífico, sendo membro da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), o que também é uma demonstração do viés predominantemente comercial da política externa peruana.
 Em 2005, entrou em vigência o Acordo de Complementação Econômica nº 58 (ACE 58), firmado entre o Peru e os países membros do MERCOSUL para a formação de uma Zona de Livre Comércio entre as Partes por meio de um Programa de Liberalização Comercial, aplicado aos produtos originários e procedentes dos territórios das partes signatárias. Conforme o programa de desgravação tarifária, 12% dos 6.970 itens incluídos no Acordo chegariam à tarifa zero até 2010; 74%, até 2014 e 13%, até 2019. Somente para 40 produtos, esse prazo é mais longo. No mesmo ano, com a entrada em vigor do Acordo de Complementação Econômica no 59 (ACE-59), todos os países da CAN – Bolívia, Colômbia, Equador e Peru – tornaram-se Estados Associados ao MERCOSUL, o mesmo se aplicando aos países do MERCOSUL em relação à CAN, passo esse fortalecedor da integração sul-americana. Em 2006, o Peru assinou o Tratado de Livre Comércio com o Chile, que resultou em um amplo compromisso tanto em matéria comercial, quanto em relação a investimentos. Incluiu, ainda, cooperação em políticas e técnicas comerciais, política financeira, monetária e orçamentária, normas zoo e fitossanitárias, energia, combustíveis, transporte e comunicações, tecnologia, entre outros aspectos.
 Por fim, em 2007, foi ratificado pelos Estados Unidos o Acordo de Livre Comércio com o Peru, que contempla não só uma ampla gama de temas comerciais, mas também de outras naturezas, como serviços, investimentos, política de competição, propriedade intelectual. Em seu cronograma geral, o Acordo apresenta seis cestas de desgravação de produtos, com previsão de eliminação de tarifas para os produtos americanos que podem ser imediatas ou ocorrerem em até 17 anos. Dos 6.970 produtos incluídos no Acordo, 5.415 ou 78% do total, já contam com isenção tarifária imediata. A entrada em vigor do Acordo foi vista como um potencial desafio aos empresários brasileiros, uma vez que a diferença nos cronogramas de desgravação tarifária entre os Acordos com o MERCOSUL e com os EUA é favorável a estes e poderia levar à erosão das preferências tarifárias do Brasil nos primeiros anos do Acordo, inclusive com risco de desvio de comércio em detrimento do Brasil.
 Por fim, tendo em vista o escopo multidisciplinar do Acordo EUA-Peru, empresários brasileiros poderiam enfrentar maior concorrência em regras e temas não comerciais18. Acrescente-se ainda que, estão em negociação os acordos com os seguintes blocos ou países: Comunidade Andina, União Europeia, Coréia do Sul, Japão e Associação Europeia de Livre Comércio (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein).
Conflitos nacionais, internacionais e aspectos geopolíticos;
O Peru tem áreas fronteiriças em disputa com Chile, Colômbia e Equador, o que, historicamente, condicionou o relacionamento com esses países. O adversário mais tradicional do Peru é o Chile, que no século XIX ganhou a Guerra do Pacífico, obtendo com isso uma grande porção da costa peruana. O Peru nunca tentou recuperar os territórios perdidos pelo fato de sua força ser muito inferior à do Chile, o que continuaa ser um problema, já que o Chile está aumentando as suas capacidades militares de forma intensa nos últimos dez anos, o que gera apreensões em toda a região, especialmente no Peru e na Bolívia. O Peru, em resposta ao armamento chileno, também está tentando reequipar as suas Forças Armadas; entretanto, uma janela de cooperação entre os dois países foi criada, com a prisão de Fujimori no Chile em 2005. Um ano depois, os dois países assinaram um acordo de cooperação econômica. A política pragmática de Alan García viu uma grande oportunidade de comércio com os países asiáticos via Chile, levando a uma escolha deliberada pelo congelamento da questão fronteiriça entre os dois países. O Equador é outro país que mantém relações tensas com o Peru devido a problemas de fronteira não resolvidos. As divisões ideológicas e políticas entre os dois governos tendem, com certa facilidade, a inflamar os ânimos de ambos os lados. Os governos de Alan García e de Rafael Correa, atual presidente do Equador, divergem em vários pontos, especialmente no que diz respeito ao acordo de livre comércio assinado entre Estados Unidos e no que se refere às boas relações de Correa com a Venezuela e a Bolívia, países que têm relações conturbadas com García. Apesar disso, as relações entre Equador e Peru melhoraram significativamente ao longo dos últimos dez anos culminando na defesa comum de maior integração entre a CAN e o MERCOSUL e na assinatura de acordos bilaterais em várias áreas em 2007. Peru e Colômbia