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( Anca = quadril )RESUMO DA MARCHA · Passo: deslocamento de um pé; · Passada ou Ciclo de Marcha: 2 passos ( 1 Direito e 1Esquerdo); · Passo: distancia entre o apoio de um pé até a colocação do pé contrário no solo, é o deslocamento de um pé, depende do comprimento da perna; · Comprimento do passo: distância entre o apoio do calcanhar de cada um dos pés. ▪ Medida entre 35 e 41 cm. · Comprimento da passada: distância entre o segundo toque do mesmo calcanhar no solo; ▪ Medindo entre 70 e 82 cm. Passo positivo: passo simétrico (mesma distancia), ou passo assimétrico (dificuldade em descarga de peso na prótese, não adaptação ou poupando a descarga de peso por desconforto em relação ao equilíbrio). Passo neutro ou zero: um pé e o outro são alinhados. Passo negativo: um dos pés não ultrapassa o outro. · FASES DA MARCHA: · DETERMINANTES DE MARCHA: · Rotação pélvica: Na fase de balanço ocorre uma rotação pélvica anterior durante a flexão do quadril e uma posterior durante a extensão, ocasionando uma redução da amplitude da flexo-extensão dos membros. Com esse mecanismo, consegue-se diminuir a excursão vertical do centro de gravidade. · Inclinação pélvica: Também para minimizar um deslocamento vertical durante a marcha, o quadril do membro em balanço inclina-se para baixo. · Flexão do joelho: Na fase do contato inicial entre calcâneo e solo, há uma flexão do joelho de aproximadamente 15 graus para reduzir a variação de comprimento entre o centro de massa corporal e o solo. Esse mecanismo também minimiza a excursão vertical. · Mecanismos do pé e do tornozelo: Os movimentos do tornozelo e do pé, durante a fase de apoio, são responsáveis pela manutenção constante do comprimento do membro na fase de apoio. · Deslocamento lateral da pelve: Ocorre um pequeno deslocamento lateral com desvio para o lado do membro de apoio, visando a uma variação mínima na base da marcha. Esse mecanismo diminui a excursão lateral do centro de gravidade. · ATIVAÇÃO MUSCULAR EM CADA FASE: · Fase de apoio compõe 60% do ciclo da marcha, é dividido em contato inicial, resposta a carga, apoio médio e apoio final. · Contato inicial (CI): Ocorre toque do calcâneo no solo e absorção do impacto; O principal objetivo do CI é a colocação correta do pé no instante que o calcanhar contacta o solo. O tornozelo encontra-se em posição neutra no CI, (dorsiflexão de tornozelo), o joelho encontra-se em extensão e flexão de quadril. Através da contração muscular concêntrica dos músculos isquiotibiais e glúteo máximo, a articulação do quadril move-se na direção de extensão, apresentando um momento de extensão interna. O joelho apresenta um momento flexor interno, devido aos músculos isquiotibiais que realizam uma contração muscular concêntrica de forma a prevenir a hiperextensão. · Resposta a carga, todo o pé encontra-se apoiado no solo, com transferência de nesse membro; O joelho apresenta um movimento de flexão e o quadril inicia o movimento de extensão, tornozelo em leve flexão dorsal (através de uma contração por parte do músculo tibial anterior), realizando a aceitação do peso; · Apoio médio, o pé encontra-se em posição neutra, com descarga de peso total. O membro contralateral, em balanço, encontra-se na mesma direção; O objetivo principal desta fase é assegurar a estabilidade articular do quadril e joelho sobre um único apoio. Neste instante o membro contralateral inicia a fase de balanço. O quadril se encontra em posição neutra, o joelho em extensão e o tornozelo neutro partindo para planti flexão. · Apoio final é a fase final do apoio com desprendimento do retropé; O objetivo é a produção de uma aceleração adequada e comprimento do passo. Ocorre extensão de quadril, flexão de joelho e planti flexão. · Pré-balanço, é a fase em que ocorre desprendimento do hálux do solo; A principal finalidade deste instante baseia-se na preparação da transição do membro em apoio para um momento de oscilação. Nesta fase ocorre uma flexão plantar, flexão de joelho, o quadril se encontra em um ângulo neutro. · Fase de balanço, compreendida entre o impulso e o contato, ocorre o avanço do membro, corresponde 40% do ciclo da marcha, divide-se em balanço inicial, balanço médio e balanço final. · Balanço inicial: O primeiro instante da fase de balanço tem como principais objetivos a concretização de uma separação entre o pé e o solo adequada, ocorre planti flexão, flexão de joelho, o quadril permanece neutro. Considerada a fase de aceleração. · Balanço médio; O principal interesse é manter a separação entre o pé e o solo, ocorre nesta fase a flexão de quadril, flexão de joelho e o tornozelo se encontra em posição neutra; Considerada fase de balanço pendular. · Balanço terminal; Os principais objetivos baseiam-se na desaceleração da perna tal como na correta colocação da superfície plantar no contato com o solo. · Para a realização de uma boa marcha devemos buscar promover um equilíbrio entre musculatura com boa força e boa ADM articular, manter a musculatura sem contratura, visando realizar corretamente as fases do ciclo da marcha. · Objetivo final da reabilitação do paciente amputado é uma marcha natural e independente. · Possíveis alterações: · Transtibial: · Flexão excessiva de joelho durante a fase de apoio; Possível causa protética: pé protético em dorsiflexão, encaixe fletido, encaixe anteriorizado, encaixe mal-ajustado. Possível causa biológica: joelho com deformidade em flexão devido a contratura de isquiostibiais; Fraqueza muscular de quadríceps; · Hiperextensão do joelho; Possível causa protética: Coxim do calcanhar protético muito macio, excessiva flexão plantar, pé protético anteriorizado. Possível causa biológica: hiperextensão de joelho, lesão de ligamento cruzado anterior. · Instabilidade mediopatelar do joelho: Causa protética: Posição inadequada do pé, ângulo do encaixe inadequado (varo ou Valgo). Causa biológica: Instabilidade ligamentar. · Elevação do calcanhar contralateral: Causa protética: Prótese longa, suspensão inadequada da prótese, prótese muito pesada. Causa biológica: Insegurança, atrofia do coto, fraqueza dos flexores. · Transfemoral: · Inclinação lateral do tronco: Causa protética: Prótese curta, prótese alinhada em abdução, parede medial do encaixe muito alta. Causa biológica: Contratura em abdução, adutores fracos, insegurança. · Marcha com base alargada: Causa protética: Prótese longa, prótese alinhada em abdução, parede medial do encaixe muito alta. Causa biológica: Contratura em abdução, adutores fracos, insegurança. · Comprimento irregular do passo: Causa protética: Suspensão inadequada da prótese, encaixe largo, fricção inadequada do joelho. Causa biológica: Contratura em flexão do quadril, dor na descarga de peso, fraqueza dos extensores do quadril e insegurança.
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