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relatorio bafometro - Quimica
Química
Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL)
19 pag.
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL “RENATO RAMOS DA SILVA” 
 CEDUP – LAGES– SANTA CATARINA 
 
DISCIPLINA – QUÍMICA 
 
BIOTECNOLOGIA 3°01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RELATÓRIO DE QUÍMICA 
 OXIDAÇÃO DO ETANOL – BAFÔMETRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICAELE DACOL 
VALÉRIA SOARES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
LAGES-SC 
 OUTUBRO/2019 
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 MICAELE DACOL 
VALÉRIA SOARES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RELATÓRIO DE QUÍMICA 
OXIDAÇÃO DO ETANOL – BAFÔMETRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentando a insti-
tuição de ensino CEDUP – Renato 
Ramos da Silva como requisito par-
cial para avaliação do professor An-
tônio Ozair Bernado. Responsável 
pela disciplina de “Química”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES-SC 
 OUTUBRO/2019 
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SUMÁRIO 
 
 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................03 
1.1 OBJETIVOS..............................................................................................................06 
2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................07 
3. PARTE EXPERIMENTAL.......................................................................................12 
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS......................................................................................12 
3.2 REAGENTES............................................................................................................12 
3.3 PROCEDIMENTOS..................................................................................................12 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................14 
5. CONCLUSÃO............................................................................................................16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17 
ANEXOS.........................................................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 1. INTRODUÇÃO 
 
Oxidar Etanol não parece ser uma atividade comum em nosso cotidiano, mas é jus-
tamente através desta reação química que é possível realizar uma operação policial muito 
importante no tráfego rodoviário: a identificação e retenção de motoristas alcoolizados 
(ALVES, 2019). 
Pesquisas apontam para os acidentes de trânsito como os principais causadores da 
morte precoce (até os 40 anos) em todo mundo. Em nosso país estima-se que na metade 
das ocorrências fatais há a presença de etanol no sangue das vítimas, e os principais en-
volvidos são jovens de 21 a 30 anos do sexo masculino (ALVES, 2019). 
Uma pessoa que ingere bebida alcoólica, dependendo da quantidade de álcool in-
gerido num determinado intervalo de tempo, da quantidade de alimento ingerido antes ou 
depois, e de outros fatores, pode sofrer várias reações em seu organismo. Mas, em todos 
os casos, à medida que aumenta a concentração de álcool no sangue, a capacidade de 
julgamento e de avaliação de riscos da pessoa diminui, de forma que ela pode se tornar 
perigosa para si mesma e para outros; principalmente se estiver dirigindo um veículo (FO-
GAÇA, 2019). 
Tabela 1. Concentração de etanol no sangue e seus efeitos. 
 
FONTE: (FOGAÇA, 2019) 
Em razão disso, a legislação brasileira estabelece que uma pessoa está incapacitada 
para dirigir com segurança se tiver uma concentração de álcool no sangue superior a 0,8 
03 
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g/L. Isso corresponde a 5 mL de álcool puro, que é o que tem em 1 copo pequeno de 
cerveja ou na terça parte de uma dose de uísque (FOGAÇA, 2019). 
No entanto, a pessoa ainda pode beber um pouco mais do que isso e continuar 
abaixo do nível permitido na legislação, porque o nosso organismo tem mecanismos que 
eliminam as substâncias tóxicas. Entre eles está o fato de que o sangue com álcool passa 
pelos pulmões, então parte do álcool é eliminado pelo ar alveolar. Desse modo, quando a 
pessoa respira, o ar que ela exala indica se ela ingeriu bebida alcoólica; pois há uma rela-
ção constante entre a quantidade de álcool existente no sangue e no ar alveolar, que é de 
1/2000. Isso significa que em 1 cm3 de sangue contém tanto álcool quanto em 2000 
cm3 de ar alveolar (FOGAÇA, 2019). 
Para verificar se uma pessoa está dirigindo embriagada existe o teste do bafômetro, 
que faz essa detecção exatamente pelo ar expirado. Seu princípio de funcionamento ba-
seia-se em reações de oxidorredução (FOGAÇA, 2019). 
Os bafômetros descartáveis são constituídos de um tubo com uma mistura sólida de 
dicromato de potássio e sílica em meio ácido. Quando o ar expirado pela pessoa é colhido 
no bafômetro ocorre uma reação de oxidorredução em que há a oxidação do etanol (ál-
cool) à etanal (aldeído) e a redução do dicromato a cromo (III), ou mesmo a cromo (II). 
Mas os instrumentos usados pelos policiais rodoviários são bafômetros mais sofis-
ticados, que podem ser de dois tipos: 
 
