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relatorio bafometro - Quimica Química Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) 19 pag. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL “RENATO RAMOS DA SILVA” CEDUP – LAGES– SANTA CATARINA DISCIPLINA – QUÍMICA BIOTECNOLOGIA 3°01 RELATÓRIO DE QUÍMICA OXIDAÇÃO DO ETANOL – BAFÔMETRO MICAELE DACOL VALÉRIA SOARES DE OLIVEIRA LAGES-SC OUTUBRO/2019 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark MICAELE DACOL VALÉRIA SOARES DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE QUÍMICA OXIDAÇÃO DO ETANOL – BAFÔMETRO Relatório apresentando a insti- tuição de ensino CEDUP – Renato Ramos da Silva como requisito par- cial para avaliação do professor An- tônio Ozair Bernado. Responsável pela disciplina de “Química”. LAGES-SC OUTUBRO/2019 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................03 1.1 OBJETIVOS..............................................................................................................06 2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................07 3. PARTE EXPERIMENTAL.......................................................................................12 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS......................................................................................12 3.2 REAGENTES............................................................................................................12 3.3 PROCEDIMENTOS..................................................................................................12 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................14 5. CONCLUSÃO............................................................................................................16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17 ANEXOS.........................................................................................................................18 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 1. INTRODUÇÃO Oxidar Etanol não parece ser uma atividade comum em nosso cotidiano, mas é jus- tamente através desta reação química que é possível realizar uma operação policial muito importante no tráfego rodoviário: a identificação e retenção de motoristas alcoolizados (ALVES, 2019). Pesquisas apontam para os acidentes de trânsito como os principais causadores da morte precoce (até os 40 anos) em todo mundo. Em nosso país estima-se que na metade das ocorrências fatais há a presença de etanol no sangue das vítimas, e os principais en- volvidos são jovens de 21 a 30 anos do sexo masculino (ALVES, 2019). Uma pessoa que ingere bebida alcoólica, dependendo da quantidade de álcool in- gerido num determinado intervalo de tempo, da quantidade de alimento ingerido antes ou depois, e de outros fatores, pode sofrer várias reações em seu organismo. Mas, em todos os casos, à medida que aumenta a concentração de álcool no sangue, a capacidade de julgamento e de avaliação de riscos da pessoa diminui, de forma que ela pode se tornar perigosa para si mesma e para outros; principalmente se estiver dirigindo um veículo (FO- GAÇA, 2019). Tabela 1. Concentração de etanol no sangue e seus efeitos. FONTE: (FOGAÇA, 2019) Em razão disso, a legislação brasileira estabelece que uma pessoa está incapacitada para dirigir com segurança se tiver uma concentração de álcool no sangue superior a 0,8 03 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark g/L. Isso corresponde a 5 mL de álcool puro, que é o que tem em 1 copo pequeno de cerveja ou na terça parte de uma dose de uísque (FOGAÇA, 2019). No entanto, a pessoa ainda pode beber um pouco mais do que isso e continuar abaixo do nível permitido na legislação, porque o nosso organismo tem mecanismos que eliminam as substâncias tóxicas. Entre eles está o fato de que o sangue com álcool passa pelos pulmões, então parte do álcool é eliminado pelo ar alveolar. Desse modo, quando a pessoa respira, o ar que ela exala indica se ela ingeriu bebida alcoólica; pois há uma rela- ção constante entre a quantidade de álcool existente no sangue e no ar