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HISTÃ_RIA DO BRASIL

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História do Brasil - Militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
Capítulo I 
EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPÉIA 
SÉCULOS XV – XVI 
 
No inicio do século XV, as atividades comerciais na Europa eram abastecidas por produtos que tinham como origem o 
mercado do Oriente (Índia e China, por exemplo). Essas atividades comerciais eram dominadas pelas cidades italianas de Gênova e 
Veneza, que com sua influencia no porto de Constantinopla, enviavam esses produtos para o mercado europeu. 
Esse monopólio genovês e veneziano fazia com que essas mercadorias chegassem a Europa com preços muito elevados, 
assim, a burguesia local partiu para o rompimento com Genova e Veneza, buscando novos caminhos para os mercados orientais. 
Nasce a expansão marítima. 
A EXPANSÃO NA BUSCA POR ..... 
 
 NOVOS MERCADOS 
- a Europa também tinha produtos para comercializar: Artesanato e Manufatura 
- Suprir a Europa com gêneros alimentícios, para sua população, e matéria-prima para suas manufaturas. 
 
 METAIS PRECIOSOS 
- Todo ouro e prata da Europa eram levados para o comécio do Oriente. 
- Havia necessidade de encontrar novas Jazidas. 
 
 MERCANTILISMO - INTERESSE DOS ESTADOS NACIONAIS MODERNOS 
- Aumento do poder do Rei + Manutenção dos privilégios da nobreza + Crescimento do Lucro da burguesia. 
- Balança comercial favorável, Metalismo, protecionismo alfandegário e ação do estado na economia. 
 
 PROPAGAÇÃO DA FÉ CRISTÃ 
- Estimulados pelo espírito das cruzadas e dos caveleiros: Conquistar e coverter povos não cristãos. 
 
 
 NOVA ROTA PARA O ORIENTE 
- Por outros mares, saindo da navegação pelo Mediterrâneo. 
 
O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS NAVEGAÇÕES 
Portugal foi o primeiro país a se lançar na Expansão Marítima e Comercial Europeia, e podemos observar alguns fatores 
contribuíram para o pioneirismo português: 
1. Ao contrário de outros reinos europeus, já em 1143 Portugal foi unificado como reino independente e concentrou-se em 
expulsar os árabes e expandir-se pelos mares, conquistando sua paz territorial; 
2. D. João I, rei em 1385, apoiado pela burguesia mercantil enriquecida, centralizou a administração portuguesa e impulsionou 
a expansão; 
3. Posição geográfica privilegiada. De frente para o Atlântico. Os navegadores portugueses tinham por objetivo alcançar as Índias 
contornando o sul africano. 
 
O PRINCIPAL FATOR QUE FEZ DE PORTUGAL O PIONEIRO NAS GRANDES NAVEGAÇÕES FOI A 
CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA. 
 
CONQUISTAS PORTUGUESAS NO SÉCULO XV 
* 1415 Tomada de Ceuta – Dom Henrique – Início da Expansão marítima. 
*1434 Cabo Bojador – Gil Eanes 
* 1488 Bartolomeu Dias ultrapassa o cabo da Boa Esperança. 
* 1494 Tratado de Tordesilhas, que dividiu o direito de exploração do Atlântico entre Espanha e Portugal. 
* 1498 Vasco da Gama chega a Calicute, nas Índias. Calicute era importante centro comercial 
* 1500 A esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, que viajava para a Índia, chega ao Brasil. 
 
OBS.: A ESCOLA DE SAGRES TEVE UM IMPORTANTE PAPEL NA EXPANSÃO TECNOLÓGICA E MARÍTIMA. 
 D. Henrique, após a conquista de Ceusta, fundou um importante centro de pesquisa voltado para a navegação, ajudando a 
expansão portuguesa, foi nessa escola que nasceu a CARAVELA. 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
 
 
A VIAGEM PELO ATLÃNTICO 
A expansão marítima pelo Atlântico, nos séculos XV e XVI, consumiu muito dinheiro e também muitas vidas. Bastava 
uma tempestade, com ventos fortes e vagalhões imensos, e o navio podia sofrer rombos no casco ou ter seus mastros e velas 
arrancados. Os naufrágios eram frequentes. A vida dos marinheiros nos navios padecia muitos sofrimentos. Os alojamentos da 
tripulação eram rústicos e apertados. As viagens eram longas e muito desconfortáveis. De Lisboa ao nordeste do Brasil, o percurso 
durava cerca de dois meses. A ausência prolongada de legumes e verduras (fontes de vitamina C) na alimentação causava uma 
doença, comum entre marinheiros, chamada escorbuto. 
Além disso, as mas condições de armazenamento dos viveres obrigava a tripulação a, por exemplo, beber água 
malcheirosa ou comer produtos deteriorados, como bolachas já atacadas por fungos ou insetos. Em viagens, como a 
circunavegação de Fernão de Magalhães (1519-1521), em que, esgotados os mantimentos, a tripulação teve de comer pedaços de 
couro amolecidos na água do mar, serragem de madeira e ate ratos. 
 
 NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS 
 
Chegada de Colombo à América 
 Na Espanha, o movimento da Reconquista prolongou-se ate fins do século XV. Envolvida na atividade militar, a Espanha atrasou-
se em relação a Portugal, pois estavam em guerra contra os Mouros, muçulmanos. 
Em 1492, após expulsar os últimos mouros de seu território, os reis espanhóis, Fernando e Isabel, patrocinaram a viagem 
do navegador genovês Cristóvão Colombo, que lhes havia apresentado um audacioso plano para atingir as Índias. 
Diferentemente dos portugueses, que buscavam atingir as Índias contornando a costa africana, Colombo, convicto da 
natureza arredondada da Terra, pretendia atingir o leste viajando em direção a oeste. Seu plano estava teoricamente certo. Porem, 
entre a Europa e a Ásia, havia outro continente, a América, que ele ainda desconhecia. 
Com três caravelas (Santa Maria, Pinta e Niña), Colombo partiu do porto de Palos no dia 3 de agosto de 1492. Dois meses 
depois, em 12 de outubro de 1492, um tiro de canhão da caravela Pinta anunciava, festivamente, sinais de terra a vista. Colombo 
"descobria" a América, pensando ter chegado as Índias. Equivocadamente, chamou os habitantes da nova terra de índios. 
Colombo fez mais três viagens a América, sempre convicto de que tinha atingido as Índias. Morreu sem saber que havia 
descoberto um novo continente. Posteriormente, outros navegadores esclareceram o engano de Colombo. Entre eles, Américo 
Vespúcio, e, em sua homenagem, o continente recebeu o nome de América. 
 
História do Brasil - Militar 
Depois da viagem de Colombo, sucederam-se outras viagens e "descobertas" efetuadas pelos espanhóis. Entre elas, destacam-
se. 
* 1500 - Vicente Pinzón chega até a foz do rio Amazonas, chamando-o de mar Doce; 
* 1513 - Vasco Nunez de Balboa atinge o oceano Pacífico; 
* 1519 - Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem de circunavegação através do mundo, terminada em 152 l. 
 
O Tratado de Tordesilhas - 1494 
Depois de várias discussões diplomáticas, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas - 7 de junho de 1494. 
Por esse tratado haveria uma linha imaginária a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Tudo o que ficasse a oeste dessa linha 
seria da Espanha e o que ficasse a leste seria de Portugal. Com o Tratado de Tordesilhas, Portugal garantia a posse legal de parte 
das terras onde é hoje o Brasil, conforme se vê no mapa a seguir. 
 
 
 
OS INGLESES E FRANCESES NAS NAVEGAÇÕES 
Interessados, também, em descobrir um novo caminho para as Índias, franceses, ingleses e holandeses lançaram-se ao mar, 
concentrando suas navegações no Atlântico Norte, pois espanhóis e portugueses já haviam se dedicado as rotas do Atlântico Sul. 
Com isso, supunham que poderiam encontrar uma "passagem noroeste" para a Ásia. 
Embora essa passagem não tenha sido encontrada, tais navegações não foram infrutíferas. Possibilitaram a exploração e a 
ocupação da América do Norte, alem de estimular a pirataria marítima. 
A Inglaterra chegou ao ponto de oficializar a pirataria. Os piratas foram transformados em corsários e receberam do 
poder real a Carta do Corso. Por esse documento, a monarquia inglesa autorizava ataques e pilhagens contra navios de nações 
inimigas, desde que os lucros do saque fossem divididos com o governo inglês. 
 
O PÉRIPLO 
A expressão “périplo” se refere à circunavegação de um Continente. Como os portugueses,inicialmente, se preocuparam mais com 
a conquista das Índias afirma-se que eles realizaram o périplo africano (contorno da África). 
Os espanhóis se dirigiam à América, em conseqüência, realizaram o périplo americano. 
 
A chegada dos portugueses ao Oriente 
Comandada por Pedro Álvares Cabral, a expedição partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1500 e, distanciando-se do 
litoral africano, cruzou o oceano Atlântico. No dia 22 de abril, os portugueses avistaram um monte redondo e alto, batizado monte 
Pascoal. A seguir, desembarcaram em terras habitadas por tupiniquins e tomaram posse da terra em nome do rei de Portugal. 
História do Brasil - Militar 
No dia 23 de abril, os portugueses fizeram com os nativos os primeiros contatos, muito cordiais segundo o escrivão Pero Vaz de 
Caminha. 
O Frei Henrique Soares de Coimbra celebrou a primeira missa na terra que acabou por se chamar Brasil, pois em seu litoral havia 
grande quantidade de uma árvore chamada pau-brasil. 
Em 2 de maio, Cabral seguiu para as Índias, evidenciando qual era o mais importante objetivo da viagem. Apesar de perder quatro 
navios, a expedição de Cabral foi outro sucesso comercial, pois apenas a primeira trazida do Oriente rendeu duas vezes o custo da 
viagem. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. ESA - Portugal foi o primeiro pais a empreender nas grandes navegações, no século XV. Assinale a única alternativa em que 
todas as informações são fatores que contribuíram para o pioneirismo português neste campo. 
a) A escola de Sagres e a Nobreza forte e autônoma; 
b) Mercantilismo e a intensa utilização da rota da seda; 
c) Centralização administrativa e ausência de guerras; 
d) Fortalecimento do feudalismo e posição geográfica favorável; 
e) Guerra contra a Espanha e a tomada de Constantinopla 
 
2. ESA - No contexto da expansão marítima que levou os europeus a encontrar a America, Portugal destacou-se como pioneiro das 
grandes navegações do século xv. Entre os muitos fatores que contribuíram para o pioneirismo português, destacam-se: 
(A) a política mercantilista e a expulsão dos mouros da Península Ibérica. 
(B) a centralização administrativa e a posição geográfica. 
(C) a industrialização e a centralização do poder. 
(D) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária. 
(E) Associação Estado/Igreja e a centralização do poder 
 
3. ESA - O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas por 
colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que: 
A) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois ficariam 
com os portugueses. 
B) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo 
Verde. 
C) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos quinze 
anos seguintes. 
D) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da 
Holanda e da França. 
E) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem as terras descobertas 
 
4. ESA - O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa 
A) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil. 
B) o fim da rivalidade entre portugueses e espanhóis na América. 
C) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses. 
D) a demarcação dos direitos de exploração colonial dos ibéricos. 
E) o declínio do expansionismo espanhol. 
 
