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Cultivo Passo a Passo SINSEMILLA

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Guia de Cultivo Passo a Passo 
Tradução realizada por: Duende-Verde , para a comunidade Horta da Couve 
 
 
Introdução 
 
 
Cannabis Sativa, esse é seu verdadeiro e cientifico nome, mas é mais conhecida por 
marihuana, marijuana, maria, erva, cânhamo (os níveis de THC do cânhamo são muito 
baixos), etc. è uma planta que cresce em estado selvagem em alguns lugares do mundo, 
podendo aclimatar-se a praticamente qualquer sítio. E uma das primeiras plantas 
conhecida, que o ser humano utilizou em seu próprio beneficio! 
 
 
Adora o sol, quanto mais melhor, necessita 
um mínimo de 6 horas diárias para um 
óptimo rendimento, mas pode viver sem 
sol, em um sítio completo de sombra, mas 
diminuindo consideravelmente a produção, 
saindo uma planta pouco ramificada e que 
faz mais prolongado o ciclo de floração, 
também sem sol nos irá sair mais machos. 
 
 
A terra que melhor se adapta é aquela que tem melhor mistura quando estão em vasos e 
argilosas quando estão em terra, são da família das urtigas, bem realmente são da família 
do lúpulo, mas primas das urtigas, assim que se plantas em terra mãe crescerão muito 
bem nas terras onde saiam estas matas. 
 
 
 
A rega faz-se com agua em abundância, 
até que saia por debaixo dos vasos e 
intercalando os tempos entre eles o mais 
possível para que as raízes se oxigenem 
bem. Se estivessem em terra a rega será 
muito espaçosa, 1 vez por semana e 
incluso menos. Como muito já que pode 
chegar a ser una planta de até 5 metros de 
altura, pelo que se recomenda usar uma 
terra com algum abono de base, como 
humus de minhoca, quando cultivamos em 
vazo com um fertilizante líquido misturado 
com a água de rega. Quando mais 
necessitam este aditivo líquido é na fase de 
floração. 
 
 
Também pode ser cultivada no interior, 
não junto á televisão, em um quarto ou em 
armários de cultivo, com lâmpadas 
especiais que substituem o sol e 
extractores para regenerar o ar do lugar. 
 
 
TIPOS DE PLANTAS:
 
A Cannabis Sativa divide-se em duas 
classes principais Cannabis Sativa Sativa e 
Cannabis Sativa Indica, e ainda existe uma 
terceira típica dos climas mais frios como 
Sibéria, chamada Cannabis Sativa 
Rudelaris. 
 
 
As características principais das Sativas são 
que tem a folhagem mais fina, tem um 
crescimento alto sendo umas plantas 
pouco ramificadas, de cabeços finos e 
compridos, tempo de floração de 2 a 3 
meses, segue crescendo durante esta 
época, odores cítricos e efeitos eufóricos. 
Nível de THC alto. Originária de climas 
tropicais, de Ásia, África o América do Sul. 
 
 
As Indicas levam a contrária a das Sativas 
em quase tudo, a folhagem é larga, 
costuma ser una planta pequena-mediana e 
muito ramificada, cabeços grossos e 
curtos, tempo de floração é de 45 a 65 
dias, não costuma crescer durante este 
período, odores doces e efeitos relaxantes 
ou narcóticos. Nível de THC média-alta. 
Originaria de climas temperados, Europa, 
Sudeste Asiático. 
 
 
As Rudelaris, são plantas pequenas que 
aguentam muito bem as baixas 
temperaturas e que florescem por idade, 
não por fotoperiodo como as anteriores. 
São pouco produtivas e contem 
baixíssimos níveis de THC. Originaria de 
climas muito frios, Rússia. 
 
 
 
 
SEXO: 
 
 
 
A Cannabis é uma planta dioica, quer dizer, existem plantas macho e plantas fêmeas. O 
macho que não se costuma utilizar ”só em caso para criar sementes”, da umas flores 
pequenitas que se irão juntando em conjuntos, formados por sépalos e estambres, e que 
em redor de 1 mês desde que começam a sair, abrirão os seus sépalos e soltaram ao 
vento o amarelento pólen. 
 
 
 
 
 
 
 
A fêmea, que é a que cuidaremos até ao 
final, puis é ela a que da o fruto dos nossos 
interesses, da os pistilos, cada um de eles 
formados pelo cáliz, o lugar onde se criará 
a semente, e os estigmas dos pelitos em 
uma ponta, que normalmente são brancos 
mas que podem tomar outras tonalidades 
como lilás, laranja, azulados, etc. Estes 
pistilos formam-se em conjuntos, 
chamados coloquialmente cabeços. Os 
estigmas são os encarregados de apanhar 
o pólen do macho e introduzi-lo dentro do 
cáliz, onde se formará a semente. A não 
ser que queiramos conseguir uma sembra 
de sementes e não de cabeços, 
beberíamos tirar os machos e deixar só as 
fêmeas, este tipo de cultivo é denominado 
cultivo "sinsemilla", já que ao retirar os 
machos as fêmeas não criaram sementes, 
só se concentraram em criar resina, que lês 
servirá como defensa para os cabeços 
resguardados do frio, do calor e das pragas 
que ficarão agarradas nela. Também 
produzirá mas pistilos o que fará que o 
cabeço engorde mais.
 
 
Se tivéssemos deixado um macho com a 
fantástica ideia de criar o nosso próprio 
cruze, veríamos que a planta fêmea uma 
vez polinizada se dedica a fabricar 
sementes e mão produz tanta resina nem 
tão vigorosos cabeços como as anteriores. 
Uma vez secado e extraídas as sementes, 
estes cabeços ficam em nada.
 
Há alguns casos em que as plantas em algum momento da floração, desarrolha flores do 
sexo contrário, este fenómeno é conhecido como hermafroditismo e pode ocorrer por 
varias razões: por genética, conseguindo-o herdando normalmente de una fêmea que se 
auto-polinizou; por extress, mudanças de sitio, excesso o defeito de regas, pragas, etc., e 
também forçando-a ao final da floração para produzir algumas sementes. As plantas 
hermafroditas serão arrancadas como se fossem machos já que também podem 
polinizar a as fêmeas. 
 
 
 
As bananitas, clamados assim por a 
similitude com a fruta do mesmo nome, 
são flores machos que saem nos cabeços 
de algumas plantas, sobretudo em plantas 
que pudessem sofrer algum maltrato, mas 
que normalmente não soltam pólen e o 
pouco que solta só produziria umas 
poucas sementes. 
 
 
 
 
CULTIVO:
A data ideal para plantar é na primavera, já que a planta crescerá durante esta estação e 
parte da seguinte e começará a florescer justo antes de chegar o Outono para ser 
apanhada antes do Inverno. Em climas temperados onde as temperaturas mínimas não 
costumam descer de 10ºC. Pode plantar-se em qualquer estação, mas não se verá 
realmente o seu crescimento fora de temporada. A planta crescerá durante os dias 
compridos e florescerá quando os dias começarem a diminuir as horas de luz. Quando 
plantamos no Inverno, que os dias são pequenos, a planta crescerá durante um mês ou 
dois e florescerá automaticamente quando esteja preparada. 
Germinação 
 
A germinação não é tão difícil como muita 
gente pensa, só há que ter unas sementes 
que não estejam más, e ter o meio de 
germinação no seu ponto de humidade, 
nem encharcado, nem seco, se seguires 
os seguintes conselhos não terás 
problemas na germinação. 
 
 
Pegamos em um guardanapo absorvente 
de papel, e humedecemos e colocaremos 
nela as sementes com uma distância 
mínima entre elas de uns 2 cm., isto evitará 
que ao germinar as radículas se toquem 
umas com outras. 
 
 
Dobramos o guardanapo sobre si mesmo 
de forma que as sementes fiquem 
recebendo a humidade por todos lados. 
 
 
E para evitar que o guardanapo se seque 
mantemo-lo em um Tupperware fechado 
hermeticamente e o colocaremos em 
qualquer lugar da casa onde haja uma 
temperatura sem mudanças bruscas e que 
ronde os 21º centígrados. 
 
 
Uma vez ao dia lhe deitaremos uma 
espreitadela para ver que tudo vai bem, e 
que a agua não se condensa em excesso 
no tecto deixando o guardanapo seco, 
também para ver se as sementes já 
abriram, evidentemente. 
 
 
48 Horas depois uma das sementes 
começa a abrir-se, mas a deixaremos um 
bocado mais. Há que ter em conta que há 
sementes que podem demorar até mais de 
2 semanas em abrir, mas que pelo geral 
abrem-se na primeira semana, se fosse o 
caso que demorassem mais de 3 dias em 
abrir, para evitar que a agua de que está 
impregnado o guardanapo se forme 
(fungos) e esse podre afecte a raiz 
nascente, deveremos mudá-lapor um 
guardanapo novo, já que a planta 
nascesse, poderia morrer por fungos 
radiculares o alternaria. 
 
 
10 Horas depois da foto anterior a radícula 
já está fora. 
 
 
Neste ponto já podemos muda-las para a 
terra, mas vamos a esperar umas horas 
mais para ver a sua evolução. 
 
 
6 Horas mais e é agora quando vamos 
muda-las. 
 
 
Pegamos suavemente, com muito cuidado 
de não danificar a radícula, a parte mas 
frágil. 
 
 
Pegamos em um vaso pequeno, já que é 
bom criar a plantula as primeiras semanas 
em um sementeiro para que a raiz se faça 
forte, e o enchemos pouco mais da 
metade de um substrato, recomendamos 
light mix, grow mix de Plagron o light mis, 
all mix de BioBizz. 
 
 
Abrimos um pequeno buraco no centro e 
colocamos a semente cm cuidado, com a 
radícula para baixo (há gente que a põem 
para cima, mas as sementes brotam antes 
se está para baixo). 
 
 
Assim ficaria, apoiada no buraco, quase na 
superfície e com a raiz apontando para 
baixo. 
 
 
Cobrimo-la levemente para que não dê luz a radícula, já que uma exposição prolongada a 
mataria. 
1 
2 
E a continuação regaremos com muito 
cuidado de não afundar nem colocar a 
boiar a semente. Vamos fazer aqui uma 
demonstração, a plantita 1 só será regada 
com água os primeiros dias, suficiente para 
que saia e cresça bem, já que o pouco 
alimento que necessita durante este tempo 
o tomará da terra; e a 2 vaie-se juntar um 
estimulante radicular, para um crescimento 
mais rápido da raiz e por toda a planta. 
 
 
Não a colocaremos ao sol até que a planta 
não tenha saído da terra, mas sim a iremos 
colocar num lugar muito iluminado ou 
debaixo de um fluorescente, com 18 ou 24 
horas de luz estará fora em 1 o 2 dias. 
 
 
Ao dia seguinte, a que foi regada com 
estimulante radicular, já está quase fora da 
terra. 
 
 
3 Horas depois da foto anterior a planta 
germinou e separou-se da casca da 
semente a qual se pode ver na foto à 
esquerda. 
 
