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CONTABILIDADE GERAL AULA 4

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Livro Eletrônico
Aula 03
Contabilidade Geral e Avançada p/ Receita Federal (Auditor Fiscal)
Com videoaulas - 2019
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
11527338770 - Fernando ferreira
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
SUMÁRIO ............................................................................................................................................................................... 1 
1 - OLÁ, AMIGOS. ................................................................................................................................................................. 2 
2 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS PELA LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES..................................................... 2 
2.1 - PONTOS DE ESCLARECIMENTO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONFORME A LEI 6.404/76 ....................................................... 4 
3 - CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS SEGUNDO O CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................... 5 
4 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO O REGIME DE COMPETÊNCIA ........................................................................... 7 
5 - BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................................................................. 8 
5.1 - REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................... 9 
6 - ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS .................................................................................................. 14 
6.1 - DEFINIÇÃO DE ATIVO .............................................................................................................................................................. 15 
6.1.1 - ELEMENTOS ESSENCIAIS NA DEFINIÇÃO DE UM ATIVO ....................................................................................................... 17 
6.2 - DEFINIÇÃO DE PASSIVO .......................................................................................................................................................... 18 
6.3 - DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................................... 19 
7 - ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................................................................... 19 
8 - GRUPOS PATRIMONIAIS ................................................................................................................................................ 20 
8.1 - ATIVO ..................................................................................................................................................................................... 20 
8.1.1 - ATIVO CIRCULANTE ............................................................................................................................................................. 21 
8.1.1.1 - DISPONIBILIDADES ........................................................................................................................................................... 24 
8.1.1.2 - DIREITO REALIZÁVEIS NO CURSO DO EXERCÍCIO SOCIAL SUBSEQUENTE .......................................................................... 26 
8.1.1.3 - DESPESAS ANTECIPADAS .................................................................................................................................................. 27 
8.1.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE ..................................................................................................................................................... 29 
8.1.2.1 - ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................ 29 
8.1.2.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE – INVESTIMENTOS. ................................................................................................................... 31 
8.1.2.3 - INDO ALÉM - PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO .......................................................................................................... 33 
8.1.2.4 - DIFERENÇA PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO X ATIVO IMOBILIZADO ......................................................................... 36 
8.1.2.5 - ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO............................................................................................................................ 38 
8.1.2.5.1 - IDENTIFICAÇÃO DE UM ARRENDAMENTO ..................................................................................................................... 40 
8.1.2.6 - ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL ............................................................................................................................ 42 
8.1.2.7 - ATIVO PERMANENTE DIFERIDO ........................................................................................................................................ 44 
8.1.2.8 - ATIVOS BIOLÓGICOS ......................................................................................................................................................... 45 
9 - RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA ......................................................................................................... 47 
10 - MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) ....................................................... 50 
11 - QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................................. 54 
11.1 - CESPE ................................................................................................................................................................................... 54 
11.2 – FCC ...................................................................................................................................................................................... 66 
11.3 - FGV ...................................................................................................................................................................................... 76 
11.4 - OUTRAS BANCAS .................................................................................................................................................................. 88 
12 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................................................... 92 
12.1 - CESPE ................................................................................................................................................................................... 92 
12.2 – FCC ...................................................................................................................................................................................... 95 
12.3 - FGV ...................................................................................................................................................................................... 99 
12.4 - OUTRAS BANCAS ................................................................................................................................................................ 103 
13 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................... 105 
 
 
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
Aula 03
Contabilidade Geral e Avançada p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com videoaulas - 2019
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1 - OLÁ, AMIGOS. 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso Contabilidade. 
É um grande prazer estar aqui escrevendo para vocês. Na aula de hoje, falaremos umpouco sobre a 
principal demonstração contábil: o balanço patrimonial. Como já dissemos anteriormente, o balanço 
divide-se em ativo, passivo e patrimônio líquido. 
Hoje, teceremos comentários apenas sobre o ativo. Quaisquer dúvidas, estamos à disposição! 
André Curcio/Julio Cardozo/Luciano Rosa 
Instagram: @contabilidadeconcurso 
Mapas mentais: Professor Julio Cardozo 
2 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS PELA LEI DAS SOCIEDADES POR 
AÇÕES 
Vamos começar a falar agora sobre a principal demonstração contábil (e, obviamente, a mais 
explorada em concurso), qual seja, o balanço patrimonial. 
Antes de darmos início ao estudo das principais demonstrações e suas finalidades, vamos entender 
quais são as demonstrações contábeis obrigatórias. 
Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações 
ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, 
de 2007) 
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. 
Pois bem. Desse excerto, muitas questões são cobradas em concursos. 
As sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos e valores 
mobiliários no mercado de valores mobiliários) e fechadas (quando não o fazem). 
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As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente a um ou outro tipo 
societário. 
Esquematizemos: 
 
 COMPANHIA 
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA 
Balanço Patrimonial X X 
Demonstração do Resultado do Exercício X X 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X 
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI 
Demonstração do Valor Adicionado X 
Pois bem, vejam que o balanço patrimonial está arrolado como obrigatório, quer seja a companhia 
aberta, quer seja fechada. 
 
(FCC/Contador/MP/PE/2012) As demonstrações contábeis obrigatórias para as sociedades 
por ações de capital aberto, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, com as 
modificações introduzidas pelas Leis no 11.638/2007 e no 11.941/2009 são: 
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração 
do Valor Adicionado, Balanço Patrimonial e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados. 
b) Demonstração dos Fluxos de Caixa, Balancete de Verificação, Demonstração do Resultado 
do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, e Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados. 
c) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração do Resultado do 
Exercício, Demonstração do Valor Adicionado, Balanço Patrimonial e Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados. 
d) Balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto por estimativa, Demonstração 
do Resultado do Exercício, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração de Origens e 
Aplicações de Recursos e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
e) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Balanço Patrimonial, Demonstração dos 
Fluxos de Caixa e Demonstração do Resultado do Exercício. 
Gabarito → A. 
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2.1 - PONTOS DE ESCLARECIMENTO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONFORME A LEI 6.404/76 
 
1) Segundo a Lei 6.404/76, nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos 
acumulados pode estar contida dentro da DMPL. 
2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o CPC 26 
(Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas 
que fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção 
levou o FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da 
edição do Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos 
societários. A questão deverá explicitar se está exigindo o conhecimento da Lei 6.404/76 ou 
do CPC 26. 
3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser obrigatória 
(mas não foi extinta) com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941. 
4) Além disso, o CPC 26 menciona a demonstração dos resultado abrangente – assunto não 
previsto na Lei 6.404. A DRA é uma demonstração que evidencia “as receitas e despesas” 
que não são reconhecidas no resultado, indo direto para o patrimônio líquido. 
 
