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AULA SISTEMA NERVOSO

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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
E
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e
esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III
ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela
fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga
faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de
união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os
ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III
ventrículo pelos forames interventriculares.
Em seu desenvolvimento, o córtex (região mais externa do cérebro)
ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente
compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu
crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de sua superfície
fica "exposta", o restante permanece por entre os sulcos.
A palavra córtex vem do latim para "casca". Isto porque o córtex é a camada mais
externa do cérebro. O lado esquerdo e direito do córtex cerebral são ligados por
um feixe grosso de fibras nervosas chamado de corpo caloso. Os lobos são as
principais divisões físicas do córtex cerebral. O lobo frontal é responsável pelo
planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros
importantes de memória e audição. O lobo parietal lida com os sentidos corporal e
espacial. o lobo occipital direciona a visão.
Funções do telencéfalo:
•Pensamento
•Movimento voluntário
•Linguagem
•Julgamento
•Percepção
Sulcos e Giros:
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a
substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se
dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros
cerebrais.
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o
sulco central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois
giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As
áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE,
enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O 
cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade 
craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior 
de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, 
epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.
Atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é 
responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem 
ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento 
emocional; que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras 
estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).
O Sistema Límbico é um grupo de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo, amígdala, 
hipocampo, os corpos mamilares e o giro do cíngulo. Todas estas áreas são muito importantes 
para a emoção e reações emocionais. O hipocampo também é importante para a memória e o 
aprendizado.
Funções do Tálamo:
•Comportamento Emocional
•Memória
•Aprendizado
•Emoções
•Digestão, circulação, excreção
É o principal centro integrador das
atividades dos órgãos viscerais, sendo
um dos principais responsáveis pela
homeostase corporal. Ele faz ligação
entre o sistema nervoso e o sistema
endócrino, atuando na ativação de
diversas glândulas endócrinas.
Funções do Hipotálamo:
• Controle do sistema nervoso autônomo;
• Comportamento sexual
• Regulação da temperatura corporal;
• Regulação do comportamento 
emocional;
• Regulação do sono e da vigília;
• Regulação da ingestão de alimentos;
• Regulação da ingestão de água;
• Regulação da diurese;
• Regulação do sistema endócrino;
• Geração e regulação de ritmos 
circadianos.
• Papel emocional (raiva e prazer)
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se
ventralmente ao cerebelo, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas
localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos
que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também
as provenientes dele.
Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de
substância cinzenta denominadas núcleos, muitos dos núcleos do tronco
encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos
nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o
tronco encefálico.
O tronco encefálico se divide em: bulbo, mesencéfalo, e a ponte situada entre
ambos.
• BULBO
Funções do Bulbo: 
• batimento cardíaco 
• respiração 
• pressão do sangue
• reflexos de salivação
• tosse, espirro 
• ato de engolir
• BULBO
VISTA ANTERIOR
• PIRÂMIDES
• OLIVAS
• FISSURA MEDIANA 
ANTERIOR
• SULCO LATERAL 
ANTERIOR
• SULCO BULBO-
PONTINO
• PONTE
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre
o bulbo e o mesencéfalo.
Fibras convergem de cada lado para formar um
volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que
se penetra no hemisfério cerebelar correspondente.
Considera-se como limite entre a ponte e o
pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o
ponto de emergência do nervo trigêmeo (V par
craniano). Esta emergência se faz por duas raízes,
uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e
outra menor, ou raiz motora do nervo trigêmeo.
Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral
da ponte existe um sulco, o sulco basilar, que
geralmente aloja a artéria basilar.
• PONTE
• PONTE
A parte ventral da ponte é separada do bulbo
pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de
cada lado, a partir da linha mediana, o VI, o VII
e o VIII par craniano.
Participa de algumas atividades do bulbo,
interferindo no controle da respiração, além de
ser um centro de transmissão de impulsos para
o cerebelo. Serve ainda de passagem para as
fibras nervosas que ligam o cérebro à medula.
Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e
a ponte em sua face posterior e ventralmente ao
cerebelo. Continua caudalmente com o canal
central do bulbo e cranialmente com o
aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo
que comunica o III e o IV ventrículo.
• PONTE
•SULCO 
BASILAR
•PEDÚNCULO 
CEREBELAR 
MÉDIO
• MESENCÉFALO
Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado por um plano que liga 
os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É 
atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo 
situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo. Ventralmente, temos os 
dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o 
tegmento e outra ventral, a base do pedúnculo.