 
A 35 horas de a ter enterrado a planta está 
esplêndida. Desde que pusemos a 
semente no guardanapo até aqui passaram 
4 dias. 
 
 
 
TERRA, AGUA, LUZ, AR e NUTRIENTES 
As plantas, como seres vivos que são, necessitam dos elementos essenciais: Agua, Ar 
(anídrico carbónico), terra (oxigeno e minerais) e Sol (luz para poder realizar a fotosíntesis 
e calor). 
AGUA: è vital, sem ela nenhum ser vivo poderia sobreviver. A planta absorve a 
través das raízes e deve ser administrada com regularidade e deixando espaços entre as 
regas para que as raízes se oxigenem, uma rega continua sem deixar que a terra se 
seque pode causar apodrecimento radicular, sobre todo nas épocas de mais calor. A 
melhor forma de saber quando regar, se temos as plantas em vasos, é pelo peso, já que 
uma terra recém regada pesa muito ao estar empapada de agua, mas conforme vão 
passando os dias a terra vai perdendo peso, uma parte da agua está a ser absorvida 
pelas raízes e outra parte está a secar, quando o peso reduz um pouco mais da metade, 
do que pesava recém regada, é hora de voltar a colocar agua. A terra vaie-se secando de 
cima para baixo, é por isto que a técnica que alguns cultivadores usam de regar quando 
colocam o dedo na terra e o notam seco não está boa, já que isto não diz que não siga 
tendo agua a partir dos 10cm de profundidade. Quando a planta está na terra mãe em 
vez de estar em um vaso, a rega é muito mais intercalado, ao principio quando a planta 
ainda é pequena as regas são cada 3-5 dias, mas conforme vai crescendo e alargando as 
suas raízes, a carência de rega pode ser de 1 vez à semana, incluso haverá muitos que 
regueis menos, 1 vez cada 15 dias, mas o melhor é observar a planta e esperar a que 
nos a peça, as folhas põem-se um pouco flácidas nas zonas altas quando a agua 
começa a escassear. O PH da agua deve ser de 6'0 - 6'5 no máximo dos máximos 7 para 
uma boa absorção dos nutrientes por parte da planta. Em quanto a EC, ainda que não é 
um factor muito grande que há que ter em conta nos cultivos de terra, seria interessante 
que não passasse de 0'5, o que, de o fazer, o converteria em agua dura, com o que se 
aconselha em tal caso utilizar fertilizantes especiais para aguas duras. 
LUZ: a Cannabis é uma planta que necessita muita luz e de grande intensidade, quer 
dizer, sol directo, indispensável para realizar correctamente a fotosíntesis, processo 
mediante o qual as plantas captam e utilizam a energia da luz para transformar a matéria 
inorgânica do seu meio externo em matéria orgânica que utilizaram para o seu 
crescimento e desarrolho. A fotosíntesis divide-se em duas fases. Na primeira ocorre em 
os tilacoides, em onde se capta a energia da luz e esta é armazenada nas moléculas 
orgânicas simples (ATP y NADPH). A segunda a verá no tema AR. A luz pode ser solar ou 
artificial, embora nem qualquer lâmpada serve, as melhores são as lâmpadas de Alta 
Pressão de Sódio (HPS), para a floração (luz vermelha ou amarela) e as de Halogéneos 
Metálicos (MH), para o crescimento (luz azul “ou branca”). O excesso de sol, incluso em 
Agosto, nunca é mau para as folhas, ramos ou cabeços, o mau é que esse excesso de 
sol afecte as raízes subindo a temperatura do vaso e por tanto a de estas mesmas, com 
o risco de desidratação e queimaduras. O mínimo diário de horas de sol directo que 
necessita a planta para um correcto crescimento e uma boa e rápida floração é de 6 
horas. Se tivéssemos menos horas a planta tenderia uma separação entre os nós maior 
durante o crescimento, assim no período de floração os cabeços se terminam de fazer 
mais tarde, muito espaçados e pouco prensados. 
 
AR: no cultivo exterior não devemos ter nenhum cuidado especial com ele, mas é bom 
saber como o utiliza a planta, para compreender melhor o seu cultivo. A segunda parte 
da fotosíntesis tem lugar nos estomas, diminutos furos nas folhas, que recebem o CO2 
atmosférico para produzir hidratos de carbono e oxigeno e indirectamente o resto das 
moléculas orgânicas que compõem os seres vivos (aminoácidos). Devido a isto, os 
vegetais superiores são, junto aos outros organismos fotosintéticos, os produtores 
primários na biosfera. As folhas realizam o intercâmbio de gases (fotosíntesis e 
respiração) a través dos sus estomas aeríferos, pelo que transpiram o vapor da água 
(evapotranspiração). A través dos estomas das folhas, a planta absorve o dióxido de 
carbono, (CO2), da atmosfera, e expulsa o Oxigeno (O2) procedente da fotólisis do H2O, 
processo incluido na fotosíntesis. Este oxigénio é fundamental para a vida no nosso 
planeta. 
 
TERRA: as melhores terras são as argilosas, mas também se dá bem em terras 
arenosas, e em geral em qualquer que saiam más ervas, e em particular as ortigas. Em 
vaso a mistura ideal é a composta por uma parte de terra (substrato, turba), outra parte 
de arejados (substrato de coco, perlite) e uma terceira de abonos (húmus, guano). Hoje 
em dia não vale a pena complicar a vida preparando uma boa terra, marcas como 
Plagron, Biobizz o Canna já o fazem por nós e a muito bom preço desde 10 euros os 50 
litros. Há outros tipos de cultivo, que se dão sobre todo no interior, e que são coco, 
hidroponia, aeroponia ou o NFT (Técnica de Película Nutriente), em nenhum deles se 
cultiva com terra. Que não vos faça perder o sono o PH da terra, porque o importante é o 
que leva a água de rega, já que será este, com as continuas regas o que determina qual 
será o valor final da terra. 
 
NUTRIENTES: as plantas para o seu crescimento necessitam o aporte de uma 
larga lista de elementos químicos para o seu desarrolho. Estes dividem-se em dois 
grandes grupos: 
Macroelementos: Que se dividem por sua vez em primários: Nitrogénio (N), Fósforo(P) e 
Potássio(K). São os mais consumidos pelas plantas e, os macroelementos secundários , 
o Magnésio (Mg) o Cálcio (Ca) e Enxofre(S) que se requerem em menor quantidade. 
Microelementos: (Oligoelementos): ferro, manganésio, boro, cloro, cobalto, cobre, 
molibdénio e zinco.Os abonos para a fase de crescimento devem ter um alto conteúdo 
em nitrogénio, o primeiro número maior que o segundo (8-6-4). Os abonos no ciclo de 
floração trazem um aporte de fósforo maior ao de nitrogénio (4-13-14). O terceiro número, 
o potássio, sempre tem que estar presente em una proporção considerável. Os 
macroelementos secundários e microelementos são consumidos pela planta em 
proporções muito pequenas, mas por não ter o que necessitam, nos daria carências e 
incluso a morte da planta. Os abonos podem ser de absorção lenta ou rápida, e vêem 
em distintas formas: solúveis com a agua de rega (absorção rápida), misturadas na terra 
(absorção lenta), de aplicação superficial ou de aplicação nas folhas com um 
pulverizador. A maioria dos materiais orgânicos mencionados, como parte da mistura da 
terra, são abonos de lenta assimilação e trabalhar com eles é aconselhável pois é difícil 
sobre fertilizar. Costumam ser ricos em nitrogénio e seriam um primeiro suporte para a 
primeira fase do crescimento, com que o primeiro abonado já venderá quando as plantas 
tenham uma certa altura. Meios muito bem preparados com boa turba e húmus de 
minhoca fortificam aporte que nos pode evitar abonar até quase ao final da fase de 
crescimento vegetativo. 
 
O TRANSPLANTE 
 
O transplante faz-se porque a planta ficou pequena no vaso onde a pusemos e está na 
hora de a colocar num maior, por exemplo quando plantamos a semente numa 
sementeira e passado o tempo, este fica pequeno, há que que fazer a mudança para um 
maior. Esta mudança só é recomendável faze-lo durante a fase de crescimento já que na 
fase de floração isto faria que a colheita se retardasse.
 
 
 
A 3 coisas imprescindíveis para realizar um 
transplante: a terra, o vaso de maior 
capacidade e a planta a transplantar. 
 
 
 
 
Primeiro devemos ter em conta que a terra onde está a planta esteja seca, já que assim 
será mais fácil tira-la da sementeira, sem que as raízes se danifiquem, devido a que a 
terra seca se compacta e sai como um bloco, coisa que não acontece com a terra 
húmida que tem tendência em partir-se toda e poderia danificar as raízes. 
 
 
 
 
 
 
Tira-la da sementeira é muito fácil, com a 
terra compactada bastará dar-lhe um leve 
empurrão na base da sementeira para que 
saia toda de uma peça. 
Não é aconselhável utilizar vasos brancos 
de sementeira, já que permite a passagem 
de luz e isso matará as raízes. Podeis 
observar a diferença entre o que tiramos da 
sementeira preta, e este do vaso branco. 
 
 
 
 
 
Seguindo com o transplante enchemos o fundo do novo vaso até uma altura 
considerável, tendo em conta o que mede a planta a transplantar. 
 
 
 
 
 
Pomos a planta no centro do vaso e temos em conta que as folhas inferiores devem ficar 
como mínimo de 3-5 centímetros por encima da terra, para evitar futuros fungos. 
 
 
 
 
 
 
Em seguida enchemos com mais substrato, até que a planta fique firme, não é 
recomendável apertar o carregar a terra já que se o fazemos as raízes receberão menos 
oxigénio e tenderiam um crescimento mais lento. 
 
Já só falta regar, se é com um estimulante radicular melhor, já que conseguiremos que a 
nova planta cresça no seu novo meio mais rápida e eficazmente. 
 
E aqui está a planta no seu novo vaso, há 
que ter em conta que nos dias muito 
calorosos não convêm fazer o transplante 
durante as horas de mais calor, é melhor 
esperar ao anoitecer. 
 
 
SEXO DAS PRÉ-FLORES 
 
O sexo das pré-flores é a forma mas segura de ver o sexo das nossas plantas, há formas 
mais rápidas, como forçar as plantas a florescer dando-lhe mais horas de escuridão, mas 
está comprovado que algumas variedades sofrem hermafroditismo usando esta técnica. 
Não poderemos apreciar as pré-flores até que as plantas tenham uns 8 nós, 
aproximadamente 50 cm. de altura, embora sem sempre seja assim, há variedades que 
se adiantam e outras que se atrasam. O sítio onde procurar as pré-flores é na intersecção 
entre o talo principal e as ramas laterais, e sempre na parte mais alta da planta. 
 
 
 
 
 
Como podemos ver na foto esta planta ainda não está definido. 
 
