AO2_ História Moderna_ Estados Nacionais MS31

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31/03/2020 AO2: História Moderna: Estados Nacionais
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AO2
Entrega 19 abr em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10
Disponível 27 mar em 0:00 - 19 abr em 23:59 24 dias Limite de tempo Nenhum
Tentativas permitidas 2
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Tentativa Tempo Pontuação
MANTIDO Tentativa 2 14 minutos 5,4 de 6
MAIS RECENTE Tentativa 2 14 minutos 5,4 de 6
Tentativa 1 2.099 minutos 2,4 de 6
 As respostas corretas estarão disponíveis em 5 abr em 0:00.
Pontuação desta tentativa: 5,4 de 6
Enviado 31 mar em 22:16
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0,6 / 0,6 ptsPergunta 1
Leia o texto abaixo:
 
O Renascimento foi um movimento histórico e cultural que surgiu nas
ricas cidades do norte italiano, com destaque para Florença, Veneza e
Genova em meados dos anos 1300 até os anos 1600. Seu nome
Renascimento se deve a compreensão de que alguns humanistas,
sobretudo Francesco Petrarca (1304-1374) encaravam sua época, o
século XIV, como uma nova Era, em oposição à Idade Média16. Para
Petrarca, o tempo em que estava vivendo tratava-se do renascer da
Antiguidade clássica greco-romana, com o resgate do latim e dos
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textos clássicos, enquanto o medievo era caracterizado como idade
das trevas, dotada de barbárie, obscurantismo, retrocesso e
decadência.
 
TEIXEIRA, Everton de Souza. “Valores da Renascença em Leonardo
da Vinci” In: REVISTA ELETRÔNICA DISCENTE HISTÓRIA.COM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO
DE ARTES, HUMANIDADES E LETRAS 
 
 
O Renascimento, a Nova Era como diz o texto, tinha as seguintes
características:
 
I. Racionalismo, Humanismo, Individualismo e valorização da cultura
greco-romana.
II. Teocentrismo, Humanismo, Racionalismo e Realismo.
III. Realismo, valorização da cultura medieval, Humanismo e
Individualismo.
 
É correto o que se afirma em:
 I e II, apenas 
 I, apenas 
A primeira afirmação, e somente ela, está correta pois reúne
algumas das características do Renascimento como o
Racionalismo (valorização da capacidade racional do Homem), o
Humanismo (a valorização do homem como principal criação de
Deus e, portanto, com capacidades semelhantes ao criador), o
Individualismo (valorização do homem em si, como sujeito social,
como criador de coisas, não mais apenas como pertencente à
uma coletividade indiferenciada) e a valorização da cultura
clássica de Grécia e Roma antigas, justamente por apresentarem
conceitos humanísticos e racionais.
 II, apenas 
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 I, II e III 
 II e III apenas 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 2
Leia o texto abaixo:
 
Fala-se em humanismo sempre que o valor fundamental de uma
doutrina é a pessoa humana, o sentimento, a originalidade e a
superioridade do homem sobre as forças obscuras da natureza.
Essa palavra, entretanto, possui uma conotação histórica, localizada
no tempo e no espaço: designa um movimento estético, filosófico e
religioso que, preparado pelas correntes do pensamento medieval,
surgiu na Itália no século XV e difundiu-se através da Europa no
século XVI, caracterizando-se por um esforço em avaliar o homem em
sua essência, propondo uma arte de vida em que ele se perpetuasse.
(Fonte: REVISTA CULTURA E CIDADANIA. Humanismo e
Renascimento, Disponível em:
https://revistaculturacidadania.blogspot.com/2013/01/artigos-
humanismo-e-renascimento.html
(https://revistaculturacidadania.blogspot.com/2013/01/artigos-
humanismo-e-renascimento.html) . Acesso em: 12 de novembro de
2019.)
 
