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GEOGRAFIA Editora Exato 43 GEOGRAFIA FÍSICA ATMOSFERA 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS Características da Atmosfera A Atmosfera é composta basicamente de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% dividido entre os outros gases. É incolor, transparente e não possui cheiro. 2. CAMADAS DA ATMOSFERA Desde a parte mais externa até a superfície ter- restre, temos as seguintes camadas: � Exosfera: é a camada mais externa da at- mosfera. Começa mais ou menos a 600km de altitude, e seus limites superiores são imprecisos. Nessa camada, a inexistência de ar permite temperaturas elevadíssimas (mais de 1.000ºC), razão pela qual as naves espaciais devem ser construídas com mate- riais super-resistentes. � Ionosfera: prolonga-se da mesosfera até cerca de 600km. O ar é muito rarefeito e carregado de íons (partículas eletrizadas que têm a propriedade de refletir as ondas de rádio, o que torna possível captar essas ondas provenientes de longas distâncias, como de outros países, por exemplo). É nessa camada que os meteoros (popular- mente chamados de estrelas cadentes) se desintegram. � Mesosfera: dá início à chamada atmosfera superior e vai da tropopausa até 80km de altitude. Ao contrário do que ocorre na es- tratosfera, aqui a temperatura diminui com a altitude (o ar é muito rarefeito), podendo atingir –90ºC no limite superior. � Estratosfera: estende-se a partir da tropos- fera até cerca de 50km. Ao contrário do que ocorre na troposfera, aqui a temperatura aumenta com a altitude, chegando a atingir cerca de 2ºC na parte superior. O vapor de água é quase inexistente e conseqüentemen- te não existem nuvens. Essa camada é par- ticularmente importante devido à presença do gás ozônio, que filtra a maior parte dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Se não fosse o ozônio, morreríamos pela ação dos raios ultravioleta. � Troposfera: atinge até cerca de 10 a 12 km de altitude e concentra 75% dos gases e 80% da umidade atmosférica (vapor de á- gua, cristais de gelo etc., que formam as nuvens). É a camada que nos envolve dire- tamente e na qual ocorrem as perturbações atmosféricas. Na troposfera, a temperatura diminui em média 6,5ºC/km à medida que nos elevamos, podendo atingir –60ºC na parte superior, que é chamada de tropopau- sa. Exosfera Ionosfera+80ºC +1.000ºC +/-600km 80km -90ºC Mesosfera 50km 2ºC Estratosfera 10km Tropopausa -60ºC Nível do mar+15ºC 0 Troposfera Enciclopédia da Ciência. São Paulo, Globo, 1993. p. 45 3. ASPECTOS GERAIS DE CLIMA E TEMPO Clima: o Clima é um fator constante (estado médio), não altera com freqüência. As medições do clima são feitas em média a cada 35 anos. Tempo: o tempo é um fator variável das con- dições atmosféricas, de um determinado lugar a um certo momento estabelecido. O tempo podem alterar a qualquer momento, no mesmo dia e local pode o- correr várias alterações do tempo como, chuva, sol, frio, calor. Esses fatos ocorrem pela grande dinâmica espacial. Editora Exato 44 4. FATORES DO CLIMA � Latitude: a latitude também influencia na formação do clima, no sentido de que à medida que aumenta a latitude, o clima ten- de a ficar mais frio, devido à diminuição de incidência dos raios solares. 90º N Di mi nu içã o da tem pe ra tur a Diminuição da temperatura Equador Latitute 0º S 90º Atmosfera SOL � Altitude: quanto mais alta for a região, o clima estará propício para se tornar mais frio. Esse fato ocorre porque a atmosfera se aquece por irradiação, o calor é transferido da superfície da terra para cima, quanto mais alto, mais rarefeito torna-se o ar, de- terminando uma diminuição da irradiação. � Continentalidade: o aquecimento e o res- friamento e extremamente rápidos, o que determina uma ampla amplitude térmica, pois a umidade diminui. � Maritimidade: o mar funciona como um verdadeiro regulador térmico, graças à sua grande capacidade de se aquecer e perder calor muito mais lentamente do que as á- reas continentais. Esse fator faz com que as amplitudes térmicas variem pouco. � Correntes Marítimas: determinam aque- cimento ou resfriamento das massas de ar e áreas litorâneas. Um exemplo típico é a cor- rente de Humboldt,ou do Peru,que resfria a massa quente e úmida vinda do pacífico, determinando chuvas no próprio oceano. Essas massas chegam secas ao continente, estabelecendo a formação de áreas extre- mamente áridas, como o deserto de Ataca- ma, no Chile. � Relevo: o relevo de uma região pode conter a passagem de massas úmidas, o que pro- porciona alterações climáticas significativas na região. � Homem: um dos principais agentes do cli- ma. Possui o poder de alterar toda a conjun- tura climática de uma região. � Pressão Atmosférica: as massas de ar diri- gem-se de uma área de alta pressão (antici- clonar) para uma área de baixa pressão (ciclonal) levando consigo aspectos de pressão, umidade e temperatura. 