(CESPE/Auditor/TCM BA/2018) Conforme alteração na Lei 6404/76 pela Lei 11638/07, 
determinada demonstração contábil passou a ser optativa para as companhias abertas. A 
referida demonstração contábil é: 
A) BP 
 B) DRE 
C) DFC 
D) DOAR 
E) DVA 
 Comentários: 
Com a alteração da Lei Societária pela Lei nº 11.638/07, a Demonstração dos Fluxos de Caixa 
passou a compor o elenco das demonstrações obrigatórias, em substituição à Demonstração 
de Origens e Aplicações de Recursos. 
Gabarito → D 
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 (CESPE/Analista/EBSERH/2018) Apesar de ser facultativa, segundo a legislação societária, a 
demonstração das mutações do patrimônio líquido integra o rol de demonstrações financeiras 
classificadas como obrigatória pelo CPC. 
Comentários: 
Item correto! A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o CPC 26 
(Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que 
fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção levou o 
FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do 
Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. 
Gabarito – Correto. 
3 - CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS SEGUNDO O CPC 26 – APRESENTAÇÃO 
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
O CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis – diverge da Lei 6.404/76 em alguns pontos. 
Vamos ver o que diz o Pronunciamento Contábil? 
Conjunto completo de demonstrações contábeis 
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
(a) balanço patrimonial ao final do período; 
(b1) demonstração do resultado do período; 
(b2) demonstração do resultado abrangente do período; 
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período; 
(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e 
outras informações elucidativas; 
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 
38 e 38A; (Incluída pela Revisão CPC 03) 
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, 
quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à 
reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder 
à reclassificação de itens de suas demonstraçõescontábeis de acordo com os itens 40A a 
40D; e (Alterada pela Revisão CPC 03) 
(f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico 
CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada 
voluntariamente. (Alterada pela Revisão CPC 03) 
Então, vamos esquematizar? 
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Demonstrações contábeis obrigatórias pelo CPC 26 
Balanço Patrimonial 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Demonstração do Resultado Abrangente 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
Notas Explicativas 
Demonstração do Valor Adicionado 
 
A Norma supracitada, em seu item 11, dispõe que “a entidade deve apresentar com igualdade de 
importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de 
demonstrações contábeis”. 
Anote-se que o CPC 26 arrola como obrigatórias a demonstração do resultado abrangente, a 
demonstração das mutações do patrimônio líquido. 
Ademais, as notas explicativas constam como parte do conjunto completo! Isso não significa que as 
notas explicativas são demonstrações contábeis. Apenas que compõem o conjunto das 
demonstrações financeiras de uma entidade. 
 
Como vou saber se a questão quer o entendimento da Lei 6.404/76 ou do CPC 26? 
Deve ficar claro o comando do enunciado! Se o enunciado começar com “ao fim de cada 
exercício social (...)” ele procura saber o contexto da lei. Caso inicie com “o conjunto 
completo das demonstrações contábeis (...)”, nesta hipótese, quer os termos do CPC 26 – 
Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
 
 
 
 
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4 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO O REGIME DE COMPETÊNCIA 
É muito importante que você saiba que as demonstrações contábeis devem ser elaboradas de 
acordo com o regime de competência! 
Então, as demonstrações se referirão à data de encerramento do exercício social, e as receitas e 
despesas consideradas ali são as que incorreram no exercício, independente de pagamento ou 
recebimento. 
A exceção fica por conta da demonstração dos fluxos de caixa. Esta é elaborada de acordo com o 
regime de caixa! 
Esta é a exata lição do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das demonstrações 
contábeis: 
27. A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a 
demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência. 
E será que isso cai em prova? 
 
(CESPE/Perito/PC MA/2018) O conjunto completo de demonstrações contábeis das entidades 
comerciais deve ser elaborado de acordo com o regime de competência. 
Comentários: 
Vimos que a DFC excepciona a regra geral. 
Gabarito → Errado. 
Passemos a falar agora sobre o balanço patrimonial em si... 
 
 
 
 
 
 
 
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5 - BALANÇO PATRIMONIAL 
Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma 
qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e financeira da entidade. 
No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta 
informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado momento. 
 
 
 
A informação do balanço patrimonial é estática! 
 
 
(CESPE/Contador/FUB/2015) O balanço patrimonial é a demonstração contábil estática que 
apresenta, em termos qualitativos, a posição financeira e patrimonial da entidade em data 
determinada. 
Gabarito → Correto. 
Observação: faltou mencionar que também pode ser em termos quantitativos, mas a banca 
considerou o item como correto. 
 
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5.1 - REGRAS SOBRE A ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 
175). Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá 
ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único). 
Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicadas as suas 
demonstrações contábeis (as que citamos acima). 
Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de março, 
o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de março. 
Imagine-se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei não determinou 
se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se, alternativamente, poderá durar 
pelo período de 15 meses. 
Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 de dezembro. 
Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, 
repetimos, para concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano. 
Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser a duração do exercício social de 12 meses. 
Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos. Nós sabemos que, na realidade, 1 ano 
equivale a 12 meses, mas, no direito, prazos em dias são contados em dias, prazos em meses são 
contados em meses e prazos em anos são contados em anos. Contudo, se na prova não tiver outra 
opção, aceite normalmente 12 meses. 
Esquematizemos: 
Exercício Social 
Duração 1 ano 
Data do término fixada no estatuto 
Constituição e alteração pode ser diferente 
 
(CESPE/Contador/STM/2018) Para fins de levantamento do balanço patrimonial e outras 
demonstrações financeiras, o exercício social deve ter a duração de um ano, mas, na 
constituição da entidade e quando de alterações estatutárias, a duração do exercício poderá 
ser diferente. 
Gabarito → Correto. 
(CESPE/Contador/TJ/ES/2011) O exercício social deve ter duração inferior a um ano somente 
no ano de constituição da empresa. 
Gabarito → Errado. 
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Anote-se que, de acordo com o CPC 26, as demonstrações contábeis são apresentadas pelo menos 
anualmente. Na prática, muitas empresas apresentam balanços trimestrais. Mas a obrigação é, no 
mínimo, anual. 
36. O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo 
menos anualmente (inclusive informação comparativa). Quando se altera a data de 
encerramento das demonstrações contábeis da entidade e as demonstrações contábeis 
são apresentadas para um período mais longo ou mais curto do que um ano, a entidade 
deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis: 
(a) a razão para usar um período mais longo ou mais curto; e 
(b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos 
apresentados nessas demonstrações. 
 