 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
 
I. A Renascença foi um movimento artístico e científico que deu início
à Idade Moderna e a caracterizou profundamente, em oposição ao
Feudalismo contra o qual se insurgiu e ajudou a derrubar. Uma de
suas maiores características foi o Antropocentrismo, ou seja, a
valorização do homem com sua racionalidade como o centro do
universo, o que propiciou grande desenvolvimento técnico e filosófico.
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PORQUE
 
II. O Humanismo, ainda que nascido no medievo, opôs-se a ele,
mudando a ideia que a Igreja difundia do homem, de um ser submisso
à vontade divina para um ser que reúne capacidades criadoras
próximas às de Deus, podendo reinventar o mundo com sua
racionalidade.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I. O Humanismo surgiu na Idade Média, no seu
final, quando ainda existia o Feudalismo na Europa. Porém, foi
justamente contra esse mundo medieval que o Humanismo se
insurgiu, propondo uma visão de homem mais positiva,
considerando-o o continuador das obras de Deus, o co-criador da
natureza, que pela sua racionalidade era a melhor criação de
Deus. Por isso, o surgimento do Humanismo justifica o
surgimento do Renascimento, que se identificou com essas ideias
e as tomou para realizar as grandes transformações artísticas,
culturais, científicas e filosóficas na Europa do século XVI.
Portanto, o surgimento do Humanismo justifica o aparecimento do
Renascimento, pois serviu de base para ele.
 Ambas as asserções são proposições falsas 
 
A asserção I é uma proposição falsa, enquanto que a asserção II é
uma proposição verdadeira
 Somente a asserção I é uma proposição verdadeira 
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As duas asserções são proposições verdadeiras, porém a segunda não
é justificativa da primeira
0,6 / 0,6 ptsPergunta 3
Leia o texto abaixo:
 
O movimento da Reforma Protestante ocorrido na Europa no século
XVI promoveu uma cisão da Igreja Católica, abalando seu poderio
praticamente único até então. Martinho Lutero, monge agostiniano,
iniciou a reforma na Alemanha criando o Luteranismo, a partir do qual,
outras religiões surgiram também no continente europeu.
 
 
Sobre esse movimento, analise as considerações a seguir:
 
I. A doutrina luterana previa a salvação da alma apenas pela Fé.
Recebeu o apoio do Principado, a nobreza alemã, ao invés do apoio
da burguesia, como aconteceu na Suíça e França. Isto apesar de a
Alemanha já possuir uma classe burguesa bem abastada pelo
desenvolvimento do comércio marítimo no norte do país.
II. A Reforma Calvinista iniciada por Zwinglio e, depois, continuada por
João Calvino pregava a predestinação como fator de salvação da
alma, ou seja, pela vontade divina somente alguns eram escolhidos
para serem salvos antes mesmo do nascimento. Ter fé era também
uma condição absolutamente necessária.
III. O Calvinismo recebeu apoio da burguesia, pois via no trabalho e no
enriquecimento sinais da salvação divina, o que agradava muitos
burgueses acostumados a ser criticados pela Igreja Católica pelo lucro
que obtinham no comércio.
 
É correto o que se afirma em:
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 II e III, apenas 
Está correta essa alternativa: II- A Reforma Calvinista, cujo
precursor foi Ulrich Zwinglio, teve na figura de João Calvino seu
maior organizador.A predestinação foi um dos pontos principais
da sua doutrina e consistia na crença de que a salvação era uma
escolha de Deus predeterminada que só seria revelada no
momento da morte. Pra saber quem eram os escolhidos, a fé era
uma condição essencial, mas havia também outros sinais, como o
trabalho austero e a riqueza acumulada do trabalho. III- A
burguesia viu no Calvinismo um acolhimento para a sua atividade
laboral e seu enriquecimento, pois esta doutrina valorizava tais
aspectos como pertencentes aos escolhidos de Deus, bem ao
contrário da Igreja Católica que esconjurava os ricos, dizendo que
eles não iriam para o céu sobretudo se praticassem o lucro e a
usura. Deste modo, Calvino teve grande apoio e adesão dos
burgueses à sua doutrina. I- Esta afirmação está correta quando
fala da salvação apenas pela fé e do apoio da nobreza alemã a
Lutero. Mas está errada ao dizer que já havia ali uma burguesia
desenvolvida e abastada, pois, na verdade, a Alemanha tardou
muito em se modernizar e permaneceu no sistema feudal durante
muito tempo após outros países já terem derrubado o feudalismo
e instalado suas monarquias nacionais. Então, neste contexto,
não havia uma classe burguesa, nem cidades muito
desenvolvidas no território alemão.
 I e II, apenas 
 I, II e III, apenas 
 I e III, apenas 
 III, apenas 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 4
Leia o texto abaixo:
 