 
As X marcam o sítio onde deveremos procurar as pré-flores. 
A diferença entre as pré-flores fêmeas e as pré-flores machos são que os machos deitam 
unas bolitas diminutas e as fêmeas uma espécie de "corninho" com dois pelitos brancos 
na ponta, quer dizer estes pelitos podem aparecer uns dias mais tarde que o "corninho". 
 
Aqui uma fêmea que ainda não veio os pelitos brancos. 
 
 
Esta fêmea está recém definida. 
 
Una fêmea que já se pode ver claramente. 
 
 
Nesta podemos ver um macho. 
 
 
Um macho florescendo e com flores abertas, estas flores já estão a soltar pólen. 
Não há que tirar os machos do lado das plantas que ainda não se hajam definido nada 
mais detecta-los, é melhor que os deixemos um tempo até que vejamos de que sexo são 
o resto das plantas, ou ao menos não eliminá-los todos, já que ao notar presença 
masculina as plantas que ainda no se hajam definido costumam sair fêmeas. O macho 
não será problemático até que abra as flores, já que é neste momento quando solta o 
pólen, para isso primeiro haverá um conjunto de bolitas que logo se iram abrir. Desde 
que detectamos as pré-flores até que solta pólen podem passar mais de 3 semanas, 
assim que não se ponham nervosos!!!. 
 
 
Fêmea florescendo (2ª semana de floração). 
 
 
 
A fêmea estará receptiva para agarrar o pólen macho e fabricar a semente no interior dos 
cabeços quando estes comecem a formar-se, no exterior é a mediados de Julho 
normalmente, e em interior é com a mudança de fotoperiodo. 
 
 
 
 
CLONES 
 
Há hora de se reproduzirem, as plantas podem-no fazer de 2 formas: SEXUAL, com um 
macho fecundador e uma fêmea que será fecundada e se encherá de milhares de 
sementes mistura de ambos; e de forma ASEXUAL, na que se obtêm una nova planta da 
rama de outra planta “a qual que se chama a planta mãe”. 
 
 
 
 
Cortamos os clones da planta mãe e os deixamos unas horas na água, não tem porque 
ser uma noite inteira, já que a única finalidade de isto é que se hidratem e para isto 
bastaram unas horas. 
 
 
Preparamos o sítio onde os ponderemos a enraizar, em este exemplo vamos a utilizar lã 
de rocha, assim que colocaremos uns cubos, previamente empapados em agua, num 
sementeiro dos pequenos e por sua vez este sementeiro o meteremos dentro de uma 
estufa pequena, um propagador ou se quiser poupar, um Tupperware de esses de 
plástico transparente. 
 
 
Antes de colocar os clones temos de fazer uns buraquitos, não muito grossos para que 
seja menos difícil introduzir a rama do clone, já que quando são ramas jovens dobram-se 
com facilidade. 
 
 
De uma rama como esta podem-se tirar até 5 clones, e aqui a prova!: 
 
 
A seta vermelha assinala o clone, o risco azul indica por onde se vai cortar cada clone. 
 
 
 
E aqui um clone ao que vamos preparar para enraizar. 
 
 
Cortamos as pontas de das folhas, para que no toquem o chão, o que causaria 
apodrecimento, e para que a planta necessite menos agua. 
 
 
 
Cortaremos também a folha inferior deixando só as da ponta, já que será por aqui por 
onde a planta segue em frente. Pelo nó que amputamos saíram melhor as raízes. 
 
 
Os colocaremos nas hormonas de enraizamento, em este caso é gel, mas também 
podes utilizar liquidas ou em pó, mas cuidado com estas últimas, já que as vezes um 
excesso pode fazer com que o clone não possa absorver água, por isso há que dar-lhe 
umas cacetadas para tirar o pó em excesso, tanto nas de gel como nas líquidas, este 
problema no existe. 
 
 
Uma vez tenhamos postas as hormonas de enraizamento, colocaremos o clone na lã de 
rocha, interessa que fique apertado para que não abane, pois se o clone se move as 
raízes demoram mais em aparecer. 
 
 
A quantidade de agua no cubículo de lã de rocha deveser sempre a justa, humidade 
mas não encharcado. 
 
 
Uma vez todos colocados metemos em uma estufa onde devem ter uns 90% de 
humidade para que não se venham abaixo. Se debaixo da estufa colocarmos uma manta 
eléctrica ou um cabo térmico conseguiremos que as raízes saíam antes. Não é 
necessário regar frequentemente, quando vejamos que a lã de rocha mostre que está a 
ficar seca a voltamos a empapar, com água só, ainda não precisam de fertilizantes. 
 
 
Para que as plantas tenham boa cor o fertilizante o colocaremos nas folhas, cada 3-4 dias 
será suficiente. Os melhores abonos foliares “para as folhas” para aguentar o verde nas 
folhas dos clones são Alga Mic de BioBizz. 
 
 
Uma semana depois alguns clones já estão enraizados, embora outros morreram. Depois 
de estar aplicando abono foliar podeis observar que o verde das folhas é agora más 
escuro que quando se cortaram da planta mãe. 
 
 
Entre 7 e 15 dias depois as raízes começam a aparecer. 
 
 
Uma vez que as raízes aparecem devemos usar um estimulante radicular para que o 
clone não fique por aí e tenha um crescimento rápido. 
 
 
A partir de aqui podemos colocar o clone no ambiente que queiramos, sem o tirar da lã 
de rocha, “coco, terra, arlita” etc. Mas juntando sempre que se possa o estimulante 
radicular, um dos que eu te recomendo é o da marca Green Hope. 
 
 
 
¿¿¿ PODAR OU DOBRAR??? 
 
COMO PODAR: 
As podas têm vários propósitos que a planta não ultrapasse certa altura para que não 
seja tão chamativa “dar muito nas vistas”, estimular um crescimento lateral da planta, 
orientar o crescimento e tirar uma maior produção. 
 
 
Para realizar a primeira poda esperaremos ao menos até que a planta tenha 4 pares de 
folhas. 
 
 
Há que cortar o mais perto possível do nó que desejamos na planta, j que se deixamos 
algum bocado na parte superior vai apodrecer e poderia fazer adoecer a planta. 
 
Como se pode apreciar o tronco está oco, costuma resistir muito bem as podas, mas 
nunca é demais colocar cicatrizante nos cortes ou da nossa própria saliva “em caso de 
não ter outra coisa”, que é um cicatrizante do mais económico. 
 
 
Passados uns dias nota-se os resultados, a ponta dividiu-se em 2 depois da poda, agora 
esperaremos que estas 2 novas ramas cresçam para volver a podar. 
 
 
Aqui está a diferença entre 2 ramas inferiores, a primeira de pouco mais de 1 palmo é de 
uma planta que não foi podada, a segunda é a rama inferior de una planta que se podou 
e que experimentou um crescimento maior em todas as suas ramas como podemos ver 
a continuação... 
 
 
O circulo preto representa onde se realizou o corte 
O vermelho as 2 pontas que saíram a raiz do corte, quarto nó 
O azul as 2 ramas do terceiro nó que se esticaram mas depois do corte 
O roxo as 2 ramas do segundo nó 
O laranja as 2 ramas do primeiro nó 
 
 
 
Uma vez que as 2 novas pontas hajam nascido mais de 4 o 5 nós as voltamos a podar 
para em lugar de ter 2 pontas obter 4. Em azul os cortes. 
 
 
 
Onde está a mão pode ver-se o primeiro dos cortes 1 mês depois e como a partir do 
mesmo as ramas cresceram por todos lados. 
 
Conforme a planta vai crescendo as ramas vão-se abrindo convertendo-a mais em um 
arbusto frondoso com múltiplas pontas que nos dará mais que a típica forma de arvore 
de natal que tomam as plantas sem poda com uma única ponta central. 
 
Ao final nos encontramos com uma planta astronómica bastante produtiva. 
 
 
 
COMO DOBRAR: 
Se não queremos cortar a nossa planta porque nos da pena ou medo de a aleijarmos, ou 
não devemos, por estar já na fase de floração, sempre podemos recorrer a dobrar. 
Vejamos como o fazer sem a danificar. 
 
Aqui a planta no seu estado original 
 
 
É bom saber que se dobram melhor as Sativas por ter um talo mais flexível, que as 
Indicas. Devemos dobrar quanto podamos sem forçar tanto como para que se parta o 
talo. 
 
 
Não devemos fazer um nó apertado para que quando cresça não trave o crescimento. 
 
 
Com uma pedra ou similar, faremos a ancoragem. O primeiro dia dobraremos um pouco. 
 
 
Nos próximos dias iremos baixando até a altura desejada, tendo o especial cuidado para 
no parti-la. 
 
 
Cuidado para que as folhas não cheguem a tocar o chão. 
 
 
Ao cabo de uns dias as ramas começam a virar-se para cima a procura de sol. 
 
 
E competirão entre si para recolher quanta mais luz melhor. 
 
 
Incluso a ponta que praticamente tocava o chão já está muito mais alta. 
 
 
Vista de cima de como se abre. 
 
 
A planta abrindo todas as suas ramas nos dará uma maior produção. 
 
 
Esta é a rama lateral que se ergueu como cabeço principal. 
 
 
E aqui o resultado, pode observar-se como tem vários cabeços. 
 
 
Incluso alguma de elas é bicéfala. 
 
 
Foto1 Foto2 Foto3 
Aqui podemos observar a diferença final entre uma planta de semente sem podar nem 
dobrar (foto 1), uma planta de semente dobrada (foto 2) e uma planta de semente podada 
(foto 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARÊNCIAS - EXCESOS 
 
 
 
Todas as plantas necessitam absorver da terra 13 elementos minerais. São os nutrientes 
minerais essenciais. De tal maneira que se a terra não tivesse nada de qualquer de esses, 
a planta morreria, por isso todos são imprescindíveis. Os 13 elementos essenciais são os 
seguintes: 
MACRONUTRIENTES - Estes os 
absorve em grandes quantidades, 
sobre todo os 3 primeiros. 
MICRONUTRIENTES - Estes os 
absorve e pequenas quantidades. A 
sua carência é menos frequente. 
Nitrogénio ( N ) Ferro ( Fe ) 
Fósforo ( P ) Zinco ( Zn ) 
Potássio ( K ) Manganésio ( Mn ) 
Cálcio ( Ca ) Boro ( B ) 
Magnésio ( Mg ) Cobre ( Cu ) 
Enxofre ( S ) Molibdénio ( Mo ) 
 Cloro ( Cl ) 
Afortunadamente, em substratos sempre há de tudo, pelo menos alguns, embora em 
uns mais que outros. Quando plantemos em vasos deveremos usar um substrato 
abonado ou em todo caso regar periodicamente com um fertilizante liquido completo. 
Mesmo assim podem apresentar carências, para saber que carência sofre a nossa planta 
fizemos este manual. 
NITROGÉNIO (N) 
 
Sintomas: Folhagem verde pálido e depois fica amarelo, estes sintomas apresentam-se 
primeiro nas folhas grandes e baixas que fica murcha e ficam secas prematuramente no 
fim caem, se a carência continua as folhas novas também amarelecem e o seu pecíolo 
ficará comprido e extremamente fino. 
 