(CESPE/Perito/PC MA/2018) As demonstrações contábeis das entidades devem ser 
apresentadas ao menos anualmente e de forma comparativa. 
Gabarito → Correto. 
(CESGRANRIO/Profissional Júnior/Petrobras/2015) A deliberação CVM n° 676, de 13 de 
dezembro de 2011, aprova o Pronunciamento TécnicoCPC 26(R1) do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis que estabelece que o conjunto completo das demonstrações 
contábeis deve ser apresentado pelo menos anualmente. 
Estabelece igualmente que, havendo alteração na data do encerramento das demonstrações 
contábeis e sendo as mesmas apresentadas em período maior ou menor que um ano, a 
entidade deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis, a 
a) razão para usar um período mais longo ou mais curto, e o fato de que não são inteiramente 
comparáveis os montantes comparativos apresentados nessas demonstrações. 
b) razão para adotar um período mais longo ou mais curto, e o valor do ajuste do período 
imediatamente anterior das demonstrações para o mesmo período abrangido pelas 
demonstrações contábeis atuais, para efeito de comparação. 
c) razão determinante do período mais longo ou mais curto e o ajuste do período das 
demonstrações contábeis atuais para o mesmo período das demonstrações contábeis 
imediatamente anterior, para efeito de comparação. 
d) informação do ajuste provocado no período imediatamente anterior das demonstrações, e 
o ajuste para o mesmo período abrangido pelas demonstrações contábeis atuais. 
e) exposição circunstanciada das alterações necessárias para ajustar as demonstrações do 
período imediatamente anterior ao novo período das demonstrações contábeis e as razões da 
modificação do exercício social. 
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Comentários: 
Questão literalidade do CPC 26 apresentado acima! Gabarito, portanto, letra a. 
Gabarito → A. 
Ainda, segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão 
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também os 
valores de 2010. Tudo isso para atender à finalidade básica da contabilidade, que sabemos ser o 
fornecimento de informações aos diversos usuários. 
Essa exigência está em consonância com a característica qualitativa de melhoria chamada 
comparabilidade, prevista no CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, que faz 
exigência no mesmo sentido. 
Ainda, de acordo com o artigo 176: 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos 
saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 
(um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de 
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações contábeis, evitando 
que o excesso de detalhes prejudique o entendimento. 
Imagine você se uma empresa que tem uma faturamento de R$ 100 bilhões ano tem de apresentar 
em minúcias cada item que tem em almoxarifado. Seria inviável, não é mesmo? 
Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda 
fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada aplicações financeiras. 
Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo. 
Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de R$ 10.000,00 e o ativo circulante 
montasse a R$ 50.000,00, não poderíamos agrupar, pois houve quebra do limite estabelecido pela 
lei. 
 
Atenção! Não podemos, por exemplo, mesclar os investimentos do ativo circulante com os 
investimentos do ativo não circulante. Os primeiros têm a característica principal de serem 
destinado para negociação de curto prazo, enquanto que os não circulantes não têm essa pretensão. 
Com efeito, mesclar essas contas só traria confusão aos usuários das demonstrações contábeis. 
Observação: os grupos de contas são ativo circulante, ativo não circulante: realizável a 
longo prazo, investimentos, intangível, imobilizado. 
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(IBFC/MGS/Tec Sup/MG/2015) De acordo com a Lei 6.404/76, nas demonstrações financeiras, 
as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, 
desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem: 
a) 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas. 
b) 0,5 (cinco décimos) do valor do respectivo grupo de contas. 
c) 0,2 (dois décimos) do valor do respectivo grupo de contas. 
d) 0,3 (três décimos) do valor do respectivo grupo de contas. 
Gabarito→ A 
Ainda com fulcro no artigo 176: 
Art. 176. § 3º: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo 
a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela 
assembleia-geral. 
 
O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é apurado em uma 
demonstração conhecida como demonstração do resultado do exercício (a ser estudada 
oportunamente). Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados (dividendos, que é uma 
remuneração do capital dos sócios) e sua destinação é definida pelo órgão máximo deliberativo 
dentro da SA: a assembleia-geral. 
Entenda! O que são dividendos? Quando você investe em uma sociedade, não 
necessariamente você trabalha nessa sociedade. Então, o que faz você investir na empresa 
X ou Y e não em um título de renda fixa (poupança, tesouro direto, fundos de investimento, 
etc)? Além da possibilidade de valorização, a remuneração dos sócios é chamada de 
dividendos. 
Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta forma, no término 
do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro das formas que 
estabelecerem, pressupondo-se que a assembleia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do 
exercício social) irá aprovar a destinação. 
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As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados 
do exercício (LSA, art. 176, parágrafo quarto). 
Este item é de fácil entendimento. Como o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer 
informações a um público que, em regra, não pode requerer informações diretamente para a 
sociedade, isso significa dizer que a entidade deve se preocupar em passar as informações do modo 
mais claro possível. Por isso, deve complementar com nota explicativas, quadros analíticos, etc. 
As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas 
legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso estabelece que as demonstrações 
financeiras são assinadas por contabilista legalmente habilitado (e não contador). A expressão 
contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis. 
Lei 6.404/76 – Literalidade 
§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a 
auditoria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
Vejam que as companhias abertas, que são aquelas que negociam seus títulos no Mercado de 
Valores Mobiliários (não é somente a Bolsa de Valores, mas sim a Bolsa e o Mercado de Balcão): 
- Devem ser auditadas por auditores independentes, isto é, auditores registrados na CVM, sem 
vínculo com a empresa,que vão dizer se as demonstrações contábeis estão ou não em conformidade 
com a legislação contábil vigente. 
- Devem seguir o que diz as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
 
Dem. Fin. (Dividendo proposto adm)
Encerramento do Exercício
Aprovação pela assembléia geral
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Contabilistas x Auditores Independentes x Auditores Fiscais 
Não podemos confundir os contabilistas, que são os responsáveis por escriturar, elaborar e 
publicar as demonstrações contábeis da entidade, com os auditores independentes. Estes 
últimos são registrados na CVM e não têm vínculo algum com a empresa. 
Eles analisarão as demonstrações contábeis elaboradas pelos contabilistas para dizer se as 
demonstrações estão de acordo ou não com as normas. 
Os auditores independentes também não podem ser confundidos com os auditores fiscais. 
Os agentes do fisco se utilizam da escrituração contábil e fiscal para verificar a correta 
apuração dos tributos devidos ao Governo. 
 