5. ESA - Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico conhecido como “expansão 
ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s): 
A) o comércio de ouro e escravos na costa da África. 
B) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras. 
C) a luta contra os mouros no Marrocos. 
D) a aliança política com o reino da Espanha. 
E) as reformas pombalinas. 
 
6. ESA - No final do Século XIV, o único Estado centralizado e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro na expansão 
ultramarina, era o 
A) espanhol. 
B) inglês. 
C) francês. 
D) holandês. 
E) português 
 
História do Brasil - Militar 
7 - Sobre a expansão marítima portuguesa podemos concluir que, EXCETO: 
a) Foi iniciada com a conquista de Ceuta. 
b) Visava principalmente explorar a costas africanas. 
c) A chegada a Calicute, na Índia, ocorreu com Vasco da Gama. 
d) Teve como um de seus nomes Bartolomeu Dias, vencendo o cabo das tormentas 
e) Gil Eanes chegou ao Cabo Bojador 
 
8- Durante as grandes navegações foi expedida a carta do corso, que era: 
a) Documento que estabelecia os direitos dos donatários no Brasil; 
b) Carta que apresentou o Brasil para o rei D. Manuel, de Portugal; 
c) Carta do Rei da França reclamando sua parte da América, junto ao Papa; 
d) Documento que autorizava ataques e pilhagens contra navios inimigos por parte dos Ingleses; 
e) Acordo entre Portugal e Espanha para a divisão da América, anterior ao tratado de Tordesilhas, 100 léguas das ilhas de Cabo 
Verde. 
 
9 - Podemos afirmar que com a expansão marítimo-comercial européia não ocorreu: 
a) o descobrimento de novas rotas comerciais para o Oriente, consequentemente novos mercados de compra, venda e exploração, 
quebrando o monopólio mediterrâneo 
b) a conquista e colonização da América 
c) uma forte busca por metais preciosos, ouro e prata, pois os existentes eram usados no comércio com o Oriente e as minas 
européias não davam conta para atender a demanda 
d) a ausência da igreja, e seus interesses, na expansão. 
e) o desenvolvimento científico e tecnológico, permitindo navegações a grandes distâncias. 
 
10 - Dos fatores que levaram ao processo de expansão marítimo-comercial europeia podemos afirmar que, EXCETO 
a) a busca pelos produtos mais valorizados na Europa, as especiarias e os artigos de luxo 
b) O espírito das cruzadas, presente nos desbravadores, exploradores 
c) romper com o monopólio dos genoveses e venezianos, que dominavam o mercado do Atlântico 
d) procurar novas minas para explorar ouro e prata 
e) A busca de novos mercados para os produtos produzidos na Europa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
Capítulo 2 
1500 – BRASIL PRÉ-COLONIAL – 1530 
 
Após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, e o envio da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, várias 
expedições foram enviadas para melhor observar e salvaguardar a terra descoberta. Durante as três primeiras décadas da presença 
portuguesa no Brasil ocorreram várias expedições dos tipos exploradora e guarda-costas. Outra característica desse período foi o 
descobrimento e exploração do pau-brasil, também conhecido como o escambo do pau-brasil. 
 
As expedições: 
1501: Expedição de Gaspar de Lemos: Percorreu o litoral brasileiro de norte a sul e nada de ouro, encontrando somente grandes 
quantidades de pau-brasil. 
Lemos “batizou” os acidentes geográficos com o nome do Santo do dia: daí termos, ainda registros como: rio São Francisco, ilha 
de São Vicente, de São Sebastião, Morro de São Januário, entre outros. 
O calendário cristão e a geografia local foram usados para nomear partes do território brasileiro. 
 
1503: Expedição Chefiada por Gonçalo Coelho: Américo Vespúcio e Fernão de Noronha. 
Fernão de Noronha assinara contrato com D. Manuel para extrair pau-brasil no arquipélago que mais tarde levaria seu nome; 
A instalação de Feitorias, lugares fortificados, pontos de exploração, ao longo do litoral foi uma outra característica dessa 
expedição. 
Ao final de 1503 retornou das “Índias” Cabral com seus navios abarrotados de especiarias e artigos de luxo. A corte, em 
conseqüência, abandonou literalmente o Brasil epassou a explorar as riquezas orientais. 
 
1516 / 1526 Expedições de Cristóvão Jacques: Tinham a finalidade de combater os inimigos franceses e ingleses que extraíam do 
litoral brasileiro o pau-brasil em grande escala. Combater o contrabando de pau-brasil e salvaguardar a terra era uma característica 
dessa expedição. 
Após muito tempo combatendo inimigos, Cristóvão Jacques indicou a colonização do Brasil ao Rei de Portugal. 
 
1530 Expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Sousa. 
Tinha como objetivo começar o processo de colonização do Brasil, ou seja, ocupar a terra. 
 
A exploração do Pau-brasil 
A economia pré-colonial centrou-se no pau-brasil, madeira avermelhada existente em toda a Mata Atlântica, desde o 
litoral do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. O pau-brasil era conhecido na Europa desde a Idade Média, pois dele se extraía 
um corante utilizado na tintura de tecidos e tingimento e móveis. 
A extração do pau-brasil foi declarada estanco (monopólio real): só o rei concedia o direito de exploração. O primeiro 
arrendatário a ser beneficiado com o estanco foi Fernando de Noronha, em 1502. A exploração era feita por conta e risco do 
arrendatário, e a Coroa, sem nada investir, recebia uma parcela dos lucros. Como a extração de madeira era feita de maneira 
predatória, não havendo preocupação em replantar a árvore, essa riqueza florestal esgotou-se rapidamente. A árvore era cortada e 
transportada aos navios portugueses pelos indígenas, que, em pagamento, recebiam objetos de pouco valor. Essa relação de 
trabalho chama-se escambo. 
O ciclo do pau-brasil não criou núcleos povoadores: gerou apenas algumas feitorias de pouco significado, como a de 
Cabo Frio (1503). 
 
FEITORIAS: Lugares fortificados ao longo do litoral brasileiro, onde os exploradores ficavam até o dia do embarque. 
 
 
A primeira expedição colonizadora 
A expedição comandada por Martin Afonso de Souza partiu de Lisboa em dezembro de 1530, e seu principal objetivo 
era iniciar a colonização do Brasil; por isso ficou conhecida como expedição colonizadora. Além de iniciar a colonização, Martin 
Afonso também tinha como objetivos combater os corsários estrangeiros, procurar ouro e fazer um maior reconhecimento 
geográfico de nosso litoral. 
Martin Afonso fundou a primeira vila do Brasil, a vila de São Vicente. Além dessa vila, fundou alguns povoados, como 
Santo André de Borda do Campo e Santo Amaro. 
Na região de São Vicente, Martin Afonso iniciou o plantio da cana-de-açúcar. Um ano após o plantio das primeiras mudas, 
instalou-se o primeiro engenho produtor de açúcar no Brasil chamado São Jorge. 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
Exercícios 
 
1. Sobre as expedições que chegaram à América nas três primeiras décadas do século XVI podemos afirmar que, EXCETO 
a) Em 1503, liderada por Gonçalo Coelho, chega uma expedição para explorar pau-brasil e dar nomes a várias partes do Brasil 
b) Liderando uma expedição colonizadora, Martim Afonso de Sousa inicia a ocupação da terra, fundando a vila de São Vicente, a 
primeira do Brasil 
c) Chega em 1503 no Brasil, como o primeiro a receber autorização real de exploração do pau-brasil, o cristão novo Fernão de 
Noronha 
e) A primeira expedição exploradora que veio ao Brasil deu nome a várias partes do território, segundo a geografia local e o 
calendário cristão 
 
2. No estanco, ou monopólio régio do pau-brasil, o rei de Portugal fazia uma concorrência para dar o direito de exploração. E o 
primeiro a ganhar esse privilégio real de exploração por meio de um consórcio foi 
a) Gaspar de Lemos 
b) Gonçalo Coelho 
c) Cristóvão Jacques 
d) Fernão de Magalhães 
e) Fernão de Noronha 
 
3.Quando no Brasil foi descoberto o pau-brasil, o mesmo só poderia ser retirado da terra com a autorização do Rei, esse sistema de 
autorização ficou conhecido como 
a) escambo 
b) feitorias 
c) capitanias 
d) estanco 
e) Mita 
 
4. No contexto do início da presença portuguesa no Brasil, a expedição de Cristóvão Jacques tinha como objetivo 
a) Mapear e dar nome a terra, e procurar riquezas 
b) Trazer o primeiro a levar uma carga de pau-brasil para a Europa 
c) introduzir o sistema de colonização, se valendo do plantio de cana-de-açúcar 
d) conter a invasão holandesa no nordeste 
e) combater o contrabando de pau-brasil 
 
5. ESA 2007 – Após o descobrimento, a primeira expedição exploradora foi chefiada por: 
a) Gonçalo Coelho; 
b) Pedro Álvares Cabral; 
c) Fernando de Noronha; 
d) Cristóvão Jacques; 
e) Gaspar de Lemos 
 
6. O primeiro contato entre portugueses e indígenas foi amistoso, pois não havia interesse dos portugueses em ocupar a terra e nem 
escravizar os indígenas. A atividade econômica estabelecida entre 1500 e 1530 foi o (a): 
a) Plantio da cana de açúcar; 
b) Prospecção de metais preciosos; 
c) Escambo de drogas do sertão; 
d) Escambo de pau-brasil; 
e) Agricultura algodoeira. 
 