Funções:
•Visão
•Audição
•Movimento dos Olhos
•Movimento do corpo
• MESENCÉFALO
Funções: (motora subconsciente)
•Movimento
•Equilíbrio
•Postura 
•Tônus muscular
LIGA-SE AO TRONCO ENCEFÁLICO POR:
• PEDÚNCULO CEREBELAR 
SUPERIOR (MESENCÉFALO)
• PEDÚNCULO CEREBELAR
MÉDIO (PONTE)
• PEDÚNCULO CEREBELAR 
INFERIOR (BULBO)
• HEMISFÉRIOS 
• VERME
• FOLHAS
• SUBSTÂNCIA CINZENTA
• CÓRTEX
• NÚCLEOS
• SUBSTÂNCIA BRANCA
• CORPO MEDULAR
• LÂMINAS BRANCAS
(ÁRVORE DA VIDA)
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal
dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral.
No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menorna
mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do
forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância
clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A medula termina afinando-se para
formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento
meníngeo, o filamento terminal.
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-
posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações
denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar. Estas
intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as
grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à
inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente.
• A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos
apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento
terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda equina.
• Como as raízes nervosas mantém suas relações com os respectivos
forames intervertebrais, há um alongamento das raízes e uma
diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes
fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula,
levando a formação da cauda equina.
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado
sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido
cerebrospinhal (líquor) e barreira hematoencefálica.
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Líquor:
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades 
ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.
Sistema Nervoso Periférico
• Periférico
- Nervos
- Gânglios  acúmulo de corpos celulares
- Receptores
Cranianos (12 pares)
Espinais (31 pares)  Misto!!
O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as
ligações entre o sistema nervoso central e o corpo.
NERVO: é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de
axônios ou de dendritos. As fibras nervosas, formadas pelos prolongamentos dos
neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios, organizam-se em feixes.
Cada feixe forma um nervo. Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada
conjuntiva denominada endoneuro. Cada feixe é envolvido por uma bainha
conjuntiva denominada perineuro.
Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é
envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro. Em nosso
corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma a rede
nervosa.
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos
axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos
nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso
central. É composto pelos NERVOS ESPINAIS e cranianos. Os NERVOS ESPINAIS se
originam na medula e os cranianos no encéfalo.
O sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central
ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso
é motor.
Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos
sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por prolongamentos
de neurônios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem impulsos do SNC para os
músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes, feixe de axônios de neurônios
motores (centrífugos).
Existem ainda os nervos mistos, formados por axônios de neurônios sensoriais e por
neurônios motores.
Nervos Cranianos 
x 
Nervos Espinais
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de
nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em
algarismos romanos.
Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se
originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na
parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo.
Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados
fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos
órgãos dos sentidos.
Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se
em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta
da medula espinal.
Nervos Cranianos - SNP
NERVO AFERENTE/EFERENTE/MISTO FUNÇÃO
I - Olfatório Aferente Olfação
II - Óptico Aferente Percepção visual
III - Oculomotor Eferente Mm. movimentam olho
IV - Troclear Eferente Mm movimentam o olho
V- Trigêmeo Misto
Sensibilidade da cabeça
Mm movimentam a mandíbula
VI - Abducente Eferente Mm movimentam o olho
VII - Facial Misto
Expressão mimicofacial, gustação, 
sensibilidade visceral, mm lisa e 
esquelética
VIII - Vestibulococlear Aferente Audição e equilíbrio
IX - Glossofaríngeo Misto
Gustação, sensibilidade visceral, Gls. 
salivares, mm lisa e esquelética
X - Vago Misto Todas as vísceras torácicas e abdominais
XI - Acessório Misto
Mm. Esquelético e parte das fibras c/ 
vago
XII - Hipoglosso Eferente Mm. que movimentam a língua
São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela
inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31
pares, 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral
(motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral
anterior da medula através de filamentos radiculares.
A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas
radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo
ao forame intervertebral.
A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas
prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para
formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.
As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do 
gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então 
emerge através do forame interespinhal.
O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz 
dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho 
proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao 
forame intervertebral.
O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal 
e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes. 
Os ramos dorsais dos NERVOS ESPINAIS, geralmente 
menores do que os ventrais e direcionados posteriormente, se 
dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto 
sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem 
os músculos e a pele das regiões posteriores do pescoço e do 
tronco.

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