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CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA PROFESSORA: CRISTIANE M. LOVERDE GABELLA GRADUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA (UEM) TÉCNICA EM ESTÉTICA E COSMETOLOGIA ( ÁGATA) SISTEMA LINFÁTICO O sistema linfático possui a função de drenar o excesso de líquido intersticial (líquido onde as células ficam mergulhadas e de onde elas retiram seus nutrientes e eliminam substâncias residuais de seu metabolismo) afim de devolvê- lo ao sangue e assim manter o equilíbrio dos fluidos no corpo. Ele também transporta as vitaminas e os lipídeos, absorvidos durante o processo de digestão, até o sangue, para que este, leve os nutrientes para todo o corpo. Uma outra função do tecido linfático é a realização de respostas imunes, ele impede que a linfa lance microorganismos na corrente sanguínea através da retenção e destruição destes dentro de seus linfonodos. Para entendermos o que são os linfonodos, uma forma bem simples é pensarmos neles como filtros, uma vez que a linfa passa por vários deles antes de chegar à corrente sanguínea, e, como já vimos acima, neles ficam retidos os agentes causadores de doenças até sua eliminação. É importante saber que os capilares sanguíneos e os capilares linfáticos possuem funções bem diferentes, pois no caso dos primeiros, há a entrada e saída de substâncias, já no segundo, ocorre apenas a entrada destas. O capilar linfático não realiza trocas, ele somente coleta o líquido com o que tiver nele, as trocas são realizadas pelo sangue. É o sangue que faz o transporte de nutrientes e remoção de toxinas, ou seja, é pelo sangue que são realizadas as trocas necessárias ao equilíbrio do organismo. O sistema linfático é constituído pelos órgãos linfáticos, linfa e vias linfáticas. Os órgãos linfoides são constituídos de linfonodos, timo, baço e amídalas. Composição da Linfa 95% de água pura Parte celular ( linfócito, granulócito, etc) Bactérias 1 a 2% de gordura Parte plasmática ( sódio,cloreto,potássio) Transporte da Linfa Contração muscular Trabalho das válvulas Drenagem Linfática Facial Esta técnica diferencia-se de outros métodos de massagem,especialmente da massagem clássica, por não produzir vasodilatação arteriolar superficial (hiperemia) e por utilizar pressões manuais extremamente suaves (de até 30 a 40mmHg) 1930- primeiras descrições Emil Vodder e Estrid 1936- Nasce a DLM, apresentada no congresso de Paris. Grupo de pesquisadores especialistas em linfologia, começaram a estudar os efeitos da técnica em um nível muito mais científico que o desenvolvido por Vodder, trazendo provas da eficácia da DLM. Dentre eles Mislin, Collard, Asdonk, Földi, Leduc, Kunke e Casley- Smith que (VIÑAS, 1998). HISTÓRIA 1960- começou a ser utilizada para prevenção e tratamento de algumas complicações de cirurgia palpebral. 1970- Com Albert Leduc a DLM foi aperfeiçoada por meio de investigações em animais e no ser humano. (NETO e BELCZAK, 2009) Apesar da existência de versões adaptadas e evoluídas da drenagem linfática manual, aprimoradas por diferentes escolas científicas ao longo da história, conforme achados e pesquisas experimentais de anatomia, fisiologia e fisiopatologia do sistema linfático, todas estas versões seguem os mesmos parâmetros técnicos, ou seja, não há diferença técnica de drenagem linfática manual terapêutica e estética. Massagem Vem do grego massien, que traduz a ação de esfregar, friccionar, roçar. • (TACANI & CERVERA, 2004 Drenagem Originada do germânico draug, que gerou os termos do inglês antigo(anglo-saxão) drough e dry, e pertence ao léxico da hidrologia,consistindo em evacuar um pântano do excesso de água por meio decanaletas que