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Engenharia Ambiental Marinha e Costeira Professor Alex Mauricio Araujo Alunos: José Manoel de Sousa Eduardo José Rocha Bonifácio M. Marinheiro Bacia Hidrográfica Ciclo Hidrológico Fatores de Formação do Solo O Intemperismo Sedimentos Cálculo de Transporte Granulometria Origem do Material e Balanço Sedimentar Classificação de Estuários Transporte de Sedimentos Sedimentos ao Longo do Curso D’água Amostradores de Sedimentos de Suspensão Medidores de Sedimento do Leito Equipamentos de Descarga de Fundo Amostrador de Cesta ou Caixa Amostrador de Bandeja ou Tanque Características dos Bicos dos Amostradores Amostragem de Suspensão em Vertical Formulação para Descarga de Arrasto Cálculos de Descarga Sólida do leito no Processo por Integração Bibliografia É a porção da superfície terrestre que capta e concentra toda água de precipitação pra um único ponto de saída, seu exutório. A captação das chuvas ocorre através de um conjunto de superfícies vertentes, e a concentração pela convergência da rede de drenagem (cursos de água ) que confluem em um leito único (exutório). O escoamento superficial ocorre quando a intensidade de chuva excede a capacidade de abstração da bacia. Divisores de água (geológico, freático e topográfico) Exutório Precipitação Precipitação Infiltração Detenção Superficial oceano Evaporação Evaporação ÁGUA SUBTERRÂNEA (Armazenamento e Interfluxo) Escoamento Superficial Escoamento Superficial Evaporação e Interceptação Fluxo subsuperficial IMPORTÂNCIA Planejamento de estruturas e canais Modelagem no transporte de solutos e sedimentos é função Abstrações Hidrológicas: Evaporação ; Interceptação vegetal; Infiltração Retenção Superficial Detenção de canais Fluxo de Caule Picos de escoamento superficial Volumes de escoamento superficial Distribuição temporal das taxas e volumes de escoamento superficial São os processos que atuam reduzindo a precipitação total em precipitação efetiva, que por sua vez, gera o escoamento superficial Interceptação Infiltração Evaporação e evapotranspiração Retenção superficial Os escoamentos superficial em uma bacia ocorre em progressão nas seguintes formas: Fluxo laminar (overland flow) Fluxo concentrado em sulcos (rill flow) Fluxo em canais (streamflow) Fluxo fluvial (river flow) Modelo linear básico Chuva – Vazão : Q = b (P – Pa ) , onde Q= lâmina de escoamento , P= lâmina de chuva, Pa = chuva abaixo da qual o escoamento é zero, e b= declive da reta. Fatores de Formação do Solo Solo Erodibilidade Relevo Tempo Organismo Material de Origem Clima O intemperismo ocorre porque rochas e minerais não estão em equilíbrio com o ambiente circundante. O intemperismó é o processo através do qual o equilíbrio é alcançado Pode ser classificado em químico e mecânico: 4.0×1015 g/ano 5.6×1015 g/ano Aproximadamente iguais, mas com grande variação geográfica. Intemperismo Físico Expansão e contração térmicas, alívio de carga, congelamento e abrasão. Intemperismo Biológico Intemperismo Químico Dissolução – remoção de íons Oxidação e redução – perda ou ganho de elétrons Hidrólise – especialmente em feldspatos, através da reação com íons livres de hidrogênio na água Textura (composição mineralógica) Horizontes Solo diferentes Taxas de infiltração “Ks” Profundidade Clima Temperatura Velocidade de reações Precipitação Intemperismo Solo Radiação Tipo de vegetação Profundidade Fatores de Formação do Solo Ks Erodibilidade do solo Fatores de Formação do Solo Erodibilidade Propriedades Físicas : Agregados Teor e mineralogia da argila natureza dos cátions do Material de Origem solo Formação Ação de raízes e microorganismo Consenso Granulometria textura determina a resistência desagregação f área de superfície específica (superfície reativa) Maior teor de argila + Contato + Coesão + Adesão (Tensão entre Partículas) Tempo Solo jovem Alta erodibilidade Neossolos A / C ou A/C/ R ou A/R Raso Solos Maduro menor erodibilidade Bc ; Ts. Solos + evoluído Latossolos : baixo K profundo alta infiltração Conceito: É a partícula derivada da rocha, ou de materiais biológicos que podem ser transportadas por fluídos. O sedimento, no meio líquido ou no fundo do rio pode provocar diversos problemas tais como: navegabilidade, diminuição da calha dos rios, enchentes, desmoronamentos etc. Clastos Terrígenos Derivados de rochas preexistentes através do intemperismo químico (físico e biológico bem menos importantes). Biogênicos Fragmentos ou carapaças inteiras de carbonato de cálcio ou sílica produzido pela atividade metabólica (biomineralização) de animais e vegetais marinhos. Precipitados Químicos Precipitação química em ambientes supersaturados – evaporitos e Fosforitos. Vulcanogênicos: Principalmente cinzas derivadas de erupções Vulcânicas. BAGNOLD (1966) [(ρs – ρ)/ps] g j = K ω J = massa de sedimentos transportada Cálculo de K sugerido por Sternberg (1972) baseado no excesso de tensão de cizalhamento. ω = ρ u*³ u* = (τo / ρ)⁰∙⁵ Estima-se a tensão de cizalhamento no fundo τo = ρ( Uz1 – Uz2)/ 5.75 (log z1 – log z2) τo = 0,003 ρ U100² Estima-se a tensão de cizalhamento crítica com base no gráfico e então o coeficiente k. O volume de sedimentos transportados pode ser estimado pelo gráfico da página anterior ou pela equação. [(ρs – ρ)/ps ]g j = K ρ u*³ video1 video2 Grânulos Areia muito grossa Areia Grossa Areia Média Lama (silte e argila) Areia muito Fina Areia Fina Ganhos >> Perdas Praia progradará Ganhos << Perdas Praia recuará Transport from rivers and estuaries, especially during storms Longshore transport Into system Longshore transport out of area Artificial nourishment Artificial mining Deposition into bays & estuaries Offshore losses during storms Onshore transport after storms NSW Government, Public Works Dept, 1986. ”Beach Dunes” Wind erosion or overwash due to storm surge, and waves As diferentes classificações de estuário existentes na literatura são baseadas nas variações de salinidade ou de densidade da água, nas amplitudes de maré da área oceânica adjacente e nas características geomorfológicas. Não existe consenso sobre qual das classificações é a mais completa ou suscita, e sem dúvida as variadas proposições refletem os diferentes interesses profissionais daqueles que trabalham com a ciência marinha. A classificação baseada nos padrões de variação de salinidade foi introduzida por Pritchard (1952), baseado na definição oceanográfica de estuário, sendo: a) De Cunha Salina – predomina a corrente de água doce/fluvial - como a água do mar é mais densa, existe a tendência para que a água doce fique a sobrenadar a água salgada. Há sempre alguma mistura, mas a intensidade dessa mistura depende das velocidades relativas e volumes das duas correntes. A carga sólida que é trazida até ao vértice da cunha acumula-se aí e pode formar barras de material relativamente grosseiro. A maior parte da carga em suspensão vai ser arrastada até o mar. b) Parcialmente Misturados - predomina a corrente de maré, o caudal do rio é relativamente fraco e a mistura entre água doce e salgada é muito mais intensa. As correntes de maré fortes provocam uma entrada de sedimentos marinhos dentro do estuário. Os mais grosseiros serão depositados rapidamente, mas os mais finos poderão subir até ao limite da penetração da maré salina c) Verticalmente Homogêneos - com uma mistura total de águas, são estuários muito largos (aberturas maiores do que 500m) em que as marés predominam. Podem não ter variações de salinidade na vertical, mas apresentam variações intensas na horizontal. A influênciada força de Coriolis tende a empurrar a água doce para a margem direita e a água salgada para a margem esquerda. Classificação por altura da maré - se baseia em formas deposicionais distintas observadas na embocadura de canais estuarinos e lagunares ao longo de costas de restinga apresentando variações longitudinais na altura das marés: - Micromaré : marés com altura menor que 2 m - Mesomarés : marés com altura variando de 2 a 4 m - Macromarés : marés com altura maior que 4 m. Estuários de micro- e mesomarés estão associados a restingas e ocasionais canais de conexão entre o estuário ou laguna, à retaguarda, e o mar. Estuários largos, com ampla desembocadura e forma longitudinal em funil são característicos de regiões de macromarés. A partícula derivada da rocha passa pelos processos de erosão, deslocamento, transporte de sedimentos, deposição e compactação. A natureza procura um equilíbrio próprio, considerado estável para o rio. Se há mudanças na quantidade de descarga sólida o rio responde: Carga Sólida ↑ ↔ Formação de Depósitos Carga Sólida ↓ ↔ Degradação A forma dessa resposta do curso de água ao equilíbrio e prevista pela relação esboçada por Lane (1954), considerada como uma regra da natureza que estabelece um equilíbrio conforme a seguinte equação (Bruk, 1985) : Qsml X D= Q X i Qsml - descarga de material do leito / i – declividade do leito Q – descarga liquida / D –diâmetro médio das partículas 1 – GRAVIDADE (g) 2 – TAMANHO DO GRÃO (d) 3 – PESO SUBMERSO (σ − ρ) 4 – VISCOSIDADE CINEMÁTICA DO FLUIDO (υ) 5 – TENSÃO DE CIZALHAMENTO ( τo) A dificuldade de se analisar numericamente as condições de iniciação do movimento dos sedimentos fez com que seus valores fossem estimados através de correlações empíricas baseadas em experimentos de laboratório O Transporte de