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DEFINIÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE PREÇO 
DE FRETE DE CARGA FRACIONADA PARA UMA 
TRANSPORTADORA DA REGIÃO 
METROPOLITANA DO MUNICÍPIO DE BELÉM. 
 
Leonardo Silva Figueredo (UNAMA) 
leonardosfigueredo@hotmail.com 
Isaias de Oliveira Barbosa junior (UNAMA) 
isaiasbjunior@yahoo.com.br 
 
 
 
O transporte rodoviário é responsável por mais da metade da movimentação 
da produção brasileira. No mercado do estado do Pará, muitas 
transportadoras são familiares, e muitas delas não conseguem visualizar os 
seus custos e adotem uma politica de preço sem o levar em conta. Essa 
característica acaba sendo refletida no nível de serviço prestado ao cliente, 
portanto tendo dificuldade de conseguir sua fidelização, e consequentemente 
a permanência no mercado. Neste artigo, serão mostradas as diferentes 
situações de como os equipamentos que podem ser utilizados para realizar a 
transferência das mercadorias do ponto de origem ao destino, ajudando a 
determinar uma solução com melhor custo/beneficio para a empresa em 
estudo. Esta pesquisa foi baseada em uma empresa de transporte rodoviário 
de cargas situadas na região metropolitana de Belém, onde ocorreu análise 
dos dados, e divididos entre custo fixo, variável e despesas indiretas, e com a 
utilização do Excel foi elaborada uma planilha, calculando o frete-peso, frete-
valor, GRIS, pedágios e as taxas. Com esses dados verificou-se que a empresa 
tem um déficit de R$ 0,05 para cada quilo transportado, já que utiliza a frota 
100% terceirizada, um valor muitas vezes desconsiderado, porém leva-se em 
consideração que a empresa movimenta em média 500.000 kg por mês, 
provoca uma diferença de R$ 25.000,00 por mês, ou seja, R$ 300.000,00 por 
ano. Com base nestas informações conclui-se que dependendo da estratégia 
adotada pela empresa há um custo diferente, assim tendo que ser bastante 
estudada para ser tomada a decisão correta para manter o nível de serviço 
para o cliente fidelizando o, e assim permanecer competitivo no mercado. 
Para a empresa deste estudo, foram identificadas duas opções para melhorar 
o seu desempenho, a primeira equilibrar o seu frete reduzindo custos ou 
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
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Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
 
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aumentando o valor cobrado, e a segunda é o investimento em 
equipamentos de transferência de mercadoria, com isso evitando essa 
diferença de R$ 25.000,00 por mês. 
 
Palavras-chave: Logística, Transporte de Cargas, Frete, Custo.
 
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
 
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1. Introdução 
Um das grandes dificuldades das empresas de transporte rodoviário de cargas da região 
metropolitana do município de Belém é definir a sua estratégia de preço de frete. Hoje muitas 
dessas transportadoras não observam que para cada tipo de equipamento de transferência 
(próprio, terceirizado ou parcialmente terceirizado) possui um custo diferente. O equipamento 
utilizado para realizar as transferências das mercadorias dá-se nome de conjunto, que é 
formado pelo cavalo mecânico mais a carreta. 
O equipamento próprio é quando a empresa é a proprietária do conjunto, já o terceirizado o 
conjunto pertence a um autônomo ou a outra empresa, já a parcialmente terceirizada a carreta 
e de propriedade da empresa e o cavalo mecânico pertence a um autônomo ou a outra 
empresa. 
Como a maior parte das empresas de transportes é de pequeno e médio porte, muitas delas não 
conseguem enxergar seus custos, e acabam praticando seu preço pela média que esta sendo 
praticado no mercado. O que muitas vezes determina o fechamento da empresa. 
Para chegar ao valor exato a ser cobrado do cliente, existem muitas variáveis que envolvem a 
formação do frete como: motorista, seguro do veículo, IPVA, combustível, pneu, lubrificante, 
manutenção, pedágio, remuneração de capital, reposição de veículo e outros custos 
administrativos. 
De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (2014), no Brasil os custos logísticos 
correspondem a 11,5% do PIB. No ambiente empresarial, sabe-se que os gastos com logística 
representam 8,7% da receita liquida, considerando os custos com transporte, armazenagem e 
estoque. Porém o custo com transporte corresponde a 54% de todo o custo logístico. 
Um dos fatores que elevam os custos do transporte rodoviário é o custo com a manutenção e 
pedágio, já que a malha rodoviária brasileira somente 42,6% e considerada ótima ou boa, e 
para conservar estas rodovias e melhorar as demais o governo vem adotando a política de 
concessões (privatização) da malha rodoviária e assim criando mais postos de pedágio. 
Na década de 80, o Brasil começou um processo de terceirização da área de logística 
 
