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Instrumentalidade do Serviço Social

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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
OS INSTRUMEINTAIS DO SERVIÇO ESPECIALIZADO DE PROTEÇÃO A FAMÍLIA NO SEU FAZER PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE 
Campinas-SP
2020-1
BRUNA FERREIRA DOS SANTOS
CLÁUDIA REGINA DA SILVA PIMENTEL
RUTE JÉSSICA VICENTE DA SILVA 
OS INSTRUMEINTAIS DO SERVIÇO ESPECIALIZADO DE PROTEÇÃO A FAMÍLIA NO SEU FAZER PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Paulista-UNIP-Campus Swift, como requesito parcial a obtenção do título de bacharel em Serviço Social.
Orientadora: Profª. Mª, Silmara Cristina Ramos Quintana
Campinas-SP
2020-1
CIP - Catalogação na Publicação
 OS INSTRUMENTAIS DO SERVIÇO ESPECIALIZADO DE
 PROTEÇÃO A FAMÍLIA NO SEU FAZER PROFISSIONAL NA
 CONTEMPORANIEDADE / Yolanda Guerra...[et al.]. – 2020;37 f.
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto
 de Ciência Humanas da Universidade Paulista, Campinas, 2020.
 Área de Concentração: Assistência Social.
 Orientadora: Profª. Dra. Mª. Silmara Quintana.
 Coorientador: Prof. Dra. Marcia Aparecida Silva .
 1. A Política de Assistência Social . 2. A Centralidade da Família na
 Política de Assistência Social . 3. Proteção Social Especial de Media
 Complexidade . 4. Instrumentalidade do Serviço Social . 5. PROGEN –
 Projeto Gente Nova . I. Guerra, Yolanda. II. 
 Quintana, Mª. Silmara (orientadora). III. Silva , Marcia Aparecida (coorientador).
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
BRUNA FERREIRA DOS SANTOS
CLÁUDIA REGINA DA SILVA PIMENTEL
RUTE JESSICA VICENTE DA SILVA
OS INSTRUMENTAIS DO SERVIÇO ESPECIALIZADO DE PROTEÇÃO A FAMÍLIA NO SEU FAZER PROFISSIONAL NA CONTEMPORANIEDADE
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Serviço Social apresentado à Universidade Paulista- UNIP.
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Prof. Mª. Silmara Cristina Ramos Quintana
 Universidade Paulista UNIP
________________________________
Prof. Marcia Aparecida da Silva 
Universidade Paulista UNIP
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos em primeiro lugar a Divindade Divina por nos guiar em nossas escolhas e conquistas; aos nossos pais e familiares, por acreditar e terem interesse em nossas escolhas e apoiando-nos e esforçando-se junto a nós, para que supríssemos todas elas; aos nosso colegas que sempre nos deram forças para não desanimar no meio da caminhada estudantil; aos nossos amados professores e colaboradores que nos direcionaram até esse prezado momento, e principalmente a nossa Orientadora Silmara Quintana, pela dedicação em suas orientações prestadas na elaboração deste trabalho, e em toda a nossa jornada desses três anos e meio nos incentivando e colaborando no desenvolvimento de nossas idéias, métodos e analise .Obrigada .
RESUMO
Apresenta-se como objeto de estudo na presente pesquisa os desafios do Serviço Especializado de Proteção Social à Família, que é regulamentado especificamente na cidade de Campinas onde realiza a proteção social especial de media complexidade da Política de Assistência Social, atendendo todas as formas de violações de direitos, atuando na identificação das demandas de atenção especial a essas famílias inseridas no serviço, respeitando todas as relações de condições sociais, culturais, econômica e política, desta forma podendo assegurar o convívio familiar e comunitário para que haja fortalecimento entre os membros das famílias e de usuários com o foco principal na centralidade da família estimulando a autonomia e visão critica em meio à sociedade. Através da instrumentalidade do Serviço Social se fez a pratica profissional onde se tem ações condicionadas pelo conjunto das três dimensões teórico-metodológica, Ético-político e técnico-operativa, são por meio dessas dimensões que os profissionais definem as ações e concepções a cerca de sua atuação. Esta pesquisa foi realizada com base no método dialético, com a abordagem quanti-qualitativa, sua finalidade foi exploratória e descritiva, tendo como método a revisão bibliográfica, o levantamento de dados e estudo de campo, desta forma chegamos aos resultados onde através da pesquisa foi possível constatar que o serviço atende a perspectiva de uma boa qualidade ao atendimento realizado com as famílias e usuários e por meio do levantamento de dados no ano de 2019 foram constatadas 18.046 atenções diferentes, para isso o serviço conta com o trabalho interdisciplinar e intersetorial, envolvendo a articulação e integração dos saberes profissionais, levando-se em consideração os princípios éticos de cada profissão.
Palavras-chave: Serviço Social, Assistência Social, Instrumentalidade, SESF, Interdisciplinaridade, Intersetorial, proteção social especial de media complexidade, Política de Assistência Social.
ABSTRACT
We present as an object of study in the present research the challenges of the Specialized Service of Social Protection to the Family, which is specifically regulated in the city of Campinas where it performs the special social protection of medium complexity of the Social Assistance Policy, attending all forms of rights violations , acting in the identification of the demands of special attention to these families inserted in the service, respecting all the relations of social, cultural, economic and political conditions, in this way being able to assure the familiar and community coexistence so that there is strengthening between the members of the families and of users with the main focus on the centrality of the family, stimulating autonomy and critical vision in the midst of society. Through the instrumentality of Social Work, professional practice was carried out where actions are conditioned by the set of three theoretical-methodological, ethical-political and technical-operative dimensions, it is through these dimensions that professionals define the actions and concepts around their performance. This research was carried out based on the dialectical method, with the quanti-qualitative approach, its purpose was exploratory and descriptive, using the method of bibliographic review, data collection and field study, in this way we arrived at the results where through the research was it is possible to verify that the service meets the perspective of a good quality of care provided to families and users and through the data survey in 2019 18,046 different attentions were found, for this the service relies on interdisciplinary and intersectional work, involving the articulation and integration of professional knowledge, taking into account the ethical principles of each profession.
Key-words: Social Work, Social Assistance, Instrumentality, SESF, Interdisciplinary, Intersectional, special social protection of medium complexity, Social Assistance Policy.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Recursos humanos 2019	 19
Tabela 2 - Estratégias metodológicas de intervenção com usuário	 20
Tabela 3 - Estratégias metodológicas de ações da gestão e operacional para intervenção	22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABEPSS - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social.