Sedimentos é dependente: Carga Sólida de Arrasto: são as partículas de sedimento que rolam ou escorregam longitudinalmente no curso d’água. Carga Sólida Saltante: são as partículas que pulam ao longo do curso d’água por efeito da correnteza ou devido ao impacto de outras partículas. Carga Sólida em Suspensão: são as partículas que estão suportadas pelas componentes verticais das velocidades do fluxo turbulento, enquanto estão sendo transportadas pelas componentes horizontais dessas velocidades, sendo pequenas suficientemente para permanecerem em suspensão, subindo e descendo na correnteza acima do leito. É possível observar que as cabeceiras dos rios são compostas por sedimentos de tamanho maiores, como pedras e seixos. A medida que são transportados, esses materiais vão se fracionando, passando de areia grossa, media e fina gradativamente para jusante. A concentração de sedimentos apresenta um mínimo na superfície e um máximo perto do leito, considerando que as velocidades são menores próximo as margens, as concentrações, também são, aumentando para o centro do rio e depois diminuindo na direção da outra margem. Os sedimentos mais finos tem uma distribuição Praticamente uniforme ao longo da vertical. Amostradores instantâneos. Amostradores por integração. Amostradores por bombeamento. DH-48 DH-49 Garrafa Delft DH-59 RTmax = KbVm Tmin = 2P/RTmax Polegadas mm Área (cm²) Coeficiente Kb 1/8 3,1750 0,079173 0,2 3/16 4,7625 0,178139 0,4 1/4 6,3500 0,316692 0,4 O objetivo da coleta na vertical é a obtenção de amostra que represente a concentração média de sedimento em suspensão ao longo dessa vertical amostrada no tempo considerado. O método a ser usado depende das condições de fluxo e da granulometria do sedimento que está sendo transportado. Estas condições podem ser generalizadas em quatro casos: 1º Caso: Velocidades baixas (v< 0,60 m/s) com pouca ou nenhuma partícula com granulmetria de areia. 2° Caso: Velocidades altas (0,60< v < 3,70 m/s) e profundidades menores do que 4,60 m. 3° Caso: Velocidades altas (0,60< v <3,70 m/s) e profundidades maiores do que 4,60 m. 4° Caso: Velocidades muito altas (v > 3,70 m/s). Por medição direta com equipamento portátil. Por medição direta usando poços ou fendas. Por medição indireta e uso de ábacos ou formulas. Por subtração da descarga em suspensão da descarga total medida. De Cesta Ou Caixa De Bandeja Ou Tanque De Diferença De Pressão De Estrutura De Fenda Ou Poço Os amostradores de caixa são abertos na frente e no topo, enquanto os de cesta são abertos,mas telados em todos os lados. O tipo de cesta é preferido ao de caixa. A eficiência desse tipo de equipamento é muito variável. Opera pela retenção do sedimento na abertura depois de ter rolado, deslizado ou saltado numa rampa de entrada. A eficiência é também bastante variável. É projetado de tal forma que a velocidade de entrada e a velocidade da corrente são aproximadamente as mesmas. A igualdade de velocidade e realizada através da criação de queda de pressão na saída do amostrador pela construção de suas paredes, de tal forma que se divergem próximo do fundo(Hubbel, 1964). Retém o sedimento que se move ao longo do leito, sendo geralmente usado para determinação das características do transporte de fundo. Consiste em poços construídos transversalmente ao curso d água,retendo a carga solida do leito. E o mais preciso na determinação de descarga de fundo, porém o mais dispendioso. Há três categorias distintas: Fórmulas baseadas nas condições críticas de arrasto – fórmulas de Meyer e de DuBoys. Fórmulas baseadas na energia do escoamento – fórmulas de Bagnold. Fórmulas baseadas na natureza probabilística do transporte por arrasto – fórmulas de Einstein. A análise da amostra total fornece o peso seco p e as porcentagens da grunulometria. A descarga sólida é calculada pela seguinte equação: Qsa = L x qsa = L x 1/Eam x p/n x l x t = p x L /Eam x n x l x t (kg.min ⁻¹) Sendo: Qsa = descarga sólida total do leito na seção transversal. qsa = descarga sólida unitária do leito. L = largura na seção transversal. Eam = eficiência de amostragem do equipamento. p = peso seco da amostragem. n = número de pontos amostrados t = tempo de amostragem. l = largura da boca do amostrador. Carvalho, Newton de Oliveira – Hidrossedimentologia Prática, 2ª Edição, 2008. Azevedo Neto, J.M; Alvarez, G.A. Manual de Hidráulica, São Paulo: Edgard Blücher, 1998. Helley, E.J. Development & Calidration of the Pressure Difference Bedload Sampler, 1971. Yuqian, Long: Operational methods for Measurement of River Sediments, Geneva, 1983. pt.wikipedia.org/wiki/Sedimento – Acessado em 29/01/2010
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