7. Logo na chegada dos Portugueses ao Brasil, foi redigida uma carta, apresentando a terra recém-descoberta ao rei de Portugal. 
Essa, tinha características das quais podemos citar, EXCETO: 
a) forte influência e interesse da igreja; 
b) apresentou uma terra boa e fértil; 
c) os nativos não se caracterizavam como mercado consumidor para produtos europeus; 
d) semelhante aos espanhóis, foram vistos sinais da existência de ouro e prata a primeira vista; 
e) apresenta a necessidade difundir a fé cristã entre os nativos, convertendo-os. 
 
8. ESA – As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI objetivaram 
A) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento. 
B) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos 
C) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa. 
História do Brasil - Militar 
D) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse. 
E) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus 
 
9. ESA – A respeito das expedições marítimas portuguesas enviadas ao Brasil no período pré-colonizador, foram chamadas de 
“expedições guarda-costas”, empreendidas entre os anos 1516 a 1520, as missões comandadas por 
A) Gaspar de Lemos. 
B) Martin Afonso de Souza. 
C) Cristóvão Jacques. 
D) Gonçalo Coelho. 
E) Tomé de Souza 
 
10. ESA – No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portugueses na colônia do Brasil, entre os anos 1501 
a 1530, é correto afirmar que se destacaram como atividade (s) principal (is) 
A) a exploração de ouro e pedras preciosas. 
B) a escravização do indígena. 
C) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado. 
D) a extração e comercialização do pau-brasil. 
E) o cultivo de fumo e do café. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
Capítulo 3 
COLONIZAÇÃO DO BRASIL 
 
Com a queda do mercado com as índias, a partir de 1530, Portugal volta-se para o Brasil com intenções colonizadoras. O 
rei se convenceu de que só poderia manter a posse da terra estabelecendo núcleos permanentes de povoamento, colonização e 
defesa. Mas a coroa também tinha esperança de haver aqui riquezas minerais, em proporções semelhantes às encontradas pelos 
espanhóis em suas possessões. 
A experiência de Portugal como produtor de açúcar em suas ilhas do Atlântico (Madeira e Cabo Verde) contribuiu para a escolha 
do produto: 
- Eram semelhantes as condições ecológicas do Brasil e das ilhas; 
- O açúcar era das especiarias mais bem pagas e apreciadas no mercado europeu; 
- Por seu valor, o açúcar poderia atrair investimentos; 
- Navios holandeses poderiam colaborar no transporte; 
- Os índios poderiam ser obrigados a trabalhar na lavoura. 
 
 
A Divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias - 1534 
A pós o sucesso do povoamento de Martim Afonso de Sousa 
emSão Vicente, o governo português implantou um sistema de 
povoamento transferindo o risco do investimento para a 
iniciativa particular. Assim, em 1534, o rei de Portugal dividiu 
o Brasil em grandes lotes de terra: as quinze capitanias ou 
donatárias. E as entregou a pessoas de razoáveis condições 
financeiras: os donatários. 
O donatário, nomeado pelo rei, era a autoridade 
máxima dentro da capitania. Com a morte do donatário, a 
administração da capitania passava para seus descendentes. Por 
esse motivo, as capitanias eram chamadas de capitanias 
hereditárias. 
 
A ligação jurídica ente o rei de Portugal e os 
donatários era estabelecida por dois documentos básicos: 
• Carta de doação - conferia ao donatário a posse hereditária 
da capitania. Os donatários não eram proprietários das 
capitanias, mas apenas de uma parcela das terras. Tinham, 
entretanto, o direito de administrar toda a capitania e explorá-la 
economicamente. 
• Carta foral – estabelecia os direitos e deveres dos donatários, 
relativos à exploração da terra. 
- Direitos e deveres dos donatários 
Dentre os principais direitos dos donatários, podemos destacar 
as seguintes: 
• criar vilas e distribuir terras (sesmarias) a quem desejasse 
cultivá-las. 
• exercer plena autoridade no campo judicial e administrativo, 
podendo inclusive autorizar a pena de morte. 
• escravizar os índios, obrigando-os a trabalhar na lavoura. 
Também podiam enviar índios, como escravos, para Portugal, 
até o limite de 30 por ano. 
• receber a vigésima parte dos lucros sobre o comércio do pau-
brasil. 
Em contrapartida, o donatário estava obrigado a assegurar ao rei 
de Portugal: 
• dez por cento dos lucros sobre todos os produtos da terra. 
• um quinto dos lucros sobre os metais e pedras preciosas que 
fossem encontrados. 
• O monopólio da exploração do pau-brasil. Observando essa 
divisão de direitos e deveres, percebe-se claramente que o rei de 
Portugal reservava para si os melhores benefícios que a terra poderia oferecer. Quanto às despesas necessárias à obra colonizadora, 
todas ficavam por conta dos donatários. 
 
História do Brasil - Militar 
 
Resultados das capitanias: 
O sistema de capitanias não alcançou, do ponto de vista econômico, o sucesso esperado governo português. Só as 
capitanias de Pernambuco e de São Vicente progrediram e obtiveram lucros com a produção de açúcar. As demais capitanias não 
prosperaram em decorrência de problemas como: 
• Falta de recursos dos donatários - As terras eram muito extensas, e os donatários geralmente não tinham dinheiro para 
desenvolvê-las. Muitos donatários perderam o interesse pelas capitanias, pois precisavam investir, produzir (plantar e colher), e não 
acreditavam que o retorno financeiro compensaria todo o trabalho e capital empenhados. Alguns nem chegaram a tomar posse de 
sua capitania. 
• Constantes revoltas das tribos indígenas – os índios lutaram contra a invasão de suas terras e contra a escravidão que o 
conquistador queria lhes impor, dificultando a colonização. 
• Problemas de comunicação entre as capitanias e Portugal – as grandes distâncias e as precárias condições dos meios de 
transporte provocaram o isolamento das capitanias. 
• Dificuldades com a lavoura – nem todas as terras das diversas capitanias eram propícias as cultivo de cana-de-açúcar, produção 
que mais interessava ao sistema colonial. Restava ao donatário explorar o pau-brasil; porém, nessa atividade, sua participação era 
muito reduzida (5%), contribuindo para diminuir seu interesse pela capitania. 
Do ponto de vista político, entretanto, o sistema das capitanias alcançou até certo ponto os objetivos desejados. Lançou as 
bases da colonização. Contribuiu para preservar a posse das terras. Ajudou a revelar as possibilidades de exploração econômica da 
colônia. 
 
 
A Instalação do Governo Geral 1548 
 
O isolamento das capitanias em relação a Portugal foi apontado como um dos primeiros problemas do sistema de capitanias. A 
coroa portuguesa passou, então, a participar diretamente da obra colonizadora. Implantou, na colônia, o governo-geral, um 
governo centralizado, encarregado de auxiliar e defender as capitanias. O governo-geral tinha, portanto, o objetivo de 
coordenar a ação dos donatários. 
Como sede do governo-geral, escolheu-se a capitania da Bahia, resgatada pelo rei de Portugal do filho de Francisco Pereira 
Coutinho, o primeiro donatário. Essa escolha deveu-se a interesses administrativos, pois a capitania da Bahia localizava-se num 
ponto médio do nosso litoral, o que facilitaria a comunicação com as demais capitanias. 
 
Normas para o governo geral: 
Entre as normas que regulavam o governo-geral, criado em 1548, destacavam-se: 
• o comando e a defesa militar da colônia ficavam a cargo do governo-geral; 
• os poderes judiciais dos donatários passariam a ser exercidos pelo governador-geral; 
• proibia-se, de modo geral, a escravização do índio; 
• o governador-geral teria três auxiliares: o ouvidor mor, encarregado dos negócios da Justiça; o provedor-mor, encarregado 
dos assuntos da Fazenda; e o capitão-mor, encarregado da defesa do litoral. 
 
Primeiros governadores-gerais: 
1º Tomé de Sousa 
2º Duarte da Costa 
3º Mem de Sá 
 
O documento que criou o governo geral no Brasil foi o Regimento de Tomé de Sousa. 
 
 
1- O governo de Tomé de Sousa: O início do Governo Geral 
O primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, desembarcou na Bahia em 1549 e governou até 1553. Sua frota de 
seis navios trazia, aproximadamente, mil pessoas (soldados, degredados1, funcionários da administração, jesuítas etc.) Os jesuítas 
(seis ao todo), chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, vieram ao Brasil com a missão oficial de converter os indígenas à 
religião católica. Dentre as principais realizações do governo de Tomé de Souza, podemos citar: 
• fundação da cidade de Salvador (primeira cidade do Brasil), onde foi sediada a capital do governo-geral; 
• criação do primeiro bispado brasileiro (território subordinado à autoridade do bispo), em 1551, chefiado pelo bispo Dom Pero 
Fernandes Sardinha; 
• início da pecuária e incentivo ao cultivo da cana-de-açúcar; 
• organização de expedições, chamadas de entradas, que penetravam nas matas à procura de metais preciosos. 
Obs.: Degredados – pessoas inimigas da coroa, que por terem cometido crimes, eram expulsas de seu país. Portugal mandava 
degredados para suas colônias na América e na África. 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
2- Duarte da Costa: a invasão francesa 
O segundo governador-geral, Duarte da Costa, governou de 1553 a 1558 e trouxe mais jesuítas para o Brasil, dos quais 
destacou-se José de Anchieta. Em janeiro de 1554, José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio de São Paulo. 
Junto a esse colégio nasceu a vila de origem à cidade de São Paulo. 
Em 1555, os franceses invadiram o Rio de Janeiro e fundaram um povoamento que se chamou França Antártica. Sem 
armas e soldados suficientes, Duarte da Costa não pôde impedir a invasão nem conseguiu expulsá-los do Rio de Janeiro. 
 