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social.
CRAS - Centro de Referência da Assistência Social.
CREAS - Centro de Referência Especializada da Assistência Social.
CSAC - Coordenadoria Setorial de Avaliação e Controle.
DOAS - Departamento de Operações da Assistência Social. 
LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social.
NOB/RH - Norma Operacional Básica de Recursos Humanos.
NOB/SUAS - Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social.
OSC - Organizações daSociedade Civil.
PAEFI - Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos.
PAIF - Proteção e Atendimento Integral à Família.
PIFA - Plano Individual de Atendimento Familiar.
PNAS - Política Nacional de Assistência Social.
PNH - Política Nacional de Humanização.
PROGEN - Projeto Gente Nova.
PSE - Proteção Social Especial.
SESF - Serviço Especializado de Proteção Social à Família. 
SIGM - Sistema Integrado de Governança Municipal.
SISNOV - Sistema de Notificação de Violência.
SMASA - Secretaria Municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar.
SUAS - Sistema Único de Assistência Social.
VDCCA - Violência Doméstica Contra Criança e Adolescente.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
CAPITULO I 	3
 1- A Política de Assistência Social	3
 2- A Centralidade da Família na Política de Assistência Social	6
 3- Proteção Social Básica	7
 4- Proteção Social Especial de Media Complexidade	10
 5- Instrumentalidade do Serviço Social 	11
 6- A Intersetorialidade	14
CAPITULO II 	16
 1- PROGEN – Projeto Gente Nova	16
 2- Metodologia da Pesquisa	17
 3- Entrando em contato com as intervenções do Serviço Social no SESF	20 
CAPITULO III	25
CONSIDERAÇÕES FINAIS	32
REFEFÊNCIAS	33
INTRODUÇÃO 
A metodologia deste trabalho vai abordar o tema Proteção Social Especial de Média Complexidade da Política de Assistência Social, terá com a demilitação do tema como: O papel do assistente social no SESF considerando as dimensões de competências da instrumentalidade no Serviço frente à média complexidade. 
Sendo a hipótese principal os serviços, programas e projetos ofertados exigem uma atuação profissional interdisciplinar e intersetorial que efetivem atenção com matricialidade sócio familiar, entretanto essa atenção vem efetivando o cuidado e a proteção a um ou mais membros, descumprindo as legislações e os estudos pela importância de se ter um olhar amplo que atenda a singularidade das relações e convivência do coletivo familiar. 
Com o objetivo geral de conhecer a instrumentalidade no âmbito das dimensões de competência técnica profissional do serviço social, no SESF do PROGEN perante as demandas de violências e violações de direitos de grupos famílias atendidas.
A infraestrutura desta pesquisa se da em três capítulos:
Na primeira capitulo vamos abortar a Assistência Social como direito do cidadão e dever do Estado, que foi instaurada pela Constituição Federal de 1988. E com ela em 1993, com a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS, é deliberada como política de Seguridade Social constando o tripé da Seguridade Social, de caráter (natureza) de Política Social articulada ademais políticas do campo social.
O segundo capítulo fará uma breve apresentação sobre o levantamento de dados coletados na Organização da Sociedade Civil Progen- Projeto Gente Nova, por meio do Serviço Especializado de Proteção Social Especial de Média Complexidade – SESF, com base no Relatório Anual SESF 2019 se fez a coleta dos dados onde foi constatado um trabalho interdisciplinar e compreende a intersetorialidade que envolve a articulação e integração dos profissionais.
Já no ultimo capitulo teremos como foco principal a interdisciplinaridade do profissional de assistente social, com a analise entre o serviço, Serviço Especializado de Proteção Social Especial de Média Complexidade – SESF e a legislação que rege todo o andamento do serviço.
CAPITULO I
A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE DA POLÍTICA DE ASSISTENTE SOCIAL
	
1- A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 Um marco na história da Assistência Social, em nosso país, foi a Constituição Federal de 1988 que a incluiu como Política Pública de proteção social, dever do Estado e direito do cidadão, juntamente com a saúde e previdência social, compondo a base da seguridade social, trouxe uma nova concepção de assistência social não contributiva agora com uma noção de direito e cidadania e não mais assistencialismo ou caridade.
	Ratificou e regulamentou os artigos 203 e 204 da Constituição Federal, assegurando a primazia da responsabilidade do Estado na gestão, financiamento e execução da política de Assistência Social.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
        I -  a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
        II -  o amparo às crianças e adolescentes carentes;
        III -  a promoção da integração ao mercado de trabalho;
        IV -  a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
        V -  a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
        I -  descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
        II -  participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
 Desta forma redimensiona-se a assistência social que, deixa de ser apenas mais uma ação de imposição de interesses da classe dominante sobre os dominados e, passa a ter um caráter de política pública de direito, não contributiva, de responsabilidade do Estado, que insere-se no tripé da Seguridade Social e no conjunto das demais políticas setoriais visando o enfrentamento à pobreza, e a proteção social (BRASIL, 1988).
 
Em 7 de Dezembro de 1993, aconteceu a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – Lei Federal nº 8742, que regulamentou artigos constitucionais e, assegura também participações de organizações publica e privada para atendimento de necessidades básicas de medidas de mínimos sociais. A proteção á família é objetivo, determinante como um dos foco de atenção na política de assistência social para LOAS. 
Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básica (BRASIL, 1993).
 Em outubro de 2004, o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS aprovou a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), reorganiza projetos, programas, serviços e benefícios de assistência social, consolidando no país, o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, com estrutura descentralizada, participativa e articulada com as políticas públicas setoriais. Nesse sentido, demarca as particularidades e especificidades, campo de ação, objetivos, usuários e formas de operacionalização da Assistência Social, como política pública de proteção social. 
A PNAS, aprovada pelo CNAS, promove sobretudo, a defesa e atenção dos interesses e necessidades sociais, particularmente das famílias, seus membros e indivíduos mais empobrecidos e socialmente excluídos. Cabe, por isso, a assistência social, segundo esta política, as ações de prevenções, promoção e inserção; bem como o provimento de um conjunto de garantias ou seguranças que cubram, reduzam ou previnam a vulnerabilidade, o risco social e eventos; assim como atendam as necessidades emergentes ou permanentes, decorrentes de problemas pessoais ou sociais dos seus usuários e beneficiários (SIMÕES, 2010, p. 309).
