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Joana Borges Moura 2358339 Turma: 003204B01 
APS - RECURSOS 
Proposta uma ação na justiça comum estadual, o Juiz de Direito da 1º Vara Cível 
declarou a incompetência absoluta do juízo e remeteu os autos para a justiça do 
trabalho. Como advogado do autor, que medida você tomaria? Responda, 
analisando se as hipóteses previstas no art. 1.015 do CPC são taxativas ou 
exemplificativas e se admitem interpretação extensiva. Justificando ainda a 
medida aplicada. 
 
Trata-se de análise ao cabimento ou não da ação proposta a competência cível 
 
De acordo com a questão em epígrafe o juiz de direito da 1ª vara cível declarou-se 
incompetente para julgar o processo o qual chegou em suas mãos, originando o 
mesmo para competência trabalhista. 
 
Em relação ao artigo 64, §1º 
 
“A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer 
tem e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.” 
 
Como não há previsão em lei para o Agravo de Instrumento sobre decisão de ofício 
a incompetência alegada pelo juiz, nos leva ao artigo 1015 do Código de Processo 
Civil: 
“Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - Tutelas provisórias; 
II - Mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV -Incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica; 
V -Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou 
acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X -Concessão, modificação ou revogação do efeito 
suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, 
§ 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.” 
 
 
Joana Borges Moura 2358339 Turma: 003204B01 
 
Assim como oportuno pelo STJ, acertadíssimo foi o relevante julgamento do Superior 
Tribunal de Justiça, ocorrido em 20.02.2018, pelo qual se acolheu a proposta de afetação 
do Recurso Especial n. 1.704.520 – MT, conforme voto da Ministra Nancy Andrighi: 
 
"PROPOSTA DE AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. 
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. SELEÇÃO. 
AFETAÇÃO. RITO. ARTS. 1.036 E SS. DO CPC/15. DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
CONTROVÉRSIA. NATUREZA. ROL DO ART. 1.015 DO 
CPC/15. 1. Delimitação da controvérsia: definir a natureza do 
rol do art. 1.015 do CPC/15 e verificar possibilidade de sua 
interpretação extensiva, para se admitir a interposição de agravo 
de instrumento contra decisão interlocutória que verse sobre 
hipóteses não expressamente versadas nos incisos de referido 
dispositivo do Novo CPC. 2. Afetação do recurso especial ao rito 
do art. 1.036 e ss. do CPC/2015". 
 
 
Sendo que, em relação ao conflito de jurisprudência entre juízes do mesmo ramo do 
judiciário, é competente o respectivo tribunal. Porém, no conflito entre juízes de 
justiças distintas, a competência é do STJ. 
 
De acordo com alínea “d” do inciso I, do artigo 105 da Constituição Federal. 
 
“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - Processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e 
juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais 
diversos.” 
 
Concluo que, como advogada da parte, entraria com agravo de instrumento, ao estudar 
sobre o artigo 1015 do CPC, vejo que o mesmo demonstra ser de natureza taxativa, por 
ser em rol fechado, ou seja, sem abertura para novas interpretações. Porém, com a forma 
extensiva, ampliando o sentido da norma, ele vai tornando exemplificativo, havendo 
grandes hipóteses de cabimento.

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