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IMPLICAÇÕES DO ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

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IMPLICAÇÕES DO ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
- INTRODUÇÃO:
 O estresse, conhecido como o mal-do-século, faz parte da vida de todo ser humano,
em diferentes proporções. As constantes mudanças da vida exigem do indivíduo uma adaptação física, mental e social. Mudança essa a qual citamos: a pandemia que estamos vivenciando atualmente o COVID-19. O objetivo deste trabalho foi mensurar as situações estressoras as quais a enfermagem está exposta; avaliar a gravidade do estresse, classificando as situações de acordo com a intensidade do estresse dos profissionais de enfermagem. Onde A enfermagem ocupa lugar de destaque entre as profissões consideradas estressantes. Onde o elevado nível de estresse ocupacional ou profissional exerce influência devastadora sobre a saúde do trabalhador e, consequentemente, ao sistema de saúde, incluindo a assistência a pacientes e familiares. Por esses motivos, o estresse ocupacional tornou-se um problema a ser considerado na atualidade. Para superar os estressores presentes no ambiente de trabalho são empregadas estratégias de enfrentamento do estresse, que são maneiras como o indivíduo lida com o estresse, minimizando os efeitos dos estressores no organismo, visando ao bem-estar físico e emocional. 
CONTEÚDO:
 O estresse ocorre quando há uma modificação ameaçadora, lesiva ou tensa no ambiente, desencadeando um desequilíbrio no indivíduo. Em que torna-se incapaz de realizar tarefas sob essa situação. Quando o estresse é constante ou excessivo, torna-se prejudicial, podendo causar sensação de desgastes. Ocasiona distúrbios biopsicossociais, onde tais sintomas são classificados em físicos (tremor, fadiga, hipertensão arterial, ranger os dentes, entre outros) e psicológicos (insônia, dificuldade de concentração, ansiedade, impaciência, desmotivação, desinteresse entre outros), podendo levar a uma queda na produtividade no trabalho. A enfermagem ocupa lugar de destaque entre as profissões consideradas estressantes. Soma-se a isso, o fato da despersonalização do trabalhador de enfermagem em relação à profissão, considerando o enfrentamento de dificuldades. O elevado nível de estresse ocupacional ou profissional exerce influência devastadora sobre a saúde do trabalhador e, consequentemente, ao sistema de saúde, incluindo a assistência a pacientes e familiares. Por esses motivos, o estresse ocupacional tornou-se um problema a ser considerado na atualidade, além da falta de reconhecimento da sociedade.
 O estresse ocupacional, apresenta índices alarmantes de incapacitação temporária ao trabalho, absenteísmo, insatisfação profissional, iatrogenias, entre outros. Situações em que as exigências do trabalho não se ajustam às necessidades, expectativas ou capacidades do trabalhador, resultam em estresse como fator de risco potencial à saúde do trabalhador. Independente da área de atuação, profissionais de enfermagem experienciam diferentes situações inerentes à profissão, consideradas potenciais estressores e mais incidentes em unidades de atendimento a pacientes gravemente enfermos ou instáveis, incluindo Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de Pronto Atendimento (UPA). Dentre os estressores ocupacionais apontados por enfermeiros que atuam no ambiente de urgência e emergência, inclui-se a escassez de recursos humanos, recursos materiais e instalações físicas inadequadas, carga horária de trabalho, plantões noturnos, interface trabalho-lar, relacionamentos interpessoais, trabalhar em clima de competitividade. 
 Quando o estresse resulta em consequências ao aparelho psíquico dos trabalhadores, denomina-se "síndrome de Burnout.” é um termo usado para caracterizar o estresse ocupacional, causado por falta de energia. A síndrome de Burnout é um dos maiores problemas psicossociais nos dias atuais. O alto estresse gera sofrimento, que traz consequências na saúde e no seu desempenho profissional da pessoa acometida. Seus sinais e sintomas são: exaustão física, psíquica e emocional, diminuição da realização pessoal no trabalho e despersonalização. Ocorre quando há exigência de alta qualificação intelectual, envolvendo tomadas de decisões importantes, com alto peso emocional ocorrendo principalmente em pessoas que exercem profissões desgastantes durante muitos anos, com carga horária excessiva e em ambiente altamente estressante.
