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Olá, tudo bom com você?! 
O arquivo que você tem em mãos foi retirado de um post do Blog 
http://www.arribadentista.com onde resolvo e comento questões de concurso e falo 
odontologia no geral. 
Além disso, o meu conteúdo é publicado principalmente no Youtube e no Instagram, onde 
resolvo provas de concurso e produzo aulas para dentistas e futuros dentistas que ainda 
estão na graduação. 
Para acessar as minhas redes sociais, é só clicar nos botões abaixo. E, descendo mais o 
arquivo, você encontra as questões resolvidas. 
Bons estudos! 
 
 
 
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4 Questões de Concurso Público Para Dentistas - Anestesiologia, 
Patologia Bucal e MAIS! 
 
Olá, tudo bem com você?! 
 
Existem alguns temas que, quando cobrados em provas de concurso, nos deixam 
completamente confusos. Para mim, um destes assuntos seria as alterações hemorrágicas, 
visto que não é tão frequente o dentista se deparar com um paciente Hemofílico, por exemplo. 
[Pelo menos eu nunca atendi alguém com esta condição]. 
 
Além disso, neste texto, você também irá encontrar uma questão falando sobre alveolite, uma 
das complicações pós-cirúrgicas mais comuns e que traz bastante incômodo para o paciente. 
Por isso, entender sobre este assunto é essencial tanto para a prática clínica tanto para a sua 
preparação para uma prova de concurso. 
 
Bons estudos! 
 
Questão 1. 
Cirurgião Dentista - Prefeitura de Gramado - RS - 2019 - Questão 35: 
As complicações pós-operatórias da exodontia são as mesmas que ocorrem em cirurgias 
dentoalveolares, como hemorragias, hematomas, equimoses, parestesias, edema, trismo e 
infecções. Analise as assertivas a seguir sobre alveolite e assinale V, se verdadeiras, ou F, se 
falsas. 
 
( ) Ocorre especialmente na exodontia de molares inferiores. Caracteriza-se por uma dor 
generalizada que se potencializa entre o terceiro e o quinto dia pós-operatório, irradiando-se 
na região. 
( ) Também é conhecida como osteíte alveolar, alvéolo seco, osteíte alveolar localizada e 
osteíte fibrinolítica. 
( ) Apresenta ferida óssea alveolar exposta com marcado odor fétido, desprotegida pela total 
ou parcial desintegração do coágulo. 
( ) Pacientes fumantes, geriátricos e especialmente mulheres que usam contraceptivos são 
mais propensos a apresentá-la. 
( ) Seu tratamento tem como objetivo maior eliminar a dor. Os cuidados com a ferida cirúrgica 
incluem anestesia local, irrigação e limpeza, colocação intra-alveolar de curativos ou 
tamponamentos medicamentosos. Sistemicamente, recomenda-se medicação antimicrobiana 
e anti-inflamatória. 
 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
A) V – F – F – F – V 
B) V – V – F – F – V 
C) F – V – V – V – F 
D) F – V – F – V – F 
E) F – F – V – F – F 
 
RESPOSTA 
 
Aspecto clínico Alveolite Seca 
No decorrer dos anos, vários sinônimos foram utilizados relativos à Alveolite, sendo esta 
também conhecida por: Alveolalgia, osteomielite, alveolite/osteíte fibrinolítica, alveolite 
dolorosa seca/úmida, osteíte alveolar. 
 
A Alveolite é uma complicação pós-operatória que surge dois ou três dias depois de realizado 
um procedimento cirúrgico e que se manifesta clinicamente através de uma dor ao redor da 
ferida cirúrgica, devido à desintegração parcial ou total do coágulo alveolar, podendo também 
ocorrer halitose, com ou sem exposição de tecido ósseo. 
 
Vale destacar que existem dois tipos de alveolite, a Alveolite Seca e a Alveolite Purulenta. A 
Alveolite Seca é aquela que ocorre por causa da ausência do coágulo sanguíneo no alvéolo 
após a cirurgia, o que pode acontecer devido a infecções (caso o paciente não higienize a 
região, ou a cadeia asséptica seja quebrada durante a cirurgia), traumas no trans-operatório, 
sutura inadequada. 
 
Além disso, tabagismo, falta de higiene bucal ou precária, e uso de contraceptivos orais 
também podem contribuir para seu surgimento. 
 
Já a Alveolite Purulenta ocorre quase sempre após a Alveolite Seca, devido a ocorrência de 
uma infecção no alvéolo, e se caracteriza por odor fétido, presença de pus e dor. No entanto, 
apesar de a dor estar presente, ela é menor do que na Alveolite Seca. 
 
O tratamento da alveolite deve ser aplicado principalmente com o objetivo de deixar limpo e 
higienizado o local da ferida, para eliminação da infecção e, junto disso, deve-se buscar a 
analgesia com o uso de curativos analgésicos e antisépticos. 
 
