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Alessandra Furiama Morita Reação de Hipersensibilidade tipo III Introdução ➪ Ocorre quando há produção excessiva de anticorpos contra antígenos "inofensivos" (alérgenos) acaba causando doença. ➪ De modo geral, é um interação entre antígeno-anticorpo, que é o próprio imunocomplexo, só que o antígeno, nesse caso é solúvel. Após a formação desse, pode ocorrer o depósito do mesmo em diversos locais, se houver falha do mecanismo - sistema complemento - responsável pela remoção dos imunocomplexos desses locais que eles foram depositados, pode culminar no aparecimento de algumas doenças. Mecanismo imunológico ➪ Mediada por IgG ou IgM ➪ Complexos imunes ➪ Fagoócitos Hipersensibilidade do tipo III ➪ As doenças de hipersensibilidade tipo III são umas das doenças imunes mais comuns. ➪ Nelas, complexos de anticorpo e antígeno (endógeno ou exógeno) na circulação depositam-se nas paredes dos vasos sanguíneos causando inflamação. ➪ Vasculite. ➪ Quanto menor a imunoglobulina mais fácil é essa deposição, ou seja, quando temos imunoglobulinas monoméricas. Exemplo: Glomerulonefrite. ➪ Alternativamente, esses complexos imunes podem formar-se em locais onde o antígeno ou anticorpo foi inicialmente depositado, como por exemplo na membrana basal de glomérulos. Etapas da reação tipo III ➊ Formação do complexo antígeno- anticorpo O complexo se forma na circulação quando os antígenos ligam-se aos anticorpos. O acúmulo acontece quando sua produção aumenta significativamente e rapidamente, e o sistema reticuloendotelial (fígado, baço e vesícula) não consegue eliminar todos na mesma proporção e velocidade. Reações de hipersensibilidade tipo III O que diferencia as reações de hipersensibilidade do tipo I, tipo II e tipo III ? Sabendo que ambas são mediadas por anticorpos. A tipo I é mediada pela IgE. A tipo II e tipo III são mediadas pelas IgG ou IgM. Porém a diferença entre a tipo II e a tipo III está no seu antígeno, em ele ser insolúvel ou solúvel, respectivamente. Alessandra Furiama Morita Reação de Hipersensibilidade tipo III ➪ A proporção que são formado os imunocomplexos não é a mesma proporção que sua remoção, dessa forma acaba sobrando imunocomplexos, fazendo com que eles se depositem em alguns locais. ➪ A primeira fase é marcada pela formação dos imunocomplexos, diminuição da sua eliminação e o início de seu depósito. ➪ O principal local de formação de anticorpos ocorre no baço (órgão linfoide secundário). ➋ Depósito nos tecidos ➪ Algumas variáveis influenciam onde os complexos irão se depositar. ➪ Quanto maior a afinidade da ligação mais chances de eles depositarem-se no tecido. ➪ Os principais locais para a deposição dos complexos são rins, articulações e capilares sanguíneos. ➪ Grandes complexos são mais fáceis de serem eliminados do que os médios e pequenos (devido ao aumento da área de contato). ➪ Quanto menor a cadeia e mais específico o Ac para o Ag, mais fácil será sua deposição e mais difícil sua eliminação. ➌ Inflamação ➪ O sistema complemento é ativado, liberando mediadores químicos que aumentam a permeabilidade vascular e atraem neutrófilos e monócitos. ➪ Essas células ativadas tentam fagocitar os imunocomplexos, liberando substância pró-inflamatórias, enzimas lisossomais. ➪ Ativação do sistema complemento pela via clássica, gerando fragmentos A e B, além do complexo de ataque à membrana (MAC). A primeira etapa é a interação do antígeno solúvel (endógeno ou exógeno) com o anticorpo. Uma vez que ocorre a formação desse imunocomplexo deve ser eliminado, principalmente, pelo sistema reticuloendotelial, entretanto esse sistema não elimina os imunocomplexos na mesma proporção em que eles estão sendo formados, ocorrendo a fase II. A fase II é caracterizada pelo depósito dos imunocomplexos nos tecidos, sendo os principais: rins, articulações e capilares sanguíneos. A etapa III é caracterizada pela ativação do sistema complemento pela via clássica que culmina na liberação do fragmento a e b, levando ao recrutamento de células e fagocitose, além do complexo de ataque à membrana (MAC), tudo isso podendo levar à uma lesão tecidual. Alessandra Furiama Morita Reação de Hipersensibilidade tipo III Alessandra Furiama Morita Reação de Hipersensibilidade tipo III Hipersensibilidade do tipo III ➪ Antígenos (solúveis) livres + anticorpos circulantes. ➪ Formação de imunocomplexos solúveis. ➪ Porção FAB é a que se liga o antígeno, enquanto a porção FC é a que fica exposta, então qualquer célula que tiver receptor para o receptor FC pode se ligar. ➪ C5a principal anafilotoxina. ➪ Desgranulação de basófilo porque está ocorrendo no vaso sanguíneo. Células principais ➪ Fagócitos (neutrófilos e mácrofagos) ➪ Neutrófilos são as principal células que medeiam a inflamação, uma vez que são recrutados após ativação do sistema complemento através das anafilotoxinas. Diferença entre uma reação citotóxica e por imunocomplexo Doenças mediadas por imunocomplexos ✾ Lúpus eritematoso sistêmico ✾ Glomerulonefrite pós- estreptocócica ✾ Doença do soro - Artrite, vasculite e nefrite. Diagnóstico ➪ O diagnóstico envolve exame de biópsias do tecido para depósitos de imunoglobulinas e complemento por imunofluorescência. ➪ A presença de complexos imunes no soro e diminuição do nível do complemento também são diagnosticados. Tratamento ➪ O tratamento inclui agentes antiinflamatórios. Alessandra Furiama Morita Reação de Hipersensibilidade tipo III Vasculite ➪ Antígenos solúveis livres ➪ Anticorpos circulantes ➪ Interação e formação de imunocomplexos solúveis ➪ Quanto maior sua cadeia, ou maior sua avidez, mais fácil será sua eliminação. ➪ Na parede do vaso, alguns imunocomplexos não foram removidos totalmente pelos fagócitos, os demais foram depositados no endotélio. ➪ Com esse depósito ocorre a ativação do sistema complemento pela via clássica e recrutamento de neutrófilos pelas anafilotoxinas, principalmente C5a, onde se dá o início da resposta inflamatória exacerbada. Diferenças entre as reações de hipersensibilidade
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