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Manual de Estagio - Geórgia Matar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: GESTÃO EM ESPAÇOS ESCOLARES
Geórgia Matar
Betim
2019/1°
1. INTRODUÇÃO 
Este relatório foi elaborado por Geórgia Cristina Bonfim Matar, graduando/a do módulo 4B,
do curso de Pedagogia, da Faculdade UNA de Betim.
Este trabalho foi realizado na instituição Escola Estadual Silvio Lobo, localizada na Rua Virginia, Nº 64, Bairro Filadélfia, em Betim – MG. no período de 21/05/2019 a 21/06/2019, seguindo o horário de 07:00 às 10:00, no turno da manhã, conforme combinado entre a supervisora do estágio na instituição e a estagiária, auxiliar na supervisão e coordenação, ajudar no projeto de intervenção nas turmas de 1º ao 3º ano do Ensino Médio.
Os objetivos deste estágio foram propiciar a vivência na supervisão e gestão escolar, obter o conhecimento de como é o dia a dia de uma gestora escolar e suas funções, formas que abordam a supervisão de uma escola, projetos elaborados e auxiliar na intervenção a alunos com defasagem escolar.
Diante da realidade observada foi possível perceber a importância do trabalho que a gestora tem em toda a funcionalidade da escola, seu dia a dia sempre corrido, muitas demandas para administrar e sem auxilio. Ao observar a rotina da pedagoga da escola foi possível alinhar a teoria aprendida em sala com a prática real em gestão.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA E DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
2.1 Dados de identificação da escola 
Estágio Curricular Supervisionado: gestão em espaços escolares foi executado na Escola Estadual Silvio Logo, sendo iniciado no dia 21/05/2019 e finalizado no dia 21/06/2019, das 7:00 horas às 10:00 horas no turno da manhã. A escola é uma instituição pública estadual de educação básica, localizada na Rua Virginia, Nº 64, Bairro Filadélfia, em Betim – MG. Seu horário de funcionamento é de 07:00 as 11:00 horas (turno da manhã) para as aulas do 6° ao 3° ano do Ensino Médio e das 13:00 as 17:00 horas (turno da tarde) para os alunos do 1° ao 5° ano Ensino Fundamental. A instituição foi construída e inaugurada desde 29/10/1964. Hoje oferecem o Ensino Fundamental, Médio no diurno e noturno e EJA. 
Sua infraestrutura, se adaptando para melhor acesso de seus alunos. conta com 20 salas dentre essas 12 são de aula que possuem quadro a pincel e armários para os professores guardarem alguns objetos e ventiladores, biblioteca, sala de informática equipada com computadores para uso dos alunos e professores, sala da coordenação pedagógica, sala da direção, sala de professores, sala AEE (atendimento educacional especializado), secretária, almoxarifado. Além de disso a instituição conta com auditório com vídeo e projetor, banheiros para os alunos e para os professores, cozinha e cantina, e rampa de acesso para alunos com dificuldade de mobilização. Não possui também quadra coberta e uma área com brinquedos para as crianças menores. Tem bebedouros, coletores lixo, extintores, pátio, e uma ampla área verde na instituição. Em seu quadro de funcionários a escola possui no turno da tarde 12 professores de P1 (em sua maioria graduados em pedagogia), 15 professores PII habilitados em diversas áreas e duas professoras especialistas na sala AEE,. Além dos funcionários da cozinha, secretária, e os responsáveis pelos serviços gerais da instituição, ao total a escola tem 109 funcionários.
2. 2 O exercício profissional do(a) pedagogo(a) no contexto do trabalho educativo escolar 
Ao analisar o contexto da escola e a rotina da pedagoga pude perceber que tem uma ausência de organização dos trabalho e da função de pedagoga, pois, não há delimitações das funções no cotidiano. A pedagoga atende os pais que chegam, sem ter uma rotina programada, isso prejudica a prática, agenda e tarefas do dia a dia. Sem organização do tempo e das prioridades, a mesma está sempre com um ar de desespero e sem saber por onde iniciar ou terminar as coisas que está fazendo. 
Ela tem um caderno onde planeja seus dias e anota tudo que faz ou tem que fazer para que não possa esquecer, porém sempre é interrompido suas obrigações para exercer algo que não seria da sua ousada, como ligar para pais para informar que o filho está doente algo que é de responsabilidade da secretaria ou reuniões com pais de alunos que cometeram algum ato infracional com relação as regras, algo que poderia ser feito pela vice direção, mas ela acaba ficando com essa responsabilidade o que acaba atropelando seus afazeres e acumulando. Deveria ser feito uma restruturação da organização da escola e delimitando cada função para que todos possam ter um controle do que se deve fazer e não ficar sobrecarregado para ninguém. 
Interação com os pais é algo conflitante, pois falta posicionamento quanto as decisões, mas conseguem entrar em consenso para melhoria da vida dos alunos/filhos, assim há uma compreensão sobre a forma que a gestão vai conduzindo e melhorando a relação família e escola. 
 
2.3 Caracterização do (a) Coordenador (a) pedagógico (a) observado (a)
A pedagoga Marli Aparecida Fagundes de Assunção Diniz, formada a 10 anos em pedagogia e pós-graduada a 3 anos em gestão escolar. Ela exerce a 9 anos, quando concursou na função, antes de estar no cargo de gestora escolar, era professora do ensino fundamental anos iniciais, pois, antes de se formar na graduação em pedagogia, tinha habilitação ao magistério e concursada para docência. 
