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ENCONTRO DE ATIVIDADES CIENTÍFICAS DA UNOPAR, 10., 2007, LONDRINA. ANAIS... LONDRINA: U NOPAR ED., 2007. 1 CD-ROM. ISBN 978-85-87686-18-3 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON Autores CAROLINA KRULESKE DA SILVA Aluno Graduação Outra Instituição ANA CLAUDIA DE SOUZA FORTALEZA Aluno Graduação Outra Instituição SUHAILA MAHMOUD SMAILI SANTOS Docente Outra Instituição Introdução A doença de Parkinson (DP) é definida como uma doença degenerativa primária da substância negra compacta onde é sintetizada a dopamina e é composta por vários sinais e sintomas basicamente relacionados a desordens da motricidade, caracterizada pela tríade clínica que inclui tremor, rigidez e bradicinesia (STOKES, 2000). As desordens de movimento relacionadas com a postura, equilíbrio e marcha são ocorrências comuns em pacientes com DP e numerosos estudos têm identificado ampla variedade e heterogeneidade de distúrbios posturais e alterações locomotoras (ROGERS, 1996). Os distúrbios da marcha presentes na DP contribuem significativamente para a perda de função e dependência do paciente (RUBINSTEIN; GILADI, 2002). Desta forma, verifica-se a importância da avaliação da marcha bem como de outras variáveis relacionadas com a independência funcional e equilíbrio, por meio de testes específicos, para melhor orientar a reabilitação fisioterapêutica destes pacientes. Objetivo Avaliar e caracterizar a marcha e o equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson por meio de testes e escalas específicas; bem como verificar as inabilidades funcionais características da doença. Metodologia O estudo foi realizado no ambulatório de fisioterapia do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. Cinco indivíduos com diagnóstico de doença de Parkinson do sexo masculino e idade superior a 70 anos foram avaliados utilizando-se da avaliação fisioterápica neurológica, escala de equilíbrio funcional de Berg, escala de equilíbrio e mobilidade de Tinetti, escala unificada de avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) e teste levante e ande cronometrado (up and go test). Após a avaliação, o estágio da doença foi determinado pela escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada. Adicionalmente, foi realizada avaliação dinâmica da marcha por análise de imagens de vídeo e avaliação da impressão plantar (footprint) numa pista de cinco metros de comprimento. As variáveis avaliadas relacionadas à marcha foram: velocidade, cadência, comprimento do passo, alterações posturais e de movimento. Resultado Todos os pacientes avaliados apresentaram doença bilateral classificando-se entre os estágios 2 e 3 da escala de Hoehn e Yahr modificada, com diferentes graus de déficit de equilíbrio. As principais características observadas na marcha dos pacientes foram: ausência de dissociação entre as cinturas pélvica e escapular, passos curtos e arrastados e diminuição da velocidade, características estas também demonstradas por Sofuwa et al., 2005. Os dados são apresentados segundo média e desvio padrão, sendo idade 75,6±5,2 anos, tamanho do passo 40,1±5,3 cm, velocidade 0,81±0,2 m/seg., cadência 1,6±0,23 passos/seg., escala de Berg 48,4±9,7 pontos. As principais alterações encontradas na UPDRS foram: lentidão para realização de atividades de vida diária e movimentos finos das mãos; alterações da fala e da postura. No up and go test foi obtida uma média de 12,7±3,0 seg., que segundo O'Sullivan e Shimitz (2004), estão dentro dos limites esperados para o idoso debilitado ou pacientes incapacitados. Conclusão Registrou-se alterações do padrão de marcha e de equilíbrio em todos os pacientes avaliados com comprometimento funcional imposto pelas características da doença. Deste modo, o conhecimento destes parâmetros e sua mensuração por meio de métodos descritivos e objetivos orientam o desenvolvimento de um programa fisioterapêutico adequado e auxiliam na monitorização da evolução do paciente dentro deste programa. Bibliografia O´SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia ¿ Avaliação e Tratamento. 4ª Edição. São Paulo: Manole Ltda., 2004. ROGERS, M. W. Disorders of posture, balance, and gait in Parkinson's disease. Clin Geriatr Méd, v.12, n. 4, p.825-45, Nov. 1996. RUBINSTEIN, T.; GILADI, N. The power of cueing to circumvent dopamine déficits: a review of physical therapy treatment of gait disturbances in Parkinson's Disease. Movemet disorders, v. 17, n. 6, 2002. SOFUWA, O.; NIEUWBOER, A.; DESLOOVERE, K.; WILLEMS, A.M.; CHAVRET, F.; JONKERS, I. Quantitative gait analysis in Parkinson's disease: comparison with a healthy control group. Arch Phys Med Rehabil, 86: 1007-13, 2005.
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