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Diabetes Mellitus: Tipos, Causas e Tratamentos

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É uma doença crônica que gera hiperglicemia -
caracterizada por uma disfunção do pâncreas,
que produz uma quantidade insuficiente de
insulina ou não a produz mais, ou por problemas
com os receptores de insulina. Está relacionada
com o aproveitamento dos carboidratos, sendo
diagnosticada pelo excesso de glicose no
sangue ou na urina.
Diabetes mellitus 
•Tipo 1 – Insulino-dependente
Diabetes juvenil (usualmente ocorre em jovens, mas não exclusivamente)
Ausência de produção de insulina pelo pâncreas (células Beta ausentes ou 
defeituosas)
Gliconeogênese hepática contínua (fígado contribui para hiperglicemia)
Gliconeogênese alimentada pela degradação de proteínas
Músculo e tecido adiposo não captam glicose (GLUT4 permanece no interior 
das células)
Hiperglicemia
Alta taxa de lipólise no tecido adiposo
Altos níveis de ácidos graxos no sangue
Produção de acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona pelo fígado
Hipertriacilglicerolemia = alta síntese de VLDL no fígado e falta de 
lipoproteína lipase (síntese ativada por insulina) 
Glicosúria e poliúria; polidipsia
Acidose, cetoacidose
Injeção de insulina algumas vezes ao dia
Diabetes mellitus 
•Diabetes Tipo 2 – Não-insulina-dependente
Representa 80 a 90 % dos casos diagnosticados de diabetes
Ocorre na meia idade e nos idosos obesos (maior fator determinante)
Resistência a insulina
(tecido adiposo expressa TNF-alfa e resistina, que prejudicam o 
receptor)
Transportador GLUT4 ausente da membrana plasmática (resistência)
Hiperglicemia
Hiperinsulinemia moderada (normal a elevada)
Nivel aumentado de VLDL (aumento da sintese de TG hepatico)
Hipertrigliceridemia 
Cetose e cetoacidose não estão presentes (alguma insulina é suficiente 
para reduzir a lipólise nos adipócitos)
Dieta, atividade física regular e hipoglicemiantes orais
Esse tipo de diabetes é causado pela acentuada redução da sensibilidade
dos tecidos-alvo aos efeitos metabólicos da insulina - resistência a insulina,
porém sem ocorrência habitual de altos índices de cetoácidos.
Canal de Potássio
ATP Sensitivo
Canal de Ca2+
Voltage Sensitivo
Ca
Insulina
Glicose
Glicólise
ATP
2+
GLUT-2
Potencial de
Membrana
Nervo VAGO
(Ramos Esplâcnicas)
AC
GIP
Proteina G
GLP-1
Proteina G
Biossíntese
de Insulina
Fator de 
Transcrição IDX-
1
Adenil Ciclase
cAMP
MAP Quinases
Resposta Insulínica Prandial
Neural
Incretinas (Horm.Intestinais)
Dieta
AÇÃO DA INSULINA
• Ligação aos receptores nos tecidos alvo
• Receptor ( de membrana ) 
de insulina : TIROSINA QUINASE
• Autofosforilação do receptor
• Recrutamento de moléculas sinalizadoras :
– IRS-1 e 2
• Translocação da GLUT4 para superfície 
celular
– Captação de glicose pelo músculo e 
tec. adiposo
AÇÃO DA INSULINA 
Pós-prandial
• SÍNTESE DE GLICOGÊNIO
• SÍNTESE DE PROTEÍNA
• LIPOGÊNESE
• REGULAÇÃO DE GENES EM TECIDOS 
RESPONSIVOS A INSULINA
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
DO DM 2
INSULINO RESISTÊNCIA
• Biguanidas
– Metformina
• Glitazonas
– Pioglitazona
DEFICIÊNCIA INSULÍNICA
• Sulfonilureia
– Glibenclamida
– Glipizida
– Gliclazida
– Glimepirida
• Meglitinidas
– Repaglinida
– Nateglinida
• Incretinas
– Exenatide ( INJETÁVEL)
– Inibidores da DPP-4
• Insulina
Inibidores das alfa.G.
Acarbose
SECRETAGOGOS DE 
INSULINA
Sulfoniluréias (contraindicados 
na gravidez, IH e IR)
Meglitinidas (contraindicados na 
gravidez)
INCRETINAS
PRIMEIRA GERAÇÃO
• Clorpropamida (Diabinese)
- Longa duração( 36h)
- Alta incidência de hipoglicemia severa
- Retenção hídrica - hiponatremia
- Potencializa o efeito do ADH
- Aumenta PAS 
- Ganho ponderal
-  HbA1c mais que a insulina
- porém não reduziu risco de progressão da 
retinopatia.
SULFONILURÉIAS
SEGUNDA GERAÇÃO
• Gliburida/Glibenclamida ( Daonil)
Nos primeiros 5 anos de tratamento:  glicemia de jejum 
e HbA1c 
Tem melhor efeito nesta fase, com perda progressiva da 
efetividade. Perspectivas: uso durante a gestação
Desvantagens: longa ação (24h), hipoglicemia. ganho 
de peso
• Gliclazida ( Diamicron)
-  oxidação de LDL e a adesão de monócitos 
- Diamicron MR- 30mg- liberação progressiva, com 
perfil de 24h
• Glipizida( Minidiab)
- Meia vida mais curta(6 a 12h).
TERCEIRA GERAÇÃO
• Glimepirida( Amaryl)
-Mais seletiva nos canais de K das células beta do que 
nos cardiovasculares
-liberação mais rápida de insulina com tempo de ação 
mais curto.
-Efeitos extrapancreáticos(  n de receptores para 
insulina ou talvez efeito pós receptor), facilitando a 
ação da insulina.
