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CASO CONCRETO 14 PRATICA SIMULADA PENAL III PROFESSOR: Valdinei Rangel ALUNA: Pamela Rejane Afonso dos Santos MATRÍCULA: 2016.028.4499-2 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP Habeas Corpus nº: xxxx JOÃO, já qualificado nos autos de “habeas corpus” em epígrafe, por sua advogada, que esta subscreve, não se conformando, “data vênia”, com o v. acórdão denegatório da ordem, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, Com fulcro nos artigos 105, II, “a”, da Constituição Federal, e 30/32 da Lei 8.038/90. Requer o recebimento e processamento deste recurso, e encaminhado, com as razões anexadas, ao Colendo Superior Tribunal de Justiça. Termos em que, pede deferimento. São Paulo, data: xxxxxxx . Advogado, OAB/SP n: xxxx. Razões de Recurso Ordinário Constitucional Recorrente: João. Recorrida: Justiça Pública. Habeas Corpus nº: xxxx. Superior Tribunal de Justiça, Colenda Turma, O respeitável acórdão proferido pelo douto Juízo “a quo” merece ser reformado pelos motivos que a Recorrente passa a expor: Douto Procurador da República, Em que pese o ilibado saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, o venerando acórdão que denegou a ordem de Habeas Corpus não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – TEMPESTIVIDADE: Considera-se publicada a intimação da sentença no dia xxxx . Assim apreciando que o RECORRENTE têm o prazo de 15 (quinze) dias (art. 30, Lei 8.038/90), é tempestiva a interposição do presente recurso, nesta data. I. DOS FATOS: O RECORRENTE, investigador de polícia, no dia xxxx, foi preso. É está detido no Presídio Especial da Polícia Civil, por força do auto de prisão em flagrante, e denunciado pela prática, em tese, do crime de concussão, previsto no artigo: 316 do Código Penal, sendo certo que teve concedida a fase do art. 514 do CPP, e que os prazos legais estão sendo observados. Obedecidas as formalidades legais, foi requerida a concessão da liberdade provisória do acusado, mediante o pagamento de fiança. Contudo, o pedido foi negado. Reiterado o pedido junto ao Tribunal de Justiça, a concessão de liberdade provisória foi novamente negada, sob o argumento de que o crime é muito grave. O recorrente é réu primário, tem residência fixa e exerce atividade lícita. O MM. Juiz de 1ª instância negou a liberdade provisória com fiança, alegando apenas e tão somente “ser o crime muito grave”, enquanto a Egrégia 1.ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, denegou a ordem de habeas corpus que fora impetrada usando o mesmo argumento, conforme consta do aresto hoje publicado. STF - Habeas corpus. Penal e processo penal. Crime de concussão. CP, art. 316. CP. Dosimetria da pena. Policial civil. CP, art. 59. CP. Culpabilidade. Maior reprovabilidade da conduta. Fundamentação idônea. Pena-base. Exasperação. Princípio do non bis in idem. Ausência de violação. Denegação da ordem. «1. À luz do disposto no CP, art. 59 - Código Penal, é válida a exasperação da pena-base quando, em razão da aferição negativa da culpabilidade, extrai-se maior juízo de reprovabilidade do agente diante da conduta praticada. (https://www.legjur.com/jurisprudencia/busca?q=art-316-cp&op=com) II – DO MÉRITO: II – I - LIBERDADE PROVISÓRIA A regra constitucional ditada no art. 5º, inciso LXVI, da CF/88, estabelece a liberdade provisória como padrão, sendo a incidência da prisão uma excepcionalidade, só aceitável quando se fizer imprescindível, o que não corresponde ao caso em tela. Os julgados abaixo retratam as posições dos tribunais: CONSTITUCIONAL – PROCESSUAL PENAL – LIBERDADE PROVISÓRIA – FIANÇA – PRESSUPOSTOS – "Ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a Lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança" (CF, art. 5º, LXVI). – Ao preso em flagrante por crime punido com pena mínima de reclusão não superior a 2 anos, sem necessidade de prisão preventiva será concedida fiança, nos termos dos arts. 323, I, c/c o art. 324, IV, ambos do Código de Processo Penal. – Habeas- corpus concedido LIBERDADE PROVISÓRIA – FIANÇA – ACUSADO PRESUMIDAMENTE POBRE – APLICAÇÃO DO ART. 350 DO CPP – NECESSIDADE – Em sede de liberdade provisória mediante fiança, é presumida a pobreza do acusado, que é modesto auxiliar de serralheiro desempregado, defendido pelo pai, devendo ser aplicado o art. 350 do CPP, pois se supõe não ter como prover ao próprio sustento, a não ser com dificuldades e, bem por isso, não pode desfalcar seus minguados haveres com custas e despesas processuais, como a fiança. Vários julgados sustentam o alegado, já que não se trata de crime hediondo, é tecnicamente primário, apesar de estar desempregado é trabalhador e tem residência fixa (mora com os pais). https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940-316 https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940 https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940-59 https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940 https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940-59 https://www.legjur.com/jurisprudencia/busca?q=art-316-cp&op=com HABEAS CORPUS – FURTO QUALIFICADO – PRISÃO EM FLAGRANTE – PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE O PAGAMENTO DE FIANÇA – POSSIBILIDADE – ORDEM CONCEDIDA – 1 – A prisão do paciente não se enquadra em nenhuma das hipóteses elencadas no art. 323 do CPP, bem como não registra antecedentes criminais, razão por que é de se conceder a liberdade provisória mediante pagamento de fiança. 2 – O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que, “uma vez satisfeitos os pressupostos legais, a prestação de fiança é direito do réu e não faculdade do juiz.” Fica claro que o REQUERENTE não deve ser mantido em cárcere, pois conforme documentos em anexo o mesmo é primário, possui residência fixa, trabalha para se sustentar e auxiliar a família. III. DO DIREITO: Entretanto, o v. acórdão não merece prosperar, pois viola frontalmente os ditames legais. Segundo o artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal, “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. A concussão, crime previsto no artigo 316 do Código Penal, tem pena mínima de 02 (dois) anos, sendo, portanto, afiançável, nos termos do artigo 323 do Código de Processo Penal: Artigo: 323. Não será concedida fiança: I – nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 (dois) anos. Ademais, a suposta gravidade do crime não pode embasar a manutenção da prisão, sendo imperioso a concessão de liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. “Ex positis”, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que se conceda a ordem de “habeas corpus” denegada pela Corte Estadual, arbitrando-se a respectiva fiança para a concessão de liberdade provisória. Termos em que, pede deferimento. São Paulo, data: xxxx. Advogado, OAB/SP n:xxxxx.
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