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principalmente nas grandes indústrias com o objetivo de reduzir seus custos logísticos, assim 
permanecendo competitivo no mercado. Uma pesquisa do Instituto de Logística e Supply 
Chain, demonstra que 71% das empresas pretendem manter seu nível de terceirização e 19% 
pretendem aumentar. 
Neste artigo, serão mostradas as diferentes situações de como os equipamentos que podem ser 
utilizados para realizar a transferência das mercadorias do ponto de origem ao destino. Neste 
contexto este artigo tem como objetivo determinar uma solução com melhor custo/beneficio 
para a empresa em estudo. 
2. Referencial teórico 
Neste tópico serão abordados alguns conceitos relacionados à importância da logística no 
contexto atual, transporte rodoviário de cargas e nível de atendimento ao cliente. 
2.1. Gerenciamento da cadeia de suprimento 
A gestão da cadeia de suprimento busca conquistar articulações e coordenação entre os 
processos de outras entidades em consideração, ou seja, fornecedores, clientes e a organização 
em si. 
Assim o foco da gestão da cadeia de suprimento está na gestão de relações, a fim de alcançar 
um resultado mais lucrativo para todas as partes da cadeia. (CHRISTOPHER, 2011). 
Para Fleury (2000), o gerenciamento da cadeia de suprimento representa o esforço de 
integração dos diferentes participantes do canal de distribuição por meio da administração 
compartilhada de processos-chaves de negócios que interligam as diversas unidades 
organizacionais e membros do canal, desde o consumidor final até o fornecedor inicial da 
matéria-prima. 
O Gerenciamento da cadeia de suprimento é a integração dos processos de negócios desde o 
usuário final até os fornecedores originais (primários) que providenciam produtos, serviços e 
informações que adicionam valor para os clientes e stakeholders. (PIRES, 2004). 
Segundo Wanke (2003), o gerenciamento da cadeia de suprimento consiste na integração dos 
principais processos de negócio a partir do consumidor final para o fornecedor inicial de 
 
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produtos, serviços e informações que adicionam valor. 
2.2. Logística 
Segundo Ballou (2011) a logística empresarial e estuda como a distribuição pode prover 
melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através 
de planejamento, organização e o controle efetivo para as atividades de movimentação e 
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produto. 
Para Christopher (2011) a logística e um processo de gestão estratégica da aquisição, 
movimentação e armazenagem de materiais,peças e estoque finais (e os fluxos de informação 
relacionados) por meio da organização e seus canais de comercialização, de tal forma que as 
rentabilidades atuais e futuras sejam maximizadas através de execução de pedidos, visando o 
custo-benefício. 
De acordo com Wanke (2003), a logística e a parte do gerenciamento da cadeia de suprimento 
responsável pelo planejamento, implementação e controle, de modo eficiente e eficaz, do 
fluxo e armazenagem de produtos (bens e serviços) e informações relacionadas, do ponto de 
origem até o ponto de consumo, com vistas no atendimento das necessidades dos clientes. 
O objetivo da logística é tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, 
no momento em que são desejados, ao menor custo possível. A logística envolve a integração 
de informações, transporte, estoque, manuseio de materiais e embalagem. (BOWERSOX; 
CLOSS, 2001). 
A logística é a parte dos processos da cadeia de suprimento que planeja, implementa e 
controla o efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações correlatas desde o ponto 
de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender o cliente. (PIRES 2004). 
2.3. Logística no Brasil 
Durante a década de 90, a logística, no Brasil, passou por extraordinárias mudanças. Pode-se 
mesmo afirmar que passou por um processo revolucionário, tanto em termos das práticas 
empresariais, quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade de infraestrutura de transporte 
e comunicações, elementos fundamentais para uma logística moderna. (FLEURY, 2000). 
 