mantiveram relações estáveis até a intensificação do conflito civil colombiano, em meados da década de 1990. Durante o governo Fujimori, os atritos entre ambos os países foram grandes, inclusive com acusações de apoio do governo peruano às FARC19. A mudança de governo nos dois países os reaproximou, com diversos acordos de cooperação, especialmente na área de defesa das fronteiras conjuntas, para controle do tráfico de drogas e da guerrilha. As dificuldades de relacionamento com o Chile aproximam, historicamente, Peru e Bolívia. Porém, as relações entre os dois países passaram por um período conturbado depois que Evo Morales declarou abertamente apoio ao adversário de Alan García nas eleições peruanas de 2006, além de criticar as decisões peruanas de aproximação com os Estados Unidos. Outro ponto importante na relação entre Peru e Bolívia é o plano boliviano de exportar gás pelo Pacífico que está parado tanto pelas dificuldades internas da Bolívia quanto pelos projetos peruanos de tornar-se, ele mesmo, um exportador de gás. As relações entre Peru e Venezuela também estão sujeitas ao distanciamento ideológico de seus líderes. Assim como Evo Morales, Hugo Chávez apoiou abertamente o candidato Ollanta Humala nas últimas eleições peruanas. O afastamento dos líderes se manteve após as eleições, e, nas constantes disputas entre Venezuela e EUA, somente a mediação brasileira tem impedido o Peru de posicionar-se claramente ao lado dos norte-americanos. Durante o regime militar instaurado no Peru (1968-1980) e durante o primeiro governo de Alan García (1980- 1985), as relações com os Estados Unidos eram bastante distantes, intensificando-se somente durante o primeiro mandato de Fujimori em 1990, quando o Peru passou a ser o segundo maior receptor de auxílio financeiro dos Estados Unidos na América Latina. Em 2000, quando Fujimori ameaçou concorrer para um terceiro mandato, as violações à lei e aos direitos humanos ficaram em evidência e as relações com os Estados Unidos se estremeceram novamente, sendo que os EUA apoiaram a saída de Fujimori e a eleição de Alejandro Toledo, que expressava seu apoio às iniciativas do Plano Colômbia e à adoção de uma política semelhante no seu país. Entretanto, durante o segundo governo de George W. Bush, houve uma drástica redução dos auxílios financeiros para a América Latina, especialmente para as iniciativas antidrogas peruanas. O Congresso Americano, ao passar para o controle dos Democratas, manifestou insatisfação com o viés militar da aplicação dos recursos, e a pouca ênfase dada à criação de alternativas econômicas para a população que sobrevivia à base do cultivo de coca. Dessa forma, o foco passou a ser dado para o incremento comercial entre os dois países e a assinatura de um acordo de livre-comércio entre ambos. As relações entre EUA e Peru se intensificaram apesar de um forte sentimento antiamericano persistir em vários setores da sociedade peruana. As relações entre Peru e China, no campo econômico, vêm crescendo de forma acelerada desde a administração de Alejandro Toledo, principalmente pela demanda chinesa por recursos naturais. As importações advindas da China, principalmente de têxteis e vestuário, também cresceram muito e são motivo de preocupação para os produtores peruanos. Os investimentos chineses, muito limitados até pouco tempo, têm se intensificado, principalmente no que se refere aos setores de mineração e infraestrutura. Em visita à China, em 2008, Alan García deixou claras as intenções peruanas de reforçar os laços com o país asiático. O Japão é outro importante país asiático da pauta de política externa peruana. Assim como o Brasil, o Peru absorveu grandes levas de imigrantes japoneses, o que ficou bastante marcado na cultura peruana. Apesar desses fortes laços históricos, apenas recentemente, durante o governo García, é que as relações entre os dois países retomaram seu curso normal.
Ambiente de negócios e acesso ao mercado;
Podemos dizer que para abrir negócios e acessar o mercado peruano é um processo burocrático porem com um ambiente de negócios altamente encorajador, estando classificado na 76° posição em relação ao Rankings on Doing business para se fazer negócios. O tempo de abertura de uma empresa em comparação com o Brasil é um pouco mais lento, sendo de 26 dias necessitando de 8 procedimentos, com o pagamento de impostos necessitando de 260 horas por ano para calcular e pagar o fisco, sendo feito oito vezes por ano fiscal. Tendo uma carga tributária de 36,8 % do lucro bruto sendo melhor que a média da América Latina e Caribe. Em relação a submissão de documentos para exportar demora aproximadamente 24 horas a um custo de 50 dólares, enquanto o controle de fronteiras necessita de 48 horas a um custo de 630 dólares. 