Assim, com a resolução da infecção local, que é o principal objetivo do tratamento, o alívio da 
dor virá como consequência. 
 
Segundo o livro Patologia Oral e Maxiolofacial (Neville, 3ª edição), o tratamento da alveolite irá 
envolver radiografia da região afetada, para excluir a possibilidade de se ter um resto radicular 
no local e irrigação do álveolo com solução salina morna. Uma seringa deve ser oferecida ao 
paciente para que ele mantenha a irrigação em casa nas próximas 3 ou 4 semanas. 
 
Um curativo também pode ser usado na região e deve ser substituído a cada 24 horas. No 
entanto, assim que o paciente não sentir mais dor, o uso do curativo deve ser suspenso. 
 
O uso de antibióticoterapia sistêmica é feito por muitos dentistas após a identificação da 
alveolite, no entanto, muitos clínicos destacam que apenas os procedimentos locais já são 
suficientes para controle da infecção e que os antibióticos sistêmicos devem ser utilizados 
apenas em caso de acometimento sistêmico. 
 
RESPOSTA CORRETA: Letra C 
 
Questão 2. 
Cirurgião Dentista - Prefeitura de Gramado - RS - 2019 - Questão 35: 
A hemofilia representa uma variedade de doenças hemorrágicas associadas a uma deficiência 
genética em qualquer um dos fatores da coagulação sanguínea. A tabela abaixo apresenta a 
comparação das doenças hemorrágicas herdadas mais comumente encontradas. 
 
A alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas X, Y e Z é: 
A) Hemofilia A – Hemofilia B – Autossômica dominante 
B) Hemofilia A – Hemofilia B – Autossômica recessiva 
C) Doença de Christmas – Hemofilia A – Recessiva ligada ao X 
D) Hemofilia B – Hemofilia dominante – Autossômica recessiva 
E) Hemofilia B – Hemofilia A – Autossômica dominante 
 
RESPOSTA 
 
Basicamente, a Hemofilia é uma doença hereditária que causa problemas de coagulação 
sanguínea. 
 
Segundo o Manual de Hemofilia escrito publicado pelo Ministério da Saúde em 2015, "A 
hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela 
deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou do fator IX 
(hemofilia B). A prevalência estimada da hemofilia é de aproximadamente um caso em cada 
5.000 a 10.000 nascimentos do sexo masculino para a hemofilia A, e de um caso em cada 
30.000 a 40.000 nascimentos do sexo masculino para a hemofilia B. A hemofilia A é mais 
comum que a hemofilia B e representa cerca de 80% dos casos". 
 
Clinicamente, as Hemofilias se apresentam de forma semelhante, através de sangramentos 
intra-articulares (hemartroses), hemorragias musculares ou em outros tecidos ou cavidades. 
 
O tratamento das Hemofilias envolve a reposição do fator de coagulação deficiente, o que 
pode ser feito através de agentes hemostáticos, como produtos derivados do plasma humano 
(hemoderivados) e concentrados recombinantes, os quais são aplicados de forma intravenosa. 
 
Já a Doença de Von Willebrand é uma outra que causa problemas na coagulação sanguínea, no 
entanto, isto ocorre devido a falta do fator de Von Willebrand na cascata de coagulação. 
 
Segundo o Manual de Diagnóstico e Tratamento da Doença de Von Willebrand, publicado pelo 
Ministério da Saúde em 2008, "A doença de von Willebrand (DVW) é um distúrbio 
hemorrágico, resultante dedefeito quantitativo e/ou qualitativo do fator von Willebrand 
(FVW). A DVW pode ser adquirida, sendo esta forma rara, secundária a doenças malignas 
(principalmente doenças linfo e mieloproliferativas) e doenças auto-imunes, entre outras. Mais 
comumente, a DVW é uma doença genética, congênita, transmitida como caráter autossômico 
dominante, resultante de mutações no gene que codifica o FVW". 
 
O tratamento da Doença de Von Willebrand busca aumentar as concentrações do fator de Von 
Willebrand, o que pode ser feito para conter episódios hemorrágicos ou até antes de um 
procedimento cirúrgico. Para isto, pode-se fazer o uso de medidas locais (como a compressão 
prolongada em lesões menores) ou fazer o uso de um medicamento conhecido como 
Desmopressina e também de Concentrados de Fator. 
 
RESPOSTA CORRETA: Letra A 
 
Questão 3. 
Cirurgião Dentista - Prefeitura de Evárlia - MG - 2018 - Questão 29: 
A provisão de um controle efetivo da dor é um dos aspectos mais importantes do cuidado 
dentário. Analise as afirmativas a seguir, relativas à técnica de bloqueio do nervo alveolar 
inferior. 
 