 
 
Causas: a terra na que está a planta não tem nenhuma emenda orgânica que a alimente 
de este elemento e não recebe nenhuma rega com fertilizantes. 
Prevenção: Usar regularmente um fertilizante completo misturado com a água de rega. 
 
FÓSFORO (P) 
 
 
Sintomas: As plantas ficam murchas, a 
folhagem é verde-escuro e apresenta nos 
contornos das folhas uma cor castanha 
avermelhada, a raiz apresenta um menor 
desarrolho e uma cabeleira de raízes 
secundarias fibrosas. Os pecíolos, talos e 
nervos tornam-se avermelhados. 
Causas: Abonos com pouco fósforo, 
incerto PH (por cima de 7 ou por debaixo 
de 5'5), um excesso de zinco, um excesso 
de ferro, frio, temperaturas por debaixo de 
10º C. podem fazer que este elemento 
deixe de ser assimilar para as plantas. 
 
 
Prevenção: Efectuar fertilização com 
abonos ricos em fósforo e como 
fertilizantes orgânicos usar guano de 
morcego ou fosfatos naturais. 
 
POTÁSSIO (K) 
 
Sintomas: Aparecem primeiramente nas folhas periféricas e depois nas mais jovens, o 
sintoma característico é cloroses em volta do limbo, posteriormente o entorno da folha 
fica deteriorada, as folhas mais novas são pequenas. Afecta o rendimento por uma 
diminuição do crescimento da raiz e menor quantidade de açúcar. 
 
Causas: Deficiência no substrato, regas com fertilizantes baixos em potássio ou em 
baixas doses, sobre todo no período de floração que é quando o mais necessita. 
 
 
 
 
 
Prevenção: Regar com um abonocompleto, rico em potássio. 
 
 
 
MAGNÉSIO (Mg) 
 
Sintomas: Amarelecimento das folhas entre as nervuras, aparecem ao principio no borde 
da parte superior do limbo e depois percorre toda a folha, o borde das folhas se 
enegrece, começa a requebrar e se deforma, pode-se confundir com os sintomas do 
vírus de amarelões. 
Causas: Deficiência do substrato, excesso de humidade, substratos ácidos, excesso de 
potássio e cálcio. 
 
 
Prevenção: Efectuar fertilização com um abono rico em magnésio. Os sais de epson 
(epsonita) podem ser usados tanto na rega como nas folhas, para resultados mais 
rápidos. 
CÁLCIO (Ca) 
 
 
Sintomas: As folhas jovens deformam-se (forma de colher) e curvam-se para o chão. 
Quando a carência é alta o limbo reduz-se na superfície e começa uma necrose distal, a 
raiz apresenta os vasos condutores de cor pardo e uma paragem no crescimento. Afecta 
o rendimento por uma diminuição do crescimento da raiz e menor quantidade de açúcar. 
 
 
Causas: pH baixos, deficiência do substrato. 
Prevenção: Efectuar fertilização com cálcio. 
 
 
 
 
 
 
 
FERRO (Fe) 
 
Sintomas: Observa-se uma clorose das folhas centrais, verde pálido seguido de um 
branqueamento do limbo das folhas. 
 
Causas: PH alto. Deficiência do substrato. 
 
Prevenção: Desce o pH até 6'5 ou menos e efectua fertilização com extractos de ferro. Os 
estercos de cavalo, galinha e vaca são ricos em ferro. Submergir pregos e parafusos de 
ferro em água para posteriormente regar com ela. 
 
 
 
 
 
 
 
ENXOFRE (S) 
 
Sintomas: As folhas exteriores começam a tomar uma cor amarelenta no entanto as 
interiores permanecem verdes, no pecíolo das folhas podem aparecer umas manchas 
pardas. 
Causas: Deficiência do substrato. 
 
 
 
Prevenção: Descer o PH até 5'5-6. Efectuar fertilização com abono a base de enxofre. 
 
MANGANÉSIO (Mn) 
 
Sintomas: Manchas de cor 
amarelo mais ou menos 
coloradas no limbo das folhas, a 
cloroses pode invadir todo o 
limbo, que é então amarelo com 
as nervuras verde pálido, 
posteriormente aparecem 
manchas necróticas 
esbranquiçadas, os pecíolos 
estão muito compridos e 
verticais. 
 
Causas: Deficiência do 
substrato, pH alto. 
 
Prevenção: Efectuar fertilização 
com manganésio. 
 
 
BORO (B) 
 
Sintomas: As folhas jovens da coroa 
enegrecem e morrem, a cara 
superior dos pecíolos apresentam 
manchas castanhas com gretas 
transversais, a coroa parte-se e 
apodrece em algumas ocasiões. 
Pode afectar gravemente o 
rendimento pelo apodrecimento da 
a raiz e pela diminuição da 
quantidade de açúcar por rebentos. 
 
Causas: pH elevado, seca, 
deficiência do substrato. 
 
Prevenção: Efectuar fertilização com 
boro. Pulverização de produtos 
boratados desde o aparecimento de 
dos primeiros sintomas. 
 
 
 
 
MOLIBDÉNIO (Mb) 
 
Sintomas: A deficiência por 
molibdénio não é muito comum. 
Começa amarelando as folhas velhas 
e intermédias, desarrolhando cloroses 
internas em algumas, conforme 
avança a carência as folhas enrolam-
se sobre si mesmas desde as 
margens, as folhas terminam caindo e 
o crescimento para. 
 
Causas: Deficiência do substrato. 
Substrato muito ácido. 
 
Prevenção: Efectuar fertilização com 
um abono completo. 
 
 
ZINCO (Zn) 
 
Sintomas: A carência de zinco é mais 
habitual do que pensamos, e começa 
como umas riscas brancas nas folhas 
novas, dobram-se e arrogam-se, Para 
o crescimento e os cabeços, quando 
falta em floração, ficam duros e secos. 
Causas: Substratos muito alcalinos, 
deficiência do substrato. 
 
Prevenção: Efectuar fertilização 
microelementos quelatados. 
 
 
 
 
 
 
COBRE (Cu) 
 
Sintomas: As folhas jovens e os 
rebentos murcham-se, depois 
ficam de cor escuro, o crescimento 
minga e a planta pode murchar 
com elevada rapidez se a carência 
for severa. 
 
Causas: Deficiência do substrato. 
 
Prevención: Efectuar fertilización 
consulfato de cobre o un funcida a 
base de cobre. 
 
 
FALTA DE AR (Oxigénio) 
 
Não costuma dar-se em exteriores, mas 
sim em interiores e estufas, a solução para 
quando o ar falta nestes sítios é a 
colocação de um extractor para regenerar o 
ar. 
 
A falta de oxigénio caracteriza-se por uma 
queda das pontas das folhas para baixo, 
em forma de garra y necroses quando é 
muito severa. Corrige-se regenerando o ar 
com extractores - intractores ou colocando 
as plantas ao exterior. 
 
 
 
 
FERTILIZAÇÃO A MAIS 
 
 
Quando a planta recebe mais nutrientes 
dos que pode suportar produz-se o 
excesso de fertilização, embora 
normalmente o responsável de que isto se 
produza é o Nitrogénio: 
Um excesso está caracterizado por uma 
cor verde-escuro nas folhas, similar ao que 
têm as plantas de plástico: brilhante; ainda 
com queimaduras nas pontas das folhas, 
retorcendo-se para abaixo. 
Um excesso grave, fará que as folhas se 
queimem por completo e caíam, podendo 
chegar a matar a planta. A solução a este 
problema é a lavagem, o que muitos 
chamam por "lavagem de raízes" e isto não 
é mais do que regar a planta com 4 vezes 
a capacidade do vaso, isto é, se o vaso 
tem 5 litros de capacidade, deveremos 
lavar com ao menos 20 litros de agua, isto 
fará que o excesso de abono vá 
desaparecendo, ao menos deveria ser 
assim. Uma vez feito este processo, 
regaremos com um abono suave. 
 
 
O excesso de nutrientes também faz que 
as folhas se deformem ou se partam. 
 
 
 
 
 
EXCESSO DE REGA 
 
Darmos rega a mais pode ocasionar, 
fungos nas raízes, que os abonos que 
retêm a terra sejam arrastados pela água 
deixando a planta sem nutrientes. 
 
 
PRAGAS E FUNGOS 
 
 
Aranha Vermelha 
 
Mosca Branca 
 
Pulga 
 
Trip 
 
Mosca Minadora 
 
Mosca da humidade 
“Mosquito” 
 
Cochonilha 
 
Larva 
 
 
Outros inimigos 
 
Fungos 
 
 
ARANHA VERMELHA 
 
 
Parte debaixo de uma folha com 
aranha Vermelha. 
 
Características: 
A aranha vermelha é um ácaro com quatro patas, um abdómen e cabeça. A sua cabeça 
é do tamanho de 0.5 mm aproximadamente e tem uma característica peculiar, em 
quanto ao sua cor, é verde-claro com duas manchas negras, nos meses de verão. E 
laranja sem manchas nos meses de Outono e Inverno. Em definitiva, nas suas distintas 
fases de desarrolho apresenta uma cor esbranquiçada, amarelenta, vermelho-pardo e 
verdoso, dependendo também da arvore ou planta que se hospede o na época do ano. 
 
Planta infectada de aranha 
vermelha, os círculos 
assinala os grupos de 
aranhas. 
 
Reprodução: 
Para a sua reprodução, deve alcançar umas condições climáticas favoráveis de 40 a 55 % 
de humidade relativa e boa incidência de luz. Reproduz-se por ovos. Os ovos são de 
forma oval e de cor amarelenta o avermelhado, que se encontram na parte debaixo da 
folha. Uma vez nascida a aranha, já que tem 6 patas, passa por três estados, até chegar 
a adulto: 
1º- Larva. 
2º- Protoninfa: só apresentam dois pares de patas. 
3º- Deutoninfa: em esta fase diferencia-se já o carácter sexual da aranha, fêmea ou 
macho. 
Se a temperatura é elevada e o ambiente seco, a multiplicação da aranha vermelha 
incrementa-se cada vez mais. 
 
Folha cheia de picaduras de aranha 
vermelha. 
Danifica: 
A aranha vermelha instala-se por detrás da folha alimentando-se do sumo celular da capa 
superficial da mesma (chupa a savia da planta). Aparecem de imediato umas manchas 
claras em cima e detrás da folha que definitivamente fazem que a folha se torne 
completamente amarela, excepto os nervos, seca-se e morre. Estas consequências são 
irreversíveis. 
 
Vaporiza sempre debaixo da folha para que 
a aplicação seja efectiva e não deixes que 
a água que escorra penetre na terra onde 
está a planta. 
 