Com base na PNAS, foi aprovada, em 2005, a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS), que regulou a organização em âmbito nacional do SistemaÚnico de Assistência Social (SUAS), sistema descentralizado e participativo, que regula e organiza a oferta de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais em todo o território nacional, respeitando as particularidades e diversidades das regiões, bem como a realidade das cidades e do meio rural. A sua regulamentação estabelece como base de sua organização: 
A matricialidade sociofamiliar,recuperando a idéia de grupo familiar e não de individuo isolado.
O Sistema Único de Assistência Social é o elemento fundamental para implementação da Política Nacional de Assistência Social, pois estabelece procedimentos técnicos e políticos em termos de organização e prestação das medidas sócioassistenciais, além da nova processualidade em relação à gestão e ao financiamento das ações organizadas no âmbito desta política pública (SOUSA, et al, 2013, p. 7). 
O SUAS organiza-se considerando em dois níveis de proteção social, proteção social básica e proteção social especial. A proteção social básica oferta um conjunto de serviços, programas e projetos e benefícios da Assistência Social “que visa prevenir situações de vulnerabilidades e riscos pessoais e sociais, por violação de direitos, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários (BRASIL, 2004, p.86)”. 
A proteção social especial (PSE) tem como objetivo “contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, o fortalecimento de potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por violação de direitos (BRASIL[footnoteRef:2], 2004, p. 92)”. [2: BRASIL, Plano Nacional de Assistência Social, 2004, DF. MDS, disponível: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf 2015, p.92 Acesso em 02/09/2019 ] 
 A proteção social especial tem dois níveis de complexidade média e alta. O serviço de média complexidade – PAEFI:
 É um serviço voltado para famílias e pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados. Oferece apoio, orientação e acompanhamento para a superação dessas situações por meio da promoção de direitos, da preservação e do fortalecimento das relações familiares e sociais, este serviço é ofertado obrigatoriamente pelo CREAS, onde o individuo/família que teve os seus direitos violados ou negligencia possa ser atendido (BRASIL, 2015, p.12)
Em 11 de Novembro de 2009 A resolução 109 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) tipifica os Serviços Socioassistenciais disponíveis no país, organiza os níveis de complexidade do Sistema Único de Assistência Social estabelecendo normas para o planejamento, execução e avaliação dos serviços socioassistenciais.
2- A Centralidade da Família na Política de Assistência Social
 A atual conjuntura da assistência social da ênfase na centralidade no qual a família ocupa, e na discussão e organização da política considerando a matricialidade sociofamiliar como eixo estruturante no Plano Nacional de Assistência Social 200. “A matricialidade sociofamiliar se refere à centralidade da família como núcleo social fundamental para a efetividade de todas as ações e serviços da política de assistência social (BRASIL, 2004, p.40)”. Representando uma melhora no que diz respeito na compreensão ampliada de família, na qual não se vê a divisão do atendimento quando se pensa no contexto familiar do indivíduo.
Ao eleger a matricialidade sócio familiar como pilar do SUAS, a Política Nacional de Assistência Social enfoca a família em seu contexto sociocultural e em sua integralidade. Neste sentido, para realizar o trabalho social com as famílias é necessário focar todos os seus membros e suas demandas, reconhecer suas próprias dinâmicas e as repercussões da realidade social, econômica, cultural vivenciadas por elas (SOUZA, 2010, p.2) 
 Em relação à responsabilização esta recai na mulher-mãe, pois historicamente se associa de provedora, os cuidados e administração das expressões da questão social, enfim, é responsável em todo o seu contexto de vida. A matricialidade sociofamiliar requer uma atenção necessária no âmbito de que a família é a proteção e não leva em conta a forma contrária a essa proteção primária Baseia-se como o modelo central e nuclear como declara Teixeira (2009), em suas considerações enquanto o zelo do bem comum com a proteção única e exclusiva da família.
 Quando pensamos a família em sua unicidade, vista em primeira instância de proteção social descartando as outras diversas possibilidades como a proteção, questiona-se o principal papel das políticas sociais.
 Temos também que pensar nas questões da proteção familiar a partir da
territorialidade e das demandas sociais de vulnerabilidade, segundo a LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social, 1993) .
 Assim analisando historicamente as demandas familiares na política da assistência social, se dá a partir do autoritarismo e fiscalização com o intuito de controlar as dinâmicas e questionar a permanência de atuações do conservadorismo e a análise dos movimentos e lutas sociais. Contempla-se assim, as condições de diversos programas da política como norteadores, no âmbito de fiscalização e contrapartida na punição das famílias que são cumprem as “regras” necessárias dos programas socioassistenciais. 
3- PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 
 Como citado a Política de Assistência Social no país teve sua legitimação como direito do cidadão e dever do Estado a partir da Constituição Federal de 1988 e com ela a em 1993 Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, e em 2004 Política Nacional de Assistência Social - PNAS e Norma Operacional Básica - NOB/SUAS.
A partir do Sistema Único de Assistência Social – SUAS são implantadas as ações de assistência social a partir de serviços, programas, projetos e benefícios para efetivar a proteção social, que tem como foco principal a garantia de direitos a todos, de que dela necessitar e o enfrentamento das vulnerabilidades sociais, sendo assim a proteção social é uma garantia de direitos ofertada pelo Estado frente às expressões da questão social, sendo apoiado e realizado pelos serviços da assistência social. 
Tudo isso significa que a situação atual para a construção da política pública de assistência social precisa levar em conta três vertentes de proteção social: as pessoas, as suas circunstâncias e dentre elas seu núcleo de apoio primeiro, isto é, a família. A proteção social exige a capacidade de maior aproximação possível do cotidiano da vida das pessoas, pois é nele que riscos, vulnerabilidades se constituem (BRASIL, 2004, p. 34) 
 A proteção Social Básica dentro de suas ações tem como finalidade a prevenção dos riscos pessoais e sociais para que não haja o rompimento dos vínculos, por isso é realizado o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, tendo como estratégia o desenvolvimento das famílias e usuários que estão em situação de vulnerabilidade, privação de direitos ou que esteja com os vínculos fragilizados, conforme a situação apresentada o profissional de referencia através do acolhimento identifica os serviços e programas no qual a família ou individuo se adéqua para uma melhor convivência e socialização na sociedade. O Sistema Único de Assistência Social – SUAS, é um sistema que organiza as ações dos serviços da Assistência Social tendo a Proteção Social em dois níveis, Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial.
Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica deverão se articular com as demais políticas públicas locais, de forma a garantir a sustentabilidade 35 das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabilidade e a prevenir as situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos serviços de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários (BRASIL, 2004, P. 34, 35).
