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Orientação para Estudos Literários

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Soltando novos gritos, continua a revolver e macerar suas pálpebras sangrentas, de cuja cavidade o sangue rolava até o queixo e não em gotas, apenas, mas num jorro abundante. Assim confundiram, marido e mulher, numa só desgraça, as suas desgraças! Outrora gozaram uma herança de felicidade; mas agora nada mais resta senão a maldição, a morte, a vergonha, não lhes faltando um só dos males que podem ferir os mortais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÓFOCLES. Édipo Rei. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf>. Acesso em 13 maio 2017.
O conceito de “catarse” foi elaborado inicialmente por Aristóteles na Poética. Ele diz respeito à situação de equilíbrio e desequilíbrio da narrativa. Considerando a passagem de Édipo Rei citada e o conteúdo do livro-base Teoria da Literatura sobre a “catarse”, leia as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
I.   ( ) A “catarse” é a imitação da realidade e das ações dos grandes homens, presente tanto nas tragédias quanto nos poemas líricos.
II.  ( ) A “catarse” está presente na estrutura da obra, que encontra, na solução de desequilíbrio, o desfecho e o sentimento de alívio.
III. ( ) Para uma obra literária ser considerada como tal, é preciso ser catártica, seja pela presença dela na estrutura da obra, seja na percepção dela pelo leitor.
IV. ( ) A “catarse” constitui a estrutura das tragédias gregas, como Édipo Rei. Na literatura moderna e contemporânea, essa característica desapareceu, sendo substituída pela “mimese”.
Agora, marque a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 20.0
	
	A
	F – F – F – V
	
	B
	V – V – V – F
	
	C
	V – V – F – F
	
	D
	F – V – V – F
Você acertou!
Comentário: A afirmativa I é falsa, porque ela descreve parcialmente o conceito de “mimese”, não de “catarse”. As afirmativas II e III são verdadeiras porque “[...] todo enredo acaba por comportar uma situação inicial de equilíbrio, então acontece algo que gera o desequilíbrio, cujo clímax é insustentável e requer solução. A partir do clímax, a situação de desequilíbrio busca o retorno do estado original, o que sempre acontece não importa se nesse meio tempo houve morte, separação ou reconciliação, o equilíbrio é retomado e a sensação de alívio é a própria catársis. [...] a condição da ocorrência da catársis é inerente à obra e não se pode perder de vista que a tensão necessária para catársis encontra-se no interior da obra, na sua estruturação e no que foi captado do exterior enquanto experiência de vida; o resultado obtido tem caráter pleno, objetividade mais subjetividade – condição da arte que se quer transformadora do homem e do mundo” (livro-base, p. 60). A afirmativa IV é falsa, porque toda obra de arte é catártica, portanto as obras contemporâneas e modernas também são (p. 60).
	
	E
	V – F – F – V
Questão 2/5 - Orientação para Estudos Literários
Leia a passagem de texto a seguir:
“Para a investigação da estética, é imprescindível o estudo de Immanuel Kant na apresentação dos conceitos mais centrais e significativos no que se refere a esse campo. Tal comparecimento é mais do que justificado, uma vez que Kant empreendeu uma análise aprofundada da arte e sua composição enquanto presença inquestionável na vida do homem, apontando uma dupla diferenciação no que se refere à questão da arte, ou seja, um juízo de caráter estético e outro de natureza teórica”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DAMASCENO, Julie Christie. A estética kantiana: o belo, o sublime e a arte. Intuitio, v. 8, n. 2, p.146.158, dez. 2015, p. 147.
O pensamento de Kant trouxe mudanças na forma de lidar com a metafísica e, por consequência, com a estética. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, em relação à estética kantiana, é correto afirmar que:
Nota: 20.0
	
	A
	as sensações do belo são sempre fadadas ao fracasso, uma vez que a beleza só existe num plano transcendental.
	
