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cpc 08 (1)

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
ana paula de araújo guedes
anna paula de faria moreira teles
Erike Luiz da Silva
laiannie gabrielle de araUjo brito
luiz fernando paiva da silva
thiago dos santos silva
CPC 08
são joão de meriti
2020
ana paula de araújo guedes
anna paula de faria moreira teles
Erike Luiz da Silva
laiannie gabrielle de araUjo brito
luiz fernando paiva da silva
thiago dos santos silva
 cpc 08 – custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários.
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis, na disciplina de Contabilidade Internacional, Universidade UNIGRANRIO, como objetivo dissertar sobre o pronunciamento 08 do CPC.
Orientador: Leo Lincoln Leandro
são joão de meriti
2020
1. INTRODUÇÃO 
CPC 08(custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários). 
O objetivo deste pronunciamento técnico é estabelecimento do tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos por meio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida. Tem por sua finalidade, a regulamentação e evidenciação dos custos de transação incorridos na distribuição pública de ações e títulos (bônus de subscrição), aquisições e nas alienações de ações próprias também. Tem por objetivo a captação de recursos por intermédio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (referidos como títulos e valores mobiliários – TVM). São considerados para fins destes pronunciamentos termos como, custo de transação, despesas financeiras, encargos financeiros, prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários, taxa interna de retorno, título patrimonial e valor justo.
2. DESENVOLVIMENTO 
O objetivo do CPC 08 é prescrever o tratamento contábil adequado ao registro dos custos incrementais incorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e alienação das próprias ações, na captação de recursos por meio de emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros títulos patrimoniais e de dívida. O CPC 08 diz que o registro do montante inicial dos recursos captados por meio de emissão de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade pela transação, já que essas transações são efetuadas com novos sócios ou os já existentes, dessa forma seus custos não devem influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultados da entidade. Os custos incorridos com a captação de recursos por meio da emissão de títulos patrimoniais de vem ser contabilizados de forma destacada em conta redutora do patrimônio líquido. Porém quando não for possível concluir a operação de captação de recurso por meio dessas e missões, fazendo com que não ocorra o aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os custos resultantes de tal operação deve ser reconhecidos como despesas. Os prêmios obtidos por meio da emissão de títulos patrimoniais devem ser usados até o limite de seu saldo para absorver os custos da transação. A aquisição e alienação de ações próprias, conhecidas como ações em tesouraria, são operações de capital com os sócios da entidade e não devem afetar seu resultado. Os custos incorridos em operações com ações da própria entidade devem ser tratados como acréscimos do custo de tais ações. O registro inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível deve evidenciar os valores líquidos recebidos disponíveis para utilização, os custos incrementais incorridos na sua captação serão registrados como ajuste da conta do passivo exigível. Os eventuais prêmios recebidos na emissão de títulos de dívida devem ser contabilizados da mesma forma. Os encargos financeiros e gastos adicionais com essa operação devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo da operação pelo método do custo amortizado, com base no conceito da taxa interna de retorno (TIR). Com isso, a taxa interna de retorno considerará todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido a todos os paga mentos feitos ou a serem efetuados. No caso de instrumentos financeiros passivos classificados e avaliados exclusivamente pelo valor justo com contrapartida direta ao resultado, esses encargos, que seriam amortizados ao longo do prazo da operação, serão baixados ao resultado na primeira dessas avaliações a valor justo; e no caso dos avaliados a valor justo, mas com contrapartida temporária na conta de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido, esses gastos serão amortizados ao longo do prazo da operação. 
As despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc. Já os encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros. Assim os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método considera a taxa interna de retorno (TIR) da operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a vigência da operação. A utilização do custo amortizado faz com que os encargos financeiros reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não somente a taxa de juros contratual do instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação da captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária e outros. Assim, a taxa interna de retorno deve considerar todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido pela concretização da transação até todos os pagamentos feitos ou a serem efetuados até a liquidação da transação.
-Contabilização das Captações de Recursos para o Capital Próprio
O registro inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de ações e outros instrumentos patrimoniais deve evidenciar os valores líquidos disponibilizados para utilização, o que significa que serão classificados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido todos os custos incrementais incorridos na obtenção desses recursos; assim, não mais serão reconhecidos como despesas da entidade na demonstração do resultado, a não ser quando frustrada essa operação de captação. E os prêmios eventualmente recebidos nessa emissão serão reconhecidos em conta de reserva de excedente de capital.
-Contabilização da Aquisição de Ações de Emissão Própria
A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios, e igualmente não devem os custos de transação para obtê-las ou vendê-las afetar o resultado da entidade. Assim, são registrados como acréscimo do custo das ações em tesouraria na sua aquisição ou como redução do resultado da alienação, tudo em contas de patrimônio líquido.
-Contabilização da Captação de Recursos de Terceiros
Como o registro inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, também deve evidenciar os valores líquidos recebidos disponíveis para utilização, os custos incrementais incorridos na sua captação serão registrados não a débito do resultado, mas como ajuste da conta do passivo exigível. O mesmo ocorrerá com eventuais prêmios recebidos na emissão de títulos de dívida.
Todosos encargos financeiros, como os juros, as variações monetárias e cambiais e esses gastos incrementais de captação mencionados no item anterior, líquidos de eventuais prêmios recebidos, devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo da operação pelo método do custo amortizado, com base no conceito da taxa interna de retorno (pelo método que caracteriza os juros compostos). Assim, a taxa interna de retorno considerará todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido a todos os pagamentos feitos ou a serem efetuados.
No caso de capitalização de encargos financeiros, relacionados com recursos captados para a formação de ativos qualificáveis, os mesmos procedimentos devem ser utilizados para definição dos valores a serem ativados.
No caso de instrumentos financeiros passivos classificados e avaliados exclusivamente pelo valor justo com contrapartida direta ao resultado, esses encargos, que seriam amortizados ao longo do prazo da operação, serão baixados ao resultado na primeira dessas avaliações a valor justo; e no caso dos avaliados a valor justo, mas com contrapartida temporária na conta de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido, esses gastos serão amortizados ao longo do prazo da operação.
Os custos de transação de uma captação não efetivada deverão ser imediatamente baixados como perda no resultado do período em que se frustrar essa captação.
Exemplo: 
 
3. CONCLUSÃO
Para fins deste Pronunciamento, consideram-se os termos abaixo com os seguintes significados:
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas no item 2. São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não ocorressem.
Exemplos de custos de transação são: |) gastos com elaboração de prospectos e relatórios; ||) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.); III) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de Road-shows); IV) taxas e comissões; V) custos de transferência; VI) custos de registro etc. Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento.
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.
Existe um pressuposto de que os fluxos de caixa e a vida esperada de grupo de instrumentos financeiros semelhantes possam ser estimados confiavelmente.
Contudo, naqueles casos raros em que não seja possível estimar confiavelmente os fluxos de caixa ou a vida esperada de instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros), a entidade deve usar os fluxos de caixa contratuais durante todo o prazo contratual do instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros).
Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) que evidencie um interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Como exemplos citam-se ações, bônus de subscrição etc.
Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CPC 08 - http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/171_CPC08_R1.pdf

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