6 - ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS 
Segundo o CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade, temos as seguintes definições para 
os grupos patrimoniais: 
Definição de A, P e PL de acordo com o CPC 00: 
4.4 Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial 
financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e 
do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; 
(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja 
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos; 
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos 
os seus passivos. 
Expliquemos. 
Demonstrações 
Contábeis
Normas da CVM
Auditoria Independente
Cias Abertas
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6.1 - DEFINIÇÃO DE ATIVO 
Costumamos definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa. Essa definição é bastante 
útil para fins de classificação contábil. 
Segundo o CPC 00, ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados 
e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Vamos analisar 
rapidamente: 
1) Recurso Controlado Pela Entidade: o controle, e não a propriedade jurídica, é determinante para 
a definição do ativo. Assim, o arrendamento, no qual os bens pertencem ao arrendador, mas o 
arrendatário tem o controle (o direito de uso), devem ser contabilizados como ativo pelo 
arrendatário. 
2) Como Resultado De Eventos Passados: O ativo é resultado de algo que já ocorreu. Ou seja, a 
intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com lucro, não atende à definição de ativo. 
3) E do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade: Essa é a parte 
mais importante para caracterizar um item como ativo. Não basta controlar ou construir um bem. 
Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como a compra de um equipamento. Para 
caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em futuros benefícios econômicos para a 
empresa. O teste de recuperabilidade destina-se a comprovar que os ativos irão gerar benefícios 
futuros (pelo uso ou pela venda) em valor superior ao seu registro contábil. Do contrário, ajusta-se 
o valor do ativo. 
 
 
 
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Exemplo: vamos considerar um ativo contabilizado pelo valor contábil de R$ 100.000,00, e que tenha 
valor de uso de R$ 90.000,00 e valor líquido de vendas de R$ 80.000,00. Como o benefício futuro 
que irá gerar é de R$ 90.000,00 (devemos considerar o maior entre o valor em uso e o valor líquido 
de venda), o valor do ativo deverá ser ajustado para constar na contabilidade pelo valor apurado (R$ 
90.000,00). 
D – Despesa com teste de recuperabilidade 10.000 
C – Teste de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000 
Aqui é importantíssimo salientar que o direito de propriedade não é essencial para a definição de 
ativo. Há, por exemplo, o caso do arrendamento mercantil, visto adiante, em que a sociedade detém 
apenas a posse direta do bem e o registra mesmo assim como um ativo. 
 
(CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Ativo é o conjunto de bens e direitos que 
resultam de eventos passados e sobre os quais a entidade detém direitos de propriedade que 
lhe permitem obter benefícios econômicos. 
Gabarito → Errado 
 
Além disso, vimos que é requisito para reconhecimento que um ativo gere benefícios econômicos 
futuros. Mas, professores, e se ele não gerar? 
Nesta hipótese, os gastos que tivermos deverão ser reconhecidos como despesa, na demonstração 
do resultado do exercício. 
 
(Consulplan/Contador/TRF 2ª/2017) De acordo com a Resolução CFC nº 1.374/2011, “ativo é 
um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera 
que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”. A Resolução ainda afirma que: “Um 
ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios 
econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser 
mensurado com confiabilidade. Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial 
quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração de 
benefícios econômicos para a entidade além do período contábil corrente”. A empresa Brasil 
Ltda. incorreu em gastos que não proporcionaram expectativa provável de geração de 
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benefícios econômicos futuros para a entidade, apesar da intenção da administração de que 
tal gasto geraria os benefícios econômicos para a entidade além do período contábil corrente. 
No caso da empresa Brasil Ltda. e de acordo com a resolução CFC nº 1.374/2011, o gasto deve 
ser reconhecido 
a) como despesa no balanço. 
b) no passivo, uma vez que é um gasto. 
c) como despesa na demonstração do resultado. 
d) no Ativo pela intenção da administração de que tal gasto geraria os benefícios econômicos 
para a entidade além do período contábil corrente. 
Gabarito → C. 
 
6.1.1 - ELEMENTOS ESSENCIAIS NA DEFINIÇÃO DE UM ATIVO 
É muito importante que você saiba, e as bancas cobram isso em prova, que o ativo é um recurso 
controlado pela entidade, derivado de eventos passados e dos quais se espera futuros benefícios 
econômicos para a entidade. 
 
Essa é a definição de ativo! Portanto, são irrelevantes para a definição de ativo (e isso está no CPC 
00): 
- Que a entidade tenha a propriedade legal (veja o caso do arrendamento). 
- Que ele tenha forma física (por exemplo, os intangíveis). 
- Que a entidade tenha efetuado um gasto (ela pode ganhar um terreno do governo, por exemplo). 
 
 
(VUNESP/Analista Legislativo/2 Córregos/2018) Em uma empresa, uma das características 
essenciais de um ativo é 
a) gerar benefícios econômicos para a entidade. 
b) ser um recurso decorrente de evento futuro. 
c) ser de propriedade legal. 
d) ter sido utilizado paraliquidar um passivo. 
e) ter forma física. 
Comentários: 
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Como dissemos, o ativo é um recurso controlado pela entidade, derivado de eventos passados, 
que se espera que resulte em benefícios econômicos futuros para a empresa. 
A letra a é o nosso gabarito! As outras assertivas estão incorretas. 
b) ser um recurso decorrente de evento futuro. 
c) ser de propriedade legal. 
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo. 
e) ter forma física. 
O erro da letra d está em dizer que deve ser utilizado para liquidar um passivo. Ele pode ser 
utilizado para gerar receitas, por exemplo. 
Gabarito → A. 
6.2 - DEFINIÇÃO DE PASSIVO 
O Passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com terceiros”. 
O pronunciamento CPC 00, por seu turno, fornece a seguinte definição: Passivo é uma obrigação 
presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em 
saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. 
1) Obrigação presente da entidade: Gastos previstos e/ou esperados não constituem passivos. Por 
exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave dentro 
de 2 anos, ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação presente. 
Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos motores. 
2) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo. Ainda que o 
pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido. 
3) Cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos: O passivo deverá ser liquidado com recursos capazes de gerar benefícios econômicos. 
Lembra da definição de Ativo? 
 Pois é, os recursos capazes de gerar benefícios econômicos são os Ativos da empresa. Assim, o 
Passivo será liquidado através da entrega de Ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens ou 
mercadorias, etc). A maneira mais comum é através do pagamento do passivo em dinheiro. Mas 
também pode ocorrer a liquidação de um passivo com a entrega de mercadoria, ou de qualquer 
outro ativo. 
 