• Detector-medidor eletroquímico: esse tipo de bafômetro é baseado no 
princípio da pilha de combustível, porque haverá a combustão incompleta 
do etanol. A pessoa sopra através de um tubo descartável e o etanol expirado 
é oxidado em meio ácido sobre um disco plástico poroso coberto com pó de 
platina (catalisador) e umedecido com ácido sulfúrico, sendo um eletrodo 
conectado a cada lado desse disco poroso. 
Figura 1. Funcionamento do bafômetro. 
 
FONTE: (FOGAÇA, 2019). 
04 
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No eletrodo negativo (ânodo) ocorre a oxidação (catalisada pela platina): 
CH3CH2OH(g) → CH3CHO(g) + 2H+ (aq) + 2e– 
No eletrodo positivo (cátodo) ocorre a redução do oxigênio (contido no ar): 
½O2(g) + 2H+(aq) + 2e- → H2O(l) 
A equação completa da pilha será, então, a seguinte: 
CH3CH2OH(g) + ½O2(g) → CH3CHO(g) + H2O(l) 
A corrente elétrica produzida é lida numa escala que é proporcional ao teor de ál-
cool no sangue da pessoa testada. 
• Modelo Taguchi: esse bafômetro possui um sensor semicondutor, seletivo para 
o etanol, constituído basicamente de óxido de estanho com várias impurezas e 
aquecido a 400 °C. Nessas condições, quando o etanol entra em contato com tal 
sensor, ele é imediatamente oxidado, ocorrendo uma mudança característica na 
resistência/condutância do sensor. Essa é medida como voltagem, que é proporci-
onal à concentração de álcool no sangue. 
Figura 2. Imagem do bafômetro: Modelo Taguchi. 
 
FONTE: (FOGAÇA, 2019). 
 
Todos os tiposde bafômetros são baseados em reações químicas, e os reagentes 
mais comuns são dicromato de potássio e célula de combustível. A diferença entre estes 
dois reagentes é que o dicromato muda de cor na presença do álcool enquanto a célula 
gera uma corrente elétrica (SOUZA, 2019). 
 
 
 
 
 