Além disso, um aspecto a ser observado é a segurança jurídica, com execução de contratos não sendo satisfatório, com uma espera de 478 dias em média a um custo de 41,2% do valor protestado. Também destacamos a facilidade de conseguir alvarás de construção, demorando em média 137 dias para ser aprovado necessitando de 19 procedimentos a um custo razoável e com um controle de qualidade de edificações bem avaliado no índice, porém com o custo de energia elétrica mais cara, custando 448.5 % da renda per capita, em comparação com 407.2 % dos países da América Latina e Caribe, obter serviço de eletricidade no Peru leva alguns meses e envolve submeter um pedido à Luz del Sur e aguardar um estudo de viabilidade e custos, o que leva cerca de 17 dias. Isto é seguido pela assinatura do contrato de fornecimento e ainda é necessário aguardar a finalização dos trabalhos externos pela Luz del Sur, o que pode levar cerca de 50 dias. Outro fator importante é o registro de patentes de propriedade industrial e intelectual, que é satisfatório no país, a um custo de 3,9% da patente, com prazo de 9,5 dias em média. Algumas das considerações culturais que você pode precisar levar em conta quando fazendo negócios no Peru incluem apertos de mãos como o cumprimento mais comum no momento da apresentação. Enquanto apertando com a mão direita, é comum tocar o braço da outra pessoa com sua mão esquerda, especialmente entre homens. Ou, quando apresentando mulheres e homens, é comum beijar um ao outro na bochecha. Este costume é comum entre pessoas urbanas, mas não entre os que moram nos Andes, que preferem um aperto de mãos e um abraço. Em conversas, os relacionamentos podem ser afetados por seu tom e volume de voz: peruanos geralmente falam baixo e falar alto pode ser consideradodesrespeitoso. Além disso, peruanos têm muito orgulho de sua comida e heranças arqueológicas, tais como Machu Picchu, Nazca e Cuzco. Ainda que não recomendado, quando discutir política, nunca entre em uma argumentação ideológica. Qualquer conversa sobre política internacional deve se manter superficial, evitando o ponto de vista pessoal.
Indicadores de comércio envolvendo os produtos escolhidos e intercâmbio comercial;
As exportações de Partes de máquinas e aparelhos de posição 8474 (código SH6-847490) entre Brasil e Peru sofreram grandes variações entre 2015 e 2019. Em 2015 foram exportado o Valor FOB (US $) de $ 9.979.647 tendo uma queda nas exportações do mesmo em 2016 ficando o Valor FOB (US $) $ 6.708.626, já nos anos seguintes manteve-se em alta tendo o valor de 2016 praticamente dobrado em 2019 chegando a $ 13.070.176. Em relação as exportações para o mundo as variações também foram significativamente positiva neste mesmo período tendo exportado em 2019 o Valor FOB (US $) $ 105.445.151 ficando acima do patamar inicial de 2015 que foi de $ 73.024.592. 
China, Alemanha, chile, Canada e EUA são os maiores exportadores desse produto em quanto o Brasil tem EUA, Chile, Peru, Panamá e México como seus principais importadores. São Paulo e Minas Gerais são os estados brasileiros que mais exportam o Rio Grande do Sul fica sendo o quinto maior exportador ficando atrás do Paraná e de Santa Catarina. O Município de Caxias do Sul exportou para o mundo em 2019 quase três vezes mais que 2015 o produto de código 8474 ( Máquinas e aparelhos, para selecionar, peneirar, separar, lavar, esmagar, moer, misturar ou amassar terras, pedras, minérios ou outras substâncias minerais e minérios (incluídos os pós e massas); máquinas para aglomerar ou moldar materiais minerais sólidos) do nível SH4. Em valor FOB (US $) em 2015 foi exportado $ 239.192 mantendo uma crescente constante chegando a $ 663.880 em 2019, México e Guiana foram os principais destinos tendo comercializado com o Peru somente em 2015, o valor exportado foi de $ 29.409. Em 2019 último dado disponível consta que o Peru importou um total de (Valor importado em 2019 (em milhares de USD) 230,042 representando 3,2% das importações mundiais deste produto com sua classificação nas importações mundiais em 7°.