alveolar, que é de 1/2000. Isso significa que em 1 cm3 de sangue contém tanto álcool quanto em 2000 cm3 de ar alveolar (FOGAÇA, 2019). Para verificar se uma pessoa está dirigindo embriagada existe o teste do bafômetro, que faz essa detecção exatamente pelo ar expirado. Seu princípio de funcionamento ba- seia-se em reações de oxidorredução (FOGAÇA, 2019). Os bafômetros descartáveis são constituídos de um tubo com uma mistura sólida de dicromato de potássio e sílica em meio ácido. Quando o ar expirado pela pessoa é colhido no bafômetro ocorre uma reação de oxidorredução em que há a oxidação do etanol (ál- cool) à etanal (aldeído) e a redução do dicromato a cromo (III), ou mesmo a cromo (II). Mas os instrumentos usados pelos policiais rodoviários são bafômetros mais sofis- ticados, que podem ser de dois tipos: • Detector-medidor eletroquímico: esse tipo de bafômetro é baseado no princípio da pilha de combustível, porque haverá a combustão incompleta do etanol. A pessoa sopra através de um tubo descartável e o etanol expirado é oxidado em meio ácido sobre um disco plástico poroso coberto com pó de platina (catalisador) e umedecido com ácido sulfúrico, sendo um eletrodo conectado a cada lado desse disco poroso. Figura 1. Funcionamento do bafômetro. FONTE: (FOGAÇA, 2019). 04 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark No eletrodo negativo (ânodo) ocorre a oxidação (catalisada pela platina): CH3CH2OH(g) → CH3CHO(g) + 2H+ (aq) + 2e– No eletrodo positivo (cátodo) ocorre a redução do oxigênio (contido no ar): ½O2(g) + 2H+(aq) + 2e- → H2O(l) A equação completa da pilha será, então, a seguinte: CH3CH2OH(g) + ½O2(g) → CH3CHO(g) + H2O(l) A corrente elétrica produzida é lida numa escala que é proporcional ao teor de ál- cool no sangue da pessoa testada. • Modelo Taguchi: esse bafômetro possui um sensor semicondutor, seletivo para o etanol, constituído basicamente de óxido de estanho com várias impurezas e aquecido a 400 °C. Nessas condições, quando o etanol entra em contato com tal sensor, ele é imediatamente oxidado, ocorrendo uma mudança característica na resistência/condutância do sensor. Essa é medida como voltagem, que é proporci- onal à concentração de álcool no sangue. Figura 2. Imagem do bafômetro: Modelo Taguchi. FONTE: (FOGAÇA, 2019). Todos os tiposde bafômetros são baseados em reações químicas, e os reagentes mais comuns são dicromato de potássio e célula de combustível. A diferença entre estes dois reagentes é que o dicromato muda de cor na presença do álcool enquanto a célula gera uma corrente elétrica (SOUZA, 2019). 05 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 1.1 OBJETIVOS A prática realizada apresentou alguns objetivos, tais como: • Melhorar o manuseio nos equipamentos laboratoriais; • Trabalhar em equipe; • Verificar a oxidação do etanol; • Através de pesquisas, descobrir o que cada coloração formada indica; • Abranger o conhecimento sobre o bafômetro e sua relevância; • Despertar os estudantes sobre os efeitos nocivos do consumo de álcool. 06 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 2. REFERENCIAL TEÓRICO EFEITOS NOCIVOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO Ao ser ingerido, o álcool é absorvido pelo estômago para a corrente sanguínea, o que leva 30-90 minutos. Por meio do sangue, o etanol se espalha para as mais diversas partes do corpo, atingindo todas as células. Chegando ao cérebro, o efeito do etanol é primeiramente excitatório, liberando serotonina, um neurotransmissor associado à alegria e satisfação, sendo que as pessoas ficam desinibidas e até mais corajosas. No entanto, passado esse primeiro momento, o álcool começa a deprimir o sistema nervoso central por aumentar as quantidades do neurotransmissor GABA, o que pode causar até a perda da consciência. Em doses elevadas, o etanol pode causar risco elevado de envenenamento, sendo que algumas vezes essa situação provoca a morte por parada cardiorrespiratória de quem consumiu exageradamente (BOACONSULTA, 2018). Os efeitos do álcool no organismo humano podem ocorrer em muitas partes do corpo, como fígado ou até mesmo nos mús- culos ou pele (FRAZÃO, 