 Entre as causas do estresse no trabalho está a competitividade exacerbada e a busca desenfreada por resultados criam um ambiente propício para a ocorrência do estresse no trabalho. E vários fatores contribuem para agravá-lo, como a competição entre os profissionais, o que pode comprometer o relacionamento entre os mesmos. O alto estresse gera sofrimento, que traz consequências na saúde e no seu desempenho profissional da pessoa acometida. Seus sinais e sintomas são: exaustão física, psíquica e emocional, diminuição da realização pessoal no trabalho e despersonalização. Ainda entre os elementos que agravam a situação de estresse estão às questões relativas à segurança, como a falta de equipamentos adequados de proteção, que contribuem para o estresse ao gerarem um sentimento de medo e desamparo por parte do empregador, sobrecargas, atuação em plantões noturnos é considerada um estressor, por interferir no sono, problemas de vigilância, alterações do humor. E associando aos níveis de controlável e máximo estresse está: Sobrecarga no trabalho, função exercida, autocontrole e sofrimento alheio; fatores institucionais e burocracia causam controláveis estresses de acordo com cada situação. Já a baixa remuneração; entre enfermeiros em relação à estabilidade no emprego; e entre enfermeiros e técnicos em relação à submissão causam máximo estresse entre os profissionais. 
 Estresse do enfermeiro em unidade de emergência – pronto socorro: Gráfico, explicação e vivência pessoal: LARI 
 Estresse do enfermeiro em Unidade de Terapia Intensiva – UTI : Os profissionais que trabalham em UTIs, estão em situação de vulnerabilidade para o desenvolvimento de quadros de estresse. Em uma UTI, a rotina de trabalho é marcada pela variabilidade, incerteza e risco, fatores que podem ser desencadeadores de estresse para muitos profissionais; além disso, o excesso de ruídos existentes, o relacionamento com a equipe e a relação com os familiares e pacientes podem ser fontes adicionais de estresse nesse contexto. Existem muitas situações de estresse dentro das UTIs em virtude da constante expectativa de situações de emergência da alta complexidade tecnológica e da concentração de pacientes graves, sujeitos a mudanças. Dessa forma o ambiente de trabalho caracteriza-se como estressante e gerador de um emocional comprometido, tanto para os profissionais como também para os profissionais como para os pacientes e seus familiares. O perfil emocional dos enfermeiros de UTIs sofre alterações no decorrer do plantão, relacionado ao desgaste e estresse, sobretudo nesta unidade, onde há exigência de alto nível de habilidades e respostas imediatas em emergência. Outros fatores, desencadeadores do estresse em UTIs é a aceitação da morte, na escassez de recursos materiais (leitos e equipamentos) e de recursos humanos, além da tomada de decisões conflitantes. 
 Estresse do enfermeiro em Unidade de Pronto Atendimento – UPA: As UPAs foram criadas com objetivo de diminuir as filas nos prontos socorros dos hospitais, evitando que casos que possam ser resolvidos nessas localidades sejam encaminhados para as unidades hospitalares. As UPAs funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e dispõem de recursos humanos e materiais qualificados que buscam resolver grande parte das urgências e emergências. Dentre os profissionais de enfermagem atuantes em UPAs que apresentaram estresse, observou-se predomínio da fase de resistência e sintomas psicológicos. Outro aspecto a ser considerado como desencadeador de estresse entre profissionais de enfermagem atuantes em UPAS refere-se ao relacionamento interpessoal. Nesse contexto, geralmente os conflitos estão relacionados a situações deordem hierárquica, ainda consta em conciliar atividades burocráticas com a assistência aos pacientes graves. No entanto, é importante relevar que os conflitos interpessoais são inerentes às relações humanas, atuando como sinalizadores de mudanças, possibilitando repensar sobre a atuação e promoção de mudanças referentes à maneira de agir. 
Unidades de Terapia Intensiva Neonatais – UTINs: A equipe enfrenta, com frequência, situações emocionais difíceis: o sofrimento e a fragilidade de um bebê muito prematuro, a morte, os sentimentos de insegurança, a ansiedade dos familiares que fazem parte do cotidiano dos profissionais. Tais situações exigem dos profissionais conhecimentos específicos e atualizados, habilidade técnica, agilidade e sensibilidade. O ambiente complexo de uma UTIN pode contribuir para desencadear o estresse: os recém-nascidos chorosos, a necessidade de informar os familiares do agravamento do paciente ou óbito, atividades administrativas, carência de recursos materiais e humanos, dentre outros elementos que podem sobrecarregar os profissionais. Além disso, a exposição a um contexto de morte eminente de bebês recém-nascidos pode gerar sentimentos de decepção, impotência, culpa, tristeza, perda, e nem sempre o profissional consegue administrá-los. 