3- Mem de Sá: a expulsão dos franceses 
O terceiro governador-geral, Mem de Sá, governou o Brasil por 14 anos (1558-1572). Entre os principais acontecimentos 
de seu longo período de governo, destacam-se: 
• expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, em 1567, com a ajuda de seu sobrinho, Estácio de Sá. Além de chefe militar, Estácio 
de Sá é lembrado como fundador da cidade do Rio de Janeiro, que nasceu de um pequeno povoado militar organizado para a luta 
contra os franceses; 
• combate aos indígenas que lutavam contra a conquista colonial portuguesa, levando ao extermínio de muitas tribos; 
• crescente incentivo à importação de escravos negros da África, que passou a ser considerada a solução para o problema da falta 
de mão-de-obra na agricultura; 
• a dissolução da confederação dos Tamoios. Por suas realizações, Mem de Sá é considerado o consolidadordo governo-geral. 
 
1572 MUDANÇAS POLITICO-ADMINISTRATIVAS 
Após a Morte do sucessor de Mem de Sá, atacado no atlântico por piratas, o rei de Portugal resolveu dividir a 
administração do Brasil em dois governos. Para melhor proteger e desenvolver o Norte. 
• governo do Norte - com sede na cidade de Salvador, chefiado pelo conselheiro Luís de Brito de Almeida (1573-1578); 
• governo do Sul – com sede na cidade do Rio de Janeiro, chefiado pelo desembargador Antônio Salema (1574- 1578). 
Todavia, em 1578, insatisfeito com os resultados práticos da experiência, o rei de Portugal decidiu voltar atrás e estabeleceu 
novamente um único centro administrativo no Brasil, com sede em Salvador. Lourenço da Veiga, nomeado pela coroa portuguesa, 
exerceu o cargo até 1581, ano de sua morte. 
 
Câmaras municipais: 
Paralelamente à formação das primeiras vilas, foi sendo estruturada uma administração de âmbito local, a cargo das 
câmaras municipais, instituídas somente nos municípios mais importantes. As câmaras eram controladas pelos chamados 
“homens bons”, representantes dos grandes proprietários de terra, de escravos ou de gado. A atuação administrativa das câmaras 
abrangia diversos setores, como o de abastecimento, de tributação, de execução das leis, de relacionamento do colonizador com os 
indígenas etc. Assim, as câmaras municipais constituíam poderosos órgãos da administração colonial, controlados pela elite rural 
da colônia. Nessa condição, opunha-se ao centralismo administrativo, representado pelos órgãos da coroa portuguesa. 
Atendendo o interesse da classe dominante colonial, as câmaras municipais se tornaram autonomistas, passando por cima 
de funcionários do rei. Com o fim da União Ibérica(1640) Portugal cria, em 14 de julho de 1642, o conselho Ultramarino, 
responsável pela centralização administrativa da colônia, reduzindo o poder e a autoridade das câmaras municipais. 
O conselho Ultramarino passou a nomear Juízes para presidir as câmaras, os chamados Juízes de Fora, que substituíam os 
Juízes ordinários. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. ESA - Observando-se o sistema de governo vigente durante o Brasil Colonial, é correto afirmar que: 
a) a criação do Governo Geral, centralizando a administração, provocou a extinção imediata das capitanias hereditárias. 
b) o sistema de câmaras municipais instituiu duas novas políticas administrativas: as sesmarias e o serviço militar compulsório. 
c) o sistema de capitanias hereditárias já havia sido empregado por Portugal na administração das Ilhas Canárias. 
d) o fracasso das capitanias hereditárias implicou o desuso das Cartas de Doação e das obrigações do Documento Foral. 
e) o sistema de capitanias hereditárias foi um empreendimento que, dirigido pela Coroa, estava a cargo de Particulares. 
 
2. ESA - Dentre as quinze capitanias Hereditária fundadas no Brasil a partir de 1530, somente duas prosperaram até 1550: 
a) Pernambuco e São Vicente 
b) Maranhão e Ceará 
c) Itamaracá e Porto Seguro 
d) Ilhéus e Porto Seguro 
e) São Tomé e Santana 
 
3. ESA - O Primeiro Governo Geral do Brasil foi instalado em: 
a) São Luís. b) Fortaleza. c) Olinda. d)Salvador. e) Rio de Janeiro. 
 
História do Brasil - Militar 
 
4. O sentido da colonização no Brasil era explícito 
a) ocupar e abrir o Brasil ao comércio externo 
b)buscar uma parceria com franceses no mercado açucareiro 
c) fornecer produtos tropicais e minerais para o mercado externo 
d) do litoral brasileiro partir para o domínio de toda a América 
e) forte parceria com os holandeses na venda de pau-brasil na Europa 
 
5. Sobre o modelo das capitanias hereditárias adotado no Brasil podemos afirmar, EXCETO 
a) Já havia sido utilizado nas ilhas de posse portuguesa no Atlântico, Cabo Verde, Madeira, Açores e São Tomé 
b) Entre os donatários não figurava nenhum de alta nobreza ou do grande comércio do Oriente 
c) A carta de doação e a foral estabelecia a relação entre o rei e os donatários 
d) A carta de doação era uma espécie de código tributário e continha os direitos e deveres do donatário 
e) Devido ao tamanho das obrigações e a falta de recursos, a maioria das capitanias fracassaram, onde muitos donatários não 
querendo arriscar suas fortunas jamais tomaram posse da terra 
 
6. No ano de 1555 os franceses invadiram a Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. Esta invasão foi motivada pelas 
seguintes razões: 
a) Contrabando de ouro; 
b) Perseguições políticas e contrabando de prata; 
c) Perseguições religiosas e contrabando de pau-brasil; 
d) Fugir do cercamento dos campos; 
e) Fundar uma igreja católica na região 
 
7. Dos documentos que faziam a ligação Portugal e Donatários no regime de capitanias hereditárias podemos citar o(a) 
a) foral 
b) regimento Tomé de Sousa 
c) carta do corso 
d) tratado de aliança e amizade 
e) pacto equatorial 
 
8. NoGoverno Geral, a vinda de Jesuítas para o Brasil, liderados por Manuel de Nobrega, assim como a criação do primeiro 
bispado do Brasil, em Salvador por Pero Fernandes Sardinha, se deu no governo de: 
a) D. João VI 
b) D. Pedro I 
c) Tomé de Sousa 
d) Duarte da Costa 
e) Martin Afonso de Souza 
 
9. No Brasil colonial foram instaladas as câmaras municipais, que eram compostas 
a) por espanhóis e franceses 
b) por homens ricos, donos de escravos 
c) pelos indígenas 
d) pelas camadas mais populares 
e) por nativos e populares 
 
10. No início da instalação das câmaras municipais, sua liderança foi entregue ao(s) 
a) Juiz Ordinário 
b) Capitão Mor 
c) Nativos 
d) Holandeses 
e) Governador Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
Capítulo 4 
UNIÃO IBÉRICA 
 
O rei da Espanha assume o trono português 
 O Século XVI é conhecido como o século da preponderância espanhola, pois nesse período a Espanha, devido a grande 
quantidade de prata encontrada no México e Peru, se torna a mais poderosa nação europeia. 
Em 1578, D. Sebastião, o rei de Portugal, morreu em batalha no norte da África(Alcácer-Quibir) contra os Árabes. O trono 
foi ocupado pelo seu tio-avô, o cardeal de igreja D. Henrique, que, também, em 1580, morreu sem deixar herdeiros. Era o fim da 
dinastia de Avis, que esteve no governo desde 1385 (D. João I – Mestre de Avis). 
Muitas disputas pelo trono surgiram, tendo como vencedor o rei da Espanha, Felipe II, que invadiu e conquistou Portugal, 
subornando a classe dominante portuguesa em troca de apoio. 
Com o chamado domínio espanhol, União Ibérica ou União Peninsular, a Espanha passou a controlar não só Portugal, 
mas também todas as colônias portuguesas, construindo um vasto império. No Brasil a administração praticamente não sofreu 
alterações, funcionários e idiomas não mudaram. As leis e costumes pouco mudaram. 
Domínio Espanhol: 
Dinastia Dos Habsburgos ou Felipes 
Felipe II = 1580/1598 
Felipe III = 1598/1621 
Felipe IV = 1621/ 1640 
 
A União Ibérica no Brasil 
A Holanda, juntamente com outras províncias do norte da Europa, se liberta do domínio espanhol, conquistando sua 
independência, proclamando uma república e tendo como capital, e o mais importante centro comercial da Europa no século XVI, 
Amsterdã. 
Como resposta, Felipe II, rei da Espanha, proibiu as colônias pertencentes ao império espanhol de comerciarem com os 
Holandeses. Esse bloqueio econômico ficou conhecido como o EMBARGO ESPANHOL. Nessa época a Holanda controlava um 
grande e lucrativo negócio no Brasil, o transporte, refino e distribuição do açúcar nordestino. 
Após o bloqueio comercial imposto pela Espanha na América, os holandeses partiram para o domínio do comércio 
oriental, com a criação da Companhia das Índias Orientais, em 1602, gerando grandes lucros para o empreendimento. 
Capitalizados e buscando dar uma resposta à expulsão do Brasil, tempos depois, os Holandeses fundaram a COMPANHIA 
DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS, em 1621. Este empreendimento holandês tinha como principal objetivo invadir e tomar a 
produçãode açúcar no Nordeste brasileiro. 
 
A invasão da Bahia: Derrota holandesa. 
Em 1624, os holandeses partiram para a invasão de Salvador, capital do Brasil. O governador da Bahia foi derrubado, e um 
governador holandês assumiu seu lugar. 
Uma figura que toma o lugar de destaque nesse contexto foi a do Bispo D. Marco Teixeira, que organizou um levante entre os 
colonos para expulsar os invasores. O argumento utilizado? Eram Calvinistas, hereges, e precisavam ser abatidos. 
Contando com a ajuda de uma esquadra Luso-espanhola, que ficou conhecida como a jornada dos vassalos, os colonos venceram 
os holandeses. Essa tentativa de domínio holandês em Salvador durou de 1624 até 1625. 
 
Com a derrota, os holandeses tiveram grande prejuízo. Mas, em 1628, uma esquadra holandesa assaltou uma frota de navios 
espanhóis carregados de prata, fazendo com que a Companhia das Índias Ocidentais se preparasse para um novo ataque ao Brasil. 
 