(CESPE/Perito Criminal/Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a teoria contábil, uma 
condição indispensável para que um item patrimonial seja definido como um passivo é que 
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a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada entre as partes. 
b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito de receber. 
c) o valor da obrigação seja líquido e certo. 
d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados. 
e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do devedor. 
Comentários: 
Segundo o CPC 00, “passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos 
passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de 
gerar benefícios econômicos.” A mesma norma ainda reza que “Uma característica essencial 
para a existência de passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.” 
Assim sendo, a alternativa correta é a opção “D”. 
Gabarito → D 
6.3 - DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios aplicado na 
empresa”. Podemos dizer também que o patrimônio líquido é o capital próprio. Para o 
pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de 
deduzidos todos os seus passivos. ” Ou seja, é o que sobra após deduzir todos os passivos dos ativos. 
Pois bem, essas definições estão sendo cada vez mais exploradas nos concursos públicos. Assim, é 
essencial que as assimilemos. 
7 - ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos patrimoniais, é interessante 
que vocês saibam que assim se divide o balanço patrimonial: 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Passivo Circulante 
Não Circulante Passivo Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
 
 
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8 - GRUPOS PATRIMONIAIS 
Começaremos a discorrer agora sobre os grupos patrimoniais. Deve-se ter em mente que são três 
grandes classes de contas que se apresentam no balanço patrimonial: o ativo, o passivo e 
patrimônio líquido. 
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia (LSA, 
art. 178). 
8.1 - ATIVO 
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas 
registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez. A liquidez se refere 
à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito. 
Desta forma, começaremos a expor as contas no ativo pela maior conversibilidade em dinheiro, ou 
seja, pela conta caixa, que já representa o próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta 
bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou outra 
que tenha baixíssima liquidez. 
 
 
 
 
Da maior
• Caixa
• Bancos
• Estoques
Para menos 
liquidez
• Terrenos
• Equipamentos
• Intangíveis
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A ESAF, por exemplo, abordou este tema da seguinte forma no concurso para Técnico da Receita 
Federal: 
(ESAF/ Técnico da Receita Federal) No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente de 
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em grupos especificados na lei. 
Gabarito → Item Incorreto. 
8.1.1 - Ativo Circulante 
O ativo se divide em: 
1) Ativo circulante; e 
2) Ativo não circulante. 
Segundo a Lei 6.404: 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício 
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; 
 
Ativo circulante 
Disponibilidades 
Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente 
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte 
 
 
 
O ativo é dividido em circulante e não circulante. Portanto, em regra, quando você vir um balanço 
patrimonial, será essa a classificação que estará lá! Todavia, essa não é a única forma possível. 
Vejam o que diz o CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis: 
60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes 
e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo 
com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar 
informação confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos 
e passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez. 
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61. Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o 
montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até doze meses ou mais do que 
doze meses, após o período de reporte, para cada item de ativo e passivo. 
62. Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional 
claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e não 
circulantes no balanço patrimonial proporciona informação útil ao distinguir os ativos 
líquidos que estejam continuamente em circulação como capital circulante dos que são 
utilizados nas operações de longo prazo da entidade. Essa classificação também deve 
destacar os ativos que se espera sejam realizados dentro do ciclo operacional corrente, 
bem como os passivos que devam ser liquidados dentro do mesmo período. 
63. Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, a apresentação de ativos 
e passivos por ordem crescente ou decrescente de liquidez proporciona informação que 
é confiável e mais relevante do que a apresentação em circulante e não circulante pelo 
fato de que tais entidades não fornecem bens ou serviços dentro de um ciclo operacional 
claramente identificável. 
64. Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns dos seus ativos e 
passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e outros por ordem 
de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação confiável e mais 
relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade 
tem diversos tipos de operações. 
 
 
 
Portanto, em regra, utilizamos a classificação tradicional, em circulante e não circulante. Todavia, 
quando a apresentação por liquidez for mais confiável, apresentamos as informações com base 
na liquidez e não em circulante e não circulante. 
Independente do método utilizado, a empresa deve divulgar o que for realizável ou exigível em até 
12 meses, ou seja, deve divulgar os ativos que se transformarão em dinheiro em 12 meses e os 
passivos que devem ser pagos em 12 meses. 
Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente 
identificável, a classificação de ativos e passivos circulantes e não circulantes no balanço possibilita 
a identificação do capital circulante e dos ativos que são utilizados nas operações de longo prazo da 
empresa. 
O ciclo operacional é o tempo que a empresa leva para comprar ativos, estocar, produzir, vender e 
receber. Em outras palavras, é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua 
realização em caixa. Quando o ciclo operacional não for claramente identificável, pressupõe-se que 
sua duração seja de doze meses. 
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Já o Capital Circulante Líquido é o Ativo Circulante menos o Passivo Circulante. É o capital usado 
dentro do ciclo operacional. O Capital Circulante Líquido é usado para financiar a compra de material 
prima, produção e o prazo até o recebimento do cliente. 
Muito bem. Quando o ciclo operacional for claramente identificável, como acontece nas empresas 
industriais e comerciais, a classificação baseada em circulante e não circulante é mais adequada, 
para identificar o capital circulante líquido e os ativos usados nas operações de longo prazo. 
No caso de instituições financeiras, que não apresentam ciclo operacional claramente identificável, 
a classificação de ativos e passivos pela liquidez proporciona informação confiável e mais relevante. 
E podemos ainda utilizar a base mista. Parte como circulante e não circulante e parte pela liquidez. 
Tudo deve ser feito para apresentar a informação da maneira mais fidedigna possível. A necessidade 
de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem diversos tipos de operações, 
como, por exemplo, uma montadora de automóveis que tem uma instituição financeira para 
financiar as vendas aos seus clientes. 
Atenção! O termo liquidez é aqui utilizado de forma genérica. Liquidez, para o ativo, é aquilo que 
maior grau de conversibilidade em dinheiro. Já para o passivo, são aquelas dívidas que vencem 
primeiro (também chamado de exigibilidade). 
 
 
 
 
 
E será que isso cai em prova? 
 
