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Política Cambial - Economia Internacional

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Universidade Positivo – Comércio Exterior – 3° Ano – Noite 
 
Disciplina: Economia Internacional e Mercado de Câmbio 
Nome: Alicia Vilalba Ferreira 
Matrícula: 1801009 
Turma: 21FNA 
 
 
Política cambial, história da formação econômica brasileira e implicações 
nos eventos econômicos atuais 
 
A Política Cambial consiste, resumidamente, no controle ou fixação da taxa de 
câmbio da moeda de um país. A taxa cambial corresponde a um “preço”, tal preço 
referente ao valor da moeda nacional em relação à moeda de um outro país, utilizando 
exemplos atuais e cotidianos, o preço do real brasileiro diante ao dólar estadunidense. 
Historicamente, a taxa cambial foi criada quando os países europeus 
começaram a cunhar suas próprias moedas e a estabelecer uma relação de troca entre 
si. Tal relacionamento de trocas foi evoluindo com o padrão-ouro, taxa cambial de 
paridade, entre outros conceitos; e chega aos dias atuais, onde cada país ou conjunto 
de países, como a União Europeia que adotou o Euro, desenvolveram suas próprias 
moedas, portanto, é dever de cada nação controlar e utilizar-se de métodos e políticas 
para a valorização ou desvalorização de seu câmbio. 
Com o estabelecimento de cúpulas e reuniões mediadas pela ONU, OMC e 
outros, contando com a participação dos países aliados, foi criado o FMI (Fundo 
Monetário Internacional), a partir dos resultados deste órgão econômico, o dólar 
americano teve sua ascendência. Em relação às dificuldades que a evolução da taxa 
cambial enfrentou, foram questões como: abolição da conversão da moeda em ouro, 
antigamente utilizada, a qual dificultou a precificação da moeda, pois esta, se 
considerada variável, é um preço qualquer a ser definido; se considerada a 
parametrização, é preciso definir os parâmetros a serem utilizados. Surge então, a 
necessidade de uma metodologia eficiente que permite estabelecer o valor da taxa 
cambial. 
Deste modo, a partir das metodologias e conceitos para a definição do câmbio, 
surgem os regimes cambiais adotados por cada país, sendo de extrema importância, 
pois diz respeito ao conjunto de regras e acordos que determinarão as transações e 
trocas financeiras entre países ou blocos econômicos. Os sistemas cambiais discorrem 
 
 
 
de dois extremos, sendo estes câmbio fixo ou flutuante. O câmbio fixo é estável, a 
cotação é decidida pelo governo, sendo a fixação da taxa de câmbio da moeda nacional 
em relação à outra. O câmbio flutuante, surgiu na década de 70 com o avanço de 
tecnologias de comunicação, é determinado por índices de mercado, como a oferta, 
demanda e relações de comércio. Alguns fatores são influentes ao mercado de câmbio, 
como: taxas de juros internas ou externas, salários ou renda familiar, taxas de inflação, 
desemprego, entre outros. Pode-se citar também o regime misto, sendo este a Banda 
Cambial, que consiste em permitir que a moeda flutue, porém dentro do limite inferior 
ou superior, pré-estabelecido pela autoridade monetária. 
Diante às políticas cambiais brasileiras, cita-se estas como as ferramentas 
utilizadas pelo BACEN (Banco Central Brasileiro), com o objetivo de manter o equilíbrio 
entre a entrada e saída de moeda estrangeira do país, controlando as variações 
impactantes, influenciadas por fatores externos ou internos do país, de modo a atender 
os interesses do governo referente ao cenário econômico e político que o país se 
encontra. Ou seja, em determinados cenários é necessário uma valorização ou 
desvalorização da moeda. 
A fins de demonstrar os efeitos de um alto câmbio para a economia brasileira, 
exemplifica-se um alto valor no dólar, tal moeda que é de importância no mercado, o 
aumento desta pode impactar no crescimento da inflação nacional, que seria o aumento 
generalizado dos preços e assim, o brasileiro perde seu poder de compra, resultando 
em seu dinheiro tendo um menor “valor”. Para contornar situações como essa, cabe 
ao Banco Central tomar algumas medidas reguladoras e utilizar da política cambial. 
Ao analisar a história da formação econômica brasileira, citamos os governos 
anteriores, o país passou por ciclos de governos militares e democráticos, bem como 
cinco planos não sucedidos de desenvolvimento da moeda. No governo de FHC (1995-
2002), uma de suas prioridades era a estabilização da economia e diminuição da 
inflação, a partir de métodos de sobrevalorização cambial. Com a implementação do 
Plano Real, o cenário era resistente, marcado pela economia superaquecida e 
desvalorização da Balança de Pagamentos. Em resposta, o governo anunciou medidas, 
uma delas cambiais, como: o Banco Central passou a administrar métodos de 
“microdesvalorização”, decorrentes da Banda Cambial. Tal medida mostrou resultados 
positivos, atraiu investidores com a alta rentabilidade e assim as reservas internacionais 
de 1995 fecharam em US$52 bilhões. Por fim, conclui-se que o Plano Real brasileiro 
 