 
05 
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1.1 OBJETIVOS 
 
A prática realizada apresentou alguns objetivos, tais como: 
• Melhorar o manuseio nos equipamentos laboratoriais; 
• Trabalhar em equipe; 
• Verificar a oxidação do etanol; 
• Através de pesquisas, descobrir o que cada coloração formada indica; 
• Abranger o conhecimento sobre o bafômetro e sua relevância; 
• Despertar os estudantes sobre os efeitos nocivos do consumo de álcool. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 EFEITOS NOCIVOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO 
Ao ser ingerido, o álcool é absorvido pelo estômago para a corrente sanguínea, o 
que leva 30-90 minutos. Por meio do sangue, o etanol se espalha para as mais diversas 
partes do corpo, atingindo todas as células. Chegando ao cérebro, o efeito do etanol é 
primeiramente excitatório, liberando serotonina, um neurotransmissor associado à alegria 
e satisfação, sendo que as pessoas ficam desinibidas e até mais corajosas. No entanto, 
passado esse primeiro momento, o álcool começa a deprimir o sistema nervoso central 
por aumentar as quantidades do neurotransmissor GABA, o que pode causar até a perda 
da consciência. 
Em doses elevadas, o etanol pode causar risco elevado de envenenamento, sendo 
que algumas vezes essa situação provoca a morte por parada cardiorrespiratória de quem 
consumiu exageradamente (BOACONSULTA, 2018). Os efeitos do álcool no organismo 
humano podem ocorrer em muitas partes do corpo, como fígado ou até mesmo nos mús-
culos ou pele (FRAZÃO, 2019). 
A duração dos efeitos do álcool no organismo está relacionada com o tempo que o 
fígado demora a metabolizar o álcool (FRAZÃO, 2019). 
Dependendo da quantidade ingerida e da condição física do indivíduo, os efeitos 
imediatos do álcool no organismo podem ser: 
 Fala arrastada, sonolência, vômitos; 
 Diarreia, azia e queimação no estômago; 
 Dor de cabeça, dificuldade para respirar; 
 Visão e audição alteradas; 
 Alteração na capacidade de raciocínio; 
 Falta de atenção, alteração na percepção e coordenação motora; 
 Blackout alcoólico que são falhas de memória em que o indivíduo não se consegue 
lembrar do que aconteceu enquanto estava sob a influência do álcool; 
 Perda de reflexos, perda de julgamento da realidade, coma alcoólico (FRAZÃO, 
2019). 
O consumo regular de mais de 60g por dia, que equivale a 6 chops, 4 taças de vinho 
ou 5 caipirinhas pode ser prejudicial à saúde, favorecendo o desenvolvimento de doenças 
como hipertensão, arritmia e aumento do colesterol (FRAZÃO, 2019). 
As 5 doenças que podem ser causadas pelo consumo de álcool excessivo são: 
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 Hipertensão: O consumo de bebidas alcoólicas em excesso pode causar hiperten-
são, com aumento principalmente da pressão sistólica, mas o abuso do álcool também 
diminui o efeito dos medicamentos anti-hipertensivos, e ambas situações aumentam 
o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto. 
 Arritmia cardíaca: O excesso de álcool também pode afetar o funcionamento do 
coração podendo haver fibrilação atrial, flutter atrial e extra-sístoles ventriculares e 
isso pode acontecer também em pessoas que não tomam bebidas alcoólicas com fre-
quência, mas abusam numa festa, por exemplo. Mas o consumo regular de grandes 
doses de álcool favorece o aparecimento de fibrose e inflamação. 
 Aumento do colesterol: O álcool acima de 60g estimula o aumento de VLDL e 
por isso não é recomendado fazer um exame de sangue para avaliar as dislipidemias 
após o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, aumenta a aterosclerose e reduz a 
quantidade de HDL. 
 Aumento da aterosclerose: Pessoas que consomem muito álcool apresentam as 
paredes das artérias mais inchadas e com facilidade para o aparecimento da ateroscle-
rose, que é o acumulo de placas de gordura no interior das artérias. 
 Cardiomiopatia alcoólica: A cardiomiopatia alcoólica pode ocorrer em pessoas 
que consomem acima de 110g/dia de álcool durante 5 a 10 anos, sendo mais frequente 
em pessoas jovens, entre os 30 e 35 anos de idade. Mas nas mulheres a dose pode ser 
menor e provocar os mesmos danos. Essa alteração faz com que haja um aumento da 
resistência vascular, diminuindo o índice cardíaco (FRAZÃO, 2019). 
Mas além destas doenças o álcool em excesso também leva ao aumento do ácido 
úrico que pode se depositar nas articulações causando dor aguda, conhecida popularmente 
como gota (FRAZÃO, 2019). 
O consumo de álcool está ligado a diversas consequências para o indivíduo que o 
consome, para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade como um todo. Conse-
quências como acidentes de trânsito, problemas no trabalho e com a família e violência 
interpessoal têm sido o foco de interesse e de atenção pública e de estudos científicos nos 
últimos anos, indicando um interesse crescente na elaboração de um conceito mais amplo 
do fenômeno. O impacto que o uso de álcool estabelece nas redes sociais como um todo 
é fruto tanto do prejuízo que essa temática causa na produtividade econômica quanto da 
atenção e dos recursos gastos pela justiça criminal, pelo sistema de saúde e por outras 
instituições sociais (CISA, 2019). 
Este abuso pode ser o simples hábito de buscar prazer, frequentar reuniões sociais 
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onde seja comum o consumo de álcool ou como, para muitos, o refúgio de crises pessoais, 
sociais e familiares que podem acarretar consequências à saúde física e mental que pos-
teriormente poderão comprometer outros aspectos como o convívio pessoal familiar e/ou 
profissional. 
 
