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CASO 12

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PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO – PROFESSORA ANA MARQUES 
 
NOME: DION ALIF CRUZ DE SOUZA. MATRÍCULA: 201510756868 
 
RECURSO ADESIVO – SEMANA 13 
 
O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da reclamação 
trabalhista de uma ex-empregada, postulando o pagamento de horas extras e do adicional de 
periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, resolve comparecer 
pessoalmente, sem advogado, à audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada dever a 
empregada. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de falta de 
contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com condenação do 
empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a 
remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e embora com ela não 
concorde, não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o 
pagamento das horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo empregador, no 
momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a providência 
processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamado: 
RESPOSTA ABAIXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR JUIZ(A) DO TRABALHO DA COMARCA/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº (...) 
 
 
 
Mauro Matias, nos autos da reclamatória trabalhista, microempresário, nos autos da 
reclamatória trabalhista em que figura no polo passivo, vem, respeitosamente, através de seu 
advogado já devidamente qualificado nos autos, com endereço em Cidade-Estado, conforme 
procuração em anexo, conforme procuração em anexo, perante Vossa Excelência interpor: 
 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
Com fundamento nos 997 e Seguintes do CPC, aplicáveis subsidiariamente ao processo do 
trabalho, conforme artigo 8 § 1 da CLT, e 769 CLT, Com base nas razões em anexo, requerendo, 
pois, se digne Vossa Excelência determinar a juntada, dos aludidos autos, das mesmas, e o 
processamento na forma da lei. 
Requer, outrossim, a juntada das inclusas guias de depósito recursal e custas judiciais, 
comprovando o preparo da presente medida processual. Ressalta-se que todos os pressupostos 
de admissibilidade do recurso, conforme descrição abaixo: 
 
1 - Custas: Devidamente recolhida em consonância com artigo 789 § CLT, no valor de 
R$ (...) conforme anexo; 
2 - Depósito recursal: Devidamente recolhido no valor de R$ (...) também em anexo. 
 
Assim requer, o recebimento do presente recurso, com a posterior notificação do 
recorrido para apresentar devidas contrarrazões ao recurso e a posterior remessa ao Abalizado 
Tribunal Regional do Trabalho da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temos em que, pede deferimento. 
Local, Data 
Advogado OAB/UF nº (...) 
EGRÉRIA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
Processo nº (...) 
Recorrente: Mauro Matias 
Recorrida: 
 
Eméritos desembargadores, 
 
1. DA TEMPESTIVIDADE 
 
 
Inicialmente, gostaria de salientar, que o presente Recurso adesivo em Recurso ordinário 
se encontra tempestivo, uma vez que a procedência para ciência do Recurso Ordinário se deu em 
(...), recebida em (...) iniciou-se o prazo em (...) vencendo seu octídio legal em (...), data em que 
está sendo protocolado o presente Recurso 
 
2. DAS RAZÕES RECURSAIS 
 
 Insigne Tribunal, conforme se demonstrará nos autos e a inteligente legislação vigente, O 
Doutor Juiz de primeira instancia prolatou sentença neste processo, procedimento este que deu 
reconheceu apenas os pontos elencados no documento em anexo, no que tange ao adicional de 
periculosidade, motivo pelo qual este recorrente interpõe dispositivo para demonstrar que tal 
decisão não merece prosperar. Sendo certo que este é o recurso cabível para tal pleito, se não 
vejamos o artigo 997 §1 do CPC: 
 
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e 
com observância das exigências legais. 
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles 
poderá aderir o outro. 
 Portanto, o autor da presente demanda é parte, se encontra tempestivo, preenche todos 
os requisitos essenciais do presente recurso e se encontra com devidamente arrazoado com o 
recurso apresentado. 
3. SINTESE DA DEMANDA 
 O Recorrente, Sr. Mauro Matias, microempresário, teve proposto contra si reclamação 
trabalhista por sua ex-empregada, agora recorrida, buscando adicional de periculosidade e horas 
extras, que a mesma alega ter direito. Na Audiência, o recorrente fez uso do Jus postulandi 
aplicado ao processo do trabalho, e defendeu-se, apresentando fatos e motivos pelo qual não 
deve o valor a empregada. 
 Todavia, conforme decisão proferida pelo juiz e sem produção de outras provas, alegando 
falta de contestação específica dos fatos, o juiz deu causa parcialmente procedente a 
reclamante, mas apenas no que tange ao adicional de periculosidade, com reflexos na 
remuneração trabalhista. 
 Sobre a decisão, o recorrente não se manifestou inicialmente, pois sabe-se do desgaste 
de audiências para ambos, e naquele momento oportuno não julgou necessário dar continuidade 
a causa, embora não concordasse com parte da decisão. 
 Entretanto, a ex-empregada, inconformada com a situação, interpôs recurso ordinário, 
exigindo também as horas extraordinárias. Em vista disso, o Recorrente, sabendo do fato, e com 
incômodo de parte da sentença, porque acredita que, conforme jurisprudência e legislação foi 
prejudicado em parte, não vê outra forma se não interpor recurso adesivo, buscando seus 
direitos em sua totalidade pelos fundamentos fáticos e jurídicos que passo a expor: 
 