O concílio de Trento teve, no horizonte histórico e cultural, os mais
diversos pontos de vista, nomeadamente, as reformas eclesiásticas e
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pastorais, as espiritualidades e vivências cristãs, bem como o reflexo
na cultura e na atividade missionária. Despertando na Igreja a
necessidade de mobilizar-se para os novos desafios da evangelização
universal, suscitados pelas viagens marítimas promovidas pelos reinos
ibéricos de Portugal e Espanha, a Igreja precisava urgentemente
responder ao desafio do protestantismo e às suas críticas com uma
urgente renovação. Precisava regressar às fontes da fé e fomentar
uma vida cristã profunda e coerente, mais consentânea com os
ditames do Evangelho, revendo e reafirmando doutrinas fundamentais.
 
SANTOS, Fernanda. A Companhia de Jesus e o Concílio de Trento:
aspectos pedagógicos da contra-reforma.
Disponível em: file:///C:/Users/User/Documents/Downloads/2964-
8257-1-SM.pdf (../../../../../User/Documents/Downloads/2964-8257-1-
SM.pdf) .
 
Considerando o contexto da Reforma Católica, avalie as seguintes
asserções e a relação proposta entre elas:
 
I. A catequização das populações indígenas pelos jesuítas na América
deu-se principalmente pela sua educação em colégios, principalmente
o setor mais jovem, num processo de desaculturação (negação de
suas crenças) e de aculturação ou catequização (imposição dos
valores cristãos católicos europeus).
 
PORQUE
 
II. A Reforma Católica, a partir do Concílio de Trento (1545-1563),
promoveu mudanças significativas nas suas premissas, adequando
sua evangelização aos tempos modernos para fazer frente ao avanço
do Protestantismo que crescia na Europa. Algumas destas mudanças
foram a criação da Companhia de Jesus e a reinstalação do Tribunal
do Santo Ofício.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
https://famonline.instructure.com/User/Documents/Downloads/2964-8257-1-SM.pdf
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As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é decorrência da
II.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é
decorrência da II. O contexto de reformas religiosas na Europa
levou a Igreja Católica a reagir, organizando o Concílio de Trento
para reformular questões internas e a sua atuação junto aos fiéis.
A partir deste concílio, muitas ações foram decididas. Uma delas
foi a criação da Companhia de Jesus, uma ordem católica que
teria a missão de espalhar o catolicismo no mundo, como
verdadeiros soldados de Cristo. Os jesuítas saíram, então, pelo
mundo, para catequizar. Chegaram às Américas e sua atuação se
baseou na educação, através da criação de inúmeros colégios,
onde ensinavam as crianças para lhes incutir desde cedo as
doutrinas católicas e expurgar suas raízes consideradas pagãs e
maléficas.
Portanto, o fato de os jesuítas saírem em busca de fiéis pelo
mundo é decorrência direta do Concílio de Trento, da
Contrarreforma da Igreja, que tomou como medida esta ação
missionária dos jesuítas.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I não é
decorrência da II, embora guardem entre si algumas aproximações
causais.
 
A asserção I é uma proposição falsa, porém a asserção II é uma
proposição verdadeira.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, porém a asserção II é uma
proposição falsa.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, porém completamente
independentes uma da outra.
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0 / 0,6 ptsPergunta 5IncorretaIncorreta
Leia o texto abaixo:
 
Em 1534, no contexto das reformas protestantes europeias, foi
aprovado no Parlamento inglês o Ato de Supremacia que criava a
religião anglicana e transformava o rei Henrique VIII no seu maior
representante, rompendo com o papa católico Clemente VII. Mas a
Inglaterra anglicana seguiu caminhos muito diversos das reformas
alemã e franco-suíça.
 