MEGLITINIDAS
• Repaglinida : Prandin,Novonorm 
• Nateglinida : Starlix 
• Restaura a primeira fase de secreção de insulina( 
rápida), pois tem início de ação efetiva em 30 
minutos.
• Diminui a hiperglicemia de jejum e pós prandial
• Deve ser administrada imediatamente antes da 
refeição.
• Se a refeição for omitida ou atrasada deve haver 
ajuste na medicação
• Ganho ponderal discreto
• Benefício: redução do espessamento médio da 
intimal carotídeo
INCRETINAS
As incretinas são hormônios liberados pelo TGI após uma 
refeição e que afetam a homeostase da glicose. Existem dois 
tipos principais de incretinas:
•peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1 – Glucagon-like 
peptide-1), produzido no íleo e cólon;
•peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP –
Glucose-dependent insulinotropic peptide), produzido no 
duodeno.
GLP-1 e GIP são liberados em resposta à ingestão de 
alimento e estimulam as células ß-pancreáticas a liberar 
insulina, facilitando a captação e o armazenamento de glicose 
pelos músculos e outros tecidos. O GLP-1 também reduz a 
secreção de glucagon pelas células a-pancreáticas, 
diminuindo a liberação de glicose pelo fígado. Outras ações 
incluem a redução da motilidade gástrica e do apetite.
exenatida→ Byetta®
foi desenvolvida a partir da saliva venenosa do 
monstro-de-gila, um lagarto que vive nos desertos do 
sudoeste dos Estados Unidos 
Agonista sintético do receptor de GLP-1, 
estimulando a produção e a secreção do hormônio 
insulina pelo pâncreas. 
a exenatida é usada em associação com as 
metforminas (diminui síntese hepática de glicose) e as 
sulfoniluréias (estimulam a liberação de insulina pelo 
pâncreas) 
administrado por injeção sc (5 e 10 mcg) duas vezes 
ao dia,
antes do café-da-manhã e do jantar 
•Dentre os benefícios destavam-se: redução de peso, 
redução da pressão sistólica, aumento da massa de 
células beta em modelo animal
•Efeitos adversos importantes: Hipoglicemia quando 
associado a secretagogos, nausea, vomito e diarreia
Liraglutida (Victoza)
•Mesmo mecanismo de ação do exenatida, 
injeções sc uma vez ao dia (0,6 mg, 1,2 mg, 1,8 
mg)
•Perda ponderal mais significativa, redução da 
HbA1c de 0,8% a 1,1%.
•Mesmos efeitos gerais do exenatida 
•Única da classe aprovada para uso em 
monoterapia
• Inibidores da DPP-4
Vildagliptina (Galvus®), sitagliptina, 
saxagliptina, linagliptina
– Aumentam a meia-vida do GLP-1 endógeno com 
aumento da síntese e secreção de insulina, além 
da redução de glucagon
– Via oral
– Ausência de efeito importante sobre o peso, 
aumento da massa de células beta em modelo 
animal, segurança e tolerabilidade.
– Efeitos adversos mais comuns: faringite, infecção 
urinária, náusea e cefaleia
Vildagliptina + metformina (Galvus® Met Combi Pack)
METFORMINA (contraindicado na 
gravidez, IR, IH, IC, I pulmonar, 
Acidose grave)
GLITAZONAS 
SENSIBILIZADORES DE 
INSULINA
MECANISMOS DE AÇÃO
 Produção
hepática de
glicose
 Absorção
intestinal de
glicose
 Captação 
periférica de
glicose
Metformina
• Diminui glicemia
• Diminui peso
• Melhora a função endotelial
• Diminui a aterogênese 
• Diminui risco de eventos cardiovasculares
• Metabolismo lipídico
– Diminui VLDL
– Aumenta 10% o HDL
– Aumenta termogênese no tecido adiposo marrom
– Melhora esteatose hepática não alcoólica
• **não pode ser usada em Insuficiência renal
Glitazonas
• Pioglitazona ( Actos )• Diminui a glicemia e a HbA1c
• Atua em obesos e não obesos
• Reduz os ácidos graxos livres
• Reduz a resistência insulínica
• Reduz pressão sistólica e diastólica
• Melhora fluxo no miocárdio
• Reduz hiperplasia da íntima das coronárias e 
carótida
• Reduz a microalbuminúria
• Melhora a função das células BETA
• Reduz esteatose hepática
• Melhora perfil lipídico
• Pode causar retenção hídrica, anemia, ganho 
ponderal, insuficiência cardíaca e fraturas
• Contraindicado para: gravidez, IH e IC
Duração de ação de alguns 
hipoglicemiantes orais
Minidiab® (Pfizer)
Avandia® (GlaxoSmithKline))
Alguns efeitos adversos observados com os hipoglicemiantes 
orais
N
ív
e
l 
p
la
s
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c
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n
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Insulina glulisina
Exubera® (Pfizer) → insulina inalável (pó de ação rápida) indicada 
para diabetes tipo 1 e 2. Utilizada antes das refeições, é inalada pela 
boca por meio de um aparelho similar às ‘bombinhas’ de bronquite. 
Efeitos adversos observados 
com a insulina
A lipodistrofia é uma hipertrofia 
do tecido gorduroso subcutâneo 
no local da injeção
Exemplos de dois esquemas de tratamento que garantem
reposição de insulina prandial e basal
D: desjejum, A: almoço, J: jantar
Efeito no controle rígido dos
episódios hipoglicêmicos em uma
população de pacientes que
receberam tratamento intensivo ou
padrão
Efeito no cuidado padrão ou intensivo nas 
complicações de longo prazo do diabetes

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