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Com estas transformações, a logística no Brasil passou a caminhar em direção a maior 
sofisticação e melhor nível de atendimento ao cliente. Tais transformações são evidenciadas 
em diferentes aspectos, sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades 
operacionais, ao relacionamento com os clientes, ou às questões financeiras. Por exemplo, 
numa proporção cada vez maior de empresas, o principal executivo de logística situa-se nos 
mais altos níveis hierárquicos. (WANKE; FLEURY, 2003). 
2.4. Transporte rodoviário de cargas 
De acordo com Lima apud Fleury, 2003, o transporte rodoviário de carga no Brasil chama a 
atenção por faturar o equivalente a 10% do PIB e movimentar 2/3 da carga total do país. Por 
outro lado, destaca-se por ser palco de vários conflitos e impasses, quase sempre por um 
motivo comum: o valor do frete. Isso acontece em virtude do alto grau de pulverização desse 
setor, e opera com mais de 800 mil transportadores autônomos, 40 mil empresas 
transportadoras e 50 mil transportadores de carga própria. Isso acaba repercutindo no aumento 
da oferta de serviços de transporte rodoviários e, assim, a concorrência faz com que preços 
sejam reduzidos ao máximo possível, chegando a muitas vezes a valores inferiores a seu preço 
de custo. 
2.4.1. Carga Fracionada 
O segmento carga fracionada inclui cargas inferiores a 7.000 kg, que geralmente necessitam 
de paradas em terminais intermediários para consolidação. Em virtude dos custos com 
terminais e das despesas de marketing relativamente maiores, a porcentagem de custos fixos 
com o transporte de carga fracionada é maior que a do transporte de carga fechada. 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
2.4.2. Frete 
A tarifa de transferência do transporte é composta basicamente de cinco parcelas, que buscam 
ressarcir, de forma equilibrada, o transportador das despesas realizadas com a prestação do 
serviço, e são elas: frete-peso, frete-valor, GRIS, taxas e pedágio. 
2.4.2.1. Frete-peso 
O frete-peso é a parcela da tarifa que tem por finalidade remunerar o transporte do bem entre 
 
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origem e destino. Inclui tanto custos diretos quanto custos indiretos, como custos operacionais 
do veículo, despesas administrativas e de terminais, custo de gerenciamento de risco, custo de 
capital e taxa de lucro operacional. A soma destes constitui o custo operacional, que é 
especifico para cada transportadora e para cada tipo de serviço. (NTC, 2001). 
2.4.2.2. Frete-valor 
Comumente conhecido como ad-valorem, o frete-valor, outro componente tarifário, é 
fundamental para o equilíbrio entre custos e receitas. Proporcional ao valor da mercadoria 
transportada, tem como finalidade, resguardar o transportador dos riscos de acidentes e 
avarias envolvidas em sua atividade. (NTC, 2001). 
2.4.2.3. GRIS 
O gerenciamento de risco (GRIS) trata-se de uma alíquota sobre o valor da mercadoria, 
necessária para cobrir despesas relacionadas com o gerenciamento de riscos ligados a roubo 
de cargas, inclusive seguro facultativo de desvio de carga. (NTC, 2001). 
2.4.2.4. Pedágio 
O custo do pedágio é cobrado por eixo e, geralmente, varia, de um posto para o outro. Para se 
chegar ao custo total de pedágios no percurso, é preciso somar os pedágios por eixo do 
percurso e multiplicar o resultado pelo número de eixos do veículo. Isso significa, que 
independente de sua posição no itinerário, todos os clientes pagarão igualmente por todos os 
pedágios. (NTC, 2001). 
2.4.2.5. Taxas 
A finalidade das taxas e cobrir riscos anormais, serviços de documentação ou tributos 
específicos, necessários a realização do transporte e que não estão relacionados com o volume 
e o peso da mercadoria. (NTC, 2001). 
3. Metodologia 
Neste tópico será abordada a classificação da pesquisa, bem como as etapas de sua 
consecução para o alcance do objetivo deste estudo. 
3.1. Classificação da pesquisa 
 