 
 
sucedeu com o auxílio do mercado financeiro internacional e as medidas de câmbio 
buscando a liquidez e atratividade para o mercado interno. 
Em contrapartida, a gestão macroeconômica deixou dois fatores frágeis, como o 
desequilíbrio externo e uma crise fiscal. Com foco no desequilíbrio externo, este deu-se 
em razão do aumento das importações e mau desempenho das exportações, 
consequências da sobrevalorização da moeda, a qual impactou negativamente as 
indústrias. Com o déficit da Balança Comercial, o financiamento deste gerou 
desequilíbrio e novas dívidas externas. A partir de 1998, a evolução do câmbio flutuante 
no Brasil é crescente, a moeda nacional passa pela subvalorização, incentivando as 
exportações do país, aumentando o saldo da Balança Comercial e as reservas de 
dólares, pois há o aumento na entrada deste. A oferta excessiva de dólares 
(sobrevalorização cambial) afeta negativamente os exportadores, indústrias e 
desenvolvimento de tecnologia na economia, o que ficou claro no Brasil de 2005-2013. 
Portanto, ao analisar o cenário econômico atual, mais especificamente do Brasil, 
percebe-se que o país passa por uma crise econômica e está vulnerável aos impactos 
de acontecimentos no cenário mundial e da política interna, resultando em baixo 
desenvolvimento de seu PIB, aumento de inflação, taxas de juros e desemprego, ou 
seja, enfrenta-se um problema econômico e cambial, o qual é decorrente das políticas 
de décadas anteriores; consequentemente, as quais o Brasil sofria ataques 
especulativos dos agentes econômicos. 
Com a crise do COVID-19, tudo se agrava, a taxa do dólar hoje, bate R$ 5,72, 
altas cambiais que estão atingindo marcas históricas, sendo este um impacto da falta 
de investimento no Brasil, o que afeta diretamente o estoque de reservas do Banco 
Central, investidores estrangeiros têm receio em aplicar dólares no cenário brasileiro 
que exala a incerteza e o risco, estes buscam e preferem investir nas economias 
seguras e emergentes, onde encontram certa estabilidade. As necessárias medidas de 
isolamento social provocam impacto na atividade industrial produtiva, empregos e 
consumo. A reação do país é lenta, há o descaso dos líderes políticos diante à pandemia 
e suas vítimas. Quanto à economia, as projeções de seus indicadores mostram 
dificuldade de recuperação do Brasil, seus efeitos econômicos e sociais serão bem 
evidentes nos próximos anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes: 
http://www.econometrix.com.br/pdf/voce%20sabe%20o%20siginificado%20de%20valo
rizacao%20cambial.pdf 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_cambial 
 
https://andrebona.com.br/regime-cambial-diferencas-entre-cambio-fixo-banda-cambial-
e-cambio-flutuante/ 
 
https://www.moneytimes.com.br/voltamos-a-era-da-sobrevalorizacao-cambial/ 
 
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/29/covid-19-e-desafio-muito-
maior-que-crise-de-2008-dizem-economista.htm 
 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2824329/mod_resource/content/1/GIANBIAGI
%20ECONOMIA%20BRASILEIRA%20CONTEMPOR%C3%82NEA%2C%202A%20ED_.pdf 
http://www.econometrix.com.br/pdf/voce%20sabe%20o%20siginificado%20de%20valorizacao%20cambial.pdf
http://www.econometrix.com.br/pdf/voce%20sabe%20o%20siginificado%20de%20valorizacao%20cambial.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_cambial
https://andrebona.com.br/regime-cambial-diferencas-entre-cambio-fixo-banda-cambial-e-cambio-flutuante/
https://andrebona.com.br/regime-cambial-diferencas-entre-cambio-fixo-banda-cambial-e-cambio-flutuante/
https://www.moneytimes.com.br/voltamos-a-era-da-sobrevalorizacao-cambial/
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/29/covid-19-e-desafio-muito-maior-que-crise-de-2008-dizem-economista.htm
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/29/covid-19-e-desafio-muito-maior-que-crise-de-2008-dizem-economista.htm
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2824329/mod_resource/content/1/GIANBIAGI%20ECONOMIA%20BRASILEIRA%20CONTEMPOR%C3%82NEA%2C%202A%20ED_.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2824329/mod_resource/content/1/GIANBIAGI%20ECONOMIA%20BRASILEIRA%20CONTEMPOR%C3%82NEA%2C%202A%20ED_.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2824329/mod_resource/content/1/GIANBIAGI%20ECONOMIA%20BRASILEIRA%20CONTEMPOR%C3%82NEA%2C%202A%20ED_.pdf

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