Buscar

FICHAMENTO DO LIVRO INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA SOCIAL

Prévia do material em texto

Dieniffer Cordeiro da Silva 
Matrícula 268126 
Direito - noturno 
 
FICHAMENTO DO LIVRO “INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA SOCIAL” 
 
“Não poderia haver vida social coerente a menos que as relações sociais que mantem 
as pessoas unidas fossem, pelo menos em certo grau, ordenadas, institucionalizadas e 
previsíveis” (Pág. 167) 
 
“Algum tipo de estabilidade social sobre em uma base nacional ou tribal pode ser 
alcançado de outros modos além de autoridades políticas constituídas, e a 
conformidade a regras pode ser suficientemente garantida por outros meios, além da 
familiar engrenagem ocidental de côrtes policiais e juízes” (Pág. 168) 
 
“[...] as relações sociais externas de qualquer grupo que esteja sendo estudado também 
caem dentro da esfera do que é útil chamar de “política”” (Pág. 168) 
 
“[...]poder é um conceito fundamental em ciência social, na realidade em todo 
pensamento humano, graças a própria ideia de causalidade em que ele implica” (Pág. 
169) 
 
“Assim, autoridade política é mais do que apenas a habilidade de exercer poder, 
também implica que o direito de fazer isto é publicamente reconhecido” (Pág. 169) 
 
“O que precisamos é de critérios para identificar certos tipos, ou antes, aspectos, dos 
fenômenos sociais e sabemos que estes são encontrados mesmo onde o corpo político 
não é organizado deste modo” (Pág. 170) 
 
“[...] nosso interesse está nas realidades da vida social, não primariamente nos nomes 
que utilizamos para identificar estas realidades; embora devamos utilizar as palavras 
com cuidado a fim de que a realidade não seja obscurecida” (Pág. 171) 
 
“O fato de que a autoridade política seja amplamente difundida, por exemplo, entre os 
grupos dos mais velhos ou chefes de linhagem, e de que ela possa ser apoiada por 
sanções religiosas ou mágicas mais do que pela força organizada, não significa que haja 
carência de tal autoridade, embora ela possa ser relativamente não especializada e 
muito difícil de identificar” (Pág. 171) 
 
“Mesmo onde não se pode encontrar nenhuma autoridade política, como em algumas 
sociedades segmentárias, os fins que eu defini como políticos podem ser produzidos 
através da influência reciproca de outras instituições, não abertamente políticas” (Pág. 
172) 
 
“Desde que as sociedades variam muito quanto aos meios através dos quais os fins 
políticos são atingidos, a primeira coisa a fazer é formular algum tipo de classificação 
simples que nos capacitará a distinguir diferentes tipos de política” (Pág. 172) 
 
“[...] o problema com esses critérios é que, exceto o primeiro, eles não permitem 
qualquer classificação rígida em classes que sejam mutuamente exclusivas” (Pág. 173) 
 
“É totalmente certo que algumas sociedades possuem algo que se aproxima a um 
governo centralizado e executivo, das quais os Estados do tipo ocidental são casos 
estremos, quanto que em outras não possuem tais instituições em qualquer, mas nível 
e, assim, podem ser justamente descritas como segmentárias ou acéfalas” (Pág. 173) 
 
“[...] existem algumas sociedades que são constituídas de comunidades aldeãs 
separadas, relacionadas umas ás outras por vários laços econômicos e de parentesco, 
mas administradas internamente por conselhos indicados mais ou menos formalmente” 
(Pág. 174) 
 
“O principal efeito deste rito é marcar a aparição do indivíduo desde a infância e sua 
apropriação de completa qualidade de membro tribal” (Pág. 175) 
 
“Na maioria das sociedades em que os grupos de idade são importantes, cada homem 
não é apenas um membro de um grupo particular, mas ele também ocupa em qualquer 
período, com seus companheiros de idade, um grau particular” (Pág. 175) 
 
“O que este tipo de organização fazia era possibilitar o estabelecimento de grupos 
sociais eficazes, cooperativos, não à base da qualidade de membro de uma chefia 
territorial” (Pág. 176) 
 
“A terceira importante função de um sistema de grupo de idade é possibilitar o exercício 
organizado de pelo menos alguma autoridade política” (Pág. 176) 
 
“Como poderíamos esperar, os grupos de idade, que possibilitam a rápida reunião de 
guerreiros, são característicos especialmente das sociedades pastoris” (Pág. 177) 
 
“A quarta ampla categoria de sociedades descentralizadas são aquelas em que as 
funções políticas são efetuadas através de grupos organizados em termos de 
descendência unilinear” (Pág. 177) 
 
“Em algumas sociedades baseadas em linhagem, as linhagens componentes são 
reunidas num sistema único, abarcador, totalmente concebido em termos dos princípios 
de descendência e de segmentação de linhagem” (Pág. 178) 
 
“Algumas vezes, ainda, como entre os Lugbara de Uganda, emergem líderes ou “chefes” 
de linhagem, geralmente os membros mais velhos de suas linhagens e a estes pode ser 
atribuída autoridade política limitada” (Pág. 178) 
 
“Por vingança de sangue os antropólogos entendem uma relação mais ou menos 
permanente de hostilidade violenta entre dois grupos componentes de uma sociedade” 
(Pág. 179) 
 
“Desde que a vingança de sangue é essencialmente um assunto grupal, é evidente que 
ela só pode ocorrer onde há um alto grau de solidariedade grupal” (Pág. 179) 
 