Quais são as peculiaridades da reforma Anglicana?
 
A manutenção da indissolubilidade do matrimônio como já previa o
Catolicismo e a pregação das 95 teses na porta da principal catedral
britânica anunciando as novas condições religiosas da Inglaterra.
Não houve a continuação da indissolubilidade do casamento, ao
contrário, foi justamente essa uma das razões da reforma, já que
o rei queria divorciar-se e isso não era permitido pela Igreja
Católica. A pregação das 95 teses da porta de uma catedral foi
um ato de Lutero no início da Reforma Protestante da Alemanha.
A grande peculiaridade da Reforma Anglicana foi seu caráter
político pessoal, pois ao contrário das outras que visavam uma
transformação doutrinária, ela apenas serviu aos interesses do rei
Henrique VIII, que pretendia anular seu casamento, anular o
poder do papa dentro do seu país e reconquistar pra si as terras
da Igreja. Em outras palavras, o rei usou a reforma para fortalecer
a si mesmo e instituir o absolutismo na Inglaterra. Além disso, e
por isso mesmo, não houve grandes mudanças no ritual litúrgico
da igreja, permanecendo, inclusive a adoração aos santos
católicos, mas com alguma influência calvinista.
 
A motivação pessoal do rei para casar-se com Ana Bolena, com quem
queria um filho herdeiro e a manutenção de uma estabilidade religiosa
a partir de então, com todos seus sucessores seguindo o Anglicanismo,
sem guerras religiosas como as que houve em outros países.
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A negação dos sacramentos católicos com a manutenção apenas do
batismo e da eucaristia; a condenação do capitalismo comercial desse
momento.
 
A preservação de moldes católicos como a adoração aos santos e o
cunho político pessoal da reforma, já que ela só ocorreu pela
necessidade do rei de anular seu casamento e casar-se novamente,
preocupado que estava com a sucessão do trono por um descendente
homem.
 
A adoção de alguns princípios calvinistas e a manutenção do Papa
como infalível e chefe da Igreja Anglicana.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 6
Leia o texto a seguir:
 
“A comunidade que enquadra e limita o indivíduo – a comunidade
rural, a cidadezinha ou o bairro – constitui um meio familiar em que
todo mundo se conhece e se vigia e além do qual se estende uma
terra incognita, habitada por algumas personagens de lenda. Era o
único espaço habitado e regulamentado segundo determinadas leis.
“Em seguida, esse espaço comunitário não era um espaço cheio,mesmo nas épocas de grande povoamento. Havia vazios – o canto da
janela na sala, as cercanias do pomar, ou ainda a floresta e suas
cabanas – que ofereciam um espaço de intimidade precária, porém,
reconhecida e mais ou menos preservada.”
(ARIÈS, Philippe. História da Vida Privada: da renascença ao
século das luzes. Volume 3. São Paulo: Companhia das Letras; 2009,
p.10.) 
 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
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I. O processo gradual e lento de desfeudalização, rumo a uma
modernidade, se assemelha a um viver por muito tempo num local
pequeno, onde tudo e todos são tão próximos, para, em seguida, sair
pelo mundo afora, onde tudo e todos são tão distantes.
 