Ela relata que tem um longo período que não se dedica a reciclagem e novos conhecimentos na área, seu habituo de leitura está em defasagem devido à falta de tempo, pois, mesmo trabalhando em apenas um horário na escola, a demanda é grande e com isso acaba levando muito trabalho para finalizar ou para planejar em casa. A uma sobrecarga de trabalho muito grande, onde percebe que a coordenação transfere afazeres delas e da secretaria para ela, gerando um desgaste sobre a função e uma desmotivação. Já buscou mudar de escola ou até da função, por estar se sentindo desmotivada em dar continuidade, porém, pela escola ser próxima a sua casa, optou por continuar na comodidade de estar ao lado do trabalho e tolerar atos que percebe ser degradante. 
Apesar dos pontos negativos, ela relata amar a sua profissão, reconhece o valor que tem a sua área e acha que pode contribuir cada vez mais para seus alunos e docentes, buscando achar meios de mudar a realidade da escola onde estão inseridos. 
3 ATIVIDADES NA GESTÃO PEDAGÓGICA 
O projeto tem como finalidade trabalhar com os adolescentes do 1° ano do ensino médio a defasagem no ensino da leitura e escrita, para que eles possam aprender, através da cultura do rap e poesia marginal, a interpretação, gramática e expressões que são usadas nessas fontes de textos. O intuito é mostrar para eles que existe meios literários que fazem parte do cotidiano, assemelhar a vivência de vida da educação de forma progressiva. 
3.1 Nome do projeto: 
Projeto Literário de Cultura Marginal.
3.2 Objetivos do projeto:
· -Analisar as defasagens do ensino de português dos alunos.
· - Desenvolver um projeto de literatura e escrita com inserção na cultura marginal.
· - Promover um Sarau com os textos elaborados pelos alunos.
3.3 Justificativa
O tema foi selecionado para que houvesse uma ligação com a cultura dos alunos, a escrita e a música. Esse projeto tem o cunho de auxiliar na defasagem dos alunos do 1º ano, que fizeram parte da TeleSala, pois, os alunos foram reclassificados para o ensino médio, porém, faltando muitos conhecimentos em diversas matérias. 
O projeto tem o objetivo de auxiliar, juntamente com a professora de português, um Sarau de poesias e rap, para que os alunos possam interagir de forma eficaz e com isso introduzir a leitura e escrita. Buscando levar aos alunos o máximo de reconhecimento sobre o tema, pois, a intenção é que eles se envolvam no projeto e contribuem, além do aprender. 
A minha participação será fazer a atividade inicial, com a música do Racionais Mc’s, e contextualizar sobre a culturado RAP e a literatura por trás das canções.
3.4 Metodologia do projeto
O projeto Literário de Cultura Marginal, será desenvolvido com os alunos do 1º ano do Ensino Médio e a professora de português. Iremos trabalhar com eles a música como fonte do conhecimento, pois, ela é a intercessão entre o conteúdo e a vivencia dos alunos, porque o objetivo é envolver a cultura dos alunos, com isso chamar atenção para a leitura e escrita.
O projeto acontecerá as terças feiras, no 3º horário, pois, esse é o horário que já acontece a intervenção para os alunos da escola. 	
Iremos levar para os alunos a música impressa e colocar para tocar, ao final da música, iremos dar uma atividade com duas questões, uma de multiplica escolha e outra de dissertativa, que tenha interação com a canção e com o contexto social que a ela relata.
A segunda parte do projeto é que os alunos recriem poesias ou músicas que tenha haver com a sua vivência e com isso possamos analisar a defasagem na escrita, para que a professora de português possa dar continuidade na intervenção desses alunos a partir da analise feita da escrita. 
3.5 Avaliação e resultados
A partir da excussão do projeto, podemos perceber que a interação dos alunos com a música apresentada foi excelente, pois, despertou neles um interesse em fazer parte daquele projeto de forma mais eficaz, isso facilitou o desenvolvimento e a criatividade deles.
A maior dificuldade encontrada foi o medo que os próprios alunos tem de escrever, pois, eles estão acostumados a tudo que é imposto para eles ser algo avaliativo e punitivo, então para que eles pudessem desenvolver, tivemos que buscar inicialmente criar a confiança deles e com isso projeto andar de forma satisfatória. 
Por fim, o Sarau aconteceu na biblioteca e foi apresentado para os professores, eles não quiseram apresentar para os demais alunos, porque se sentiram desconfortáveis, nós respeitamos esse posicionamento deles e deixamos da forma que eles acharam melhor. Não foram todos os alunos que participaram, mas contribuíram de alguma forma, na hora de ajudar o colega a escrever ou na musicalização no momento.
A avaliação foi positiva ao que foi proposto.
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio na Gestão escolar foi de grande valia. Poder acompanhar a rotina da pedagoga e ver de perto seu papel dentro da escola me tirou muitas dúvidas e me fez amar ainda mais a área da educação. Aprender que o pedagogo é quem dá suporte ao professor na melhoria da pratica pedagógica dentro de sala de aula, associando o aprendizado a questões sociais em que o estudante se encontra, contribuindo para o ensino e aprendizagem. Organiza as reuniões e interagi a comunicação com os funcionários da escola, familiares, professor e aluno. Pude perceber qual é a real função do pedagogo como função chave na vivencia da escola. Ser professor ou pedagogo é uma profissão que exige muito esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo e dedicação, e amor. O profissional da educação sabe que seu objetivo maior é ensinar, e compreende que o caminho para isso é muito mais complexo, não exige apenas seu desenvolvimento cognitivo, mas sim de suas habilidades emocionais que possibilitarão uma atuação mais efetiva e próxima.
REFERÊNCIAS 
MC’S, Racionais. Negro Drama. São Paulo, 2002. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=1DybpDjuxBY> . Acesso em 10 de Junho de 2019.

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