Apresentação dos 
ativos e passivos 
Regra: Circulante e 
não circulante
Mais adequada 
quando tem ciclo 
operacional 
identificável 
(indústria, 
comércio) 
Possibilidade: 
Liquidez
Quando não tem 
ciclo operacional 
identificável 
(banco)
Se for mais 
confiável: Base mista
Quando a entidade 
tem diversos tipos 
de operações
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(CESPE/Analista/EBSERH/2018) A segregação usual entre ativos circulantes e não circulantes, 
realizada no balanço patrimonial, pode ser substituída pela apresentação de alguns ativos e 
passivos por ordem de liquidez, quando tal procedimento fornecer informação mais confiável 
e relevante sobre tais itens patrimoniais, mantendo-se para os demais ativos e passivo o 
critério tradicional. 
Comentários: 
Questão muito interessante! O item está errado apenas por um detalhe! Senão vejamos. 
Segundo o CPC 26: 
60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e 
não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os 
itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação 
confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos 
devem ser apresentados por ordem de liquidez. 
Lembramos que a base mista deve ser usada quando houver diversas operações. Quando 
houver apenas uma operação, todos os ativos devem ser apresentados por liquidez ou pela 
separação em circulante e não circulante. 
Gabarito – Errado. 
8.1.1.1 - Disponibilidades 
As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou que nele possam ser convertidos 
de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento. 
Quais são as contas que compõem as disponibilidades? Bem, basicamente a conta caixa e 
equivalentes de caixa. 
Exemplos de disponibilidades: 
- Caixa. 
- Contas bancárias 
- Numerários em trânsito, enquanto estiverem em trânsito. 
- Aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente 
conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante 
risco de mudança de valor. 
 
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Pontos de atenção! 
- Contas bancárias da empresa quando o banco está em liquidação: não entram, devem ser 
reclassificadas para contas a receber. 
Observação: as instituições financeiras não estão sujeitas ao processo de falência. Então, o seu 
processo de falência é distinto sendo que uma das fases é chamada de liquidação. 
- Depósitos vinculados a operações de curto prazo: também não entram, já que não estão 
prontamente disponíveis para serem sacados pela empresa. 
Vamos ver uma questão interessantíssima para explicar este conceito: 
 
(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes 
contas em seu ativo: 
 
Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação. 
Com base nas contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015,foi 
(A) R$ 150.000,00. 
(B) R$ 180.000,00. 
(C) R$ 190.000,00. 
(D) R$ 220.000,00. 
(E) R$ 250.000,00. 
Comentários: 
Vamos analisar: 
Caixa e Conta bancária no Banco Alfa entram nas disponibilidades. 
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A conta bancária no Banco Beta não entra. Como o Banco está em liquidação, o valor da conta 
bancária deve ser transferido para Contas a Receber no Ativo Circulante ou no Ativo não 
circulante, a depender do prazo de recebimento. 
Depósito vinculado à liquidação de empréstimo de curto prazo também não é disponibilidade, 
pois não estão imediatamente disponíveis para pagamentos normais da empresa. 
Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial entra como disponibilidade, enquanto 
estiver em trânsito. 
Finalmente, aplicações de curto prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em 
caixa e com risco considerável de mudança de valor não entra. 
Conforme o CPC 3: 
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são 
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um 
insignificante risco de mudança de valor. 
Portanto, o disponível fica com as seguintes contas: 
Caixa 100.000,00 
Conta – Alfa 50.000,00 
Numerário em trânsito 40.000,00 
Gabarito → C 
8.1.1.2 - Direito Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser reais ou pessoais. Os 
reais representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os 
pessoais representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar). 
Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens. 
 
Apenas um adendo! A redação infeliz da Lei 6404/76 leva ao entendimento de que, por exemplo, 
estando hoje, em 18 de fevereiro de X1, teríamos como circulante todos os direitos registráveis até 
31 de dezembro de X2. Todavia, o correto é que fiquem no circulante as operações que vencem nos 
12 meses seguintes à data de encerramento do balanço (Ver CPC 26, item 66). 
Vamos supor que uma empresa publique o balanço trimestralmente. Se seguirmos ao pé da letra o 
que diz a 6.404/76, teríamos o seguinte: 
1. Balanço fechado em março/X1: 21 meses no circulante (4 de X1 a 12 de X2) 
2. Balanço fechado em junho/X1: 18 meses no circulante (7 de X1 a 12 de X2) 
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3. Balanço fechado em setembro/X1: 15 meses no circulante (10 de X1 a 12 de X2) 
4. Balanço fechado em dezembro /X1: 12 meses no circulante (01 de X2 a 12 de X2). 
Isso não tem nenhum sentido, além de prejudicar fortemente a comparabilidade. O correto é 
sempre considerar os 12 meses seguintes ao fechamento do balanço como circulante, isso supondo 
que a empresa possui um ciclo operacional menor que 12 meses. Se o ciclo operacional for maior 
(uma construção de navio por exemplo), usamos o prazo do ciclo operacional. 
Observação: O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para 
comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio 
entre a aquisição de mercadorias, venda e recebimento dos clientes. 
8.1.1.3 - Despesas Antecipadas 
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas 
antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência e ainda não foram para 
o resultado pelo regime de competência. 
Pelo regime de competência, se você efetua um pagamento de 12 meses de um contrato de seguro 
ou de aluguel, então terá direito a utilizar o seguro ou o imóvel alugado. Todavia, a despesa somente 
deve ser incorrida mês a mês. 
Mas, professores, se eu desembolsei de uma vez, o que vou fazer? Ficará reconhecido como um 
direito, no ativo, até que o prazo vá se esvaindo, gradativamente. Vejamos! 
Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010, que se refere ao 
exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do seguinte 
modo: 
D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante) 
C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante) 
Razonetes: 
1.200,00 1.200,00 
Seguros a vencer (AC) Caixa (AC)
 
Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar: 
D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa) 
C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo) 
Razonetes: 
1.200,00 100,00 100,00 
1.100,00 
Seguros a vencer (AC) Despesa de seguros
 
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Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?! 
Tudo em homenagem ao já estudado princípio da competência. 
Atenção! Quantos aos seguros, você tem que se habituar aos seguintes termos: 
- Prêmio de seguros: despesa na DRE. Valor pago para que você possa utilizar o seguro 
durante o ano. 
 - Prêmio de seguros a apropriar ou seguros a vencer: fica no ativo circulante ou no ativo 
não circulante realizável a longo prazo, dependendo do prazo. É o valor que será 
transferido para o resultado, gradativamente, conforma vamos utilizando o serviço. 
 
Pessoal, atentem-se! 
- Se a despesa ainda não ocorreu e não foi paga, não irá aparecer na contabilidade. 
- A despesa já incorrida e ainda não paga aparece como passivo (despesa a pagar). 
- A despesa já paga e ainda não incorrida aparece como ativo (despesa paga 
antecipadamente). 
- E a despesa já incorrida e já paga aparece apenas na demonstração do resultado, como 
despesa. 
 