PORQUE
 
II. Uma comercialização mais intensa entre feudos, entre regiões
distantes do Reino, e mesmo de um Reino para outro, acompanhada
da libertação dos servos das terras dos senhores, permitiram uma
maior circulação de pessoas, de mercadorias e de culturas, trazendo a
percepção de que o mundo é muito mais vasto e complexo do que
acreditavam as pessoas comuns, enquanto uma certa mentalidade
comercial se estendia das práticas mercantis regionais aos projetos de
expansão econômica dos Estados.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 A asserção I é verdadeira, enquanto a II é falsa. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 A asserção I é verdadeira, enquanto a II é falsa. 
 As asserções I e II são falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
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As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I. De fato, o processo de desfeudalização, que
ocorreu de formas e ritmos diferentes entre os reinos europeus,
foi provocando um certo ‘deslocamento de sentidos’ entre as
pessoas comuns, acostumadas a viver em regiões pequenas e
em comunidades quase fechadas por séculos; ao mesmo tempo
em que tal transformação também ocorria nas práticas
comerciais, mercantis e até na percepção política de alguns
governantes, que operaram reformas institucionais levando a uma
centralização de Estado, à expansão marítima e ao Estado
Nacional.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 7
Leia o texto a seguir:
 
“Como vimos, com o florescimento das cidades medievais e do
comércio, a Europa novamente criava condições de comunicação
entre as diferentes regiões, havia assim a possibilidade de
deslocamento dos micro-organismos entre as localidades e seu
encontro com aglomerações, o que favorecia sua rápida disseminação,
propiciando o aparecimento de epidemias. As vias comerciais foram
reatadas, dessa vez em condições difíceis – estradas estreitas e
lamacentas pela má conservação. O transporte de mercadorias por
esses caminhos era dificultado também pelos altos pedágios que os
proprietários dos feudos cobravam e pela insegurança causada por
frequentes assaltos.”
(UJVARI, S. C. A História e suas Epidemias. Rio de Janeiro: Editora
SENAC; 2003, p.54.)
 
 
Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir:
 
I. As epidemias sempre existiram na história humana, portanto, tiveram
pouco impacto nessa expansão demográfica e comercial na Europa,
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sendo que a motivação para a expansão marítima foi o
desenvolvimento científico e o espírito de aventura.
II. Devido às expansões nos séculos XIII e XIV, as epidemias
começaram a se tornar um obstáculo ao comércio europeu, levando
alguns reinos a levarem em consideração a expansão comercial
marítima como uma alternativa mais segura.
III. A disseminação dos micro-organismos, em conjunto com a
expansão demográfica, levou, portanto, à disseminação dos grãos e
sementes de alimentos que, antes, só eram encontrados em regiões
muito distantes, como trigo, arroz e milho.
 
É correto o que se afirma em:
 III, apenas 
 II, apenas 
A alternativa está correta, pois apenas a afirmação II é
verdadeira. De fato, um dos impactos da Peste Negra e das
epidemias no século XIV foi levar alguns Reinos, como Portugal e
Espanha, inicialmente, a se projetarem comercialmente pelas
ilhas do Atlântico e pelo litoral africano, ao longo do século XV,
sendo que o sucesso da empreitada levou também outros reinos,
como Inglaterra, França e Holanda a se projetarem igualmente
pela expansão comercial marítima, visto as rotas terrestres
europeias estarem prejudicadas e mesmo as rotas marítimas do
mediterrâneo serem vistas com desconfiança, tanto pelas
epidemias quanto pela presença islâmica. A afirmativa I é falsa:
claro que epidemias existiram na história humana, mas nunca
antes encontraram um ambiente tão propício com o deslocamento
humano e as aglomerações urbanas que passaram a ter espaço
na Europa do século XIV, sendo que a desestabilidade social,
comercial e política que se seguiu à Peste Negra, levou reinos,
como Portugal, a se projetarem rumo às ilhas oceânicas e ao
litoral atlântico africano. A afirmativa III também é falsa: a
disseminação de micro-organismos tem muito pouco a ver com
grãos e sementes, e sim com os insetos e pestes que
acompanhavam os animais, como ratos, as péssimas condições
de higiene e ausência de infraestrutura sanitária nas cidades.
Além disso, a Europa há séculos conhecia o trigo, o arroz estava
sendo introduzido nessa época, vindo da Ásia por terra, mas o
milho (planta americana) só chega no continente ao longo século
XIX.
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 I, apenas 
 I e II, apenas 
 I e III, apenas 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
“Em seguida a descoberta da América. Por que, em textos ainda não
muito numerosos, mas de qualquer forma bem frequentes, por que
nesses textos encontramos cada vez mais frequentemente a palavra
Europa? Com o risco de espantar, estou tentado a responder, porque
Colombo descobriu a América. Sim! Essa descoberta preocupou
muitos espíritos. Torna-se evidente, com o tempo, que o genovês tinha
descoberto toda uma parte nova do mundo, um novo continente, como
se diz, utilizando a velha noção de continente. A esse novo continente
opõe-se, desde então o velho continente. Mas o velho continente, eis
que ele evocava, confusamente, muitos países (…) continente, era
preciso, para fazer bem, um outro nome: ergueu-se o nome de Europa,
que se aplicou por contraste à terra que convinha opor à América,
quando houve uma América, à terra que aliás tinha descoberto a
América, tinha-lhe dado sua verdadeira vida e a assumia, a explorava.”
(FEBVRE, L. A Europa: gênese de uma civilização. Bauru - SP:
EDUSC; 2009, p. 180)
 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
 