Eliminação: 
O melhor para não ter problemas é a prevenção, regando cada 15 dias com óleo de 
NEEM, mas isto nem sempre resulta, por isso e enquanto está em crescimento podemos 
pulverizar com vários insecticidas de contacto para combate-las,tais como Dicogreen, 
Rotenona ou Compo aranha vermelha. Muito importante em estes casos pulverizar as 
folhas por debaixo, se não o fazemos assim não servirá de nada. É importante destacar 
que se a praga nos invade finalizando a floração, não convêm aplicar-lhe nada, como 
muito combate-la com agua até que façamos a colheita, já que uma vez combatida a 
aranha acaba por se ir embora. É uma boa ideia juntar-lhe cola na corda onde as 
ponderemos a secar essas plantas infectadas, já que quando queiram ir para outras 
plantas ainda vivas, vão ficar agarradas. 
Outra solução é utilizar BioKill, pulverizar as zonas afectadas, cuidado se só pode ser 
aplicado até ao penúltimo mês antes da colheita! 
 
 
Para os clones o melhor é fazer uma solução a base de água e dicogreen e pegando-as 
pela base, submergindo-as nela sem molhar as raízes durante ao menos 10 segundos e 
para termos a certeza que o insecticida chega a todas as folhas, a moveremos enquanto 
está baixo de agua. 
 
 
Aranha predadora que nos ajuda nas 
tarefas de limpeza de pragas. 
 
 
Não confundir com as aranhas convencionais já que estas são predadoras de outros 
insectos e por tanto, igual que salamandras, sardaniscas, joaninhas, mantis o abelhas, 
entre outros, ajudam-nos a manter limpas as plantas. 
Inimigos Naturais: 
 
Desde há vários anos 
luta-se contra a 
aranha vermelha com 
êxito, com o ácaro 
predador Phitoseiulus 
Persimilis. 
Amblyseius 
Californicus é um 
predador contra vários 
ácaros daninhos em 
cultivos hortícolas e 
ornamentais. 
O auxiliar Feltiella 
Acarisuga contra a 
aranha vermelha é 
eficaz em diversas 
plantas, sobre tudo 
em tomate. 
Stehorus Punctillum 
um coleóptero 
predador, controla 
aranha vermelha em 
pepino, pimento, 
cultivos ornamentais e 
plantações de interior. 
 
 
Mosca Branca 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Denomina-se mosca branca pela presença de duas asas e aspecto branco, não supera 
os 2mm de comprimento. As asas servem-lhe para mover-se de uma planta a outra com 
relativa facilidade. Durante o Inverno encontra-se de forma fixa na parte inferior das folhas. 
São atraídas pela cor amarelado e verde-claro. Nutre-se de folhas e das partes jovens das 
plantas. A mosca branca é muito fácil de detectar, basta com mover um pouco a planta 
pelo talo, para que saiam voando dela. São muito pequenas e como o seu próprio nome 
indica, de cor branco. 
 
 
Parte inferior da folha cheia de ovos de 
mosca branca 
 
Reprodução: 
A reprodução realiza-se por ovos, que põem na parte inferior das folhas, em uma 
quantidade aproximada de 180 a 200, de cor branco-amarelento e do tamanho muito 
diminuto. Desde que põem os ovos até ao nascimento do indivíduo transcorre um tempo 
de 20 a 24 horas. Passa por quatro estados larvais desde o ovo ao adulto: 
1º-A larva tem um tamanho de 0.25 mm. Esta larva fixa o seu aparato bucal nos tecidos 
das plantas para nutrir-se deles. 
2º-A larva já alcança um tamanho aproximado de 0.4 mm e já se pode apreciar a 
aparição das patas. 
3º- Quando a larva tem um tamanho de 0.5 mm é de aspecto transparente. 
4º- Aparecem órgãos como os olhos e começa a aumentar em largura e tamanho. 
Após estes quatro estados larvais a mosca branca mete-se a voar de imediato. A duração 
é de um mês em estado larvário. Para o desarrolho total da mesma é necessário umas 
condições adequadas. A mosca branca está prevista de um órgão bucal chupador com 
um prolongado bico que ocasiona diversos estragos na plantação porque subtrai a savia 
das plantas e desarrolha a fumígena. 
 
 
 
 
 
 
 
Folha que sofre a picadura da 
mosca branca. 
 
 
 
Danifica: 
As danificações que ocasionam, començam quando a mosca se instala na parte inferior 
da folha e tanto em estado adulto como larvais, começam a nutrir-se dela e deteriorando 
o crescimento da mesma. Devido a sua facilidade para mover-se de uma planta a outra, 
e introduzir o seu aparato bucal, chega a transmitir doenças vérmicas e incluso pelo seu 
excremento, que forma uma lâmina pegajosa e produz o desarrolho de fungos e vírus. 
 
 
Picadura da mosca branca. 
 
 
 
 
Eliminação: 
Para elimina-las da plantação, há parte do tão socorrido neem, encontraremos vários 
produtos como a piretrina, Biokill, rotenona, sabão potássico, etc. já se comentou que as 
atrai a cor amarelo, assim que as tiras adesivas desta cor vão excelentes para apanhar 
grandes quantidades, mas não as elimina por completo. 
 
Inimigos Naturais: 
 
O parasito Eretmocerus 
Eremicus prefere sobre 
todo o segundo e o 
principio do primeiro 
estado larvario da 
mosca branca. 
A chinche Macrolophus 
Caliginosus não só 
protege o cultivo 
eficazmente contra a 
mosca branca, embora 
que também come 
ocasionalmente aranhas 
vermelhas, ovos de 
polilla e áfidos. 
 
 
 
PULGA 
 
 
Características: 
A pulga tem diferentes cores, negro, amarelo, verde, com um tamanho de 1 a 3 mm. As 
suas patas são compridas e finas, duas antenas e tem forma de pêra. Vive na parte 
inferior das folhas e nos talos. Chega incluso a desarrolhar um par de asas que servem 
para se deslocarem de uma planta a outra. A pulga vive de forma massiva formando 
grandes colónias. As pulgas possuem um aparato bucal do qual se prolonga um 
filamento comprido que serve para introduzir no interior das células das folhas da planta. 
 
 
Parte inferior de uma folha cheia de 
pulgas vivas de diferentes tamanhos 
(verde-amarelado) e pulgas mortas 
(brancas) 
 
 
 
Reprodução: 
Existe duas formas diferentes de reprodução nas pulgas, por ovos e de forma sexual, 
onde as fêmeas, que não tenham sido previamente fecundadas, dão a luz pequenas 
pulgas com forma de adulto. As pulgas têm uma capacidade elevada de reprodução e 
em períodos muito curtos de tempo as plantas estão invadidas por elas. Permanecem na 
planta na que nascem e após várias gerações criam umas asas que lhes servem para 
passar de umas plantas a outras. A reprodução tem as sus épocas, as fêmeas 
fecundadas costumam colocar os seus ovos onde passaram todo o Inverno até chegar a 
primavera para nascer. 
 
Folha afectada por picaduras de pulga e 
aranha vermelha. 
 
Danifica: 
Com o seu aparato bucal extraem o sumo celular da planta. Têm uma forma peculiar na 
forma de alimentar-se, fazem-no de tal forma que, no se apreciam danos visíveis na 
planta, já que não rasgam as células, já que a perfuram com o seu filamento bucal. Com 
o tempo aparecem os sintomas nas plantas, são: 
1- Deformação de folhas. Ficam amarelas, arrogam-se, secam. 
2- Transmitem doenças virais devido aos seus movimentos de umas plantas a 
outras. 
3- Produção de fungos. Porque aparecem sobre a superfície foliar, uma capa 
pegajosa que cria a pulga e facilita a aparição dos Fungos e vírus. 
 
 
As formigas são como os pastores e das 
pulgas, já que estas soltam uma substancia 
pegajosa que elas adoram, assim que as 
cuidam e as mudam de folha a folha 
proporcionando-lhes o melhor alimento, 
igual como um pastor faz com o seu gado. 
 
Cadáver de uma pulga “aumentado”. 
 
 
 
 
 
 
Eliminação: 
Para erradicá-los há vários produtos no mercado como o oleo de neem, rotenona, 
Compo anti-pulga, etc. Se os detectamos a tempo ou durante o crescimento não 
tenderemos problemas, se o fazemos quando a praga este bem formada e se ainda por 
cima as plantas encontram-se em floração, tenderemos sérios problemas. 
 
Inimigos Naturais: 
 
Adalia Bipunctata “mais 
conhecida por Joaninha” 
é um predador de varias 
espécies de pulgas e 
pode-se utilizar em 
vários cultivos. 
O Aphidius Colemani a 
comer uma larva. 
O neóptero Chrysopa 
Carnea é um predador 
de pulga que 
frequentemente aparece 
espontâneo nos cultivos 
“indoor” ou no campo. 
São larvas predadoras 
eficientes pelo seu 
grande apetite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIP 
 
CARACTERÍSTICAS: 
O trip é um insecto de pequeno tamanho de 0.8 a 3 mm que em estado adultotem 
forma comprida e adopta diferentes cores, como tons castanhos ou cinzentos-escuros. 
Tem duas asas e duas antenas, são pequenos, mas uma das pragas mais importantes. 
Existem muitíssimas variedades de trips dependendo aos cultivos que ataque, assim 
temos: 
- Thrips simplex: Ataca as plantas ornamentais. 
- Kakothrips pisovourus: Invade legumes. 
- Thrips palmi: Atacam as cucurbitáceas, ornamentais, cítricas. 
- Frankliniella occidentalis: Causa importantes danos a consequência de transmitir vírus 
de umas plantas a outras. 
- Thrips tabaci:Tem un tamanho de 1 mm e é de cor verde-amarelento em estado jovem 
e em adulto é pardo-amarelento. 
 
 
Trip larva rodeada de 
ovos a ponto de chocar. 
 
 
 
Reprodução: 
Os trips reproduzem-se por ovos e a quantidade de estes depende de cada espécie. A 
temperatura óptima vai entre 20 a 25ºC para a reprodução deste insecto. Os trips passam 
por seis estados até ao seu estado adulto. Esses seis estados são: 
 
 
Ovo Primeiro 
estado larval 
Segundo 
estado larval 
Proninfa Ninfa Adulto 
Macho 
Adulto 
Fêmea 
O estado de ovo transcorre na planta e também os dois estados larvais e em estado 
adulto, estes dois últimos, em estado larval e adulto é quando causam numerosos danos 
nas plantas, já que alimentam-se delas. Em estado de proninfa e ninfa desarrolha fora da 
planta, no chão ou perto dele, mas dão-se ocasiões que também se desarrolham na 
planta. 
 
Pode-se detectar o trip pela sua 
picadura, na fotografia esta retocada 
para que se pareça, a diferença com a 
da aranha vermelha por exemplo, é 
que a do trip aparece sobre todos os 
bordes dos pecíolos (os dedos ou 
pontas das folhas). 
 