Os serviçosde Proteção Social Básica são realizados no Centro de Referência da Assistência Social – CRAS sendo a porta de entrada para os usuários, através dele é possível o encaminhamento para outras unidades da assistência social. A equipe do CRAS é composta por profissionais responsáveis por colocar em pratica a Proteção Social Básica no território de abrangência e pela execução do serviço de Proteção e Atendimento Integral à Famílias - PAIF.
Além de ser responsável pelo desenvolvimento do Programa de Atenção Integral às Famílias – com referência territorializada, que valorize as heterogeneidades, as particularidades de cada grupo familiar, a diversidade de culturas e que promova o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários –, a equipe do CRAS deve prestar informação e orientação para a população de sua área de abrangência, bem como se articular com a rede de proteção social local no que se refere aos direitos de cidadania, mantendo ativo um serviço de vigilância da exclusão social na produção, sistematização e divulgação de indicadores da área de abrangência do CRAS, em com exão com outros territórios (BRASIL, 2004, P. 35).
O serviço de Proteção e Atendimento Integral à família é de responsabilidade do poder público por meio da garantia de direitos, sendo o principal serviço de Proteção Social que por meio deste efetua o trabalho social com os usuários tendo o objetivo de prevenir para que os direitos não sejam violados, evitando a ruptura de seus vínculos afetivos e sociais promovendo o acesso aos direitos e o desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida. 
A execução das ações do PAIF é de responsabilidade dos profissionais de nível superior que compõem 16 a equipe técnica do CRAS, seja ela a equipe de referência ou volante, pois conforme definição de trabalho social com famílias, ele deve ser realizado: “a partir de pressupostos éticos, conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo”, de modo a qualificá-lo para a efetivação do alcance dos objetivos propostos pelo Serviço, sob a supervisão do coordenador do CRAS. Os técnicos de nível médio não devem, portanto, ser responsabilizados por nenhuma ação técnica do PAIF. A eles cabe auxiliar na operacionalização das ações do Serviço ou assumir responsabilidade por condução de grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, quando ofertados no CRAS. O coordenador do CRAS também é responsável pela operacionalização das ações de organização gerencial do trabalho social com famílias do PAIF – fundamental para a efetiva implementação do Serviço (BRASIL; [footnoteRef:3], p. 15, 16). [3: BRASIL, PAIF, 2011,MDS. p. 15,16. Disponível em:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Orientacoes_PAIF_2.pdf.Acesso em 02/09/2019.] 
Deste modo o profissional deve ficar atento ao foco principal do serviço que é a transformação da realidade dessas famílias, por isso o trabalho deve estar de acordo com a instrumentalidade do profissional por meio de sua atuação, para efetivar e atender os objetivos essas ações deve ser elaboradas e organizadas mediante acolhidas, atendimentos individuais, encaminhamentos, ações comunitárias e oficinas com famílias, devendo sempre analisar a efetivação do planejamento com o resultado em que pretende obter.
4- PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE 
 A Proteção Social Especial do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, é dividia em dois níveis de complexidade: média e alta. A Proteção Social Especial de Média Complexidade é um serviço voltado para famílias e indivíduo que estão em situação de risco social ou pessoal e tiveram seus direitos violados ou ameaçados, porém nesses serviços os vínculos familiares não foram rompidos. Oferecendo apoio, orientação e acompanhamento para a superação dessas situações por meio da viabilização de direitos, da preservação e do fortalecimento das relações familiares, comunitárias e sociais. O serviço deve ser ofertado, obrigatoriamente pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social- CREAS. 
 Para poder desenvolver os objetivos, o serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos- PAEFI desenvolve um trabalho social através de uma equipe de profissionais de diversas áreas, como assistentes sociais, psicólogos, educadores sociais entre outros. Dentre as atividades, estão a identificação das necessidades das pessoas que buscam ou são encaminhadas ao CREAS por onde o serviço deve ser obrigatoriamente ofertado como já mencionado; atenção especializada; orientação sobre direitos; encaminhamento para outros serviços da assistência social e de outras políticas. O indivíduo/família que esteja na situação de risco social/pessoal, com os seus direitos violados, porém mantém algum tipo de laços familiares, as podem tanto ir diretamente ao CREAS, como pode ser encaminhado por outros serviços da assistência social ou de outras políticas públicas, como á educação, por exemplo, como também por órgãos do sistema de garantia de direitos, como conselhos de direitos, conselhos tutelares, ministério público e defensoria pública; ou pelo sistema de segurança pública.
5- INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL 
 A instrumentalidade é o conjunto das três dimensões do Serviço Social, mostrando formas para estratégias de intervenções e técnicas no dia a dia da realização do trabalho.
A partir do teórico-metodológica se faz a compreensão, pois obtém grandes fontes teóricas sendo necessário para assim desenvolver uma visão critica e política sobre a realidade vivenciada de cada usuário. 
A dimensão Ético-político é o direcionamento para os objetivos e princípios diretamente ligados aos valores humanos, que alem disso o guia para suas ações, pelas relações sociais e posicionamento político, o profissional deve ter uma posição frente às questões impostas diariamente na sociedade em meio ao sistema capitalista. 
A dimensão técnico-operativa é a articulação em seu campo de trabalho com formas de instrumentos e técnicas para operacionalização em sua realização há frentes das demandas apresentadas, os instrumentais devem ser aplicados através da práxis em uma perspectiva critica e dialética, analisando todo contexto e o reconhecimento da realidade de modo que possa planejar e avaliar as ações entre segmentos teóricos e meios de articulação entre serviços e demandas, alguns instrumentais utilizados na área de atuação se fazem através de estudo social, pericia social, laudo social perecer social, relatório social, visita domiciliar, em meio a ações também se considera como instrumentos as praticas de:
Passa-se a analisar alguns instrumentos utilizados pelo serviço social, que vem contribuindo hidricamente no processo de construção, implantação e implementação da política pública de assistência social, na lógica da proteção social: básica e especial.
 O desenvolvimento histórico da profissão ao passar dos anos vem construindo e reconstruindo sua atuação, segundo Netto (2005, p. 131):
Entendemos por renovação o conjunto de características novas, que no marco das constrições da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou, à base do rearranjo de suas tradições (...), procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas a demandas sociais e da sua sistematização, e de valorização teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais.