 CONSUMO DE ÁLCOOL E SOCIEDADE 
 
É sabido que o uso de álcool pode prejudicar o indivíduo em diversas esferas de sua 
vida social. O uso indevido de álcool está relacionado a inúmeras consequências negati-
vas tanto na vida do cônjuge daquele que bebe quanto na vida de seus filhos (CISA, 2019). 
O problema do consumo excessivo de álcool traz consequências devastadoras para os 
familiares, amigos e até mesmo para a sociedade. Dentre as consequências diretas, os 
acidentes de trânsito, de trabalho, a violência e a agressividade, são muitas vezes causados 
pelo consumo de álcool. O álcool como é uma droga lícita e muito barata, seus usuários 
facilmente podem ficar viciados, esse é o caso do alcoólatra. Nesses casos especiais são 
gastos muitos recursos públicos, no sentido de tentar contornar ou amenizar o problema 
(FONSECA, 2017). 
 
 CONSUMO DE ÁLCOOL E TRABALHO 
 
O consumo de bebidas alcoólicas pode potencialmente diminuir a produtividade. O 
absenteísmo (faltas ao trabalho) associado com o uso e dependência de álcool representa 
um custo substancial para empregadores e para o Estado. Ademais, diversos estudos têm 
demonstrado a ligação entre uso abusivo de álcool e desemprego, com uma relação causal 
sendo estabelecida em ambos os sentidos,ou seja, com o uso abusivo de bebidas alcoóli-
cas levando ao desemprego e com a perda de trabalho resultando em consumo abusivo de 
bebidas alcoólicas. Estima-se em 30% as taxas de absenteísmo e de acidentes de trabalho 
causadas por dependência de álcool na Costa Rica. Na Índia, os números indicam que de 
15 a 20% do absenteísmo e 40% dos acidentes de trabalho são devidos ao consumo de 
álcool (CISA, 2019). 
As relações do alcoolismo com o trabalho têm sido causa de muitos problemas tanto 
para o funcionário quanto para o empregador, agravando situações em relação a acidentes 
de trabalho, consequências nos relacionamentos interpessoais e prejuízos econômicos 
onde são incluídas despesas inesperadas com faltas injustificadas e queda na produção 
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em decorrência do baixo desempenho do colaborador alcoolista. Dentre as situações que 
o álcool provoca no ambiente de trabalho, consideramos também os grandes problemas 
na vida social, familiar e principalmente na saúde física e mental do dependente (CISA, 
2019). 
Um funcionário alcoolizado tem sua produtividade diminuída em aproximadamente 
30% em relação à média de um trabalhador comum, sua disciplina se dispersa diante dos 
efeitos do álcool, podendo provocar desentendimentos com superiores e companheiros de 
trabalho, há também o desinteresse e manifestações de revolta quando se diz respeito aos 
objetivos e metas impostos pela empresa, faltas injustificadas principalmente após finais 
de semanas e feriados, riscos consideravelmente maiores de acidente de trabalho em re-
lação aos outros trabalhadores e tudo isso pode levar a empresa a tomar como melhor 
medida a demissão desse indivíduo. Embora algumas empresas ofereçam programas de 
prevenção e ajuda no tratamento de alcoolistas, o que favorece a recuperação de qualifi-
cados profissionais que escondem seus talentos e capacidade atrás da doença (OLIVEIR, 
2011). 
O estresse no trabalho é considerado uma das doenças ocupacionais que mais pre-
judicam a saúde e a convivência do trabalhador dentro da empresa. Quando o álcool e 
outras drogas começam a fazer parte do conjunto de problemas causados pelo estresse, e 
principalmente na fase em que acontece a percepção clara da dependência e a comprova-
ção da doença por parte das pessoas que convivem com o colaborador dependente, este 
pode passar a sofrer preconceitos, falta de confiança dos superiores e dúvidas em relação 
a seu caráter. Nestes casos a empresa deve tomar atitudes no que se refere a atendimento 
médico e de segurança no trabalho, para que com acompanhamento através de exames 
periódicos e apoio psicológico evite piores complicações para a empresa e para o traba-
lhador (FONSECA, 2017). 
 