“Entre os Nuer membros de linhagem estreitamente aparentadas provavelmente vivem 
muito próximos uns dos outros e dependem do auxílio mutuo nas atividades de 
pastoreio” (Pág. 179) 
 
“Em sua forma clássica, a vingança de sangue não é o mesmo que guerra ou mesmo 
vendeta” (Pág. 180) 
“[...] há varias sociedades ou agregados sociais que possuem uma língua e cultura 
comuns e mais ou menos consciência de sua identidade tribal que não possui líder 
central, mas que consistem de uma congérie de unidades pequenas, relativamente 
independentes” (Pág. 182) 
 
“A questão não é que o rei seja realmente considerado como um deus (embora possa 
ser assim considerado), ou, mesmo, que ele seja considerado como especialmente 
próximo a Deus ou aos deuses, e assim, possa interceder junto a eles em nome de seu 
povo” (Pág. 183) 
 
“[...] podemos concluir que na maioria das sociedades mais simples a chefia ou reinado 
tem tanto um aspecto ritual, simbólico como um aspecto secular, executivo” (Pág. 185) 
 
“[...] a vingança de sangue frequentemente ocorre naqueles estados onde, embora haja 
um líder centralizado, seu poder é mínimo” (Pág. 186) 
 
“Muito frequentemente, estas relações são expressas e reforçadas através da 
transferência de bens e serviços entre os dirigentes e seus súditos” (Pág. 187) 
 
“[...] onde há tal poder, ele é habitualmente delegado e redelegado, de modo que 
temos, tipicamente, um sistema piramidal de autoridade, com o rei no topo e uma 
hierarquia de funcionários subordinados abaixo” (Pág. 188) 
 
“Assim, podem ser excluídos do cargo político, até liquidados, pelo dirigente e seus 
descendentes imediatos” (Pág. 189) 
 
“É muito comum em tais Estados exigir-se que os subchefes dependentes compareçam 
periodicamente a corte do rei, e não fazer isto é considerado como equivalente à 
rebelião” (Pág. 189) 
 
“Mesmo quando podemos ter certeza de que a linhagem ou grupo dirigente vieram de 
fora da comunidade que dirigem, nem sempre ela tem estabelecido sua ascendência 
através da guerra” (Pág. 190) 
 
“Os níveis em que os próprios sujeitos aceitam a autoridade sob a qual vivem podem, é 
claro, ser bastante diferentes dos níveis em que originalmente estava baseada a ordem 
política” (Pág. 191) 
 
“A maioria dos sistemas de autoridade política, especialmente os simples, de pequena 
escala, derivam pelo menos alguma parte de sua validação de mito” (Pág. 192) 
 
“Os primeiros etnógrafos na África e outros lugares, frequentemente escreveram dos 
chefes e reis como tendo um poder “absoluto”” (Pág. 192) 
 
“No caso das autoridades subordinadas, a nomeação, usualmente, é feita pela 
autoridade superior, que pode (ou não pode) levar em conta a opinião popular” (Pág. 
193) 
 
“Na medida em quesão observadas, estas e muitas outras instituições tem o efeito de 
assegurar que os dirigentes se sujeitem ao que se espera deles” (Pág. 194) 
 
“Estudando em primeira mão a mudança de sistemas de autoridade simples, 
interpessoais para sistemas burocráticos, impessoais, os antropólogos sociais podem 
esclarecer alguns aspectos da história das sociedades ocidentais” (Pág. 195) 
 
“Coerentemente com a distinção entre instituições sociais vistas como sistemas de 
ideias e crenças e instituições sociais vistas como componentes de sistemas de ação, as 
próprias sanções podem ser vistas, pelo menos em certo grau, como os próprios 
membros da sociedade que está sendo estudada as veem, isto é, como consequências 
possíveis ou prováveis do desvio as normas socialmente aprovadas” (Pág. 197) 
 
“[...] embora exigindo métodos de investigação de certo modo diferentes, é considerar 
o que realmente ocorre quando as normas são transgredidas” (Pág. 198) 
 
“Quando falamos no mundo ocidental de lei em seu sentido jurídico, pelo menos se 
estivermos falando precisamente, supomos a existência de regras que foram decretadas 
por algum corpo regulador ou legislativo autorizado e supomos, ainda, que estas leis são 
ou podem ser impostas pelo Estado” (Pág. 199) 
 
“Quando é necessário distinguir entre ofensas que envolvem toda a comunidade e 
aquelas que só envolvem indivíduos ou grupos dentro da comunidade, seria melhor 
seguirmos Redcliffe-Brown distinguindo entre erros ou delitos públicos e privados” (Pág. 
200) 
 
“Atualmente não nenhuma dúvida de que em várias sociedades a reciprocidade, ou a 
possibilidade de seu afastamento, é uma sanção social muito importante” (Pág. 201) 
 
“Assim, a maioria das sociedades mais simples, há pouco campo para o ceticismo ou 
dissensão com relação aos usos estabelecidos” (Pág. 202) 
 
“Assim, no que se segue estaremos preocupados sobretudo com as sanções negativas” 
(Pág. 203) 
 
“Um bando de aldeões visita sua casa à noite, fazem muito barulho e cantam canções 
ofensivas e submetem sua vítima a outros aborrecimentos a tal ponto que o réu acha 
oportuno abandonar a área” (Pág. 205)

Continue navegando

Outros materiais