A formulação dos instrumentos e técnicas que não eram utilizados anteriormente na profissão pois havia divergências entre correntes teóricas e metodológicas, trazendo a tona à necessidade de reflexão e revisão sobre os fundamentos e princípios da profissão. Passando a atingir características mais interventivas tendo ações que constroem e reformulam sua metodologia visando o desenvolvimento da sociedade a partir de suas experiências adquiridas em meio ao cenário sócio- histórico, fazendo com que possibilite o atendimento no alcance dos objetivos sociais e do trabalho através da instrumentalidade, para que possa obter conhecimentostécnicos capazes de interferir na sociedade ao longo da trajetória, GUERRA (2014, p.37-38) afirma que: 
A instrumentalidade do serviço social coloca-se não apenas como a dimensão constituinte ou constitutiva da profissão mais desenvolvida, referenciada pelas pratica social e histórica dos sujeitos que a realizam, mas, sobretudo, como campo de mediação no qual os padrões de racionalidade e ações instrumentais se processam. “Se isto é verdade há que se discernir entre instrumentalidade enquanto conduto de passagem das racionalidades; ações instrumentais, enquanto atividades finalísticas; e o grau de abrangência das modalidades da razão que iluminam as ações profissionais. 
Contudo vai além de uma proporção no âmbito do serviço, faz também parte do agrupamento de práticas sociais, em meio das multiplicas expressões da questão social, na historicidade do profissional tendo em vista a racionalidade em seu campo de atuação, levando em conta que pode ser mudada ao decorrer dos anos na medida em que a sociedade vai se transformando ela também se modifica, pois, se tem novas experiências sendo uma construção através da capacidade obtida ao exercer suas funções. Os Assistentes Sociais modificam, transformam e alteram relações objetivas e subjetivas diariamente na realidade social, de maneira em que sempre deve estar atuando a favor dos usuários.
Dessa maneira as três dimensões devem caminhar juntas e são essenciais no fazer profissional, tendo um sentido político que pode ser variável, pois, nem sempre seguem as mesmas correntes metodológicas. Antes de qualquer coisa é preciso verificar o referencial teórico e identificar a relação entre as técnicas, e se estão de acordo com o compromisso ético, político da profissão, sendo assim devemos de forma dialética analisar o contexto sócio- histórico. Deste modo a instrumentalidade no âmbito do serviço social é a aptidão da intencionalidade no decorrer da trajetória da profissão, podendo intervir em ações dentro da realidade social. Os instrumentais são mediações com o objeto de intervenção utilizadas para dar efetividade ao trabalho e se referem a um conjunto de instrumentos e técnicas realizados pelos assistentes sociais.
A competência teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política são requisitos fundamentais que permite ao profissional colocar-se diante das situações com as quais se defronta, vislumbrando com clareza os projetos societários, seus vínculos de classe, e seu próprio processo de trabalho.Os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos são necessários para apreender a formação cultural do trabalho profissional e, em particular, as formas de pensar dos assistentes sociais (ABEPSS, 1996, p.7).
Para a realização do trabalho o Assistente Social obtém uma capacidade que vai se construindo ao longo do seu fazer profissional da profissão essa capacidade faz parte da instrumentalidade do Serviço Social que através das três dimensões, em meio a pratica no cotidiano se faz necessário para atuação e o exercício da profissão, pois é por meio dela são realizadas as que são realizados as intervenções no tecido social, e unto as coletividades e individualidades imersas nas múltiplas expressões da questão sociais meio a sociedade nas expressões da questão social, com o embasamento critica da realidade em meio a suas ações.
6- A INTERSETORIALIDADE
Compreende a intersetorialidade como mecanismo de gestão e integração de ações, ou seja, de atividades, conhecimentos e cuidados de distintos setores da política pública, a fim de planejar recursos sociais de intervenção entre eles, com destino ao enfrentamento no mais articulado dos problemas sociais.
Nos setores, tais como, Assistência Social, Educação e Saúde dispõem dados que aproveitados de forma integrada, assim como as ações analisadas de modelo prepararão setores que atuam com o vulnerável formado por vários elementos e aspectos dos focos familiares, no sentido destas ações intersetoriais é possível encontrar saídas e soluções coletivas.
Citamos o Programa Social Bolsa Família como exemplo de ação articulada por meio dos setores em que somente a transferência de renda não é capaz de cessar a pobreza. Desse modo foi traçado o programa para atuar integrado a demais políticas setoriais como exemplo; a Educação e a Saúde.
Uma vez que recebido o benefício e para que este continue a família é responsável no cuidado com a freqüência escolar das crianças e dos adolescentes bem como a carteira de saúde deve estar em dia. Apresentam-se as chamadas condicionalidades que favorecem o recebimento do benefício, e que o programa obtenha critérios ampliados buscando a emancipação dos participantes adentro de um espaço de tempo, através de ações integradas com as políticas. Além das questões em relação a freqüência escolar outras também podem surgir,porém, com mais facilidade de reconhecimento se houver a articulação com todas as dimensões.
Com a integração dos setores como a Assistência Social os pareceres são mais compreensíveis sobre a situação do aluno e sua família, para além, é preciso um olhar ampliado em que cada política consiga perceber. Por esta razão a intersetorialidade aparece para esclarecer questões complexas além de diversos casos custosos de compreensão. Tão importante a integração dos setores por contribuir nos problemas enfrentados pelos profissionais destas políticas, articulando posturas, mecanismos e as ações, ou seja, construir recursos sociais em que visa a busca pela garantia dos direitos fundamentais de qualquer cidadão.
 Em relação aos desafios da articulação entre as políticas, onde a intersetorialidade está traçada por meio de leis e normas, na realidade muita das vezes não acontecem e por isso é preciso que haja mudanças efetivas para que de fato aconteça. O entrave modelo de	que a política de Assistência Social é assistencialista tem necessidade de ser superada. Cabe ao Estado, profissionais que trabalham nos setores, pelos gestores, cidadãos e também os participantes da política.
Portanto não é apenas unir aquilo que já se faz nas diferentes áreas, de maneira desarticulada os setores não funcionará, e em conseqüência os participantes correm o risco de remissão de equipamentos públicos não satisfatório de recursos para atende-los. O entrave modelo de	que a política de Assistência Social é assistencialista tem necessidade de ser superada. Cabe ao Estado, profissionais que trabalham nos setores, pelos gestores, cidadãos e também os participantes da política.
Portanto não é apenas unir aquilo que já se faz nas diferentes áreas, de maneira desarticulada o setor não funcionará, e em conseqüência os participantes correm o risco de remissão de equipamentos públicos não satisfatório de recursos para atendê-los.
