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antropologia jurídica

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A antropologia procura descentrar-se das categorias e dos valores 
ocidentais, buscando criticar o etnocentrismo e seus efeitos 
epistemológicos e políticos. 
• A questão da alteridade: uma das principais preocupações (o 
problema da universalização inconsciente de particularidades). 
 
• A questão da cultura: marco distintivo das sociedades 
(símbolos – transmissão – transformação – 
compartilhamento). 
 
REPRESENTANTES DA ANTROPOLOGIA 
A) edward b. Tylor; lewis morgan e james frazer: evolucionismo 
(séc. Xix – cultura como objeto de análise: organização social, magia e 
religião); 
B) franz boas: difusionismo 
(reação ao evolucionismo. Investigação dos processos de influências 
mútuas entre as sociedades); 
C) bronislaw malinowski: funcionalismo 
(análise da função da manifestação cultural no cerne de uma dada 
estrutura social); 
D) claude lévi-strauss: estruturalismo 
(próximo ao funcionalismo. Indivíduo ligado ao todo coletivo, havendo 
uma estrutura que sustenta tais relações. Manifesto cultural se dá a 
partir do inconsciente coletivo). 
 
ANTROPOLOGIA JURÍDICA 
 
investiga os processos de juridicialização experimentados pelas 
diversas sociedades pela análise dos discursos escritos e orais, 
práticas e representações a fim de compreendê-los. É feito 
preferencialmente por extensivo trabalho de campo. 
 
ORIGEM: finais do século xix (descobertas de darwin). Rompimento 
com o monismo. 
CONTRIBUIÇÕES PARA O DIREITO: 
a) Melhor compreensão da complexidade da sociedade na qual se 
inscreve a regulação jurídica; 
b) percepção das diversas formas de expressão dessa regulação 
de modo a preparar o futuro jurista para a complexidade das 
manifestações sociais; 
c) proporciona instrumentos analíticos capazes de deixar de lado o 
positivismo forense e a “erudição ornamental”. 
 
 
 
 
Assim como a sociologia e a história do direito, a antropologia jurídica 
tem uma função crítica e não dogmática. Oferece um olhar zetético 
do direito, na busca de descentralizar as categorias e valores 
ocidentais. 
 
METODOLOGIA COMPARATIVA 
Comparação: importante método utilizado para a construção do 
direito comparado (comparação de diferentes sistemas jurídicos de 
sociedades simples e complexas). 
Estratégias: a micro análise e a macro análise. 
 
ETNOGRAFIA 
A) o necessário “estranhamento”; 
B) a pesquisa empírica (pesquisa de campo) 
C) fases do “mergulho”: teoria / vivência com os “nativos” / escrita. 
Experiência de dar voz. 
 
ETNOCENTRISMO 
Determina a percepção de que o modo de vida adotado por membros 
de uma dada sociedade seja o correto e o de todas as outras 
culturas distintas daquela seja o incorreto. Ligado à superioridade e à 
dominação. 
▪ São construídas “lógicas” de valorização e “promoção” de 
um e de desvalorização e descaracterização do outro. 
 
RELATIVISMO CULTURAL 
 instrumento de análise e meio de produção de conhecimentos, que, 
aplicando-se a outros conhecimentos (etnográficos, históricos, 
etnológicos), produz conhecimentos novos, fazendo avançar a ciência 
como tarefa humana jamais concluída. A “teoria geral da relatividade 
das culturas” levou à mudança do olhar sobre as sociedades. 
 
A QUESTÃO DO PRECONCEITO E DOS ESTERIÓTIPOS 
Entende se por “preconceito” uma opinião ou um conjunto de opiniões, 
às vezes até mesmo uma doutrina completa, que é acolhida 
acriticamente e passivamente pela tradição, pelo costume ou por 
autoridade de quem aceitou as ordens sem discussão (norberto 
bobbio – a natureza do preconceito). 
Antropologia jurídica 
➢ Ato irracional e acrítico que leva o indivíduo a aceitar sem 
verificar por inércia, respeito ou temor (não nasce do 
raciocínio). Opinião errônea tomada por verdadeira. 
Contudo, nem toda opinião errônea é considerada preconceito, já que 
podem também derivar da ignorância, do desconhecimento ou mesmo 
do engano. 
Formas de preconceito: preconceitos individuais (envolvem 
superstição, crenças de azar, maldição, mau-olhado etc.) E 
preconceitos coletivos (compartilhados por um grupo social inteiro e 
estão dirigidos a outro grupo social). 
 
ESTERIÓTIPOS 
Em geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização 
superficial, um estereótipo, do tipo "todos os alemães são 
prepotentes", "todos os americanos são arrogantes", etc. Fica assim 
evidente que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito 
é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio 
da crença, não do conhecimento, ou seja, ele tem uma base irracional 
e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num 
argumento ou raciocínio. Ou, nas palavras do filósofo italiano norberto 
bobbio, "precisamente por não ser corrigível pelo raciocínio ou por 
ser menos facilmente corrigível, o preconceito é um erro mais tenaz 
e socialmente perigoso". 
 
RACISMO 
Tipo de preconceito mais comum em nosso país. Como consequência: 
discriminação 
▪ Regimes políticos racistas (ex. Nazismo)

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