I. A ‘descoberta’ da América trouxe uma série de reflexões e perguntas
aos europeus de várias áreas do conhecimento, da teologia à
botânica, da astronomia à economia. Provocou, igualmente, a atitude
de refletir sobre si mesma.
 
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PORQUE
 
II. Na antiguidade, o nome “Europa” era apenas uma localização
geográfica que se contrapunha à “Ásia”, como Ocidente e Oriente,
Oeste e Leste, não designando a denominação de continente. A
identificação do espaço europeu como continente deve-se à América.
 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 Apenas a asserção I é verdadeira, enquanto a II é falsa. 
 Apenas a asserção II é verdadeira, enquanto a I é falsa. 
 
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 As asserções I e II são falsas. 
 
As duas asserções sãoproposições verdadeiras, sendo que a II é uma
justificativa da I.
De fato, o reconhecimento da América, a exploração de sua
natureza e da humanidade que a povoava, levou a reflexões e
teorias que muito contribuíram para as mais diversas áreas do
conhecimento. Assim como contribuiu para ampliar a noção
geográfica de continente e separar, de forma cultural e histórica,
uma região territorial como fator de identidade, revitalizando as
antigas denominações de “Europa” (cristandade ou ocidente) e
“Ásia” (Índias ou oriente) para designar continentes.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 9
Leia o texto a seguir:
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“Entre os séculos XV e XVIII, tomou forma na Europa um novo
complexo de traços culturais. Tanto a forma quanto o conteúdo da vida
urbana, em consequência, foram radicalmente alterados. O novo
padrão de existência brotava de uma nova economia, a do capitalismo
mercantilista; de uma nova estrutura política, principalmente a do
despotismo ou da oligarquia centralizada, habitualmente personificada
num Estado nacional; de uma nova forma ideológica, que se derivava
da física mecanicista, cujos postulados fundamentais haviam sido
lançados muito tempo antes, no exército e no mosteiro.”
(MUMFORD, L. A Cidade na História. São Paulo: Martins Fontes,
1998, p.376)
 
Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir:
 
I. Avanços matemáticos e técnicos levaram a uma melhor estrutura
urbana, voltada para atender uma população que crescia rapidamente,
bem como às demandas produzidas pelo intenso mercantilismo, como
o aumento do número de casas comerciais, fábricas, ruas para
circulação de mercadorias e portos maiores.
II. Avanços científicos foram motivados tanto pela curiosidade racional
em esquadrinhar o funcionamento da natureza quanto pela
mentalidade comercial, fazendo investimentos em pesquisas
científicas nos progressos da física mecânica e da química, visando
sua aplicação no desenvolvimento industrial.
III. A Igreja Católica recebeu com boas perspectivas a transição da
mentalidade medieval para uma mentalidade moderna, mais
racionalizada, pois incentivar a ciência e a produção do conhecimento
nas universidades católicas de países como Alemanha e França seria
uma forma de impedir o avanço das heresias protestantes.
IV. A Reforma Protestante, ao longo do século XVI, entravou o
desenvolvimento urbano e industrial que se assinalava naquele século,
levando ao obscurantismo religioso, às perseguições de cientistas sob
acusação de bruxaria e uma série de retrocessos na economia e no
comércio, como ocorreu na Inglaterra e na Holanda.
 