2019). A duração dos efeitos do álcool no organismo está relacionada com o tempo que o fígado demora a metabolizar o álcool (FRAZÃO, 2019). Dependendo da quantidade ingerida e da condição física do indivíduo, os efeitos imediatos do álcool no organismo podem ser: Fala arrastada, sonolência, vômitos; Diarreia, azia e queimação no estômago; Dor de cabeça, dificuldade para respirar; Visão e audição alteradas; Alteração na capacidade de raciocínio; Falta de atenção, alteração na percepção e coordenação motora; Blackout alcoólico que são falhas de memória em que o indivíduo não se consegue lembrar do que aconteceu enquanto estava sob a influência do álcool; Perda de reflexos, perda de julgamento da realidade, coma alcoólico (FRAZÃO, 2019). O consumo regular de mais de 60g por dia, que equivale a 6 chops, 4 taças de vinho ou 5 caipirinhas pode ser prejudicial à saúde, favorecendo o desenvolvimento de doenças como hipertensão, arritmia e aumento do colesterol (FRAZÃO, 2019). As 5 doenças que podem ser causadas pelo consumo de álcool excessivo são: 07 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Hipertensão: O consumo de bebidas alcoólicas em excesso pode causar hiperten- são, com aumento principalmente da pressão sistólica, mas o abuso do álcool também diminui o efeito dos medicamentos anti-hipertensivos, e ambas situações aumentam o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto. Arritmia cardíaca: O excesso de álcool também pode afetar o funcionamento do coração podendo haver fibrilação atrial, flutter atrial e extra-sístoles ventriculares e isso pode acontecer também em pessoas que não tomam bebidas alcoólicas com fre- quência, mas abusam numa festa, por exemplo. Mas o consumo regular de grandes doses de álcool favorece o aparecimento de fibrose e inflamação. Aumento do colesterol: O álcool acima de 60g estimula o aumento de VLDL e por isso não é recomendado fazer um exame de sangue para avaliar as dislipidemias após o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, aumenta a aterosclerose e reduz a quantidade de HDL. Aumento da aterosclerose: Pessoas que consomem muito álcool apresentam as paredes das artérias mais inchadas e com facilidade para o aparecimento da ateroscle- rose, que é o acumulo de placas de gordura no interior das artérias. Cardiomiopatia alcoólica: A cardiomiopatia alcoólica pode ocorrer em pessoas que consomem acima de 110g/dia de álcool durante 5 a 10 anos, sendo mais frequente em pessoas jovens, entre os 30 e 35 anos de idade. Mas nas mulheres a dose pode ser menor e provocar os mesmos danos. Essa alteração faz com que haja um aumento da resistência vascular, diminuindo o índice cardíaco (FRAZÃO, 2019). Mas além destas doenças o álcool em excesso também leva ao aumento do ácido úrico que pode se depositar nas articulações causando dor aguda, conhecida popularmente como gota (FRAZÃO, 2019). O consumo de álcool está ligado a diversas consequências para o indivíduo que o consome, para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade como um todo. Conse- quências como acidentes de trânsito, problemas no trabalho e com a família e violência interpessoal têm sido o foco de interesse e de atenção pública e de estudos científicos nos últimos anos, indicando um interesse crescente na elaboração de um conceito mais amplo do fenômeno. O impacto que o uso de álcool estabelece nas redes sociais como um todo é fruto tanto do prejuízo que essa temática causa na produtividade econômica quanto da atenção e dos recursos gastos pela justiça criminal, pelo sistema de saúde e por outras instituições sociais (CISA, 2019). Este abuso pode ser o simples hábito de buscar prazer, frequentar reuniões sociais 08 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark onde seja comum o consumo de álcool ou como, para muitos, o refúgio de crises pessoais, sociais e familiares que podem acarretar consequências à saúde física e mental que pos- teriormente poderão comprometer outros aspectos como o convívio pessoal familiar e/ou profissional. CONSUMO DE ÁLCOOL E SOCIEDADE É sabido que o uso de álcool pode prejudicar o indivíduo