	B
	diferente do prazer produzido pela necessidade, o gosto ou prazer estético é uma emoção livre e desinteressada.
Você acertou!
Comentário: Entre os vários aspectos da estética kantiana, está o da diferenciação que ele faz entre o prazer que vem da saciedade de uma necessidade material ou física (sede, fome) e o prazer que decorre da experiência do belo: “[...] o gosto da beleza ou pela beleza, isto é, o gosto estético deve ser uma emoção livre e desinteressada” (livro-base, p. 121). As alternativas restantes estão incorretas: a a aproxima-se da visão platônica; a c, da aristotélica; e a d e a e, da hegeliana.
	
	C
	as sensações do belo devem vir da certeza de que o caos foi deixado para trás, uma vez que foi superado pela harmonia.
	
	D
	a sensação do belo é uma força que o sujeito emprega para combater o “mundo cego” que recebe dentro de si.
	
	E
	a beleza tem a função de sutilizar a natureza, uma vez que só ela consegue espiritualizar o que decorre da necessidade da natureza.
Questão 3/5 - Orientação para Estudos Literários
Leia a passagem de texto a seguir:
“Porque não é do lado teórico ou teológico, nem do lado prático ou pedagógico, que a teoria me parece principalmente interessante e autêntica, mas pelo combate feroz e vivificante que empreende as ideias preconcebidas dos estudos literários e pela resistência igualmente determinada que as ideias preconcebidas lhe opõem”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p. 15-16.
Compagnon, na citação, destaca o combate que a teoria empreende nos estudos literários. A forma mais visível desse fenômeno são as diversas correntes da crítica que se sucederam no tempo e que hoje convivem nos meios dos estudos literários. Considerando esses aspectos, a citação e o livro-base Teoria da Literatura, relacione as correntes críticas a seguir às suas respectivas características: 
1. Crítica impressionista
2. Crítica formalista
3. Nova crítica
( ) Essa corrente crítica defende a leitura minuciosa do texto, rastreando os significados literais e figurados das palavras, além de examinar detidamente o enredo e as personagens do texto.
( ) Essa corrente vê a obra como um sistema em que os elementos todos estão de tal modo vinculados entre si que não é possível separar forma e fundo.
( ) O forte dessa abordagem era a recusa a qualquer método objetivo, pois, para ela, o centro da crítica era guiado pelos sentimentos que a obra provocava no crítico.
Agora, marque a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 20.0
	
	A
	3 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: 3. A nova crítica: Caracteriza-se por “escanear” com uma lupa o texto literário de modo a percorrer todos os sentidos de forma detalhada e aprofundada: “Na leitura microscópica, o crítico se aproxima do texto como quem porta uma lupa [...]” (livro-base, p. 76). 2. “A crítica formalista: “Os formalistas objetivavam encontrar no próprio texto as características que o tornam literário. A obra é vista por eles como uma forma, um sistema em que todos os elementos interagem, logo não é possível separar forma e fundo [...]” (p. 73). 1. “A crítica impressionista: Centrada na subjetividade do leitor, essa proposta estava na contramão da postura objetiva e científica daquele momento. Os impressionistas recusavam qualquer forma de erudição, método ou crítica objetiva e é das leituras que surge o diálogo da subjetividade do leitor com as subjetividades das obras-primas universais” (p. 73).
	
	B
	1 – 2 – 3
	
	C
	3 – 1 – 2
	
	D
	2 – 1 – 3
	
	E
	2 – 3 – 1
Questão 4/5 - Orientação para Estudos Literários
Leia o fragmento de texto a seguir:
“E que o mesmo livro pareça para alguns o código dos tiranos; para outros o código dos homens livres. O que se ali aprende é ser homem, como o fundamento de tudo o mais. Ali se aprende que a história, como a natureza, não é regrada pelo acaso, mas por forças inteligentes e calculadoras,baseadas na concordância entre o fim e os meios”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DE SANCTIS, Francesco. O Maquiavelismo. In: DE SANCTIS, F. Ensaios críticos. São Paulo: Nova Alexandria, 1993, p. 215.
O fragmento citado refere-se a O príncipe, texto mais conhecido de Maquiavel. Livro que, segundo o comentador, concentra-se na observação do homem e que seus atos devem ser regulados pela razão. De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, o Renascimento pode ser caracterizado por:
Nota: 20.0
	
	A
	ser um movimento que coloca a natureza e Deus acima dos interesses humanos.
	