CAPÍTULO Ii
o sesf como campo de pesquisa e seus resultados alcançados 
Os dados levantados são da Organização da Sociedade Civil Progen - Projeto Gente Nova localizado no bairro Vila Castelo Branco no município de Campinas/SP, atualmente se divide em 04 unidades que atendem a região Noroeste, localizado na Vila Castelo Branco, Satélite Íris, Jardim Garcia e Jardim Bassoli. 
A análise parte para o bairro do Jardim Garcia onde é localizada a unidade do Serviço Especializado de Proteção Social Especial de Média Complexidade (SESF) Progen que desenvolve um serviço dentro da Política da Assistência Social
1- Progen – Projeto Gente Nova 
 A organização da sociedade civil Progen - Projeto Gente Nova foi fundada no ano de 1984 com um pedido de pão por um menino que catava sucata na rua em troca de alimentos, na região noroeste de Campinas/SP, bairro Castelo Branco, que bate na porta das irmãs salesianas, moradoras do Jardim Garcia, e como resposta surge a casa do Pãozinho. O tempo foi passando e o número de crianças e jovens aumentando, e o confortável quintal das irmãs já não era mais suficiente para acolhê-los e, em 1985 foi construído um salão, pela comunidade do Jardim Garcia.
A comunidade foi fundamental na construçãoda sede do Projeto Gente Nova, sedenta por transformação, a arquidiocese cedeu parte de seu terreno e com a participação de voluntários e a doação de vários produtos foi possível concretizar o sonho de um espaço que vislumbrou um futuro melhor a crianças, adolescentes e famílias do referido território.
Hoje o Progen Vila Castelo Branco realiza no território as ações socioassistenciais, fortalecendo os participantes, as famílias e a comunidade como corresponsável no processo educativo de forma a favorecer os fortalecimentos de vínculos no convívio e promovendo o protagonismo por meio do acesso de informação em relação aos direitos de cidadania.
Desde 2007 o Projeto Gente Nova- Progen vem atuando na Proteção Social Especial de Média Complexidade, no Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes (VDCCA) e a partir da Resolução Nº 109/09 - Tipificação Nacional de Serviços Sócios Assistenciais - houve a’ necessidade da Política de Assistência Social do município de Campinas reorganizar seus serviços e programas. 
Com a resolução SMASA Nº 01/2017 onde dispõe a regulamentação do Serviço Especializado Social (SESF) a Família, como serviço complementar no município de Campinas/SP tendo como diretrizes, objetivos, estratégias metodológicas e resultados esperados.
Pelo compromisso com a proteção social, o serviço foi selecionado para a pesquisa, considerando que uma das pesquisadoras é estagiária e funcionária do Progen. 
2- METODOLOGIA DA PESQUISA
 A partir da Delimitação do tema “O papel do assistente social no SESF considerando as dimensões de competências e instrumentalidade”, foi delimitada a problematização: 
· O SESF - Serviço Especializado de Proteção à Família, sendo um serviço específico em Campinas, da Proteção social especial de média complexidade atende todas as formas de violações de direitos? Considerando toda a complexidade em torno dessas violências e violações de direitos, as equipes estão preparadas para a demanda apresentada?
· Um serviço que abrange todas as violações de direitos, com as peculiaridades e especificidades, atinge as demandas a partir da metodologia da centralidade na família? 
· A rede socioassistencial e intersetorial estão implementadas para contemplar as demandas vividas seja pelo micro como pela macroestrutura, considerando as intervenções da categoria de assistentes sociais?
 	 E a partir dessa levantou-se as seguintes hipóteses
 As demandas encaminhadas para o SESF chegam através da Prefeitura Municipal de Campinas, DOAS, equipe da média complexidade. Quando o caso chega na Instituição a equipe interdisciplinar é chamada procedendo ao atendimento e diagnostico do caso. Para atender com qualidade buscará a rede parceira com as demais políticas públicas para a efetivação do direito do usuário e seu grupo familiar.
 Os serviços, programas e projetos ofertados exigem uma atuação profissional interdisciplinar e intersetorial que efetivem atenção com matricialidade sócio familiar, entretanto essa atenção vem efetivando o cuidado e a proteção a um ou mais membros, descumprindo as legislações e os estudos pela importância de se ter um olhar amplo que atenda a singularidade das relações e convivência do coletivo familiar.
A rede socioassistencial, através da gestão pública vem oportunizando espaços de capacitação aos profissionais, sendo que para além dessas está previsto recursos para a supervisão das equipes, posto que a variedade das situações de violações de direitos demandam respostas emergências, entretanto devem ser analisadas e correlacionadas ao contexto sócio-histórico, político e econômico, e demandam pela efetividade e eficácia do sistema de garantia de direitos, sendo que esse nem sempre corresponde em serviços de qualidade com equipes preparadas para as especificidades da violência macro e micro estrutural.
 A pesquisa seguirá o objetivo geral de identificar se é oferecido atendimento estreito sistemático as famílias fortalecendo e potencializando o desempenho de função protetiva, favorecendo o rompimento de patrões violadores de direito, proporcionando sua autonomia.
Os objetivos específicos foram:
Identificar a qualidade da atuação profissional do assistente social em relação a superação do ciclo da violência intra familiar e da ausência de proteção social ofertada pelo município de Campinas.
Avaliar as dimensões estratégicas de atuação da rede socioassistencial e intersetorial frente às demandas para proteção social especial de média complexidade.
Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de suas funções protetivas das famílias.
Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos, conforme necessidades.
Tabela 1: Recursos humanos - 2019
	Função
	Quantidade
	Vínculo
	Coordenador Geral
	01
	CLT
	Coordenador Técnico
	01
	CLT
	Assistente Social
	03
	CLT
	Psicólogo
	03
	CLT
	Educador Social
	02
	CLT
	Coordenador Administrativo
	01
	CLT
	Apoio Administrativo
	01
	CLT
	Rotinas Operacionais
	01
	CLT
	Motorista
	01
	CLT
	Supervisor Técnico
	01
	Contrato (Prest. Serviço)
	Assessor Jurídico
	01
	Contrato (Prest. Serviço)
	TOTAL
	14 (CLT) e 2 (Prest. Serviço) = 16 Funcionários
Fonte – Relatório de atividades do ano de 2019 do “Progen”, cedido ao grupo em material impresso.