em diversas esferas de sua vida social. O uso indevido de álcool está relacionado a inúmeras consequências negati- vas tanto na vida do cônjuge daquele que bebe quanto na vida de seus filhos (CISA, 2019). O problema do consumo excessivo de álcool traz consequências devastadoras para os familiares, amigos e até mesmo para a sociedade. Dentre as consequências diretas, os acidentes de trânsito, de trabalho, a violência e a agressividade, são muitas vezes causados pelo consumo de álcool. O álcool como é uma droga lícita e muito barata, seus usuários facilmente podem ficar viciados, esse é o caso do alcoólatra. Nesses casos especiais são gastos muitos recursos públicos, no sentido de tentar contornar ou amenizar o problema (FONSECA, 2017). CONSUMO DE ÁLCOOL E TRABALHO O consumo de bebidas alcoólicas pode potencialmente diminuir a produtividade. O absenteísmo (faltas ao trabalho) associado com o uso e dependência de álcool representa um custo substancial para empregadores e para o Estado. Ademais, diversos estudos têm demonstrado a ligação entre uso abusivo de álcool e desemprego, com uma relação causal sendo estabelecida em ambos os sentidos,ou seja, com o uso abusivo de bebidas alcoóli- cas levando ao desemprego e com a perda de trabalho resultando em consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Estima-se em 30% as taxas de absenteísmo e de acidentes de trabalho causadas por dependência de álcool na Costa Rica. Na Índia, os números indicam que de 15 a 20% do absenteísmo e 40% dos acidentes de trabalho são devidos ao consumo de álcool (CISA, 2019). As relações do alcoolismo com o trabalho têm sido causa de muitos problemas tanto para o funcionário quanto para o empregador, agravando situações em relação a acidentes de trabalho, consequências nos relacionamentos interpessoais e prejuízos econômicos onde são incluídas despesas inesperadas com faltas injustificadas e queda na produção 09 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark em decorrência do baixo desempenho do colaborador alcoolista. Dentre as situações que o álcool provoca no ambiente de trabalho, consideramos também os grandes problemas na vida social, familiar e principalmente na saúde física e mental do dependente (CISA, 2019). Um funcionário alcoolizado tem sua produtividade diminuída em aproximadamente 30% em relação à média de um trabalhador comum, sua disciplina se dispersa diante dos efeitos do álcool, podendo provocar desentendimentos com superiores e companheiros de trabalho, há também o desinteresse e manifestações de revolta quando se diz respeito aos objetivos e metas impostos pela empresa, faltas injustificadas principalmente após finais de semanas e feriados, riscos consideravelmente maiores de acidente de trabalho em re- lação aos outros trabalhadores e tudo isso pode levar a empresa a tomar como melhor medida a demissão desse indivíduo. Embora algumas empresas ofereçam programas de prevenção e ajuda no tratamento de alcoolistas, o que favorece a recuperação de qualifi- cados profissionais que escondem seus talentos e capacidade atrás da doença (OLIVEIR, 2011). O estresse no trabalho é considerado uma das doenças ocupacionais que mais pre- judicam a saúde e a convivência do trabalhador dentro da empresa. Quando o álcool e outras drogas começam a fazer parte do conjunto de problemas causados pelo estresse, e principalmente na fase em que acontece a percepção clara da dependência e a comprova- ção da doença por parte das pessoas que convivem com o colaborador dependente, este pode passar a sofrer preconceitos, falta de confiança dos superiores e dúvidas em relação a seu caráter. Nestes casos a empresa deve tomar atitudes no que se refere a atendimento médico e de segurança no trabalho, para que com acompanhamento através de exames periódicos e apoio psicológico evite piores complicações para a empresa e para o traba- lhador (FONSECA, 2017). CONSUMO DE ÁLCOOL E FAMÍLIA Naquilo que tange à família, o uso de bebidas alcoólicas está associado às conse- quências negativas tanto daquele que bebe quanto de seu companheiro e filho. Os danos do álcool à família podem