(UFMT/Contador/TJ MT/2016) Para o setor privado, “o pagamento antecipado de aluguéis” 
se relaciona a uma Despesa 
a) Paga e Não Incorrida. 
b) Incorrida e Não Paga. 
c) Paga e Incorrida. 
d) Incorrida. 
Comentário: 
Se você pagou o aluguel, mas ainda não usufruiu, está diante de uma hipótese de despesa paga 
e não incorrida. 
Gabarito → A. 
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Anote-se, ainda, que ficam classificados no ativo circulante os investimentos em outras sociedades 
com fins meramente especulativos, cuja intenção de alienação se dê em breve período de tempo. 
Então, quando você compra um investimento para liquidação no curto prazo, ele irá permanecer no 
ativo circulante. 
8.1.2 - Ativo Não Circulante 
O ativo não circulante é composto por: 
1 – ativo não circulante realizável a longo prazo; 
2 – investimentos; 
3 – imobilizado; 
4 – intangível. 
 
 
 
 
8.1.2.1 - Ativo Não Circulante – Realizável A Longo Prazo 
Art. 179. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos 
a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes 
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia; 
A
ti
vo
 n
ão
 c
ir
cu
la
n
te RLP
Investimentos
Imobilizado 
Intangível
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Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é 
composto por: 
a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; 
b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas 
ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no 
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da 
companhia. 
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte 
Como exemplo do item a. 
O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.2010. O exercício social 
seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012 e exercícios posteriores são classificados no ANC – 
RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo período 
de produção) ou pessoais (duplicatas a receber). 
Direitos realizáveis decorrentes de operações com pessoas ligadas à entidade 
Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, a espécie do 
direito, a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser 
classificado conforme o prazo. 
Esquematizemos: 
Ativo não circulante - Realizável a Longo Prazo 
Direito realizáveis após o término do exercício social subsequente 
Direito 
derivado de 
Venda Coligadas/Controladas 
Não usual Adiantamento Diretores, administradores, sócios 
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro 
Por exemplo: Uma rede de supermercados realiza venda de produtos de seu estoque para 
determinado diretor, para que este possa realizar sua festa de aniversário de 50 anos. O pagamento 
por parte do diretor à companhia se dará dentro de 10 meses. Qual a classificação? 
Neste caso, será ativo circulante, já que se trata de venda de negócio usual, ou seja, os próprios 
produtos da rede de supermercados. 
Se for usual, você deve analisar como se fosse uma operação normal feita pela entidade e classificar 
conforme o prazo. 
Esquematizemos: 
Venda de mercadorias
Prazo: 10 meses
USUAL: LOGO: AC
 
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Agora, imaginem que os ganhos percebidos por este diretor não tenham sido suficientes para quitar 
as demais dívidas decorrentes deste aniversário. A companhia, então, oferece um empréstimo, para 
pagamento também em 10 meses, a fim de que essas obrigações sejam quitadas com os terceiros 
respectivos. Qual a classificação deste direito a receber? 
Neste caso, temos empréstimo a diretor, em negócio não usual. Logo, mesmo que o prazo de 
recebimento seja 10 meses, estamos diante de um ativo não circulante – realizável a longo prazo. 
Esquematizemos: 
NÃO USUAL: LOGO (ANC RLP)
Empréstimo
Prazo: 10 meses
 
8.1.2.2 - Ativo Não Circulante – Investimentos. 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos 
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
 
 
 
 
 
 
ANC-Investimentos
Participações permanentes
Direitos
Não classificáveis no AC
Não se destinem à 
manutenção das atividades
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Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em outras sociedades, isto 
é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulativo. Pela Lei 6.404, esses 
investimentos podem ser avaliados por dois métodos (a serem estudados adiante): o método de 
custo e o método da equivalência patrimonial (MEP). 
Pelas normas internacionais (CPCs), esses investimentos podem ser avaliados pelo MEP, pelo custo 
ou pelo valor justo! Isso ficará mais claro nas próximas aulas. Não se preocupe agora. 
Vamos explicar um pouco melhor essa distinção. 
Investimentos com fins meramente especulativos são aqueles que não representam, por exemplo, 
uma proposta de expansão da atuação da empresa. Imagine, por exemplo, que a empresa Petrobrás 
faça aquisição de participação em outras empresas que explorem gás na África. A ideia aqui é 
aumentar a sua atuação, ampliar seus negócios. Não uma simples especulação. 
Portanto, comprando ações dessas empresas, a classificação será ativo não circulante investimentos. 
Agora, imagine que a mesma empresa tenha uma sobra de caixa e faça a aquisição de alguns títulos 
de uma empresa na área de informática que acaba de abrir o seu capital, cujo vencimento é de 6 
meses. A ideia aqui é apenas auferir rendimentos e não expandir sua atuação. Havendo uma boa 
oportunidade, a empresa venderá os títulos. 
 
(CESPE/Analista/FUNPRESP/2016) Os investimentos avaliados pelo método de equivalência 
patrimonial devem figurar no ativo circulante do balanço patrimonial, em razão da alta liquidez 
que possuem. 
Comentários: 
O item está incorreto! Os investimentos avaliados pelo MEP são classificados no ativo não 
circulante – investimentos. 
Gabarito → Errado. 
Ainda, são classificáveis como Ativo não Circulante - Investimentos os direitos que não sejam 
classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem levados para a prova são: obras de 
arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos. 
 
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8.1.2.3 - Indo Além - Propriedade Para Investimento 
Dentro do subgrupo investimentos, é interessante que conheçamos, ainda, um novo tema, que vem 
frequentemente sendo abordado em provas. Trata-se da propriedade para investimento. 
O primeiro aspecto a se salientar é que o tema veio insculpido no Pronunciamento Técnico n. 28 do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. A lei 6.404/76 nada diz a respeito. 
Mas o que é a propriedade para investimento? 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de 
edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em 
arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou 
para ambas, e não para: 
 (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou 
(b) venda no curso ordinário do negócio. 
Portanto, este é, indubitavelmente, um dos pontos mais importantes para nossa prova, saber 
discernir uma propriedade para investimento. 
 