Oportunidades e riscos comerciais.
Dados do produto para inserção no mercado peruano. 
Em 2018, as peças para máquinas de classificação mineral, peneira, mistura, de código SH6 (847490) foram o 470º produto mais negociado no mundo, com um comércio total de US $ 6,91 bilhões. Entre 2017 e 2018, as exportações desse produto cresceram 10,8%, de US $ 6,24 bilhões para US $ 6,91 bilhões, com previsão de chegar a US $8,95 bilhões em 2021 representando 0,038% do comércio mundial total. Em 2003, a tarifa média desse produto foi de 3,39%, sendo a tarifa 950 mais baixas na classificação do produto HS6, estando na 2721ª posição no Índice de Complexidade do Produto (PCI).
Oportunidades
Considerado pelo FMI uma estrela em ascensão, o Peru integra a nova onda de mercados emergentes líderes a nível mundial, destacando-se pelo seu sólido crescimento, ambiente de negócios altamente encorajador e baixa vulnerabilidade, detendo, até, as mais altas classificações das agências de rating internacionais, apenas ultrapassado pelo chile. Longe do ambiente económico e político que caracterizou o país no passado, o Peru assume-se, hoje, como uma economia estável, apostando em uma crescente abertura ao comércio e aos negócios e, como tal, um destino cada vez mais atrativo para o investimento, onde nacionais e estrangeiros tem legalmente os mesmos direitos, onde a maioria dos setores econômicos estão abertos à iniciativa privada e onde a segurança jurídica dos negócios é muito boa.
Entre as áreas de maior potencial de investimento, encontram-se o setor de exploração de recursos naturais trazendo oportunidades para explorar o comercio do produto de nível SH6 de código 847490 tendo em vista que as empresas peruanas estão claramente abertas a parcerias internacionais, buscando aumentar não apenas o seu crescimento no mercado interno, mas também uma projeção internacional. Nas últimas décadas o Peru tem concentrado seus esforços no sentido de reduzir a pobreza e têm tido sucesso, não apenas reduzindo a pobreza mas também aumentando a classe média, que hoje representa cerca de 46% da população ( dados de 2016), mais do dobro do que no ano de 2004, o que aumenta o poder de compra e incentiva o consumo. 
Possíveis Riscos
O impacto ambiental das minas é um assunto bastante discutido no país. Uma expansão do setor está sujeita a estudos de avaliação do impacto ambiental e tem que ser aprovado pelo Ministério de Energia e Mineração do Peru, passando antes por estudos dos recursos hídricos subterrâneos e de superfície. A agência de avaliação e controle ambiental do Peru é bastante rígida ao inspecionar as minas, notificando infrações e aplicando multas para transgressões ambientais. Com casos em outros países onde derramamentos de produtos com poder de contaminação fizeram as empresas pagar milhões de dólares em indenizações às vítimas, além de outras medidas corretivas. Acidentes, e o subsequente litígio, são claramente um risco no setor de mineração o que por sua vez afeta diretamente o comercio nesse setor podendo diminuir as importações afetando o nosso produto. 
O país e a atividade comercial devem ser validados com o Professor.
Objetivos
Construir um estudo de mercado analisando um país da região das Américas com a intenção de inserir ou incrementar a participação de produtos ou serviços brasileiros no exterior.
Justificativa
Elaboração de um estudo de mercado que sintetize e consolide os conhecimentos de análise e avaliação de mercados internacionais com foco nas oportunidades e nos riscos da prática das relações comerciais envolvendo os países das Américas.
Avaliação
A avaliação do trabalho é composta pelas seguintes entregas:
A. Apresentação oral do projeto (justificativa da escolha do país e produto/serviço): no dia 09 de junho;
B. Relatório de pesquisa / Estudo de Mercado: Até às 22h:30min do dia 16 de junho - Avaliação A1 (Peso 5,0);
C. Apresentação (Slides): Até às 19h:30min do dia 23 de junho;
D. Apresentação oral: Nos dias 23 ou 30 de junho, mediante sorteio.
A nota final dessa atividade é composta pela: 
I. apresentação oral do projeto e a entrega do estudo de mercado (A+B). Compõem a avaliação A1 e tem peso de 5,0 na nota final da disciplina;
II. entrega e apresentação oral do estudo de mercado (C+D). Compõem a avaliação A2 e tem peso de 1,0 na nota final da disciplina.

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