vir de diversas formas, seja pela saúde física e mental de seus membros, seja pela saúde financeira do lar. O consumo de álcool durante a gravidez pode resultar em complicações para a saúde da criança, como a Síndrome Fetal Alcoólica. Ade- mais, o uso dessa substância pelos pais também está associado ao abuso de crianças e às 10 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark repercussões negativas para o universo social, psicológico e econômico do infante. O di- nheiro gasto com álcool pode desfalcar o orçamento doméstico de um lar carente de re- cursos financeiros, deixando seus membros à mercê de intercorrências e suscetibilidades. Vale salientar também o surgimento de violência no lar e os acidentes domésticos em decorrência do uso de álcool no contexto familiar. Nota-se, assim, que o consumo de bebidas alcoólicas pode prejudicar a relação entre pais e filhos e entre marido e mulher, desgastando o bom funcionamento da casa como um todo (CISA, 2019). Os estudos, de um modo geral, têm mostrado que o uso de álcool está presente em um número significativo de casos de violência doméstica. Essa substância tem se mos- trado um forte fator de risco para a violência marido-mulher. Essa relação, contudo, é complexa e envolve uma série de outras variáveis. Assim, o papel do álcool nessa questão ainda é incerto. Em um estudo envolvendo episódios de violência doméstica reportados pela polícia de Zurique (Suíça), evidências apontaram para o envolvimento de álcool em 40% das situações investigadas. As autoridades policiais, assim, afirmam que houve uma clara relação entre álcool e violência em ao menos 26% dos casos estudados. Quanto a violência doméstica, as evidências apontam para uma forte relação com o beber abusivo, seja ele usual ou ocasional. Um estudo conduzido na Nigéria exemplifica essa forte rela- ção entre álcool e violência doméstica, na medida em que o uso de etanol esteve envolvido com 51% dos casos de marido que utilizou uma faca para atingir a esposa (OLIVEIR, 2011). 11 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS Suporte para tubos de ensaio; 6 tubos de ensaio; Pipeta Pasteur; Espátula; Filtro; Pipeta graduada; Bastão de vidro; Balão volumétrico. 3.2 REAGENTES Ácido sulfúrico concentrado – H2SO4; Dicromato de potássio – K2Cr2O7 Etanol – CH3-CH2-OH; Água deionizada. 3.3 PROCEDIMENTOS Em primeiro lugar, foi efetuado o preparo do dicromato de potássio da seguinte forma: • Em um balão volumétrico foi adicionado 100 mL de água e posteriormente adi- cionado duas espátulas de dicromato de potássio. Dilui o balão volumétrico ma- nualmente e assim, a solução ficou pronta. • Posteriormente, cada tubo de ensaio foi nomeado de A1 a 16; • Com o auxílio de uma pipeta, foi adicionado 10 gostas de dicromato de potássio em cada tubo; • Subsequentemente, o ácido sulfúrico foi adicionado em cada tubo de ensaio, de acordo com a tabela a seguir: 12 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark H2SO4 (em gotas) A1 A2 A3 A4 A5 A6 1 2 3 4 5 6 • Com um bastão de vidro cada tubo foi agitado; • E com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, 1 gota de etanol foi adicionada em cada tubo de ensaio e observou-se a mudança de coloração ocorrida; • Foi pego 3 filtros e ambos foram cortados ao meio, cada filtro foi enrolado e disposto dentro dos tubos de ensaio; • Os filtros foram recolhidos dos tubos de ensaio e através do olfato, foi identificado qual tubo possuía o odor mais forte. 13 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 2K2Cr2O7 + 8H2SO4 + 3CH3-CH2-OH → 3Cr2(SO4)3 + 2K2SO4 + 3HCH3COO + 11H2O K2Cr2O7: Dicromato de Potássio H2SO4: Ácido sulfúrico CH3-CH2-OH: Álcool (Etanol) Cr2(SO4)3: Sulfato Crômico K2SO4: Sulfato de Potássio HCH3COO: Ácido Acético H2O: Água A solução K2Cr2O7/H+ é uma mistura oxidante que,ao reagir com o etanol, provo- cará sua oxidação a etanal. O produto da oxidação final do etanol é o ácido acético (vina- gre). Portanto, ao analisar a solução, a coloração dos tubos foi esverdeada e subsequente o seu odor foi de vinagre. O cheiro característico do ácido acético é bastante perceptível no tubo