2. ENTRANDO EM CONTATO COM AS INTERVENÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NO SESF 
Tabela 2 - Estratégias metodológicas de intervenção com usuário.
	ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
	
Ações 
	
Janeiro-Março
	
Abril - Junho
	
Julho - Setembro
	
Outubro - Dezembro
	
Total Anual
	Acolhimento e Escuta.
	Interdisciplinar
	 486
	786
	590
	608
	2.470
	Acompanhamento das famílias a outros serviços.
	Interdisciplinar
	14
	6
	8
	5
	33
	Atendimento ao Grupo Familiar e/ou Família Extensa (Ação interdisciplinar: Assistente Social, Psicólogo, Educador Social).
	Interdisciplinar
	54
	62
	74
	52
	242
	Atendimentos Coletivos (Grupo de Adolescentes, Grupo de Mulheres, Grupo de Adultos, Grupo de Crianças, Atividade Coletiva com Famílias).
	Interdisciplinar
	144
	362
	296
	278
	1.080
	Atendimentos individuais (Ação interdisciplinar: Assistente Social, Psicólogo, Educador Social).
	Interdisciplinar
	334
	356
	220
	273
	1.183
	Avaliação com os usuários.
	Interdisciplinar
	7
	0
	0
	14
	21
	Construção e Acompanhamento do Plano Individual e Familiar de Atendimento - PIFA.
	Interdisciplinar
	7
	0
	0
	0
	7
	Contato telefônico com a família
	Interdisciplinar
	255
	173
	153
	203
	784
	Entrevistas e/ou Visitas domiciliares e/ou Comunitárias.
	Interdisciplinar
	126
	132
	135
	141
	534
	Orientações, Encaminhamentos, Referenciamentos e Contrareferenciamentos.
	Interdisciplinar / Intersetorial
	7
	0
	0
	3
	10
 Fonte : Relatório de atividades do ano de 2019 do “Progen”, cedido ao grupo em material impresso.
Conforme a Resolução do SESF (01/2017, Diário Oficial de Campinas 23/02/2017), a perspectiva é que o acompanhamento às famílias seja interdisciplinar.  A equipe é composta por assistente social, psicólogo, educador social e advogado.
Na prática, o trabalho interdisciplinar no SESF, envolve a articulação e integração dos saberes profissional, levando-se em consideração os princípios éticos de cada profissão e clareza das suas atribuições; tendo como foco o atendimento integral dos participantes, a partir de suas demandas. O trabalho é realizado de forma conjunta, sendo necessário o conhecimento e análise das situações familiares.
O acompanhamento às famílias ocorre por meio de ações diretas, como atendimentos individuais, ao grupo familiar, família extensa, grupos e atividades coletivas, e indiretas, com articulação com a Rede de Serviços e o Sistema de Garantia de Direitos relacionada a gestão do trabalho, com o intuito de qualificar e aperfeiçoar o trabalho executado, os profissionais realizam supervisão institucional semanalmente e assessoria jurídica mensal.
Tabela 3 - Estratégias metodológicas de ações da gestão e operacional para intervenção.
	ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
	Ações
	Janeiro-MarçoAbril - Junho
	Julho - Setembro
	Outubro - Dezembro
	Total Anual
	Planejamento, Execução e Participação em eventos e ações coletivas.
	Interdisciplinar / Intersetorial
	11
	16
	9
	58
	94
	Capacitações e/ou formações.
	Interdisciplinar / Intersetorial
	13
	4
	1
	11
	29
	Reuniões com gestor público, intersetorial, conselhos de direitos.
	Interdisciplinar
	25
	21
	16
	11
	73
	Reuniões com Diretoria, Coordenação Geral e Coordenação Técnica.
	Interdisciplinar 
	52
	53
	29
	42
	176
	Elaboração de relatórios externos.
	Interdisciplinar
	20
	24
	23
	4
	71
	Preenchimento de instrumentais (CSAC e CREAS).
	Interdisciplinar
	23
	18
	1
	6
	48
	Recebimento do caso pela instituição.
	Interdisciplinar
	9
	2
	0
	3
	14
	Registro e atualização de prontuários e utilização dos sistemas
SIGM e SISNOV.
	Interdisciplinar
	2.478
	2.820
	1.962
	1.889
	9.149
	Articulação com a Rede e/ou Sistema de Garantia de Direitos,Reunião de Discussão de Caso.
	Intersetorial
	198
	195
	139
	81
	613
	Desligamento e/ou transferência dos casos.
	Interdisciplinar / intersetorial
	8
	5
	2
	0
	15
	Contato telefônico com a rede.
	Interdisciplinar
	73
	26
	19
	22
	140
	Estudo de situações familiares (equipe de referência, equipe técnica e com coordenação técnica).
	Interdisciplinar/ intersetorial 
	410
	405
	141
	10
	966
	Reuniões de equipe.
	Interdisciplinar
	84
	42
	40
	20
	186
	Supervisão Institucional.
	Interdisciplinar
	25
	16
	14
	12
	67
	Estudo social e diagnóstico socioeconômico.
	Serviço Social
	5
	0
	0
	0
	5
	Assessoria Jurídica.
	Interdisciplinar
	15
	9
	5
	7
	36
Fonte : Relatório de atividades do ano de 2019 do “Progen”, cedido ao grupo em material impresso.
A gestão e integração de ações para o favorecimento do processo de comunicação; compartilhamento de informações; tomada de decisões; qualificação e quantificação do trabalho desenvolvido e avaliação das atividades realizadas bem como a compilação de dados para aprimoramento da gestão dos serviços, socialização e esclarecimento acerca da metodologia institucional e construção de políticas públicas.
 CAPITULO lll
As atenções da pratica profissional junto aos intrumentais do serviço.
O SESF (Serviço Especializado de Proteção a Família) é um serviço complementar ao PAEFI, que pela tipificação deve ser executado pela gestão pública.
 O PAEFI (Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos) é de responsabilidade do poder público e, como o município não dispõe do número de profissionais para executar acaba celebrando convênios com as OSCs para que consiga cumprir com a meta de atendimentos. Mesmo que o serviço cumpra muito bem o seu lugar os números que vamos ver mais a baixo mostra muito bem isso, porem Se tratando do atual desmonte das políticas públicas traçada sobre o prisma dos Direitos Sociais. Onde o Estado liberal para se desresponsabilizar, ele repassando as suas responsabilidades. Até porque é vantajoso para o Estado pelo o lado econômico; por exemplo, a mão de obra mas barata dos profissionais, já que se exige capacitados e sairia dele quem teria que fornecer.