 
 
 
O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para valorização (ou ambas), 
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como 
curso ordinário do negócio. 
Propriedade para 
investimento
Aluguel
Valorização
Ambos
Terreno
Edifício
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Propriedade para investimento: 
- Aluguel 
- Valorização de capital 
- Ambas 
 
(FCC/Analista/Contabilidade/TRF 1/2011) Denomina-se propriedade para investimento 
a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em vias de construção ou 
desenvolvimento para tal venda. 
b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente, no futuro 
próximo,ou para desenvolvimento e revenda. 
c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros. 
d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro. 
e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no 
curso ordinário dos negócios. 
Comentários: 
A propriedade para investimento é mantida para aluguel, valorização ou ambos e não para 
venda. Se fosse destinado à venda, tratar-se-ia de um ativo circulante. 
Gabarito → E. 
(VUNESP/Analista Contábil/CRO/2015) As propriedades para investimento são mantidas pelo 
proprietário ou arrendatário para obtenção de rendas ou para valorização do capital ou para 
ambas, e por isso serão classificadas 
a) no ativo permanente. 
b) no grupo de investimentos, dentro do realizável a longo prazo. 
c) no subgrupo do imobilizado, dentro do ativo não circulante. 
d) no subgrupo investimentos, dentro do ativo não circulante. 
e) no subgrupo investimentos, dentro do ativo circulante. 
Comentários: 
A propriedade para investimento é classificada no ativo não circulante investimentos. 
Gabarito → D. 
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Outro aspecto que merece destaque é o fato de que a propriedade para investimento não necessita 
ser juridicamente da entidade que está publicando as demonstrações contábeis. Pode, também, ser 
de um arrendatário, no caso de arrendamento mercantil. Trata-se, aqui, da primazia da essência 
sobre a forma, tão propalada nos estudos da contabilidade. 
Caso a propriedade seja mantida para uso na produção ou para fornecimento de bens ou serviços, 
ou, ainda, para finalidades administrativas, recebe o nome de propriedade ocupada pelo 
proprietário e a classificação é no ativo imobilizado. 
O grande diferencial, portanto, entre a propriedade mantida para investimento e a propriedade 
ocupada pelo proprietário é a classificação. Enquanto a primeira é contabilizada dentro do ativo não 
circulante – investimentos, a segunda é classificada no ativo não circulante – imobilizado (regendo-
se eminentemente pelo CPC 27). Ademais, aquela gera fluxos de caixas altamente independentes 
dos outros ativos da sociedade, por deles não depender. Por seu turno, a propriedade ocupada pelo 
proprietário gera fluxos de caixas mais dependentes, por estarem trabalhando em harmonia dentro 
da entidade. 
Então, se a entidade mantém terrenos para valorização, edifício de sua propriedade que seja 
arrendado, propriedade que está sendo construída para alugar, são exemplos claros de propriedade 
para investimento. 
Outro trecho importante do Pronunciamento é o destacado a seguir: 
10. Algumas propriedades compreendem uma parte que é mantida para obter 
rendimentos ou para valorização de capital e outra parte que é mantida para uso na 
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas. Se 
essas partes puderem ser vendidas separadamente (ou arrendadas separadamente sob 
arrendamento financeiro), a entidade contabiliza as partes separadamente. Se as partes 
não puderem ser vendidas separadamente, a propriedade só é propriedade para 
investimento se uma parte insignificante for mantida para uso na produção ou 
fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas. 
Em síntese, a propriedade que seja utilizada concomitantemente para valorização e para uso nas 
atividades da entidade deverá ser assim analisada: 
 
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8.1.2.4 - Diferença Propriedade Para Investimento X Ativo Imobilizado 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou 
ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário) para auferir aluguel ou para valorização 
do capital ou para ambas. 
Segundo o CPC 27 (ativo imobilizado): 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para 
aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
Então, vamos esquematizar? 
 
 
 
As duas definições mencionam “aluguel”. Qual é a diferença entre elas? Ou seja, quando um imóvel 
alugado será classificado com “Propriedade para Investimento” e quando será considerado um 
“Imobilizado”? 
A resposta está na Interpretação Técnica ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo 
Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43: 
46. (...) No ativo imobilizado, a figura do aluguel só pode existir quando estiver vinculado 
a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços. Por exemplo, 
uma fazenda pode ter residências alugadas a seus funcionários, uma extratora de 
minerais pode construir residências no meio da floresta também para alugar a seus 
funcionários, etc. Nesse caso, os ativos alugados são, na verdade, parte do imobilizado 
necessário ao atingimento da atividade-fim da entidade. 
 
Propriedade para Investimento
• Terreno ou Imovel
• Aluguel (aluguel é a finalidade), 
valorização ou ambos
Ativo Imobilizado
• Mantido para uso na produção, 
prestação de serviços, fins 
administrativos
• Aluguel a outros (quando aluguel 
é meio para conseguir fim)
• Se espera utilizar por mais de um 
período
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47. Se houver investimento para obter renda por meio de aluguel, em que este é o 
objetivo final, no qual o imóvel é um investimento em si mesmo, e não o complemento 
de outro investimento, aí se tem a caracterização não do ativo imobilizado, mas sim de 
propriedade para investimento. A propriedade para investimento, ao contrário do ativo 
alugado classificado no imobilizado, tem um fluxo de caixa específico e independente, ou 
seja, ele é o ativo principal gerador de benefícios econômicos, e não um acessório a outros 
ativos geradores desses benefícios. 
Ou seja: se o aluguel estiver vinculado à atividade da empresa (residência na floresta para 
mineradores, casas na fazenda para os trabalhadores rurais, etc) é imobilizado. 
Se o aluguel não estiver vinculado à atividade da empresa, e se destina apenas a gerar renda, então 
será classificado como propriedade para investimento. 
Esquematizemos: 
 
 
(FGV/Contador/Prefeitura de Salvador/2017) Uma sociedade empresária especializada em 
consultoria contábil tem sede em Belo Horizonte. A empresa abre uma filial em Salvador e 
transfere alguns gerentes para trabalharem na nova filial. Os gerentes alugam apartamentos 
em um prédio pertencente à empresa, localizado na mesma rua. 
Assinale a opção que indica o correto reconhecimento contábil dos apartamentos alugados 
pelos gerentes no balanço patrimonial da sociedade empresária. 
(A) Ativo circulante. 
(B) Ativo realizável a longo prazo. 
(C) Ativo imobilizado. 
(D) Propriedades para Investimento. 
(E) Ativo Intangível. 
Comentários: 
Como a finalidade dos imóveis é o aluguel como um meio para se atingir as finalidades da 
empresa, esses imóveis são classificados como ativo imobilizado. 
Gabarito → C. 
Prop. Investi -
Aluguel é o fim Imob - Aluguel é 
meio para obter o 
fim
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