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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO CAMPUS DORIVAL CAYMMI Resenha Crítica Klaus de Oliveira Carvalho Trabalho de Direito Internacional I Professor: CARLOS RAFAEL DRUMOND ALVAREZ PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO INTRODUÇÃO A presente crítica levanta sobre a aplicação do Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado. Embora a maioria das doutrinas brasileiras apóie esse princípio, Nos últimos anos, estudiosos de relevância no Direito Público vêm questionando a compatibilidade do princípio da supremacia com a Constituição Federal de 1988. E concluiu que ointeresse público deve ter a supremacia. DESENVOLVIMENTO Em maioria absoluta da doutrina e jurisprudência administrativas reconhece que o interesse público é maior que o interesse privado como uma categoria básica do direito administrativo brasileiro. Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado “proclama a superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular, como condição até mesmo, da sobrevivência e asseguramento deste último.” Algumas defesas foram propostas. Para alguns doutrinadores, a noção de interesse público não se adéqua a realidade contemporânea por tratar de conceito implícito, cuja abstração necessária a sua aplicação justificaria qualquer ação ou inação, típica de atos autoritários, totalmente contra o Estado Democrático de Direito em que se prima pela tutela de direitos fundamentais. Dessa forma, para essa parcela doutrinária, um dos argumentos que torna inviável a adoção do Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado é a indeterminabilidade do conceito de interesse público. Nas palavras de Hely Lopes Meirellesque “o interesse público é maior que o interesse privado é inerente à ação estatal e é a ação dominante do estado”. Ele enfatiza que essa suprema “justificação dos interesses do coletivo, buscando interesses universais, é justificada; não do Estado ou do aparelhamento do país”. Portanto, devemos abstrair o interesse coletivo e o interesse público, ou seja, o interesse público do agente administrativo, ele não tem o direito de gozar de sua própria prioridade. É importante destacar que a Constituição Federal de 1988 expressa os direitos básicos dos indivíduos, e todos, inclusive os gestores públicos, devem observar estritamente esse direito básico, embora a principal responsabilidade dos gestores públicos seja procurar satisfazer os interesses coletivos. Portanto, o administrador assume a difícil tarefa de estabelecer um equilíbrio entre esses interesses através dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade para construir um país democrático ideal onde interesses pessoais e interesses coletivos coexistem e até mesmo andem em harmonia. CONCLUSÃO Conclui-se que de fato, o interesse público deve ter a supremacia. O problema não é o princípio, mas o escopo de aplicação do operador legal.
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