I. Na técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior, são anestesiados os dentes mandibulares 
até a linha média. 
II. A técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior é indicada quando se torna necessária a 
anestesia dos tecidos moles linguais. 
III. Para realização da técnica de bloqueio do nervo alveolar, recomenda-se a utilização de uma 
agulha dentária longa em pacientes adultos. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I e II, apenas 
B) I e III, apenas 
C) II e III, apenas 
D) I, II e III 
 
RESPOSTA 
 
Local de inserção da agulha para anestesia do NAI 
O bloqueio do Nervo Alveolar Inferior é a segunda técnica anestésica mais utilizada na 
odontologia, ficando apenas atrás da infiltração. 
 
Com um bloqueio no NAI, é possível anestesiar os nervos alveolar inferior, incisivo, 
mentoniano e lingual. Através disso, é possível obter analgesia dos dentes mandibulares até 
linha média, corpo mandibular, mucoperiósteo bucal, dois terços anteriores da língua, 
assoalho da cavidade bucal, periósteo e tecidos moles linguais. 
 
Diante disto, a técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior é indicada para procedimentos 
em vários dentes mandibulares, anestesia dos tecidos moles bucais e linguais. 
 
Para realização desta anestesia, é indicado o uso de uma agulha longa para pacientes adultos, 
de preferência com calibre 25. 
 
Segundo o Manual de Anestesia Local (Stanley Malamed, 6ª edição), "A área de inserção da 
agulha deve ser na membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na 
interseção de duas linhas — uma horizontal, representando a altura de inserção da agulha, e a 
outra vertical, representando o plano anteroposterior de injeção", como mostra a foto abaixo. 
 
RESPOSTA CORRETA: Letra E 
 
QUESTÃO BÔNUS! 
A questão abaixo foi retirada do Arriba Dentista Premium, uma extensão de todo o meu 
conteúdo do Instagram e do Youtube, onde resolvo semanalmente uma prova de concurso em 
vídeo e complemento todo o conhecimento com tabelas resumidas para impressão e posts 
com mais questões resolvidas. 
 
Todo este conteúdo é planejado com o objetivo de ajudar você a estudar depois de um dia 
cansativo de trabalho ou faculdade. 
 
Para acessar o material e estudar junto comigo, é só clicar no botão abaixo: 
 
Questão 4. 
Dentista - Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Questão 18: 
Sobre o tratamento de lesão central de células gigantes dos maxilares, é CORRETO afirmar 
que: 
 
A) A cirurgia radical, com ressecção de margens ainda é a técnica de primeira escolha, com 
melhores resultados, principalmente para casos em crianças e adolescentes 
B) Os resultados com terapias alternativas com corticoides intralesionais são animadores, 
exceto nos casos de lesões não agressivas na maxila 
C) O uso de interferon também tem apresentado bons resultados no tratamento de LCCG em 
crianças e adolescentes 
D) O uso da calcitonina não apresenta resultados satisfatórios em casos agressivos em 
crianças, não sendo uma opção a considerar 
 
RESPOSTA 
 
Aspecto clínico e radiografico lesão centra de células gigantes 
 
A Lesão (ou Granuloma) Central de Células Gigantes é uma lesão intra-óssea, não-neoplásica 
que pode ser encontrada em pacientes entre 2 a 80 anos de idade, contudo, 60% dos casos 
acometem pacientes com idade menor do que 30 anos. 
 
Apesar de muitos autores descreverem a LCCG como uma lesão que provém de um processo 
de reparo, a real etiologia da doença ainda é desconhecida. 
 
Muitas vezes a LCCG chama a atenção em exames radiográficos, onde normalmente se busca 
avaliar um aumento de volume indolor. Contudo, apesar de ser em grande maioria indolor, em 
poucos casos ainda pode se observar uma dor, parestesia ou perfuração da tábua óssea 
cortical, resultando em ulceração da superfície da mucosa pela lesão subjacente. 
 
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Vale destacar também que a LCCG é mais prevalente na mandíbula e normalmente cruza a 
linha média. A lesão também é mais comum em mulheres do que em homens, com uma 
prevalência de 2:1. 
 
O tratamento é cirúrgico e envolve uma curetam da lesão, com o uso de medicamentos como 
Corticoesteróides, Calcitonina e Interferon Alfa 2-a. Caso ocorra recidiva, pode ser feita uma 
outra curetagem, ou ressecção da lesão. 
 
Segundo Nevile (2009, 3ª Edição), o interferon alfa-2a sozinho ou em combinação com cirurgia 
tem sido relatado como provocador de resolução de lesões extensas. 
 
RESPOSTA CORRETA: Letra C 
 
Bom, por hoje era isso. 
Obrigado por acompanhar até aqui! Qualquer dúvida, sinta-se livre para enviar em 
arribadentista1@gmail.com 
 
Abraços, 
André Martins - Arriba Dentista