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Este estudo caracteriza-se de natureza aplicada, pois tem o objetivo de gerar conhecimentos 
para aplicação pratica dirigida à solução de problemas específicos, no caso a definição da 
estratégia de preço. 
É um estudo de caso já que existe uma análise aprofundada de um ou mais objetos (casos), 
com o uso de múltiplos instrumentos de coleta de dados e presença de interação entre o 
pesquisador e o objeto de pesquisa. 
Descritivo, pois descreve as características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações variáveis. 
Possui forma de abordagem quantitativo/qualitativo, portanto pode ser quantificável, 
traduzindo em números opiniões e informações para classificá-la e analisá-la (quantitativo). 
Existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito (qualitativo). 
3.2. Etapas da pesquisa 
 Primeiramente foi realizada uma visita técnica na empresa situada na região metropolitana 
de Belém, para o levantamento dos dados através de entrevista não estruturada com os 
gestores da área de logística; 
 Em seguida, foi realizada uma pesquisa dos principais índices de custeio logístico então 
realiza-se o passo a passo de como se calcula cada componente do frete; 
 Foi elaborada uma planilha comparativa no Excel, para realizar o calculo do frete da 
empresa utilizando cada tipo de equipamento e suas variações; 
 Com todos os dados levantados, houve a análise e identificação da alternativa mais 
rentável para a empresa, fornecendo subsídios para a redução de custos. 
4. Estudo de caso 
A empresa em estudo é inovadora na área de transporte oferecendo seus serviços a todo 
território nacional brasileiro levando cargas com eficácia, agilidade e segurança. 
Comprometendo-se a contribuir notavelmente para o país, em principal as regiões sudeste e 
norte do país exibindo ao cliente suas diversas distribuições de produtos de várias formas. 
Para a execução desta pesquisa realizou-se uma entrevista com o gerente administrativoXXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
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financeiro na região metropolitana de Belém, e feita a coleta de dados para este estudo. 
Houve uma análise dos dados, e divididos entre custo fixo, variável e despesas indiretas, e 
com a utilização do Excel foi elaborada uma planilha, calculando o frete-peso, frete-valor, 
GRIS, pedágios e as taxas. 
Como o frete-valor, GRIS, pedágios e as taxas, é percentual cobrado independente do tipo de 
equipamento, observa-se a diferença de valores no frete-peso, como mostra o gráfico 01: 
Gráfico 01- Frete-peso 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2014) 
Uma das situações de negociações de frete é o acerto com o cliente um valor de por kg 
fechado, por exemplo, a transportadora estudada cobra R$ 0,65 final, ou seja, independente do 
valor da mercadoria, pegasse o peso e multiplica por este valor para chegar ao valor cobrado 
ao cliente. Entretanto, o valor da mercadoria influência no valor do frete (frete-valor e o 
GRIS), consequentemente no valor final. 
Para realizar a comparação do frete para cada tipo de equipamento, foi estipulado que uma 
mercadoria com características de 100 kg e R$ 1.000,00, peso e valor da nota fiscal 
respectivamente. Os valores unitários demonstrados serão para cada quilo a ser transportado. 
Os cálculos serão demonstrados nas tabelas 01,02 e 03. 
 