 CONSUMO DE ÁLCOOL E FAMÍLIA 
 
 Naquilo que tange à família, o uso de bebidas alcoólicas está associado às conse-
quências negativas tanto daquele que bebe quanto de seu companheiro e filho. Os danos 
do álcool à família podem vir de diversas formas, seja pela saúde física e mental de seus 
membros, seja pela saúde financeira do lar. O consumo de álcool durante a gravidez pode 
resultar em complicações para a saúde da criança, como a Síndrome Fetal Alcoólica. Ade-
mais, o uso dessa substância pelos pais também está associado ao abuso de crianças e às 
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repercussões negativas para o universo social, psicológico e econômico do infante. O di-
nheiro gasto com álcool pode desfalcar o orçamento doméstico de um lar carente de re-
cursos financeiros, deixando seus membros à mercê de intercorrências e suscetibilidades. 
Vale salientar também o surgimento de violência no lar e os acidentes domésticos em 
decorrência do uso de álcool no contexto familiar. Nota-se, assim, que o consumo de 
bebidas alcoólicas pode prejudicar a relação entre pais e filhos e entre marido e mulher, 
desgastando o bom funcionamento da casa como um todo (CISA, 2019). 
 Os estudos, de um modo geral, têm mostrado que o uso de álcool está presente em 
um número significativo de casos de violência doméstica. Essa substância tem se mos-
trado um forte fator de risco para a violência marido-mulher. Essa relação, contudo, é 
complexa e envolve uma série de outras variáveis. Assim, o papel do álcool nessa questão 
ainda é incerto. Em um estudo envolvendo episódios de violência doméstica reportados 
pela polícia de Zurique (Suíça), evidências apontaram para o envolvimento de álcool em 
40% das situações investigadas. As autoridades policiais, assim, afirmam que houve uma 
clara relação entre álcool e violência em ao menos 26% dos casos estudados. Quanto a 
violência doméstica, as evidências apontam para uma forte relação com o beber abusivo, 
seja ele usual ou ocasional. Um estudo conduzido na Nigéria exemplifica essa forte rela-
ção entre álcool e violência doméstica, na medida em que o uso de etanol esteve envolvido 
com 51% dos casos de marido que utilizou uma faca para atingir a esposa (OLIVEIR, 
2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PARTE EXPERIMENTAL 
 
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS 
 
 Suporte para tubos de ensaio; 
 6 tubos de ensaio; 
 Pipeta Pasteur; 
 Espátula; 
 Filtro; 
 Pipeta graduada; 
 Bastão de vidro; 
 Balão volumétrico. 
 
3.2 REAGENTES 
 
 Ácido sulfúrico concentrado – H2SO4; 
 Dicromato de potássio – K2Cr2O7 
 Etanol – CH3-CH2-OH; 
 Água deionizada. 
 
3.3 PROCEDIMENTOS 
 
Em primeiro lugar, foi efetuado o preparo do dicromato de potássio da seguinte 
forma: 
• Em um balão volumétrico foi adicionado 100 mL de água e posteriormente adi-
cionado duas espátulas de dicromato de potássio. Dilui o balão volumétrico ma-
nualmente e assim, a solução ficou pronta. 
• Posteriormente, cada tubo de ensaio foi nomeado de A1 a 16; 
• Com o auxílio de uma pipeta, foi adicionado 10 gostas de dicromato de potássio 
em cada tubo; 
• Subsequentemente, o ácido sulfúrico foi adicionado em cada tubo de ensaio, de 
acordo com a tabela a seguir: 
 
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H2SO4 
(em gotas) 
A1 A2 A3 A4 A5 A6 
1 2 3 4 5 6 
• Com um bastão de vidro cada tubo foi agitado; 
• E com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, 1 gota de etanol foi adicionada em 
cada tubo de ensaio e observou-se a mudança de coloração ocorrida; 
• Foi pego 3 filtros e ambos foram cortados ao meio, cada filtro foi enrolado e 
disposto dentro dos tubos de ensaio; 
• Os filtros foram recolhidos dos tubos de ensaio e através do olfato, foi identificado 
qual tubo possuía o odor mais forte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
2K2Cr2O7 + 8H2SO4 + 3CH3-CH2-OH → 3Cr2(SO4)3 + 2K2SO4 + 3HCH3COO + 
11H2O 
K2Cr2O7: Dicromato de Potássio 
H2SO4: Ácido sulfúrico 
CH3-CH2-OH: Álcool (Etanol) 
Cr2(SO4)3: Sulfato Crômico 
K2SO4: Sulfato de Potássio 
HCH3COO: Ácido Acético 
H2O: Água 
 