 
 
Danifica: 
Em estado larval e adulto é quando se produzem os danos nas plantações. Alimentam-se 
delas extraindo o sumo celular e sobre as folhas, flores e frutos alimentando-se da capa 
externa celular, ocasionando-lhes necroses e termina por morrer a planta. Os trips 
chupam as células das capas superficiais e quando estas ficam vazias enchem-se de ar, 
dando o aspecto de cinzento prateado com algumas pontas pretas (excrementos dos 
trips). Em definitiva estes insectos atacam todas as partes da planta, talos, folhas, etc. 
que as deformam e diminuem o seu crescimento. Também os trips são uns bons 
transmissores de vírus. 
 
 
Trip adulto, outro em forma de larva e um ovo. 
Eliminação: 
Aos trips atraem-lhes a cor azul, assim que para reduzir a sua propagação podemos 
colocar tiras adesivas azuis perto das plantas, onde ficaram colados. Como sempre o 
óleo de neem e Biokill como preventivo biológico, e se ainda está na fase de 
crescimento, Dimegreen40, rotenona, sabão potássico ou BIOKILL. 
 
 
 
Inimigos Naturais: 
 
Amblyseius 
Cucumeris é um 
pequeno ácaro que 
se alimenta de trips. 
Amblyseius 
Degenerans. outro eficaz 
predador dos trips. 
A chinche das flores pode eliminar a 
população dos trips em pouco tempo. Não é 
difícil vê-los andando sobre as folhas com um 
trip picado no rosto. 
O Orius Majusculus é uma espécie norte-
europeia que se alimenta também com 
outros insectos e com savia da planta. 
 
 
 
 
MOSCA MINADORA: 
 
CARACTERÍSTICAS: 
A mosca minadora é uma mosca pequena cuja longitude varia entre 0.4 - 0.5 mm, de 
coloração café a verde oliva. Vive no interior das folhas realizando uma série de galerias, 
que acaba destruindo-as por completo. Também efectua minas no interior dos novos 
talos. Uma vez a larva sai do ovo começa a penetrar ou a minar a lâmina das folhas. A 
larva pode alimentar-se na mesma folha onde se encontrava a crescer e criar uma nova 
mina. O tempo que transcorre de ovo a adulto é aproximadamente 2 semanas a 
temperaturas de 29-32 grados centígrados. 
 
 
Ovo Larva Pupa Adulto 
 
Reprodução: 
Os ovos de este tipo de mosca minadora são pequenos de um diâmetro aproximado de 
1 mm, são de cor transparente (cristalino) que com o tempo passa a uma cor cremosa, 
forma ovóide. A incubação dura aproximadamente de 3 a 10 dias. A larva sai ao 
eclosionar o ovo, não tem patas, mas se move-se por movimentos que vai realizando 
com o tórax, tem una mandíbula como uma navalha. Tem um tamanho de 3 mm e é de 
cor amarelenta. Os estados larvais são três e tem uma duração aproximada de unos 8 a 
10 dias. Em estado de pré-pupa a larva cria uma espécie de casulo (casulo sedoso) que é 
de cor amarelo. Depois da fase de pré-pupa está a fase de pupa, que é de cor amarelo 
também mas mais parda. Tem dois olhos e uns ganchos na parte superior da cabeça 
que serve para partir o casulo sedoso e sair dele, impulsionasse mediante convulsões 
com o seu próprio corpo. Em estado adulto é uma mosca pequena de 2 a 4 mm de 
tamanho de cor branco e sedosa, com olhos compostos, antenas compridas e aparato 
bucal chupador, as suas asas são plumosas com duas manchitas negras na sua parte 
dorsal. A mosca fêmea costuma ser maior que a mosca macho. Põem os seus ovos em 
folhas jovens e tenras sobre a parte inferior da folha e também nos talos. O número de 
ovos que uma fêmea pode por ao largo da sua vida é de 36 a 76 ovos. O seu ciclo tem 
uma duração aproximada de uns 15 a 20 dias, quando existem umas condições 
climáticas adequadas de 25ºC de temperatura, humidade relativa de 40 a 60%. 
 
 
Folha afectada pela mosca minadora, pode 
ver-se claramente os caminhos que faz no 
seu interior. 
 
 
 
 
 
 
 
Danifica: 
Os danos são produzidos pelas larvas que se alimentam dos tecidos das folhas jovens e 
tenras escavando galerias dentro delas, deixando só por cima a cutícula da folha. A folha 
acaba destruindo-se, curvando-se e a cutícula acaba por ficar preta. Embora as folhas 
fiquem destruídas por estas moscas minadoras a colheita não se vê tão afectada. Se as 
condiciones climáticas forem boas (altas temperaturas) a mosca minadora incrementa 
mais a sua actividade destrutora nas folhas. A acção da mosca minadora provoca uma 
elevada perda de massa foliar, reduzindo a capacidade fotosintética da planta o que 
produz a perda de vigor da mesma. 
 
 
Mosca minadora na parte inferior 
da folha. 
 
 
 
Eliminação: 
Como com as anteriores pragas também com a mosca minadora funciona o óleo de 
neem como preventivo tanto como o BIOKILL, e se a praga já está na planta colocar 
rotenona e dimegreen40 funciona bastante bem, mas lembra-te, estes dois últimos 
produtos só são recomendáveis para a fase de crescimento, não na fase de floração. 
 Remédio Caseiro: 
Misturar 1 litro de água com uns poucos cigarros e deixar repousar durante a noite, 
depois coloca-lo pulverizado por toda a planta, depois tirar qualquer folha que esteja 
comida ou “minada”. Passado 1 semana voltar a fazer o mesmo processo. 
 
 
 
 
 
 
Inimigos Naturais: 
 
Em caso de infestações 
incipientes e de 
temperaturas baixas, a 
vespa parasita Dacnusa 
Sibirica é um auxiliar 
indispensável. 
A vespa parasita 
Diglyphus Isaea pode 
lutar eficazmente contra 
as moscas minadoras. 
 
 
 
MOSCA DA HUMIDADE “MOSQUITO” 
 
CARACTERISTICAS: 
Os mosquitos adultos com asas são de cor cinza ou preto, medem de 2 a 4 milímetros e 
têm as patas compridas. Procura-os na base das plantas. Adoram os ambientes húmidos 
e escuros como a lã de rocha ou a plantação hidropónica, também sobre a terra 
molhada. Voam muito lentos e costumam estar andando sobre o substrato húmido. 
 
 
Larva no substrato. 
 
Reprodução: 
As fêmeas adultas podem chegar a por até 200 ovos semanais, normalmente no 
substrato húmido, onde nascem em forma de larva e alimentam-se até que estão fortes e 
mudam a sua morfologia para sair voando até as partes aéreas das plantas. 
 
 
Larva da mosca ia humidade. 
 
 
 
Danifica: 
Os danos desta praga são causados principalmente no seu estado de larva, que 
alimentam-se dos pelos radiculares, assim evitam que a planta se possa alimentar e 
depois estas raízes infectam-se de fungos, com o qual ficam inúteis,é uma das pragas 
mais difíceis. 
 
Eliminação: 
Para eliminar as larvas do substrato o melhor é utilizar oleo de neem por borrifadas, as 
eliminaremos por completo. Para que não se estabeleçam no nosso cultivo uma solução 
é cobrir a terra dos vasos com vermiculita, fazendo-o as moscas adultas não depositaram 
os seus ovos. Sempre existe o famoso BIOKILL ☺ 
 
Inimigos Naturais: 
 
O coleóptero predador Atheta 
coriaria é extremamente voraz e 
muito eficiente no control das 
larvas de mosca. 
O ácaro predador Hypoapsis 
Miles é unos dos especialistas 
ena luta biológica contra a 
mosca da humidade. 
Steinernema-System utiliza-
se com êxito contra a mosca 
da humidade. 
 
 
COCHONILHA 
 
Detalhe de uma 
cochonilha em uma 
planta. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
A cochonilha farinhosa é uma das pragas mais difíceis de controlar. O seu corpo está 
coberto com excrescências cerosas brancas. As vezes os tratamentos químicos são têm 
pouco êxito. É conhecido que varias espécies de cochonilhas farinhosa aparecem nas 
estufas. As mais importantes são a cochonilha dos cítricos ( Planococcus citri ) e alguma 
espécie de Pseudococcus . Os Planococcus citri machos tem asas, pelo que se podem 
estender pelo nosso cultivo com maior facilidade. 
 
 
Reprodução: 
Uma fêmea põe de 300 a 500 ovos em uma bolsa de fibra cerosa. Depois de estar 
colocada, dura de 5 a 10 dias, a fêmea morre. As cochonilhas jovens, que são muito 
moveis, dispersam-se para encontrar um lugar adequado de alimentação e começam a 
absorver savia da planta. Há 3 estados de ninfas. A longitude do ciclo de vida depende 
da temperatura e dura 90 dias a 18 °C e 30 dias a 30 °C. 
 
Danifica: 
As cochonilhas farinhosas causam um estrago parecido a pulga. Como os áfidos, 
absorvem savia da planta e produzem melada na qual os fungos se desarrolham 
facilmente. A melada causa uma diminuição do valor estético das plantas ornamentais. 
Embora, transmite menos vírus que os áfidos. A parte do amarelento, desfolhado e dano 
estético, as cochonilhas reduzem o vigor da planta. As formigas também são aliadas da 
cochonilha igual que o são da pulga. 
 
 
Eliminação: 
 
Compo Anti Cochonilhas se a planta está 
em crescimento é do mais efectivo, se está 
em floração e a praga não é muito 
abundante, o melhor será valermo-nos das 
nossas mãos. Ou em todo caso tentar com 
BIOKILL. ☺ 
 
 
 
 
Inimigos Naturais: 
 
Cryptolaemus montrouzieri , um tipo de 
joaninha predadora, é capaz de eliminar 
focos de cochonilha farinhosa. 
O himenóptero parasito 
Leptomastix dactylopii , é muito 
eficiente. 
 
 
 
 
LARVA 
 
Nem todas as larvas são de cor verde 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
As larvas pertencem a família dos lepidópteros. Existem mais de 10.000 espécies 
distintas. Sofrem umas metamorfoses, já que o seu aspecto de larva indica o seu estado 
mais jovem de desarrolho. Em estado adulto é una borboleta. A maioria das espécies de 
larvas têm as mesmas características no seu desarrolho reprodutivo, que começa por: 
ovo , casulo e depois aparece a larva e faz danos tais como, buracos nas folhas, flores, 
frutos, talos jovens e tenros. 
 
 Adoxophyes Orana Clepsis Spectrana Cacoecimorpha 
Pronubana 
Fêmeas 
 
Machos 
 
Varias borboletas que antes foram larvas e cujos descendentes também o serão. 
Reprodução: 
As fêmeas costumam por os seus ovos na parte inferior das folhas , na parte baixa da 
mesma, mais perto do substrato. Ao abrir-se o ovo sai a larva dele e começa os seus 
primeiros ataques ao cultivo. Costuma ter uma vida em estado de gusano de 12 a 28 
dias. Ao alcançar o pleno desarrolho, muda-se para o substrato e fabrica as suas galerias 
no terreno, ficando em estado de pupa da qual sairá dela o adulto já formado. Em estado 
de pupa a casca verde, permanece uns 10 a 18 dias. 
 
