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A FARMÁCIA HOSPITALAR E SUA INFRAESTRUTURA PROF. MSC: SEBASTIAN RINALDI BASE LEGAL DO SUS – C.F/88 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. CONCEITO • Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. (SBRAFH, 1997). Em 30 de janeiro de 1997, por meio da resolução nº 300 do CFF, foi regulamentado o serviço do profissional em farmácia de unidade Hospitalar, clínica e casa de saúde, de natureza pública ou privada. SBRAFH Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar MISSÃO: Representar os farmacêuticos hospitalares e em serviços de saúde, buscando seu reconhecimento social, através do estímulo a qualificação profissional e ações de articulação política, junto a sociedade e equipe multidisciplinar em saúde; VISÃO: Ser referência internacional, para farmacêuticos e instituições, no segmento de hospitais e demais serviços de saúde e cuidados farmacêuticos. HISTÓRICO • Início do século XX: farmacêutico presente em todas as etapas do ciclo do medicamento; é considerada uma fase artesanal onde o farmacêutico manipulava praticamente todo o arsenal terapêutico disponível na época, além de ser responsável pela dispensação e guarda do medicamento. • 1920-1950: expansão da indústria farmacêutica; abandono da prática de formulação; diversificação no campo de atuação do farmacêutico; farmácia hospitalar passa a ser simplesmente um canal de distribuição de medicamentos produzidos na indústria. HISTÓRICO • Década de 1980 - Crescimento da farmácia clínica e hospitalar: Mercado em crescimento até os dias de hoje; Aumento do número de instituições hospitalares; Valorização da farmácia hospitalar (papel estratégico e econômico dentro da instituição). • 1995 criação da SBRAFH – Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar. •Atualmente o enfoque da Farmácia Hospitalar passa a ser clínico- assistencial atuando em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando em cada momento de sua adequada utilização nos planos assistenciais, econômicos, de ensino e de pesquisa. OBJETIVOS • Garantir o uso seguro e racional dos medicamentos que serão prescritos pelo profissional médico, através de um bom planejamento na aquisição de medicamentos e materiais hospitalares para suprir à demanda e necessidades dos pacientes hospitalizados, na mesma proporção da sua utilização (NOVAES; GONÇALVES; SIMONETTI, 2006). • Quanto melhor for a organização da farmácia hospitalar na gestão de medicamentos melhor será a qualidade e o baixo custo para os serviços prestados aos seus clientes (BARBIERI e MACHLINE, 2006). • Dependendo do método de distribuição utilizado, podemos garantir que o paciente estará recebendo os seus medicamentos dentro de critérios que possam assegurar a sua qualidade, segurança e eficácia. FUNÇÕES DA FARMÁCIA HOSPITALAR Selecionar medicamentos e germicidas juntamente com a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), além de materiais médico-hospitalares juntamente com a Comissão de Padronização de materiais; Adquirir, conservar e controlar os medicamentos e materiais médico-hospitalares; Gerenciar apropriadamente os estoques; Armazenar os medicamentos seguindo as normas técnicas adequadas, a fim de preservar sua qualidade. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde (MS) FUNÇÕES DA FARMÁCIA HOSPITALAR Produzir/manipular medicamentos e germicidas devido à indisponibilidade destes no mercado, à necessidade de se atenderem prescrições especiais ou ainda, devido a motivos econômicos; Estabelecer um sistema racional de distribuição de medicamento, assegurando, desta forma, que estes cheguem ao paciente certo, na dose certa e no horário certo, com segurança; Implantar um Centro de Informações sobre Medicamentos, para que se obtenham dados objetivos que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médica e a administração de medicamentos. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde (MS) FUNÇÕES MAIS ESPECÍFICAS Paticipar de programas de “reciclagem”dos funcionários do hospital; Relização de estudos farmacoepidemiologicos; Elaboração de avaliação farmcoeonômica; Implantação de montorização plasmática de farmácos; Elaboração de protocolos farmacoteapêuticos; Manipulação de nutrição parenteral e quimioterapia; Desenvolvimento de pesquisa; Implantação da assistência farmacêtica e farmácia clínica. REQUISITOS PARA VIABILIZAR UMA FARMÁCIA HOSPITALAR: Área física e localização adequadas; Posição apropriada na estrutura organizacional; Planejamento, controle e gerenciamento de materiais; Recursos humanos adequados; Horário de funcionamento compatível com a complexidade do hospital; Sistema de distribuição de medicamentos; Central de informação sobre medicamentos; Otimização da terapia medicamentosa; Proposta de desenvolvimento da farmácia hospitalar. ÁREA FÍSICA • Segundo o número de leitos: • 1,5m2/leito (Ministério da Saúde) • 1,2m2/leito (Organização Pan-amenricana de Saúde – OPAS); • 1,0m2/leito (Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar) Também deve ser observado: • Tipo do hospital: especializado, geral, policlínico, de ensino etc.; • Fonte mantenedora e tipo de atendimento: particular, convênio, SUS etc. • Região geográfica onde se localiza o hospital; • Política de aquisição de medicamento: semanal, mensal, trimestral, semestral etc. Por ser considerada uma unidade de abrangência técnico, cienífica e administrativa, alguns autores vinculam a Farmácia Hospitalar à diretoria clínica em geral, outros a área adminstrativa na gerencia de materiais; Devido as suas peculiaridades a Farmácia Hospitalar deve possuir relacionamento com as divisões clínicas e administrativas. POSIÇÃO NA ESTRUTRA ORGANIZACIONAL LOCALIZAÇÃO Facilidade de circulação e de reabasteciemento; Equidistância das unidades usuárias e consumidoras, para facilitar o acesso a elas; Facilidade logística para a distribuição de medicamentos e materiais. AMBIENTES DA FARMÁCIA HOSPITALAR Área administrativa; Área de armazenamento; Área de dispensação; Área de orientação farmacêutica; Área limpa para a manipulação de nutrição parenteral; Área limpa para a manipulação de drogas citostáticas; Área para a manipulação de radiofármacos; Área para o fracionamento de sólidos e líquidos orais. RECURSOS HUMANOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR Administrado pelo farmacêutico Hospitalar; (1 farmacêutico para cada 50 leitos – SBRAFH). Auxiliares de farmácia – de acordo com a complexidade do serviço realizado; (em média 1 auxiliar para cada 10 leitos) RECURSOS HUMANOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR CARACTERISTICAS DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR Capacidade técnica na área; Poder de decisão; Capacidade de comunicação; Liderança; Habilidade gerencial; Aperfeiçoamento profissional; Capacidade de ensinar. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Para um atendimento de excelência é ideal que a farmácia tenha horário integral de funcionamento; Nada impede que em alguns horários específicos a farmácia trabalhe com menor quantidade de funcionários, mas é importante a presença de farmacêutico (s) durante todo funcionamento.
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