 
Invasão de Pernambuco: O estado Holandês 
Com uma esquadra poderosa, os holandeses invadem Pernambuco, a mais rica capitania do Brasil, em 1630. 
Sem forças para reagir, o governador de Pernambuco – Matias de Albuquerque – refugia-se no interior, fundando o ARRAIAL DO 
BOM JESUS, principal ponto de resistência contra a invasão holandesa. 
Durante cinco anos os holandeses não conseguiram dominar totalmente a região dos engenhos. A guerrilha de Matias de 
Albuquerque estava obtendo bons resultados, até Domingues Fernandes Calabar, profundo conhecedor da região, passar a ajudar os 
invasores, entregando a revolta na mão dos holandeses. 
Em 1635, após várias derrotas, Matias de Albuquerque desistiu de lutar, partindo para Alagoas e conquistando a cidade de Porto 
Calvo – antes dominada pelos holandeses. Posteriormente, Domingos Fernandes Calabar foi preso e enforcado. 
 
1- Governo de Maurício de Nassau – 1637/1644 
Com o fim da guerra em Pernambuco, a Companhia das Índias Ocidentais passa a administrar a região conquistada. 
Diante de tanta destruição e desordem, a Holanda envia para o Brasil, em 1637, o conde João Maurício de Nassau Siegen, 
nomeado governador geral do Brasil holandês. Habilidoso administrador, pacificou e atraiu a colaboração dos luso-brasileiros. 
História do Brasil - Militar 
Medidas de Nassau: Concessão de créditos, devolução de terras, tolerância religiosa, obras Urbanas e promoção da vida cultural 
e científica na região. 
Acusado de roubo, pela Companhia da Índias Ocidentais, e insatisfeito com a atitude gananciosa e pouco atenciosas dos 
holandeses, Maurício de Nassau é afastado do governo em 1644. 
 
2- Expulsão dos Holandeses de Pernambuco 
 
Em 1640 o Duque de Bragança recuperou o trono para os portugueses, pondo fim ao domínio espanhol, iniciando a dinastia de 
Bragança, e recebe o titulo de D. João IV – Rei de Portugal. 
Novamente no controle, Portugal negociou um tratado de paz com a Holanda de dez anos. Esse acordo não chegou ao fim. 
Após a saída de Nassau a administração holandesa se tornou mais dura. Sabendo que o tempo era pouco para reaver o 
investimento, os holandeses apertaram os senhores de engenho para que eles aumentassem a produção de açúcar, pagassem mais 
impostos e liquidassem as dívidas atrasadas. Caso as exigências não fossem atendidas os engenhos poderiam ser confiscados. 
Até mesmo a tolerância religiosa foi suspensa, levando os católicos a serem perseguidos. 
Em 1645, reagindo às medidas holandesas, os habitantes da colônia iniciaram a luta de expulsão dos holandeses, 
conhecida como a INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA. 
Diante de várias batalhas travadas destacam-se as Batalhas do Monte das Tabocas e dos Guararapes 1648/49, vencidas 
pelos colonos. 
Em 1654, depois de sucessivas derrotas, os holandeses se renderam na CAMPINA DO TABORDA, e Portugal retomou o 
domínio da região açucareira Nordestina. 
 
 
Consequências da Expulsão dos Holandeses do Brasil 
 
1- Fica acertado pelo tratado de Haia que Portugal terá que pagar uma Indenização aos holandeses, para os mesmos reconhecerem a 
devolução do território. 
 
2- A concorrência do açúcar antilhano 
Mergulhado em uma forte crise, o projeto de Portugal era explorar o Maximo as riquezas do Brasil. O açúcar. 
Quando saíram do Brasil os Holandeses levaram do Brasil mudas de cana-de-açúcar, e plantaram nas Antilhas, criando 
uma forte, e destruidora, concorrência para o açúcar brasileiro. Resultado, uma queda de 50% dos preços do açúcar no 
Brasil e o declínio do açúcar nordestino. 
 
3- A Crise na economia Portuguesa 
Após o fim da União Ibérica, Portugal estava mergulhado em uma crise econômica, pois tinham perdido suas colônias e como 
resultado seu comércio colonial quebrou. A solução encontrada foi buscar ajuda com os ingleses, assinando tratados econômicos 
(Tratado de Methuen 1703) e adotar políticas rigorosas em relação ao Brasil, que segundo D. João IV era “a vaca de leite” de 
Portugal. 
 Portugal, muito endividado com os ingleses, principalmente após o Tratado de Methuem, transfere grande parte da riqueza 
tirada do Brasil diretamente para os cofres ingleses. 
 
 
IMPORTANTE: Uma outra invasão francesa ocorre no Brasil durante a União Ibérica. Ao exemplo da França Antártica - 1555, 
os franceses instalaram a França Equinocial, dessa vez no Maranhão. 
 
 
 
Exercícios 
 
1. Em 1621, reagindo ao bloqueio econômico espanhol, os holandeses fundaram a Companhia das Índias Ocidentais. Um dos 
objetivos desse empreendimento era: 
a) abandonar o empreendimento brasileiro e fundar nas Antilhas um novo mercado açucareiro 
b) conquistar o nordeste brasileiro e apoderar-se da produção de açúcar. 
c) fazer um acordo com os espanhóis para dar continuidade as atividades açucareiras no Brasil 
d) procurar outro mercado para trabalhar, outra atividade econômica que não o açúcar. 
e) uma parceria com os portugueses e contra os espanhóis, em favor do mercado açucareiro. 
 
2. O evento ocorrido na Campina da Taborda, em 1654, está relacionado a(o): 
a) Domínio espanhol no Brasil 
b) Fim da escravidão no Brasil 
História do Brasil - Militar 
c) Guerra dos Mascates 
d) Guerra dos Emboabas 
e) Insurreição Pernambucana 
 
3. Diante o domínio espanhol no Brasil(158-1640), podemos afirmar que o embargo Espanhol foi 
a) Assinado entre Portugal e Espanha para definir a fronteira Sul do Brasil. 
b) o que gerou a chamada guerra guaranítica. 
c) o que fez explodir a insurreição pernambucana no nordeste brasileiro. 
d) o impedimento ao negócio açucareiro holandês no nordeste brasileiro 
e) domínio inglês sobre os Ibéricos 
 
 
4. O movimento para expulsão dos holandeses do nordeste brasileiro se deu, dentre outros fatores, pela(o) 
a) união entre Portugal e Espanha na chamada União Ibérica 
b) fim da liberdade religiosa, que fora liberada pelos holandeses no Brasil holandês 
c) chegada de Maurício de Nassau ao governo da colônia holandesa 
d) grande reforma implementada pelos holandeses pós guerra de conquista do nordeste açucareiro(1635) 
e) morte de Felipe II, rei da Espanha, que minou as bases do governo espanhol no Brasil 
 
5) No contexto da União Ibérica podemos afirmar que 
a) foi um governo marcado pela forte administração dos Bragança 
b) no Brasil a economia era dependente da extração do pau Brasil 
c) Felipe II foi fundamental na instalação do domínio Ibérico 
d) somente a colônia brasileira ficou sobre o domínio espanhol 
e) o fim dessa união marcou o início do Brasil holandês 
 
6. “Felipe II, invadiu e conquistou Portugal, além de subornar a classe dominante portuguesa”. 
“a Holanda, juntamente com outras províncias do norte da Europa, se liberta do domínio espanhol, conquistando sua 
independência, proclamando uma república com capital em Amsterdã”. 
“Em 1624, os holandeses tentaram invadir e tomar a Bahia, mas foram expulsos um ano depois da invasão”. 
“no interior de Pernambuco foi fundando o ARRAIAL DO BOM JESUS, principal ponto de resistência da invasão 
“JoãoMaurício de Nassau Siegen, nomeado governador geral do Brasil holandês”. 
Todos os textos apresentados fazem referência a qual momento da história? 
a) Insurreição pernambucana 
b) União Católica e Anglicana 
c) Reforma protestante 
d) União Ibérica 
e) Governo Geral 
 
7. A fundação do Arraial de Bom Jesus foi um episódio que marcou 
a) a invasão francesa no Rio de Janeiro 
b) A invasão do Maranhão e a fundação de São Luiz 
c) A guerra dos Mascates na região das Minas 
d) A invasão de Pernambuco pelos Holandeses 
e) A vitória pernambucana na insurreição pernambucana 
 
8. ESA - A batalha dos Guararapes(1648 – 1649) marcaram a vitória da insurreição pernambucana, que levou a expulsão do 
território brasileiro os invasores: 
a) Espanhóis b) Portugueses c) Ingleses d) Holandeses e) Franceses 
 
 
9. ESA - O Tratado de Methuen, assinado em 1703, por portugueses e ingleses, 
a) criou foro especial para julgar cidadãos britânicos que viviam no Brasil. 
b) trouxe vantagens para Portugal nas relações comerciais bilaterais com a Inglaterra. 
c) favoreceu o desenvolvimento da indústria luso-brasileira. 
d) abriu um importante canal para a transferência da riqueza produzida no Brasil para a Inglaterra. 
e) incrementou a indústria em Portugal e no Brasil 
 
10. Foram fatores que contribuíram para o sucesso do governo de Nassau no Brasil holandês, EXCETO 
a) movimentação da vida artística 
b) liberdade de culto, fé 
c) liberação de crédito, com juros baixos 
História do Brasil - Militar 
d) financiamento espanhol no negócio açucareiro 
e) igualdade de tratamento e obras urbanas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5 
ECONOMIA COLONIAL 
 
A colonização no Brasil foi organizada em torno do cultivo da cana-de-açúcar. Investimento, transporte, refinação e distribuição 
foram problemas que se apresentaram aos portugueses e cuja solução foi dada pela Holanda. Portugal lucraria através dos impostos 
resultantes do pacto colonial e teria a garantia de posse das terras brasileiras. A montagem da produção açucareira obedeceu ao 
sistema de plantation (sistema agrícola, uma plantação, baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de 
latifúndios e mão-de-obra escrava), resultando na criação de uma sociedade patriarcal e escravista. 
 
Economia Açucareira 
Fatores que motivaram Portugal a desenvolver a lavoura açucareira no Brasil: 
· Ausência de metais preciosos; 
· Mercado e lucro garantidos; 
· O produto atrai financiamento externo; 
· Condições de solo e clima favoráveis; 
· A experiência dos portugueses no cultivo do produto; 
· A certeza de que o cultivo da cana-de-açúcar contribuiria para o desenvolvimento da colônia. 
 