 
 
Larva devorando uma folha, só deixa os 
nervos, a parte más dura. 
 
Danifica: 
O estrago causado pelas larvas ocorre geralmente no Verão e ao princípio do Outono. 
Mas recentemente algumas larvas estão causando problemas em todas as estações. Os 
estragos são provocados, nas folhas e nos cabeços. As primeiras são decoradas, com o 
que as plantas não podem realizar a fotosíntesis e perde vigor, se a planta é pequena 
pode chegar a deixa-la pelada, em quanto aos cabeços ocasionam buracos e túneis 
neles e alimentam-se dos tenros talos que se formam no seu interior. Podem originar o 
apodrecimento do mesmo pelo fungo da Botrytis, devido a que o interior dos cabeços 
não transpira, assim quando o gusano come dele provocará umas feridas que facilmente 
serão invadidas pelos fundos. Os estragos podem ser muito elevados. 
 
Gusano morto pelo Bacillus Thuringiensis. 
 
Eliminação: 
Eliminar a larva é fácil se utilizamos Bt ( Bacillus Thuringiensis), esta bactéria, que se 
distribui em pó, mistura-se com água para depois fumigar as plantas. Actua matando a 
larva desde o interior, quer dizer quando o gusano come parte de uma folha infectada por 
BT, a bactéria comerá ao gusano por dentro. Pode utilizar-se tanto em crescimento como 
na época de floração. A chuva arrasta o BT da planta, depois há que voltar a fumigar. 
Inimigos Naturais: 
 
 
 
 
Bacillus Thuringiesis, a 
bactéria mais efectiva 
para acabar com as 
larvas. 
As vespas são 
carnívoras e adoram as 
larvas, é fácil ver como 
as levam dos cabeços. 
 
OUTROS INIMIGOS: 
 
Há outros inimigos do Cannabis que não 
costumam chegar em forma de praga mas 
que podem ser tão destrutivos e incluso 
mais, que os anteriormente mencionados 
neste guia, já que algum pode fazer 
desaparecer a planta como os pássaros, 
cuidado com colocar plantas pequenas em 
sitio onde haja pássaros porque não 
duvidaram em aproximar-se e arranca-las 
de raiz para come-las. 
 
 
Os gatos e cães, aos que os encanta 
comer erva para purgar-se e vomitar as 
indigestas bolas de pelos que engolem ao 
limpar-se, são também uns amantes da 
"marijuana", adoram muito comer as folhas 
tenras e jovens, pode chegar a deixar-nos o 
talo pelado. Para evita-lo colocar relva ou 
erva natural num vaso para que a comam 
e não a nossa. Outra solução é cercar, com 
cactos as plantas para que não possam 
chegar até elas. Os machos dos gatos, que 
costumam urinar para marcar o território, 
também danificaram a planta queimando-a 
se urinarem em cima dela. 
 
 
Estes cabrões sim que podem chegar 
como praga, mas não costuma ser assim, 
quando nos chegam fazem-no 
especímenes soltos. Alimentam-se das 
folhas e talos mais jovens, comem o talo 
de uma rama pela metade, toda essa 
metade até a ponta secará, já que 
normalmente os talos que escolhem são 
tão finos que podem partir-se. A forma de 
livrar-se deles é supervisionando 
diariamente das plantas e quando os vires 
mata-os, se tens um cão de certeza que ele 
te ajudará nessa tarefa. 
 
Os caracóis e lesmas, mais os primeiros, 
sobem á planta, sobre todo em primavera 
e depois de uns dias de chuva, alimentam-
se das folhas deixando-as só com os 
nervos, podem ser uma praga muito 
perigosa para as plantas pequenas ou com 
poucas folhas. Um veneno rodeando os 
vasos pode funcionar bastante bem. Senão 
BIOKILL. ☺ 
 
. 
FUNGOS 
Os fungos que podem atacar a Cannabis são Mildiu, Botritis, Alternaria, Mofo Fuliginoso, 
Apodrecimento Radicular e fusarium, entre outros, aqui deixamos os sus dados para que 
saibas reconhece-los: 
 
BOTRITIS 
 
Controlo: Os tratamentos devem ser 
preventivos, uma vez que o fungo entra no 
cabeço há que amputar a parte afectada, tendo 
especial cuidado para que as esporas não 
cheguem até aos cabeços sãos. É fundamental 
retirar os restos de cultivo e de plantas 
afectadas pela doença. Limpa as ferramentas 
de poda. Coloca os vasos num lugar mais 
ventilado. Nas estufas ventilam e impede ol 
excesso de humidade. 
Sintomas: Também chamado mofo 
cinzento, devido a que forma uma 
espécie de pelo de cor acinzentado, 
embora também podeser banca, 
verde ou castanho. È um fungo que 
produz apodrecimento na base dos 
talos, em brotos, em folhas, em flores e 
em frutos. Na marijuana formam-se 
principalmente nos cabeços, sobre 
todo quando estes são muito densos e 
condensam muita humidade. As 
temperaturas de 15-20ºC são ideais 
para a sua propagação, embora o que 
mais influi é a humidade alta superior a 
50-60%. Os cabeços afectados cheiram 
a cogumelos. 
 
Causas: Uma humidade por cima dos 
60% e uns cabeços grossos e 
prensados, junto a uma má ventilação 
fará que apareça. Também é frequente 
que entrem pelas feridas, sobretudo 
pelas produzidas pelas larvas que 
atacam os cabeços ao final do verão. 
 
 
 
MILDIU 
 
Sintomas: Nas folhas aparecem manchas primeiro amarelas e depois pardas, e na parte 
inferior da folha correspondendo com as ditas manchas, um mofo cinza-branco. As 
manchas amarelas ou descoloradas situam-se mais na ponta e nos bordes. As folhas 
secam-se e depois, em 4 ou 5 dias, caem. Em os talos, flores ou frutos, também podem 
ver manchas pardas. As folhas afectadas cheiram a cogumelos. 
 
Causas: Há que evitar que se produza a infecção, ou seja, preveni-lo. A higiene é 
fundamental e é importante que a terra seja nova ou esteja esterilizada. 
 
Controlo: Se apreciam sintomas pode-se aplicar um fungicida, mas para que seja eficaz 
deve fazer-se 1 ou 2 dias desde a penetração do fungo, mas se o observamos em 
alguma das nossas plantas deveremos tratar a todas as outras imediatamente. Para 
prever quando se pode apresentar o Mildiu, há que dizer que só se desarrolha em dias de 
muita humidade, com pouco vento e nuvens. Isto quer dizer que não há perigo quando 
faz sol e vento e as folhas estejam secas. Para que germinem as esporas é 
imprescindível que se dê calor (uma temperatura em torno dos 24ºC) e ao memo tempo 
que a planta esteja molhada ao menos 10 horas. Regas, chuvas, névoas seguidos por 
dias calorosos são as condições óptimas. 
 
 
 
 
 
 
FUSARIUM 
 
Sintomas: As folhas mais velhas começam a encher-se de pequenas manchas, embora o 
que mais nos chamará a atenção é o murchar instantâneo, em 24-48 horas, de uma ou 
mais ramas, incluso a planta inteira, como se tivesse uma carência extrema de água e 
isto ocorre porque o fungo obstrui o xilema, o conduto por onde sobem os alimentos 
desde a raiz as ramas. O talo escurece e põe-se mole na parte afectada. 
 
Causas: Há que evitar que 
se produza a infecção, a 
higiene é fundamental e é 
importante que a terra seja 
nova ou esteja 
esterilizada. Uma terra 
onde haja Fusarium 
seguirá tendo-os com 
quase total segurança, por 
isso o melhor é prevenir. 
 
 
Controlo: Efectuar uma rega com 
Desogerme Cobre, embora actua melhor 
quando se usa como preventivo e não 
como remédio para uma doença já 
existente. 
 
ALTERNARIA 
 
Sintomas: Fungo que costuma ser mortal quando ataca as plantas recém germinadas, 
uma rega excessiva nos primeiros dias de vida da planta pode fazer que provoque um 
estreitamento e escurecimento do talo, branco e muito frágil até este momento, O que 
interromperá a chegada de comida desde as raízes até as partes altas causando a morte. 
 
Causas: É frequente encontra-lo em terras não esterilizadas, por isso é conveniente para a 
germinação usar sempre terras novas ou esterilizadas por nós mesmos. As sus esporas 
podem encontrar-se também na água de rega e incluso no ar. 
 
Controlo: Efectuar fertilização com sulfato de cobre ou um fungicida a base de cobre, 
como Desogerme. 
APODRECIMENTO RADICULAR 
 
Sintomas: As raízes passam do seu típico cor branco a uma cor beije e irá continuar a 
ficar cada vez mais castanha. As folhas ficam amarelas e o crescimento para. Chegado o 
momento as raízes deixam de absorver comida e a planta se fica flácida como quando 
lhes falta água. 
 
Causas: Excesso de rega ou encharcamentos. É muito normal em Julho e Agosto já que 
a rega diária somada as altas temperaturas são um óptimo ambiente para o 
apodrecimento. 
 
Controlo: Efectuar regas preventivas com Desogerme Cobre. Um controlo das regas e 
uma diminuição da temperatura do vaso será mais difícil que apareça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOFO FULIGINOSO E VÍRUS 
 
Sintomas: Entra-nos uma praga de afidos ou mosca branca. As folhas ficam primeiro 
pegajosas, pelas substâncias viscosas que desprende a praga, depois ficam negras, 
apodrecem e caem. 
 
Causas: As feridas das picaduras dos afidos e os seus excrementos fazem que apareça. 
 
 
 
Controlo: Elimina as pragas e as folhas mais afectadas. Limpa as folhas com sabão 
potássico. 
FLORAÇÃO 
A fase de floração começa quando ficam mais curtos os dias e prolongam as noites, no 
hemisfério norte, o 21 de Junho é o dia mas prolongado do ano, duas ou três semanas 
depois deste dia, notaremos que as noites são cada vez mais prolongadas, e diminuem 
as horas de luz, as plantas também o notaram iniciando a floração. As primeiras em faze-
lo serão as variedades Indicas, enquanto as Sativas podem começar incluso em 
Setembro, como ocorre com algumas variedades Haze. Há que dizer que os tempos de 
inicio de floração são diferentes dependendo da latitude na que nos encontremos. 
 
É muito importante que durante esta fase as noites sejam completamente a escuras, quer 
dizer, não deve haver perto nenhum poste de luz “outdoor”, se for em um “indoor” n 
pode haver nenhuma frecha de luz durante as horas de noite ou a floração atrasa-se, e os 
cabeços ficaram mais compridos dando uma menor produção. Um truque para saber se 
a luz nocturna da zona pode ou não interferir na floração é quando conseguimos ler com 
normalidade, neste caso há demasiada luz. Uma última coisa, a luz da lua cheia não 
afecta este aspecto. 
 