	B
	aceitar o protagonismo do homem, desde que respeitando os preceitos do clero, da escolástica e mantendo-se ascético.
	
	C
	celebrar o homem como um super-homem por força do seu pensamento metódico e pela capacidade de calcular.
Você acertou!
Comentário: “O Renascimento é [...] um período marcado pelo culto do homem e do super-homem. Os poderes do cálculo e do método estavam evidenciados, e toda uma parcela da população assumia o anti: anticlerical, antiescolástico, antiascético [...]” (livro-base, p. 188).
	
	D
	celebrar a paixão desmedida, o acaso, as soluções intuitivas, sentimentos capazes de colocar o homem acima da fé.
	
	E
	um movimento que celebra um homem asceta, concentrado em uma só atividade, de preferência a religiosa.
Questão 5/5 - Orientação para Estudos Literários
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Quer eu escolha, para descrever um poema, um romance ou outro texto qualquer, privilegiar o ponto de vista do autor ou o do leitor, nenhum estudo literário se abstém de estabelecer uma definição das relações entre tal texto e a literatura, tal texto e seu autor, tal texto e o mundo, tal texto e seu leitor [...], tal texto e a língua, ou de formular uma hipótese sobre essas relações, fixar os conceitos fundamentais da literatura”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p.193.
A crítica literária, como demonstra o fragmento citado, faz uso de diferentes elementos para descrever um texto literário. Porém, cada época, de alguma forma, privilegia um aspecto em detrimento de outro. Uma mudança de critério se dá, por exemplo, no fim do século XVIII, quando houve a passagem da crítica clássica para a crítica histórica. Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que menciona corretamente a diferença entre essas duas correntes da crítica literária:
Nota: 20.0
	
	A
	A crítica clássica fundamentava-se em critérios ligados ao amor cortês, ao passo que a histórica se ligava aos amores libertinos.
	
	B
	Na crítica clássica, comparava-se os textos literários do século XII aos modelos da Antiguidade Clássica, ao passo que a crítica histórica só tratava de textos escritos a partir do século XIX.
	
	C
	A crítica histórica pautava-se pelo pressuposto da mudança e das condições concretas em que se dava a obra literária, enquanto a perspectiva clássica era dogmática, valorizava a atemporalidade, o belo, o imutável e o abstrato.
Você acertou!
Comentário: “[...] a crítica literária do século XVIII, chamada de crítica clássica portava todas as características advindas do cerne do neoclassicismo e era, por isso, uma crítica dogmática, com preocupação judicativa, em relação a um belo intemporal [...]. No final do século XVIII, o pensamento europeu experimenta uma mudança severa que modificou os aspectos do conhecimento científico e todas as formas de saber: a passagem da ordem clássica à história. Era a transposição da condição do permanente e abstrato [clássico] para o concreto e mutável [histórico]” (livro-base, p. 68,69).
	
	D
	A crítica histórica privilegiava o estudo das biografias dos escritores, às quais davam os valores e critérios para o exame dos textos, enquanto a crítica clássica valorizava as diferenças entre os textos da Antiguidade e os dos séculos XVI, XVII e XVIII.
	
	E
	A crítica clássica ignorava a obra dos antigos, pois via na perfeição dos versos das cantigas de amor medieval a razão atemporal de toda literatura, ao passo que a crítica histórica se concentrava nas obras realistas e execrava os românticos.

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