Composição dos engenhos: 
· Casa Grande - residência do senhor de engenho e de sua família; 
· Senzala - compartimentos onde os escravos viviam amontoados; 
· Capela - local onde eram realizados os cultos e as reuniões entre os homens livres; 
· Moenda - local onde a cana era espremida; 
· Caldeira ou Fornalha - local onde o caldo era fervido; 
· Casa de purgar - local onde o açúcar era refinado. 
A maior parte das terras do engenho destinava-se ao cultivo da cana-de-açúcar, uma parte menor destinava-se a lavoura de 
subsistência. 
 
Composição da sociedade 
· Senhores de engenho - minoria dominante. 
· Escravos - maioria dominada. 
Obs.: Sociedade Patriarcal. 
 
Características da lavoura açucareira 
· Latifundiária; 
· Monocultura; 
· Escravista; 
· Litorânea; 
· Dependente de financiamento externo (Holanda). 
 
Segundo o Padre Antonil, no Brasil Colônia existiam dois tipos de engenho: trapiche (tração animal) e o real (movido a força 
d'água). 
 
Atividades Complementares 
• A pecuária - O gado, além de constituir fonte alimento, era indispensável na moenda e no transporte das caixas até os portos. 
Mesmo assim, a pecuária, inicialmente desenvolvida no engenho, acabou sendo empurrada para o interior. A criação de gado deu 
origem a um novo tipo de latifúndio, onde o trabalho escravo não tinha condições de ser implantado; nele, o vaqueiro, em geral 
índio ou mestiço, trabalhava em regime de parceria, recebendo reses em pagamento pelo seu serviço. 
Carta régia de 1701 proibiu a criação do gado numa faixa de 10 léguas a partir do litoral, já que ocuparia extensos pastos 
mais lucrativos se utilizados na cultura canavieira. O sertão do nordeste foi a área criatória mais antiga da colônia. A fase de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monocultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Latif%C3%BAndio
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra
http://pt.wikipedia.org/wiki/1701
História do Brasil - Militar 
ascensão da pecuária nordestina estendeu-se até o início do século XVII, até sua pratica extinção causada pelas brutais secas de 
1791 e 1793. Nas campinas da região sul, a pecuária encontraria condições altamente favoráveis. 
 
• O tabaco – Ocupava o segundo lugar na lista de produtos exportados pela Colônia. Assim como a aguardente, o fumo era 
utilizado no escambo de escravos africanos. 
 
• O algodão - No século XVI, o algodão tinha um papel secundário na economia; fornecia material para a confecção de roupas 
para os escravos. 
 
A Mineração: O OURO DE ALUVIÃO 
Com a decadência da economia açucareira no Brasil, Portugal voltou a estimular a procura de ouro. O precioso metal foi 
finalmente encontrado na última década do século XVII, e sua exploração alterou a sociedade e a economia brasileiras. Surgiram 
novos grupos sociais e criou-se um mercado interno. O negro, no entanto, continuaria escravizado e reagiria através de formas 
variadas, da fuga à formação de quilombos. 
No final do século XVII, graças à longa expedição de Fernão Dias, à busca de esmeraldas, encontraram-se os primeiros 
veios de ouro no leito de rios, além da Serra da Mantiqueira, no atual estado de Minas Gerais. A notícia espalhou-se rápido no 
Brasil e em Portugal. 
Na última década do século, em 1693, Antônio Rodrigues Arzão encontrou ouro em Minas Gerais; em 1698, Antônio 
Dias de Oliveira descobriu esse metal em Ouro Preto; em 1700, Borba Gato encontra o metal em Sabará. Essas expedições 
partiam de Taubaté, cidade paulista próxima de Minas Gerais. 
Em 1719, Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro em Cuiabá, na região de Mato Grosso. Três anos depois, Bartolomeu 
Bueno da Silva, o Anhangüera, encontrava o precioso metal em Goiás. 
 
Formas de extração do ouro 
Faiscações - Correspondiam ao ouro acumulado nas margens dos rios e riachos, sua extração era realizada geralmente por 
particulares; 
Lavras - Correspondiam as grandes jazidas minerais, onde o ouro era extraído das rochas, utilizando uma mão-de-obra numerosa 
de base escrava. 
 
A distribuição dos lotes para a exploração 
- Primeiro Lote - era destinado ao descobridor; 
- Segundo Lote - era destinado a Coroa Portuguesa, que depois o vendia em leiloes; 
- Terceiro Lote - era distribuído mediante sorteio, cabendo aos mineradores com maior numero de escravos os maiores lotes a 
serem explorados. 
 
Administração e Impostos sobre a mineração 
· 1702 - criação da Intendência das Minas, órgão responsável pela fiscalização, policiamento, distribuição das datas(Lotes) e a 
cobrança de impostos; 
· 1719 - criação das Casas de Fundição, responsáveis por impedir o contrabando e obrigar o pagamento de impostos. Nelas o ouro 
era derretido, transformado em barras e selado: de cada cinco barras fundidas, uma era destinada a Coroa Portuguesa; 
· 1750 - Mínimo anual de 100 arrobas - cota mínima exigida pela Metr6pole de cada minerador anualmente - valor correspondente 
a 1.500 Kg em ouro; 
· 1760 - Derrama - cobrança dos impostos atrasados sobre a mineração. 
 
Transformações ocorridas na Colônia com a mineração 
· Transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763; 
· Desenvolvimento do mercado interno;· Aumento populacional; 
· Consolidação da ocupação rumo ao interior da colônia; 
· Desenvolvimento de importantes centros urbanos; 
· Desenvolvimento da arte sacra barroca; 
· Desenvolvimento da pecuária sulista; 
· Formação da classe media. 
. Transferência da capital: de Salvador para o RJ 
. Revoltas contra a Metrópole 
 
Composição da sociedade Mineradora: Urbana 
 
· Topo - altos funcionários reais e grandes mineradores; 
· Meio - médios e pequenos mineradores, religiosos, militares, tropeiros, comerciantes, artesãos, entre outros; 
· Base - grande maioria de escravos. 
 
História do Brasil - Militar 
A dependência econômica de Portugal em relação a Inglaterra fez com que grande parte dos minérios extraídos no Brasil fossem 
parar diretamente nos cofres ingleses. 
 
O tráfico negreiro 
“Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar 
fazenda, nem Ter engenho corrente”. 
Essa afirmação foi feita por Antonil, em cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, obra publicada em 1711. 
A frase expressa com grande realismo o papel do negro na sociedade brasileira. 
No ano de 1550, chegou ao Brasil a primeira leva de escravos, que desembarcou em Salvador. No começo, eram trocados por 
cachaça, fumo, bugigangas, instrumentos de metal e outras quinquilharias. Os principais grupos negros trazidos para o Brasil foram 
os sudaneses, originários da Nigéria, Daomé e Costa do Ouro; os bantos, de Angola, Congo e Moçambique; e os malês, sudaneses 
islamizados. 
 O Comércio de escravos com o passar do tempo se tornou tão lucrativo, que, no Brasil, ficou conhecido como um dos 
mais lucrativos setores do comércio colonial. 
EXERCÍCIOS 
 
1. ESA – No início do século XVIII, a disputa pelo ouro da região das minas, entre os paulistas e mineradores provenientes de 
outras regiões do Brasil e de Portugal, gerou um conflito que foi denominado: 
a) Revolta de Beckman. 
b) Revolta de Vila Rica. 
c) Aclamação de Amador Bueno. 
d) Guerra dos Mascates. 
e) Guerra dos Emboabas 
 
2. ESA – Na colônia, a atividade que atendia, basicamente, o mercado interno era a(o): 
a) Pecuária 
b) Cacau 
c) Tráfico negreiro 
d) Produção de Tabaco 
e) Manufatura Têxtil 
 
3. EsSA - No início da colonização no Brasil o cultivo de cana de açúcar era realizado em grandes propriedades chamadas: 
a) Sítios 
b) Latifúndios 
c) Alqueires 
d) Minifúndios 
e) Casas-Grandes 
 
4. ESA - O responsável pela transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, foi: 
a) D. João VI. 
b) D.Pedro I. 
c) Marquês de Pombal. 
d) D. Manuel. 
e) Visconde de Barbacena. 
 
5. ESA - Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que 
favoreceram: 
A) o enfraquecimento do mercado interno. 
B) a integração econômica da colônia. 
C) o povoamento da região das minas. 
D) a conquista do Brasil central. 
E) o desenvolvimento urbano. 
 
6. Quanto ao tráfico negreiro no Brasil podemos concluir que, EXCETO 
a) Foi incentivado pela Coroa portuguesa que recebia parte do lucro 
b) A aguardente, o tabaco e o pau-brasil eram as "moedas" básicas do escambo escravista 
c) A maioria dos negros trazidos da África eram das tribos dos Bantos e dos Sudaneses 
d) Os navios negreiros eram conhecidos por tumbeiros devido à excessiva mortandade em seu interior 
e) apesar do grande lucro do escravismo indígena, Portugal escolhe a escravidão negra africana, atendendo o pedido da igreja 
 
7. sobre o início da colonização do Brasil podemos afirmar que, EXCETO 
a) a colônia deveria ser lugar de consumo de produtos da metrópole, existindo para desenvolve-la 
História do Brasil - Militar 
b) os portugueses buscaram ter no Brasil o mesmo sucesso que obteve na costa africana com o açúcar 
c) a descoberta de ouro e prata no México e Peru pela Espanha estimulou Portugal iniciar a colonização brasileira 
d) Portugal buscou combater, no litoral do Brasil, os saques, invasões e contrabandos pelos franceses e ingleses 
e) Martim Afonso inicia a ocupação da terra fundando a vila de São Vicente, iniciando o cultivo do pau-brasil. 
 
8. Dentre as afirmações abaixo assinale a que NÃO está relacionada com a Economia Colonial: 
A) o estanco e o escambo estão ligados a atividade extrativa do pau-brasil 
B) a empresa açucareira foi a solução encontrada por Portugal para ativar a colonização do Brasil. 
C) fazia parte do latifúndio , dentre outros, a mão de obra escrava e a monocultura visando exportação. 
D) o ouro descoberto na região das Gerais era do tipo aluvião, esgotou-se rapidamente. 
E) as drogas do sertão foram coletadas pelos índios aculturados nas Missões do Amazonas. 
 