A solução K2Cr2O7/H+ é uma mistura oxidante que,ao reagir com o etanol, provo-
cará sua oxidação a etanal. O produto da oxidação final do etanol é o ácido acético (vina-
gre). Portanto, ao analisar a solução, a coloração dos tubos foi esverdeada e subsequente 
o seu odor foi de vinagre. O cheiro característico do ácido acético é bastante perceptível 
no tubo de ensaio, após a reação. 
O famoso “teste do bafômetro” baseia-se na mudança de cor que ocorre na reação 
de oxidação do Etanol com Dicromato de Potássio em meio ácido. Os bafômetros conse-
guem determinar a concentração do álcool no sangue pela análise da intensidade da cor, 
intensidade que é captada com o auxílio de uma célula fotoelétrica muito sensível. 
Após a aplicação das substâncias já listadas, a reação ocorrida em cada tubo enca-
deou em uma coloração diferente dos tubos primários, como mostrada na tabela a seguir: 
 
Coloração dos tubos antes da reação Coloração dos tubos após a reação 
das soluções 
 
FONTE: acervo das autoras, 2019 
 
 
No entanto, após aderir o pedaço de filtro em cada tubo (Anexo 1) foi possível 
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sentir o odor de vinagre em todos os tubos, e a conclusão foi que o tubo A5 destacou-se 
em seu odor de vinagre, considerado o mais forte em comparação aos outros. Em contra 
partida, o resultado ideal para a indicar a quantidade de álcool no organismo de uma pes-
soa seria o tubo A6 já que este teve maior concentração de Ácido Sulfúrico. O resultado 
analisado foi diferente do esperado, por razões de concentrações altas adicionado sem 
querer no tubo A5, onde ocasionou no odor mais forte que no tubo A6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÃO 
 
Percebe-se que a aula prática realizada foi de grande sucesso, mesmo contendo um 
erro no resultado. Onde foi possível obter uma experiência além das aulas teóricas. Con-
tudo, o Etanal ou Acetaldeído C2H4O é o produto metabólico primário do etanol na sua 
rota de conversão (oxidação) para ácido acético. A concentração ideal em termos gerais 
para o bafômetro é a encontrada na célula A6, por ter sido a mais rápida. Embora durante 
o nosso experimento foi levado em consideração o tubo A5 como o mais forte. 
Debater as questões que envolvem o álcool é bastante complexo, pois estamos tra-
tando de uma droga lícita. Mais especificamente, de uma substância cujo consumo é so-
cialmente aceito. E a realização do bafômetro é muito importante, mesmo que muitos 
indivíduos não compreendam dessa maneira, através dele é possível identificar e deter-
minar a quantidade de álcool presente no organismo de uma pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, Líria. OXIDAÇÃO DO ETANOL. Disponível em: <https://educador.brasiles-
cola.uol.com.br/estrategias-ensino/oxidacao-etanol.htm>. Acesso em: 20 out. 2019. 
 
BOACONSULTA. Saiba os efeitos do álcool no organismo. 2018. Disponível em: 
<https://www.boaconsulta.com/blog/saiba-os-efeitos-do-alcool-no-organismo/>. Acesso 
em: 19 out. 2019. 
 
CISA. Problemas sociais decorrentes do uso do álcool. Disponível em: 
<http://www.cisa.org.br/artigo/221/problemas-sociais-decorrentes-uso-alcool.php>. 
Acesso em: 19 out. 2019. 
 
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Princípio Químico do Bafômetro. Disponível em: 
<https://alunosonline.uol.com.br/quimica/principio-quimico-bafometro.html>. Acesso 
em: 20 out. 2019. 
 
FONSECA, Gustavo. Consumo de Álcool e Sociedade: as Consequências de uma 
Prática Cotidiana. 2017. Disponível em: <https://doutormultas.com.br/alcool-socie-
dade/>. Acesso em: 19 out. 2019. 
 
FRAZÃO, Arthur. Saiba quais são os Efeitos do Álcool no Organismo. Disponível 
em: <https://www.tuasaude.com/efeitos-do-alcool-no-organismo/>. Acesso em: 19 out. 
2019. 
 
OLIVEIR, Amanda Maria de. ALCOOLISMO NO AMBIENTE PROFISSIO-
NAL. 2011. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.br/BDigital/ar-
qTccs/0811260641.pdf>. Acesso em: 19 out. 2019 
 
SOUZA, Líria Alves de. "Como funciona o Bafômetro"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-funciona-bafometro.htm. Acesso em 20 de 
outubro de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
Anexo 1- Pedaço de filtro com a reação para obtenção dos resultados. 
 
FONTE: Acervo das autoras, 2019. 
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