4. DA IMPOSSIVIBILIDADE DE CONCESSÃO DE HORAS EXTRAS 
 
Egrégio tribunal, o argumento apresentado pelo recorrido não deve ser reconhecido, uma 
vez que não trás no bojo do recurso que o mesmo apresentou a comprovação fática dos fatos. 
Vale salientar que estamos tratando aqui, o recorrente deste pleito, de um microempresário, e 
em razão disto, não deve ter a inversão do ônus aplicada ao fato, cabendo portando ao recorrido 
que interpôs inicialmente comprovar as horas extraordinárias eventualmente efetuadas. É o que 
se aduz com a súmula 338, TST, in verbis: 
 
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as 
Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 
 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de 
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. 
(ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 
da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo 
às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se 
dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) 
 
 Posto isto, requer que seja confirmado a improcedência do pedido referente a horas 
extras que o recorrido almeja neste Conceituado Tribunal. 
 
 
 
 
5. DA IMPROCEDÊNCIA DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
 
 Meritíssimo Desembargadores, conforme sentença que julgou improcedente a 
contestação apresentada em primeira instância, o Doutor Juiz deu causa ao Autor da Reclamação 
Trabalhista ora recorrida, sobre o argumento de que a contestação não foi apresentada 
especificando os pedidos postulados pelo autor, sofrendo com isto este recorrente a condenação 
do adicional de periculosidade com reflexos sobre a remuneração obreira. 
 
 Todavia, conforme severifica em todo processo, reconhecido o saber jurídico e ilibado do 
Juiz de primeira instancia, é perceptível e claro que houve um equívoco a respeito da sentença 
no que tange a este pedido. Verificamos que o pedido feito pelo reclamante deveria ser, antes de 
ter declarado sua procedência, passado por perícia, o que não ocorreu. Este perito, habilitado 
em juízo, apontaria os riscos e justificaria o valor da periculosidade no salário. Ainda sobre o 
valor, este deveria ter reflexos no salário base, e não no integral, pois neste caso, estaria indo em 
desarmonia com a lei art. 193, i§ 1 CLT: 
 
Art. 193§ CLT 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da 
empresa. 
 Ainda sobre o fato, com a constatação do perito, o juiz haveria de verificar o que deveria 
ser pago, insalubridade ou periculosidade, com a porcentagem devida do valor, o que não foi 
apontado devido a carência do cumprimento deste procedimento previsto na CLT, conforme 
artigos 192 e 195 §2 , respectivamente, nestes termos: 
 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima 
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, 
assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por 
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da 
região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e 
mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão 
através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela 
Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, 
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do 
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
 
 Reforçando o previsto na consolidação das leis trabalhistas, especificamente nos artigos 
apontados, temos que a SÚM 191 TST, traz apontamento confirmatório da incidência do valor da 
possível periculosidade sobre o salário base: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art1
 
Súmula nº 191 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE 
CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - 
Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o 
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. 
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, 
contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade 
das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se 
determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico. 
III - A alteração da base de cálculo do adicional de 
periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente 
contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o 
cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina 
o § 1º do art. 193 da CLT. 
Diante dos fatos apresentados e a consolidação, requer este recorrente, a reforma desta 
sentença no que tange a periculosidade imposta, dando reconhecimento a improcedência do 
pleito, buscando perfeita harmonia com a lei, e o reconhecimento da ausência dos requisitos 
necessários, como o laudo técnico elaborado por perito responsável. Requer ainda que seja que 
o valor seja calculado sob o salário base como aponta a lei, sendo este também julgamento 
também equivocado, quando comparado com a fundamentação supracitada. 
6. DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer o Recorrente que esta Egrégia Turma, conheça do Recurso 
Ordinário ora interposto e lhe dê provimento: 
1. Seja reformada a setença referente ao adicional de periculosidade, reconhecida sua 
improcedencia, conforme artigos 192,193,195 §2 e Sum 191 TST; 
2. Que seja confirmada a sentença que declara a impossibilidade da concessão de horas extras, 
conforme súmula 338 TST, visto que se trata de empregado microempresário; 
Requer portanto, a reforma da sentença no que tange a periculosidade e a confirmação 
de sentença que desconhece as horas extras, em razão de não ter sido levada em conta a farta 
documentação acostada e comprobatória da tese do Recorrente, incluindo-se as manifestações 
testemunhais que foram desconsideradas, retornando-se os autos ao juízo de origem, bem como 
a condenação do Recorrido nos ônus sucumbenciais. 
Nestes termos, pede deferimento 
Local, Data 
Advogado OAB UF (...)

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