5. ELEMENTOS DO CLIMA � Temperatura; � Umidade; � Precipitação; � Vegetação. 6. MASSAS DE AR NO BRASIL mEa Massa Equatorial Atlântica: Origina-se da região do Equador, abrange todo o litoral do nor- deste. Massa quente e úmida. mEc Massa Equatorial Continental: Origina-se no interior da Amazônia e abrange a própria região Norte. Massa quente e úmida. mTa Massa Tropical Atlântica: Originária da região do trópico de Capricórnio, abrange principal- mente o litoral sudeste e sul. Massa quente e úmida. mTc Massa Tropical Continental: Originária da depressão do Chaco boliviano (pantanal do Bra- sil). Influencia a região central do Brasil. Massa quente e seca. mPa Massa Polar Atlântica: originária da Pa- tagônia, influencia no clima do Brasil, principalmente no inverno (chuvas frontais no Nordeste e friagem na Amazônia). Massa fria e úmida. MEC MTC MPA MTA Atuação das massas de ar no Brasil durante o verão Período das chuvas Equador Trópico de Capricórnio MEA Editora Exato 45 MPA MTA Atuação das massas de ar no Brasil durante o inverno Equador Trópico de Capricórnio Friagem Chuvas no sertão do NE Chuvas frontais Período de estiagem MEA MEC Baixas temperaturas e geadas Frentes: quando a massa de ar frio avança so- bre a quente é denominada de frente fria, quando a massa de ar quente avança fazendo com que a massa de ar frio recue é chamada de massa de frente quente. Quando ocorre a parada das massas de ar devido à forte intensidade das duas é chamada de frente esta- cionária. 7. TIPOS DE CHUVA a) Orográfica: também conhecida de “chuva de relevo”, ocorre devido a elevação da massa de ar, devido à presença de algum obstáculo (serras, chapa- das, morros) que, atingindo uma altitude mais eleva- da precipita-se (áreas a barlavento), se dirigindo ao outro lado do relevo (sotavento). A massa de ar já não possui umidade. Mar Vento Barlavento (com chuva) Sotavento (sem chuva) CHUVA OROGRÁFICA b) Convectiva: são chuvas em que o ar aque- ce, evapora, condensa e precipita (movimento verti- cal do ar). A precipitação normalmente ocorre em locais diferentes do local de evaporação. Essas chu- vas são normalmente de baixa intensidade e duradou- ras. Condensação Evapotranspiração CHUVA CONVECTIVA c) Frontal: esse tipo de chuva ocorre pelo choque de uma massa quente com uma massa fria, ocasionando chuvas rápidas, contudo muito intensas. Ar frio Ar quente CHUVA FRONTAL 8. TIPOS DE CLIMA MUNDIAIS Clima Polar: clima extremamente frio, onde a temperatura em média se aproxima de zero grau, lo- calizado nas altas latitudes. Clima Temperado: assemelha-se muito ao clima subtropical, a diferença entre os dois é que o clima temperado possui invernos mais rigorosos e ve- rões menos quentes. Clima Mediterrâneo: clima do litoral sul da Europa. Clima Desértico: localizado principalmente em áreas da África e Ásia. Essa forma de clima é ex- tremamente seca e árida, com baixíssimos índices de chuvas (menos que 250 mm anuais). 9. LEITURA COMPLEMENTARTufões e furacões Tempestades tropicais são comuns no Hemis- fério Norte no fim do verão e no começo do outono, quando ocorrem fortes mudanças no aquecimento das águas dos oceanos e no continente. Recebem vários nomes, como furacões, no Ca- ribe, e tufões, na China. São tempestades violentíssi- mas com ventos de mais de 120 km por hora, com as nuvens e ventos distribuídos numa área circular. No centro, essas tempestades apresentam o “olho”, onde há ventos muito leves e praticamente não há nuvens. Em 1998, o furacão George devastou a Améri- ca Central e o Sul dos Estados Unidos. A intensidade dos ventos desse furacão foi uma das maiores regis- Editora Exato 46 tradas nos últimos anos, levando morte e destruição por onde passou. Honduras foi um dos países mais a- tingidos pelo George, e os estragos foram incalculá- veis. Acredita-se que a economia do país leve 10 anos para voltar aos níveis de 1998. Paulo Roberto Moraes. Geografia geral e do Brasil. Editora Harbra. EXERCÍCIOS 1 Sobre os conceitos referentes a clima e tempo, destaque a opção correta: a) Esses conceitos são sinônimos. b) O clima é inconstante, ou seja, varia o tempo todo. c) O tempo é considerado constante, não possui variação. d) O Brasil inteiro possui o mesmo clima. e) O clima é constante e o tempo é inconstante, ou seja, variável. 2 Em relação aos fatores que determinam o clima, destaque entre as opções abaixo qual não é consi- derado um fator: a) Altitude. b) Latitude. c) Homem. d) A precipitação. e) Relevo. GABARITO 1 E 2 D
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