É possível forçar a floração, tão simples 
como dar-lhe 12 horas seguidas de 
escuridão total todos os dias durante os 2 
meses que dure, mas antes de tentá-lo, 
deves fazer-te uma pergunta, ¿ estás 
completamente confiante de que esses 60 
dias, mais ou menos, vais a estar 
disponível para a escuridão que precisão? 
Porque se não for assim, nem te 
incomodes. Na foto podes ver uma planta 
revegetando, isto ocorre quando se 
interfere o ciclo de floração alargando-lhe 
os dias. 
 
 
 
Quando vejamos os primeiros pistilos (pelos brancos) nas pontas, saberemos que a 
floração já começou, e é a partir deste momento quando deveremos mudar o tipo de 
abono liquido que lhe estamos a dar, se durante o crescimento estivermos estado a 
utilizar um fertilizante rico em Nitrogénio (N), os que usemos a partir de agora têm um 
maior aporte de Fósforo(P) e Potássio (K), os encarregados de gerar e engordar as flores. 
É conveniente, na hora de passar de abono de crescimento a abono de floração, fazer 
um lavado de raízes, bem com una rega com encimas (recomendado), bem lavando a 
terra, isto é, colocar tantos litros de água como capacidade tenha o vaso multiplicado por 
4, ou seja o vaso é de 5 litros, multiplica-se por 4, sendo 20 a quantidade de litros de 
água a que tenderíamos que colocar. 
 
Espero que tenhas aprendido na zona do 
Sexo das pré-flores como diferenciar entre 
machos e fêmeas e te tenhas desfeito dos 
primeiros, porque se não tenderás graves 
problemas “terás sementes e não 
cabeços”. Se o propósito é polinizar 
alguma planta para fazer a nossa própria 
mistura e tirar algumas sementes, o melhor 
não é ter um macho junto das fêmeas já 
que isto criaria centos de sementes e não 
criarias cabeços, assim que o melhor é que 
sigas o guia que colocaremos a seguir. 
 
 
 
 
Durante a floração a planta irá 
comendo cada vez mais, assim que 
haverá que ir aumentando pouco a 
pouco a dose de abono para que não 
sofra de carências graves. Ainda 
assim é possível que muitas folhas 
amareleçam e caiam, até certo ponto 
isto é normal, até certo ponto, repito, 
já que a planta está-se a desfazer de 
folhas que já não precisa e está a tirar 
até á última gota de alimento paradá-
lo aos cabeços, algo que não faria sei 
tivesse a comida necessária. 
 
 
 
Pouco a pouco os cabeços que se formavam nas pontas vão engordando e juntam-se 
com os das zonas um pouco mais baixas fazendo varetas, em volta dos cabeços 
começa a sair uma resina pegajosa que actua de várias formas em favor de estes: 
defendendo-os de pragas, ao ficar colados os insectos, embora a sua função principal é 
preservá-los dos raios solares. 
 
Esta resina está formada por um incontável número de glândulas que recebem o nome 
de tricomas, têm forma de chupa-chups mas de um tamanho minúsculo. É nesta resina 
onde se encontra o THC, CBD e CBN., entre outras e ela nos servirá para saber o ponto 
de maduração dos cabeços. A resina uma vez seca pode ser separada da planta através 
de umas malhas recebe o nome de hachís. 
 
Muita gente pensa que a planta só cresce durante a primeira fase (crescimento 
vegetativo), mas nada disso, ainda nos vai crescer ao menos um 30% mais na fase de 
floração. As Indicas costumam crescer durante as 2 o 3 primeiras semanas de floração 
para depois fortalecer e engordar os cabeços, enquanto que as Sativas por sua parte 
costumam seguir crescendo durante todo o seu ciclo vital, fazendo cabeços compridos. 
 
A partir da 5ª semana de floração os cabeços vão tomando forma definitiva e os 
primeiros pistilos começam a murchar adoptando uma cor castanha, mas muitos mais 
pistilos nascem cada dia dos que morrem com o qual o cabeço segue mostrando pistilos 
brancos enquanto vão engordando e endurecendo-se, é sumamente importante que não 
lhe falte a comida neste momento, incluso recomendável juntar um fertilizante de 
cabeços para que estes saiam compactos em lugar de vazios e cheios de folhas. Durante 
a floração não é conveniente fazer transplantes já que a formação de flores parará, muito 
menos podas pelas pontas, já que perderíamos os cabeços que se estão formando 
nessa zona. Os insecticidas que usemos não podem ser químicos, já que não lavaremos 
os cabeços antes de consumirmos, com que será prejudicial para a nossa saúde. 
 
As pragas mais problemáticas costuma ser a mosca branca, que chega em Setembro, 
sobre todo nas zonas onde se cultiva laranjeiras, o seu principal problema é a doença 
que causa nas folhas, nas feridas que deixa quando come e em parte, por culpa dos 
excrementos que solta, forma-se um fungo que pouco a pouco se irá alastrando, pondo 
as folhas de uma cor negra típico dos fungos, se chegasse ao cabeço o apodreceria. 
 
Mas sem dúvida o terror dos nossos cabeços, é o gusano "come cabeços" como o 
chamam alguns, é escuro ás riscas e costuma crescer desde pequeno dentro dos 
nossos cabeços, nas feridas que produz quando come, sai o fungo Botritis. A melhor 
forma de combate-los, ainda que coloquemos uma olhadela aos cabeços de vez em 
quando para elimina-los manualmente, é com Bacilus Turigiensis, uma bactéria 100% 
biológica, que fumigada sobre as plantas ao principio da floração, resulta mortal para 
estes animais nos seus primeiros dias de vida, já que de maiores mostram certa 
imunidade. 
 
 
Evidentemente há mais "bichos" que podem atacar a nossa planta como já vimos atrás, 
mas estes 2 cabrões são os que costumam aparecer em Agosto ou Setembro, justo no 
período de floração. 
 
 
A duração da floração depende em grande medida da variedade que estejamos a 
cultivar, e esta variação já desde os 45 dias em variedades indicas puras, como as 
Afganas, Super Skunk, Northern Light ou Hindu Kush entre outras, aos 90 dias das 
Sativas puras como as Haze ou Kali Mist, passando pelas Indico-Sativas como a White 
Widow, Nebula, El Niño ou Jack Horror que costumam andar entre os 60 e 70 dias. O 
momento de colheita adequado o veremos no seguinte capitulo 
 
A chuva durante a floração não é toda má, 
o mau é que os dias de chuva sejam 
muitos, mais de 3, o que a humidade seja 
alta, mais de 70%, durante esse tempo, já 
que isto poderia causar Botritis nos 
cabeços, sobretudo quando já estão bem 
formados e fechados, com o que esta 
humidade concentra-se no seu interior e 
apodrecem. Se os dias de chuva vierem 
seguidos de bons dias de sol que sequem 
os cabeços, os cabeços limpam-se e 
engordaram muito mais com a água caída. 
Há que ter em conta que quando os 
cabeços se molham o seu peso aumenta o 
dobro, com o que alguma rama poderia 
partir-se pelo excesso de peso. A ter em 
conta também que se politizamos os 
cabeços para obter sementes, a chuva 
seguida, e dias seguidos de sol fará que as 
sementes germinem directamente na 
planta como pode apreciar-se na foto 
lateral, rodeadas pelos círculos vermelhos 
duas sementes com a raiz a saír. 
 
Há muitos mitos sobre como fazer que a Cannabis seja mais forte, produza mais 
quantidade ou seja mais alucinante e todos á base de extress na planta, com formas tão 
cruéis como pregando pregos no talo, partindo alguma rama, regando-a menos, extressar 
a raiz, desajustando o fotoperiodo ou o pH, ou colocar etileno (um forte ácido), nós não 
estamos a favor de estas crueldades, isto tudo não irá beneficiar muito mais do que dê a 
planta estando bem alimentada, regada, arejada, com sol e mimada, mas não também 
sufocando-a, tudo no seu devido momento e na sua medida. 
COLHEITA 
 
Há varias formas para saber qual é o momento idóneo para a colheita das nossas 
plantas, a cor dos pistilos, a cor dos tricomas ou o grau de dureza dos cabeços, são 
algumas das formas que aprendereis neste capítulo, se é que ainda não o conheceis. É 
importante fazer a colheita no momento justo já que assim obteremos maior quantidade 
com melhor qualidade, embora que plantas colhidas fora de tempo já seja por excesso 
ou por defeito, não devem despreza-las em absoluto, e com problemas por pragas, 
fungos ou chuvas, sempre é melhor recolher alguma coisa mesmo que não esteja 
pronta, que perdê-la toda. Recordem que os cabeços colhidos cedo de mais têm um 
efeito mais eufórico que se estivesse colhido na sua devida hora, enquanto que os que 
excedem serão mais relaxantes. 
 
Se nos guiarmos pelos estigmas (os pelitos 
dos cabeços), devemos fazer a colheita 
quando uns 70-80% destes estejam 
castanhos. Alguns cultivadores não colhem 
até que todas as folhas tenham amarelado, 
já que ao deixar de abonar nas últimas 
semanas a planta gasta até á ultima gota 
de alimento que possa ficar nas folhas, 
assim o sabor do cabeço é mais esquisito. 
Isto não é tudo verdade, podemos 
conseguir o mesmo com uma secagem 
lenta da planta já colhida, se bem é certo 
que não todos os cultivadores se podem 
permitir o luxo de esperar que a planta 
esteja pronta, normalmente por causa da 
impaciência. 
 
 
 
Se nos guiamos pelos tricomas (as glândulas de resina), devemos cortar quando 
vejamos aparecer as primeiras da cor âmbar, lembrem-se que ao principio os tricomas 
são transparentes, passado algum tempo se ficam brancos opacos, este é o seu ponto 
álgido, é neste momento quando a acumulação de THC é máxima, a partir de aqui 
baixará, e mudaram a uma cor âmbar quando o THC comece a degradar-se, é por isto, 
que quando vejamos as primeiras glândulas de cor âmbar deveríamos fazer a colheita, 
pois a maioria ainda estarão brancas opacas. Para poder vê-los precisamos de um 
microscópio portátil de ao menos 30 ou 50 aumentos. 
 
A forma de cortar a planta para colhe-la dependerá, principalmente, do seu tamanho, se é 
muito grande e com muitas ramas laterais, quando os cabeços das pontas estejam 
prontos para recolher, os cabeços intermédios e das partes mais baixas ainda estarão a 
meio, já que receberam menos horas de sol directo por estarem tapados pelas ramas 
superiores e isto fará que a floração neles vá atrasada. ¿então para que corta-los? O 
melhor nestes casos é cortar só as pontas e deixar que o resto receba um par de 
semanas mais de sol para que engordem e amadureçam bem. Uma vez cortadas as 
primeiras pontas deveremos abonar para que engordem bem durante essas 2 semanas.

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