Considere as afirmativas propostas, é correto o que se afirma apenas
em:
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 III e IV 
 III 
 I e II 
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e II são
verdadeiras. De fato, os avanços científicos em várias áreas do
conhecimento permitiram, através do crescimento da população
urbana e o aumento do comércio, levar a novas formas de
construção, de organização espacial urbana, de saneamento
público e de ordenação social. Dessa forma, igualmente
aplicações científicas nas fábricas levaram a um aumento da
produtividade e da técnica, levando a novas formas de produção
e de relações de trabalho, interligados à vida social e urbana. A
afirmativa III é falsa, pois a Igreja Católica não recebeu de bom
grado as mudanças da modernidade, sendo que elas iam de
encontro com a mentalidade medieval cristã, onde as
Universidades católicas tentaram justamente barrar os avanços
científicos que buscavam compreender o funcionamento da
natureza e do homem, desvinculados de seus aspectos sagrados
ou divinos. A afirmativa IV também é falsa, pois os avanços
técnicos e científicos foram justamente motivados pela renovação
intelectual provocada pela modernidade, sendo os movimentos
protestantes um exemplo dessa renovação no campo das
religiões. O protestantismo, portanto, é parte das transformações
que incluem também a ciência e as transformações econômicas,
comerciais e urbanas.
 II 
 I e IV 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 10
Leia o texto a seguir:
 
“O mercantilismo precisou lutar contra preconceitos medievais mais
fortes na França e na Inglaterra. As modernas formas de crédito
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comercial e as técnicas mercantis mais avançadas eram vistas com
receio e tachadas com frequência de frutos da Reforma Protestante.”
(POMER, Leon. O Surgimento das Nações. São Paulo: Atual; 1987,
p.30)
 
O sistema mercantilista não funcionou de igual maneira entre os reinos
europeus. Desse modo, quais reinos podemos destacar por obterem
resultados diferentes?
 
 
Itália, pois o mercantilismo provocou uma centralização de poderes tão
forte que levou os Reinos católicos a se unificarem num Estado
Nacional, levando igualmente a uma Reforma Protestante que
instaurou as cidades-estados como pequenas repúblicas.
 
França, pois o mercantilismo prosperou tanto que o Reino francês
tornou-se o primeiro Estado Nacional europeu, sendo inclusive berço
da Reforma Protestante, através de Calvino, e igualmente a nação que
iniciou um processo de industrialização.
 
Holanda, pois o mercantilismo levou o país a se tornar o primeiro
Estado a ter uma política liberal, através da Companhia das Índias
Ocidentais, a qual praticamente administrava o Estado holandês
politicamente, levando-o a ser o primeiro Estado Nação europeu.
 
Inglaterra, pois o mercantilismo não conseguiu se disseminar, apesar
de tentativas da classe comercial burguesa de influenciar a política
econômica do Reino, o que provocou um atraso na economia inglesa e,
consequentemente, um atraso na industrialização.
 
Portugal e Espanha, por serem reinos defensores do catolicismo e
berço da Inquisição moderna, apesar de adotarem certo
intervencionismo econômico, este não foi tão profundo ao ponto de
alterar a mentalidade comercial, política e religiosa.
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De fato, os Reinos ibéricos foram os principais defensores do
catolicismo, tanto que a Contrarreforma Católica partiu de lá
(Inquisição e Jesuítas). Com isso, eles se voltaram a uma defesa
de valores cristãos medievais, rejeitando os valores do
Protestantismo, que sacralizavam o trabalho e o enriquecimento
material, e, consequentemente, alteravam a política econômica de
Reinos como Inglaterra, França e Holanda. Isso fez com que
Portugal e Espanha, não seguissem o mesmo ritmo de
desenvolvimento econômico ao longo dos séculos XVII e XVIII,
sem incentivar a industrialização e um comércio mais dinâmico.
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