desembocam em um coletor maior, desembocando este, por sua vez, em um poço ou curso de água • (GODOY, BELCZACK& GODOY, 2005) Indicações Edemas e Linfedemas Paniculopatia Edemato Fibro Esclerótica (PEFE) Pós-Cirurgia Plástica Obesidade Mastodinia Tensão pré-mentrual Cianose (olheiras) Pós limpeza de pele Edemas pós cirurgicos Estimular a circulação e desintoxicar tecidos Edema vascular (calor, TPM, gestacional, sobrecarga ortostática, varizes, edema carencial) Edema linfático (orgânica e funcional) Linfedema – terapia física complexa (bandagens elásticas) DLM-Ativa transporte linfático Contraindicações Tumores, neoplasias, tuberculose, infecções agudas. Edema de origem cardíaca ou renal Trombose venosa Insuficiência renal e cardíaca Hipertireoidismo e diabetes descompensados Flebite Hipotensão e hipertensão descompensada Afecções de pele A Drenagem Linfática é um mecanismo que auxilia o sistema linfático no processo de drenagem, retirando o excesso de líquido intersticial, removendo proteínas e resíduos metabólicos, além de promover a troca de oxigênio e nutriente. As manobras da drenagem demandam pressão leve e movimentos lentos para acompanhar o fluxo da linfa, sempre no sentido dos linfonodos (CASSAR,2001). COMPONENTE DA DLM RITMO – ritmado e lento PRESSÃO – suave DIREÇÃO – linfonodo proximal FREQUÊNCIA E TEMPO – 2x por semana com duração de 1 hora. PASSOS DA DRENAGEM LINFÁTICA Evacuação dos linfonodos: 1. RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA 2. ESTIMULAÇÃO DO DUCTO TORÁCICO 3. ABERTURA OU EVACUAÇÃO DOS LINFONODOS SUPRA E INFRA CLAVICULAR CERVICAIS SUBMENTUAL SUBMANDIBULAR PRÉ-AURICULAR ( A FRENTE DA ORELHA E ATM) OCCIPITAL REPETIÇÃO DE 3 A 5 VEZES Captação da linfa (5 a 7 vezes) Captação da linfa com movimento em espiral: Músculo esterno cleido mastoideo Músculo mentual – direção linf. Submentual Músculo depressor do lábio inferior – direção do linf. Submandibular Região do canto da boca – direção linf. Submandibular Músculo orbicular da boca superior passa pelo sulco nasogeniano em direção ao linf. Submandibular. Músculo elevador da aba do nariz – linf. Submandibular Usar dedos indicadores ou médios na região nasal em 3 porções ( margem inferior, medial e superior do osso nasal) deixando a linfa ao lado do osso nasal Região lacrimal descendo pelo sulco nasogeniano – linf. Submandibular Região do osso zigomático – linf. Pré- auricular Região orbicular do olho inferior – linf. Pré- auricular Manobra de onda para lateral com todos os dedos. Região orbicular do olho até o canto do olho em sentido ao linf. Pré auricular Movimento espiral na região do canto do olho até o linf. Pré-auricular Movimento de pinça – região da sobrancelha até o linf. Pré-auricular Movimento em espiral – região da testa, dividir em 3 faixas levando ao linf. Pré-auricular. Inserção do cabelo em duas faixas até o linf. Pré auricular Virar a cabeça do paciente para o lado direiro – captação da linfa em bombeamento da região parietal até o linf. Mastoideo. Repetir do outro lado. com bombeamento na região occiptal até o linf. Occiptal. Repetir do outro lado Finalizar com evacuação dos linfonodos de trás para frente (occiptal,mastoide,pré-auricular, submandibular,submentual, cervicais e supraclavicular. Referências Bibliográficas PEREIRA,M.F.L..Recursos técnicos em estética. Vol 1. São Paulo: Difusão editora, 2013 BORGES,F.S. Dermato-Funcional:Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas.São Paulo: Phorte Editora,2006 FORNAZIERE, L.C. Tratado de Acupuntura Estética.São Paulo: Ícone: 2005 NESSI,A. Massagem Antiestresse – teoria e prática para o bem estar.5.São Paulo: Phorte Editora, 2010
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