9. Sobre a mineração no Brasil colônia podemos afirmar que, EXCETO 
a) ocorreu a formação de um mercado interno bastante articulado 
b) a mineração desloca o eixo econômico do nordeste para o Sul, valorizando principalmente o porto de Santos 
c) o povoamento na região das minas teve uma forte tendência urbanizadora 
d) toda capitania onde se descobria ouro deveria ter uma intendência das minas, independente das autoridades coloniais, 
diretamente subordinada ao conselho ultramarino 
e) para cobrar o imposto da mineração utilizaram basicamente três formas, a capitação, o sistema de fintas e as casas de fundição 
 
10. O sentido da colonização portuguesa no Brasil era claro, explícito: 
a) ocupar e abrir o Brasil ao comércio externo 
b)buscar uma parceria com franceses no mercado açucareiro 
c) fornecer produtos tropicais e minerais para o mercado externo 
d) do litoral brasileiro partir para o domínio de toda a América 
e) forte parceria com os holandeses na venda de pau-brasil na Europa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
CAPÍTULO 6 
EXPANSÃO TERRITORIAL NO BRASIL 
 
Fatores determinantes da expansão do território brasileiro: 
 
1- Expedições Militares ou Expansão oficial: Organizada pelo governo para expulsar estrangeiros que ocupavam partes do 
território brasileiro. 
 
2- Entradas e Bandeiras: Visavam a procurar de novas riquezas pelo interior do território brasileiro, a captura de índios para 
serem escravizados, a captura de negros foragidos e destruição de quilombos. 
 As entradas eram expedições organizadas pelo governo e não ultrapassavam os limites do tratado de Tordesilhas. A primeira 
entrada foi a expedição de Américo Vespúcio, em 1504. 
 As bandeiras eram expedições organizadas por particulares a partir do século XVII, que ultrapassavam os limites de Tordesilhas. 
São Paulo, por geralmente ser ponto de partida dessas expedições, ficou conhecida como a capital bandeirante. 
O líder bandeirante: O Armador 
Tipos de expedições bandeirantes: 
1- Apresador: Captura de índios para vender com escravos 
2- Prospector: Procura de metais preciosos 
3- Sertanismo de contrato: Combate aos índios e captura de escravos negros fugitivos 
4- Monções: Atividade de abastecimento das regiões mineradoras, com alimentos, roupas e outros produtos 
 
Obs.: A expedição bandeirante chefiada por Domingos Jorge Velho, uma das mais conhecidas, foi responsável pela destruição do 
quilombo de Palmares, em 1694. Palmares ficava em Alagoas, durou aproximadamente 70 anos, e chegou a reunir 20 mil pessoas. 
Na época em que foi destruído, palmares era chefiado por Zumbi, que foi capturado e morto em Pernambuco, em 20 de novembro 
de 1695. Outro feito do Bandeirante Domingos Jorge Velho, e sua expedição Sertanismo de contrato, foi o fim de um levante 
indígena no Rio Grande do Norte conhecido como a CONFEDERAÇÃO DOS CARIRIS, ou guerra dos Barbaros. 
 
3- As missões fundadas pelos jesuítas: Os Jesuítas trabalhavam com a catequização e aculturamento dos nativos brasileiros, os 
índios, que habitavam o interiordo território. Os aldeamentos jesuítas, também conhecidos como missões ou reduções, eram 
utilizados não só para o ensino religioso, mas, também, para a exploração do trabalho indígena na extração de riquezas naturais, 
as DROGAS DO SERTÃO (guaraná, cravo, pimenta, castanha, baunilha, plantas aromáticas e medicinais) 
- O Índio aculturado pelos jesuítas era conhecidos como ÍNDIO LADINO, o mais procurado pelos compradores de escravos. 
 
4- A pratica da pecuária: Desenvolvida no nordeste e sul. Como a pecuária não atendia aos interesses do sistema colonial 
mercantilista, a coroa portuguesa proibiu a criação de gado no litoral, garantindo a área em questão para o exclusivo uso da 
lucrativa cana-de-açúcar. Assim a pecuária foi desbravando áreas como a caatinga do nordeste e as campinas do sul. 
 
A colonização da Amazônia: 
1- A região amazônica colonial corresponde aos atuais Pará e Amazônia. 
2- Essa ocupação foi estimulada pela preocupação de garantir o acesso e posse ao rio Amazonas e impedir a presença de rivais de 
outros países na região. 
3- A base da ocupação se deu pela extração vegetal e apresamento indígena. 
EXTRATIVISMO VEGETAL = Drogas do Sertão: Cacau, Guaraná, borracha, urucu, castanha-do-pará, coco, etc. 
4- A exploração da Amazônia dependia do conhecimento da região(índios guias), por isso, a escravidão negra não foi favorecida 
nessa atividade. 
5- As missões Jesuítas foram muito importantes para a ocupação e integração da Amazônia com o sistema colonial. Os Jesuítas 
chegaram a aldear aproximadamente 50 mil índios. 
 
 
TRATADOS: FRONTEIRAS DO BRASIL COLONIAL 
Os portugueses ampliaram as fronteiras do Brasil, ocupando novos territórios, gerando a necessidade de uma série de tratados para 
oficializar juridicamente a situação. 
Os principais tratados internacionais assinados por Portugal para a fixação das fronteiras do Brasil foram: 
• Tratado de Utrecht (1713) – Fronteira Norte – assinado entre Portugal e França. Estabelecia que o rio Oiapoque, no extremo 
norte da colônia, seria o limite de fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. 
 
• Tratado de Utrecht (1715) – assinado entre Portugal e Espanha. Estabelecia que a Colônia do Sacramento pertenceria ao Brasil. 
Houve, porém resistência dos espanhóis que lá moravam. 
 
• Tratado de Madri (1750) – assinado entre Portugal e Espanha. Estabelecia que a Colônia do Sacramento pertenceria aos 
espanhóis e a região dos Sete Povos das Missões (que ocupava parte do atual estado do Rio Grande do Sul) pertenceria aos 
História do Brasil - Militar 
portugueses. O tratado de Madri não pôde ser cumprido, pois jesuítas e índios guaranis dos aldeamentos dos Sete Povos das 
Missões não aceitaram o controle português. Houve violenta guerra (Guerra Guaranítica) contra a ocupação portuguesa. Diante 
dessa situação. 
No Tratado de Madri foi utilizado o princípio do Utis Possidetis, onde a Espanha reconhece o avanço colonial português, 
oficializando o fim do Tratado de Tordesilhas. 
 
- TRATADO DO PARDO: Diante dos conflitos existentes os países iberos decidiram anular uma cláusula do tratado anterior, que 
gerou a guerra guaranítica - conflito na região sul. Foi assinado o Tratado do Pardo. 
 
• Tratado de Santo Ildefonso (1777) – assinado entre Portugal e Espanha. Estabelecia que a Espanha ficaria com a Colônia do 
Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões. Mas a Espanha devolveria a Portugal terras que, nesse período, havia ocupado 
no atual estado do Rio Grande do Sul. O Tratado de Santo Ildefonso foi considerado desvantajoso pelos 
portugueses, que perdiam a Colônia do Sacramento e não recebiam quase nada em troca. 
 
• Tratado de Badajós (1801) – assinado entre Portugal e Espanha. Estabelecia que a região dos Sete Povos das Missões ficaria 
com os portugueses, e a Colônia do Sacramento ficaria com os espanhóis. Depois de muitas lutas, confirmavam-se as fronteiras 
que, basicamente, tinham sido estabelecidas pelo Tratado de Madri. 
 
 
Exercícios 
 
1. O tratado de Santo Ildefonso definia 
a) o tratado de Tordesilhas com suas respectivas divisões 
b) que a colônia do Sacramento faria parte do Brasil 
c) que Sete povos e Sacramento passariam para a Espanha. 
d) a fronteira norte seria determinada pelo rio Oiapoque 
e) o fim do tratado de Tordesilhas 
 
2. Sobre a colonização da Amazônia colonial NÃO podemos afirmar que 
a) correspondia aos atuais Pará e Paraíba 
b) foi estimulada para garantir a posse do rio amazonas 
c) se deu por meio de expedições militares para expulsão de rivais estrangeiros 
d) foi marcada pelo extrativismo vegetal e apresamento de índios 
e) teve a importante presença dos Jesuítas no aculturamento de índios 
 
3. Sobre os tratados para delimitar as fronteiras do Brasil colonial podemos afirmar que 
a) com o tratado de Santo Ildefonso, Portugal abria mão da colônia de Sete Povos e Sacramento 
b) O tratado de Madri determinou o Oiapoque como fronteiras norte do Brasil 
c) O tratado Del Pardo definiu a fronteira sul do Brasil 
d) O primeiro tratado de Utrecht definiu a fronteira sul do Brasil 
e) Com o segundo tratado de Utrecht explodiu a guerra Guaranítica 
 
4. ESA - Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII o Brasil estendeu consideravelmente seu território, o que obrigou o 
estabelecimento de novos Tratados de Limites entre os Reinos Ibéricos. Neste sentido, podemos afirmar que 
a) o Tratado de Madri deu origem às Guerras Guaraníticas. 
b) ficou estabelecido, no Tratado de Santo Ildefonso, o princípio de Uti possidetis. 
c) Portugal, pelo Tratado de Badajós, assumiu o controle sobre o território da Guiana. 
d) o Tratado de Utrecht, de 1713, reconheceu a posse da Colônia de Sacramento por Portugal. 
e) o Tratado do Pardo reconheceu o direito exclusivo de Portugal navegar pelo rio Amazonas. 
 