 A prestação da assistência de enfermagem nessas unidades inclui, alto grau de dificuldade e responsabilidade, insuficiência de recursos humanos e materiais, falta de reconhecimento por parte dos gestores, administração e supervisão de pessoas, sobrecarga de trabalho, superlotação, espaço físico inadequado, assistência direta e indireta a pacientes gravemente enfermos e em risco de morte. Esses fatores frequentemente resultam em insatisfação profissional, podendo evoluir para estresse físico, psíquico e moral. Soma-se, ainda, a necessidade da assistência aos familiares, que geralmente se encontram hostil e em elevado nível de estresse, seja ele agudo ou crônico. Muitos dos profissionais de enfermagem trabalham em dois ou até mais empregos e essa situação é ocasionada por dificuldades de ordem socioeconômicas, uma vez que tal atividade profissional é subvalorizada socialmente e apresenta remuneração insatisfatória, o que termina por obrigar os indivíduos a aumentar a carga horária, fazer mais plantões e trabalhar em jornadas extenuantes, conciliando muitas vezes o trabalho com a dedicação aos estudos, em função das mesmas dificuldades socioeconômicas, o que pode favorecer o desgaste físico e mental. 
 ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO ATUAL DO COVID-19: A síndrome respiratória aguda grave causada pelo novo coronavírus Covid-19, foi considerada pandêmica desde março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde. 
Os profissionais de saúde, são descritos como a categoria populacional mais afetada psicologicamente tendo em vista que experimentam fatores estressores adicionais tais como: a um aumento da carga de trabalho, medo de contaminar os familiares e também de se contaminar, desinformação e raiva do governo e dos sistemas de saúde. O grande número de doentes e mortes no contexto da pandemia gera um alto risco psicossocial ocupacional, para as equipes que atuam na linha de frente. Os maiores encargos profissionais número elevado de horas de trabalho e de pacientes, alta pressão gerada por treinamentos foram os primeiros fatores apontados nos estudos como causadores do aumento do estresse nos profissionais de enfermagem. O excesso de trabalho parece favorecer o adoecimento mental e físico em trabalhadores da área da saúde, além de facilitar a ocorrência de absenteísmos, acidentes de trabalho, erros de medicação, exaustão, sobrecarga laboral e ausência de lazer, além de que muitos trabalhadores estão se contaminando com o vírus. A criação da internet e outros adventos tecnológicos facilitaram a divulgação de informações, no entanto essa disseminação quase que instantânea de conteúdo gera por vezes diversas informações desencontradas, em diversos momentos influenciados pela divulgação de noticias falsas que geram pânico na população e sobrecarga mental nos profissionais de saúde. Com base nestas premissas, podemos inferir que o entendimento das respostas dos profissionais de saúde frente uma pandemia é algo bastante complexo, a doença altera o cotidiano do indivíduo e leva ao sentimento de vulnerabilidade por diversos fatores tais como: medo de adoecer e morrer; perda de pessoas próximas; perda dos meios de subsistência; exclusão social por estar associado à doença. A disseminação do vírus é capaz de intensificar todos estes fatores descritos acima e também as pressões e preocupações dos profissionais de saúde, culminando assim em maior estresse emocional nos profissionais de enfermagem. O medo e a angústia são capazes de estimular esse quadro, que por sua vez possui mecanismos que podem influenciar na diminuição da imunidade com consequências na manutenção da saúde. 
VIVÊNCIA PESSOAL: VÍDEO DO ENTREVISTADO
 As estratégias de controle do estresse foram avaliadas como eficazes para o enfrentamento do estresse. As estratégias de manejo de sintomas são eficazes, mas se forem utilizadas como única alternativa para lidar com situações de sofrimento podem alienar o profissional e causar intensificação do sofrimento, tornando-se não efetivas. Assim, considerando que as estratégias de enfrentamento dependem das características individuais do profissional e das situações vivenciadas no ambiente ocupacional, a adoção de diversas estratégias é mais eficaz do que o uso de apenas uma, visto que o indivíduo tem mais recursos para enfrentar a situação estressante ao aderir a várias delas. A impossibilidade de excluir o estresse no cotidiano do profissional de Enfermagem evidencia a importância de se buscar estratégias de enfrentamento dele, na tentativa de conter o dano emocional causado nos trabalhadores. Novas estratégias de coping podem ser aprendidas pelos profissionais e pode ser útil iniciar ou aprofundar a discussão dessa temática entre os profissionais de Enfermagem. De forma a propiciar maior satisfação no trabalho, que, certamente, irá se refletir no cuidado que realizam, melhorando a qualidade da assistência aos pacientes.
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