de ensaio, após a reação. O famoso “teste do bafômetro” baseia-se na mudança de cor que ocorre na reação de oxidação do Etanol com Dicromato de Potássio em meio ácido. Os bafômetros conse- guem determinar a concentração do álcool no sangue pela análise da intensidade da cor, intensidade que é captada com o auxílio de uma célula fotoelétrica muito sensível. Após a aplicação das substâncias já listadas, a reação ocorrida em cada tubo enca- deou em uma coloração diferente dos tubos primários, como mostrada na tabela a seguir: Coloração dos tubos antes da reação Coloração dos tubos após a reação das soluções FONTE: acervo das autoras, 2019 No entanto, após aderir o pedaço de filtro em cada tubo (Anexo 1) foi possível 14 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark sentir o odor de vinagre em todos os tubos, e a conclusão foi que o tubo A5 destacou-se em seu odor de vinagre, considerado o mais forte em comparação aos outros. Em contra partida, o resultado ideal para a indicar a quantidade de álcool no organismo de uma pes- soa seria o tubo A6 já que este teve maior concentração de Ácido Sulfúrico. O resultado analisado foi diferente do esperado, por razões de concentrações altas adicionado sem querer no tubo A5, onde ocasionou no odor mais forte que no tubo A6. 15 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 5. CONCLUSÃO Percebe-se que a aula prática realizada foi de grande sucesso, mesmo contendo um erro no resultado. Onde foi possível obter uma experiência além das aulas teóricas. Con- tudo, o Etanal ou Acetaldeído C2H4O é o produto metabólico primário do etanol na sua rota de conversão (oxidação) para ácido acético. A concentração ideal em termos gerais para o bafômetro é a encontrada na célula A6, por ter sido a mais rápida. Embora durante o nosso experimento foi levado em consideração o tubo A5 como o mais forte. Debater as questões que envolvem o álcool é bastante complexo, pois estamos tra- tando de uma droga lícita. Mais especificamente, de uma substância cujo consumo é so- cialmente aceito. E a realização do bafômetro é muito importante, mesmo que muitos indivíduos não compreendam dessa maneira, através dele é possível identificar e deter- minar a quantidade de álcool presente no organismo de uma pessoa. 16 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Líria. OXIDAÇÃO DO ETANOL. Disponível em: <https://educador.brasiles- cola.uol.com.br/estrategias-ensino/oxidacao-etanol.htm>. Acesso em: 20 out. 2019. BOACONSULTA. Saiba os efeitos do álcool no organismo. 2018. Disponível em: <https://www.boaconsulta.com/blog/saiba-os-efeitos-do-alcool-no-organismo/>. Acesso em: 19 out. 2019. CISA. Problemas sociais decorrentes do uso do álcool. Disponível em: <http://www.cisa.org.br/artigo/221/problemas-sociais-decorrentes-uso-alcool.php>. Acesso em: 19 out. 2019. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Princípio Químico do Bafômetro. Disponível em: <https://alunosonline.uol.com.br/quimica/principio-quimico-bafometro.html>. Acesso em: 20 out. 2019. FONSECA, Gustavo. Consumo de Álcool e Sociedade: as Consequências de uma Prática Cotidiana. 2017. Disponível em: <https://doutormultas.com.br/alcool-socie- dade/>. Acesso em: 19 out. 2019. FRAZÃO, Arthur. Saiba quais são os Efeitos do Álcool no Organismo. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/efeitos-do-alcool-no-organismo/>. Acesso em: 19 out. 2019. OLIVEIR, Amanda Maria de. ALCOOLISMO NO AMBIENTE PROFISSIO- NAL. 2011. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.br/BDigital/ar- qTccs/0811260641.pdf>. Acesso em: 19 out. 2019 SOUZA, Líria Alves de. "Como funciona o Bafômetro"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-funciona-bafometro.htm. Acesso em 20 de outubro de 2019. 17 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark ANEXOS Anexo 1- Pedaço de filtro com a reação para obtenção dos resultados. FONTE: Acervo das autoras, 2019. 18 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: danilo-ferreira-dos-santos (danilo.thug94@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark
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