5. Dos fatores determinantes para expansão do território brasileiro podemos citar, EXCETO 
a) A expansão oficial ou militar 
b) A procura por drogas do sertão; 
c) As missões fundadas pelos jesuítas; 
d) A pratica da pecuária no Vale do São Francisco. 
e) As Bandeiras, visando a exploração do litoral 
 
6. Quanto ao tratado de Badajós, de 1801, podemos afirmar que: 
a) Assinado entre Portugal e França. Tratava da fronteira norte do Brasil. 
b) Assinado entre Portugal e Espanha. Tratava somente da fronteira de Sacramento, que após esse pertenceria ao Brasil. 
c) Gerou a chamada guerra guaranítica. 
d) a colônia de Sacramento e Sete Povos das Missões passariam para a Espanha. 
História do Brasil - Militar 
e) Confirmava-se as fronteiras, que, basicamente, tinham sido estabelecidas no tratado de Madri. 
7. A expedição bandeirante de 1694, chefiada por Domingos Jorge Velho foi responsável por 
a) encontrar ouro na região das minas 
b) libertar Pernambuco do domínio holandês 
c) destruir o quilombo dos Palmares, em Alagoas 
d) acabar com a França Antártica 
e) combater os forasteiros na guerra dos emboabas 
 
8. Dos tratados para oficializar juridicamente a situação das fronteiras do Brasil colonial, o que NÃO ESTÁ CORRETO é o: 
a) Tratado de Utrecht de 1713 estabelecia que a Colônia do Sacramento pertenceria ao Brasil. Houve, porém resistência dos 
espanhóis que lá moravam. 
b) Tratado de Madri Estabelecia que a Colônia do Sacramento pertenceria aos espanhóis e a região dos Sete Povos das Missões 
pertenceria aos portugueses. 
c) Tratado de Santo Ildefonso definia que a Espanha ficaria com a Colônia do Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões 
d) Tratado do Pardo definia o fim do Utis Possidetis e o fim da guerra guaranítica 
e) Tratado de Badajós confirmava as fronteiras que, basicamente, tinham sido estabelecidas pelo Tratado de Madri. 
 
9. O princípio do Utis Possidetis foi utilizado na assinatura do seguinte tratado 
a) Tordesilhas 
b) Pardo 
c) Madri 
d) Badajós 
e) Utrecht 
 
10. Foram fatores que contribuíram para a construção do Brasil além dos limites de Tordesilhas, EXCETOa) a exploração mineral 
b) a busca por Drogas do Sertão 
c) expedições apresadoras 
d) o açúcar 
e) a pecuária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
Capítulo 7 
 
A Administração Pombalina 1750 – 1777 
(século XVIII) 
 
No século XVIII, em virtude da pregação das ideias liberais, surge em Portugal uma tentativa de reformulação, 
especialmente no campo econômico: é a política pombalina. 
Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras (Marquês de Pombal), era o primeiro ministro do rei D. José I, de 
Portugal. Suas práticas visavam a recuperação da economia do Brasil em benefício de Portugal, a fim deste país se livrar do 
domínio econômico da Inglaterra. 
Pombal concentrou todo seu esforço para modernização do reino português, como um déspota esclarecido, de cima para baixo. 
SUAS REALIZAÇÕES TINHAM COMO PRINCIPAIS OBJETIVOS: O fortalecimento do Estado Português e a autonomia 
econômica de Portugal. 
 Diminuir a influência da nobreza, e, sobretudo, dos Jesuítas. 
 Fortalecer os laços do exclusivo metropolitano, transferindo para Portugal o Máximo de riqueza. 
 
D. José I e o seu primeiro ministro (Marquês de Pombal), eram exemplos típicos de DESPOTAS ESCLARECIDOS. Impondo suas 
vontades, de cima para baixo. 
 
Reformas Pombalinas no Brasil: 
 1- Extinguiu o sistema de Capitanias Hereditárias; 
 2- Expulsou os padres jesuítas 1759; 
 3- Reunificou o Brasil (em 1621 o Brasil foi dividido em estado do Maranhão e Brasil); 
 4- Promoveu a transferência da capital do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro (1763); 
 5- Criou duas novas Companhias de Comércio: Maranhão/Grão-Pará e Pernambuco/Paraíba; 
 6- Instituiu o monopólio real do diamante 1771 
 7- Instituiu a cobrança da derrama na região das Minas 
 
Com a morte de D. José I (1777) sobe ao trono Dna. Maria I, ocasião em que a obra de Pombal é paulatinamente desfeita. 
IMPORTANTE: Dna. Maria assinou o ALVARÁ DE 1785, proibindo a instalação de fábricas e manufaturas no Brasil. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. ESA – O responsável pela transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, foi: 
a) D. João VI. 
b) D.Pedro I. 
c) Marquês de Pombal. 
d) D. Manuel. 
e) Visconde de Barbacena. 
 
2. sobre a administração de Marquês de Pombal NÃO podemos dizer que 
a) visava a recuperação da economia do Brasil em benefício de Portugal, a fim deste país se livrar do domínio econômico da 
Inglaterra. 
b) concentrou todo seu esforço para modernização do reino português, como um déspota esclarecido, de cima para baixo. 
c) buscou diminuir a influência da nobreza e sobretudo dos Jesuítas nos negócios de Portugal 
d) buscou fortalecer o exclusivo metropolitano 
e) colocou fim ao pacto colonial nas relações Brasil e Portugal 
 
3. das realizações do Marquês de Pombal no Brasil podemos apontar, EXCETO 
a) Extinguiu o sistema de Capitanias Hereditárias 
b) Expulsou os padres jesuítas 
c) Reunificou o Brasil, que em 1621 o Brasil foi dividido em estado do Maranhão e Brasil 
d) Fortaleceu Salvador como único centro político do Brasil 
e) Criou duas novas Companhias de Comércio: Maranhão/Grão-Pará e Pernambuco/Paraíba; 
 
4. O monopólio real do diamante e a cobrança da derrama foram medidas 
a) Joaninas no Brasil 
b) Pombalinas 
c) tomados por Tomé de Sousa 
História do Brasil - Militar 
d) de Mem de Sá 
e) de Maurício de Nassau 
 
5. O fim da administração pombalina se deu com 
a) o fim da união ibérica 
b) o reinado de D. Maria I 
c) a união de Portugal, Brasil e Algarves 
d) a subida de D. José I ao trono português 
e) a invasão napoleônica em Portugal 
 
6. A proibição da instalação de manufaturas no Brasil, por meio do Alvará de 1785, foi determinada por 
a) D. José 
b) D. João VI 
c) Pombal 
e) D. Maria 
d) D. Pedro 
 
7. Marque abaixo um dos pontos da reforma pombalina no Brasil 
a) Elevação do Brasil a reino 
b) Abertura dos portos brasileiros 
c) A cobrança do quinto 
d) criação de duas novas companhias de comercio 
e) chegada de novas missões Jesuítas ao Brasil 
 
8. Sobre o governo de D. José e seu primeiro ministro (Marquês de Pombal), é CORRETO que 
a) iniciou com a morte de D. Maria, a louca. 
b) foram instaladas duas novas companhias de comércio no RJ e MG. 
c) eram típicos despostas esclarecidos. 
d) proibiram a instalação de manufaturas pelo Alvará de 1785. 
e) abriram os portos brasileiros as nações amigas. 
 
9. foram pontos da reforma pombalina no Brasil, EXCETO 
a) reunificação do Brasil 
b) transferência da capital do Brasil 
c) abertura de escolas Jesuítas 
d) criação de duas novas companhias de comércio 
e) fim das Capitanias Hereditárias 
 
10. As medidas tomadas por Pombal no Brasil tinham por objetivo 
a) vencer os conflitos brasileiros na região do Prata 
b) por fim ao pacto colonial 
c) tirar Portugal da órbita inglesa 
d) aliança com os Nobres e Jesuítas 
e) enfraquecimento da monarquia portuguesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil - Militar 
 
Capítulo 8 
 
REVOLTAS COLONIAIS 
NATIVISTAS E EMANCIPACIONISTAS 
 
REBELIÕES NATIVISTAS 
As primeiras rebeliões não se manifestaram com a ideia de conseguir a independência do Brasil. Essas manifestações, 
chamadas nativistas, a princípio, apenas contestavam os aspectos específicos do pacto colonial, não a dominação integral da 
metrópole. Além disso, tinham um caráter regionalista, não se preocupando com a unidade nacional. Ocorreram entre 1641 e 1720, 
contra certos aspectos da exploração colonial. 
 
1 – Aclamação de Amador Bueno SP/1641 
 Ocorre no contexto da crise açucareira em São Vicente/SP, onde os Fazendeiros sem ter recursos para comprar escravos 
negros, iniciam uma forte escravização de indígenas - Atraindo para eles uma forte oposição dos padres Jesuítas. 
 Revoltados com a intervenção Jesuíta no local, as elites rurais locais iniciaram um movimento de expulsão dos Jesítas da 
região – Conhecida como “A BOTADA DOS PADRES FORA”. 
 Além da revolta com os padres Jesuítas, os senhores de engenho paulistas queriam ACLAMAR AMADOR BUENO 
presidente de São Paulo, uma medida totalmente contraria a centralização administrativa em vigor no Brasil. Todavia, Amador 
Bueno não aceitou a indicação e a revolta acabou. 
 
2- A revolta de Beckman ( 1684 ) 
 ( Maranhão, 1684) – A economia voltada para a exportação e a consequente falta de alimentos tornava a vida difícil. 
As dificuldades ficaram insuportáveis no Maranhão 
em fins do século XVII. Os colonos queriam ver pelas costas ou de preferência mortos, dois inimigos: os jesuítas, que se opunham 
à escravidão dos índios; e a Companhia de Comércio, que monopolizava a compra e venda de mercadorias. Como se não bastasse 
isso, a Companhia só comprava produtos que lhe dessem muito lucro e vendia artigos caros e ruins. Estava difícil conter a revolta. 
Em 1684, Manuel Beckman, Abastada senhor de engenho, liderou a revolta. Os revoltosos queriam a abolição do monopólio da 
companhia de comércio e uma relação comercial mais justa. 
O governo local foi deposto, os armazéns da companhia foram saqueados e os Jesuítas foram expulsos. 
Nesse levante assumira o governo provisório Manuel Beckman, que enviou seu irmão, Tomás Beckman, para levar as 
reivindicações dos revoltosos ao Rei de Portugal. 
Tomás Beckman foi preso e caminhado para o Brasil, juntamente com o novo governador, Gomes Freire, que 
desembarcou no Maranhão e reconstituiu as autoridades locais. 
Manuel Beckman fugiu, e quando planejava salvar seu irmão foi traído, preso e executado. 
A revolta dos Beckman foi o primeiro movimento anticolonial organizado. 
 
3- Palmares – Alagoas/1694 
 Uma forma de resistência à escravidão negra no Brasil, organizada em Alagoas, que foi destruída pela ação do bandeirante 
Domingos Jorge Velho. 
 
4 – Guerra dos Emboabas MG/1708 – 1709 
Os paulistas,

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