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Tabela 01 – Cálculo de frete com equipamento próprio. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2014) 
Na tabela 01, tem o calculo do frete com o equipamento é de propriedade da empresa, assim 
chegando a um valor de frete final a R$ 1,10 por quilo transportado. Ressaltando que R$ 0,83 
equivale para cada quilo transportado. 
Tabela 02 – Cálculo de frete com equipamento terceirizado. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2014) 
Na Tabela 02, contém o calculo do frete com o equipamento totalmente terceirizado, 
atingindo o valor final de R$ 0,70 por quilo transportado. 
Tabela 03 – Cálculo de frete com equipamento parcialmente 
terceirizado. 
 
 
 
 
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Fonte: Dados da pesquisa (2014) 
Nesta tabela 03, apresenta o calculo do frete do equipamento parcialmente terceirizado, ou 
seja, aquele que a transportadora contrata um cavalo mecânico para realizar a transferência, 
após o calculo encontra o valor de R$ 0,60 por quilo. 
Para visualizar e comparar os valores encontrados após o calculo do frete, de acordo com as 
tabelas 01, 02, 03, foi elaborado o gráfico 02, onde podemos verificar a diferença de cada tipo 
de equipamento e também o que a empresa pratica no mercado. 
Gráfico 02 – Frete por kg 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2014) 
 
A empresa estudada utiliza a frota 100% terceirizada para realizar a transferência das 
mercadorias de São Paulo para Belém, e como pode ser observada, a empresa tem um déficit 
de R$ 0,05 por cada quilo transportado, já que utiliza a frota 100% terceirizada, um valor 
 
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muitas vezes desconsiderado, porém se levarmos em consideração que a empresa movimenta 
em média 500.000 kg por mês, provoca uma diferença de R$ 25.000,00 por mês, ou seja, R$ 
300.000,00 por ano. 
5. Conclusão 
Neste artigo, ficaram mostradas as diferentes situações de como os equipamentos que podem 
ser utilizados para realizar a transferência das mercadorias do ponto de origem ao destino. 
Neste contexto este artigo teve como objetivo determinar uma solução com melhor 
custo/beneficio para a empresa em estudo. 
A construção deste estudo teve inicio com a identificação e divisão dos gastos em custos 
fixos, variáveis e despesa indireta, que através da ajuda do Excel, foram calculados o frete-
peso, frete-valor, GRIS, pedágios e as taxas, assim podendo chegar ao valor que deveria ser 
cobrado para cada equipamento especifico (próprio, terceirizado e parcialmente terceirizado). 
Portanto, conclui-se que dependendo da estratégia adotada pela empresa há um custo 
diferente, assim tendo que ser bastante estudada para ser tomada a decisão correta para manter 
o nível de serviço para o cliente fidelizando o, e assim permanecer competitivo no mercado. 
Para a empresa deste estudo, temos duas opções para melhorar o seu desempenho, a primeira 
equilibrar o seu frete reduzindo custos ou aumentando o valor cobrado, e a segunda é o 
investimento em equipamentos de transferência de mercadoria, com isso evitando essa 
diferença de R$ 25.000,00 por mês, ou seja, R$ 300.000,00 por ano. 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGA. Manual de cálculo de 
custos e formação de preços do transporte rodoviário de cargas. São Paulo. 2001. 
BALLOU, RONALD H. Logística Empresarial. São Paulo. 2011. Editora Atlas. 
BOWERSOX, DONALD J. CLOSS, DAVID J. Logística Empresarial: O Processo de 
Integração da Cadeia de Suprimento. São Paulo. 2001. Editora Atlas. 
CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 4ª Edição. São 
 
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Paulo. 2011. Cengage Learning. 
FIGUEIREDO, KLEBER F. FLEURY, PAULO F. WANKE, PETER. Logística e 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. São Paulo. 2003. Editora Atlas. 
FLEURY, PAULO F. WANKE, PETER. FIGUEIREDO, KLEBER F. Logística 
Empresarial. São Paulo. 2000. Editora Atlas. 
INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN. Custos Logísticos no Brasil. Rio de 
janeiro. 2014 
PIRES, SÍLVIO R. T. Gestão da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. 2004. Editora Atlas.

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