O município de Campinas diferentemente dos demais no ano de 2015, reorganizou o ativamente da terceirizando para o SESF os serviços socioassistenciais, como serviço complementar, no âmbito do Município de Campinas. A qualidade do serviço prestado no município é de uma exigência por mas que não seja num órgão público ele legitima com sua eficiência como terceirizada.
No Progen, o SESF surgiu em decorrência da identificação de famílias e participantes com seus direitos violados, isso a partir dos atendimentos na proteção básica, pois as demandas foram aumentando e, assim, sendo necessário ampliar para se desvincular da proteção básica e aumentando os atendimentos. Um serviço que proporciona atendimento interdisciplinar constituído por profissionais como; Assistente Social, Psicólogo, educador social e advogado através de procedimentos individuais e grupais, objetivando assegurar a proteção social, a defesa e a garantia de direitos de famílias, crianças e adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência, em situação de violência.
O SESF qualifica com capacitação profissional onde tem um retorno teórico metodológico para ter o seu diagnostico como vamos ver mais em baixo, na utilização dos seus instrumentos, com ações de um olhar interdisciplinar com as famílias segundo (MIOTO 2015) Analisar o trabalho familiar implica reportar a grande cisão entre o mundo do trabalho e o da família.
Umas das estratégias metodológicas de intervenção com o usuário que o SESF utiliza no seu fazer profissional é a acolhimento e escuta. Segundo PNH- Política Nacional de Humanização o acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas/demandas. Logo o assistente social tem na sua atuação interdisciplinar, pois é este o método das ações em que o SESF constitui onde se tem uma relação entre as disciplinas. Como o SESF trabalha não apenas assistentes sociais mas também no seu corpo letivo ele tem as demais matérias, e todos compartilham desse saber entre si.
A organização tem como foco a família, então logo utiliza-se do instrumento de acompanhamento das famílias a outros serviços, a partir do momento que a equipe técnica tendo um contato com a família e eles percebem que ela esta demandando maior atenção/cuidados a equipe técnica. Se a descoberta acontece em um atendimento individuais ou em atendimento coletivo(grupos de adolescentes/mulheres, adultos,crianças, atividade coletiva com a família), então se tem a dificuldade de superá-la então logo se usa o método do acompanhamento familiar como estratégia para trabalha e supera o vulnerabilidade vivenciada.
As entrevistas e/ou visitas domiciliares e/ou comunitárias foi um dos instrumentais mais usados com 534 total no ano de 2019, que tem como objetivo principal conhecer as condições da população/comunidade e garantir um contato/aproximação com a realidade do usuário, essa técnica é utilizada pois possui uma capacidade teórico-metodológico para analisar a situação do sujeito principalmente no contexto econômico. 
As três dimensões que compõem a instrumentalidade do serviço social estão presentes a todo o momento no cotidiano do profissional em meio ao planejamento de suas ações, podendo traçar os objetivos e o plano de atendimento para as diferentes demandas apresentada ao serviço.
Se são os objetivos profissionais (construídos a partir de uma reflexão teórica, ética e política e um método de investigação) que definem os instrumentos e técnicas de intervenção (as metodologias de ação), conclui-se que essas metodologias não estão prontas e acabadas. Elas são necessárias em qualquer processo racional de intervenção, mas elas são construídas a partir das finalidades estabelecidas no planejamento da ação realizado pelo Assistente Social. Primeiro, ele define “para quê fazer”, para depois se definir “como fazer”. Mais uma vez, podemos aqui identificar a estreita relação entre as competências teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa (SOUZA, p.124. 2008).
Ao estabelecer finalidades em meio ao planejamento de ação, o profissional passa a ter o direcionamento de suas ações podendo assim estabelecer para quê e como realizar sua intervenção, através da pesquisa realizada identificamos que o Serviço Especializado de Proteção Social à Família atua com ações interdisciplinares e intersetoriais onde a articulação com diversos saberes profissionais atuam mediante as demandas identificadas pelo serviço. Conforme o relatório da instituição do ano de 2019 foram realizadas 10 estratégias metodológicas e atenções sobre orientações, encaminhamentos, referenciamentos e contrareferenciamentos aos usuários. Essas ações acontecem a partir da identificação das demandas de cada família, para assim orientá-los e realizar os devidos encaminhamentos necessários, estando sempre em articulação intersetorial e com a rede socioassistencial mantendo o vínculo com a família para a realização do referênciamento e a partir dasuperação dessas demandas realizarem o contrareferênciamento.
Ao que se refere a estratégias metodológicas de ações realizadas pela gestão o serviço atua com diversas atenções voltadas ao andamento e funcionamento adequado para obter a melhor qualidade do atendimento prestado aos usuários
Assim, para atender aos princípios e diretrizes estabelecidos para a política de Assistência Social, a gestão do trabalho no SUAS deve ocorrer com a preocupação de estabelecer uma Política Nacional de Capacitação, fundada nos princípios da educação permanente, que promova a qualificação de trabalhadores, gestores e conselheiros da área, de forma sistemática, continuada, sustentável, participativa, nacionalizada e descentralizada, com a possibilidade de supervisão integrada, visando o aperfeiçoamento da prestação dos serviços socioassistenciais (NOB/RH, p.16, 2009)
Por isso como estratégias metodológicas ocorreram 29 capacitações que trazem propostas para que os profissionais utilizem em suas metodologias de trabalho, enriquecendo os conhecimentos para melhor intervenção profissional considerando os princípios éticos de cada profissão.
É um serviço referenciado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social, a prestação de serviços é realizada por meio de suas as atribuições voltadas à família, e para melhor desenvolvimento do trabalho é necessário estar em articulação com a rede de proteção social básica e com sistema de garantia de direitos.
As ações de natureza intersetorial, como o próprio nome indica, estão vinculadas à efetivação de articulações entre diferentes setores/serviços, tendo em vista o atendimento das necessidades dos usuários. A intersetorialidade refere-se, portanto, ao processo que se constrói a partir da interação entre diferentes políticas, serviços e profissionais e tem como finalidade a integralidade do atendimento (MIOTO, 2016, p. 50).
Desta forma a gestão esta presente em todos os processos de trabalho e por meio das reuniões são realizadas avaliações sobre as ações para definir estratégias, planejamentos e articulação com a rede onde as pautas ocorrem sobre os assuntos a serem discutidos ao longo da reunião, por isso se desenvolve de forma objetiva e centrada, onde no período de um ano ocorreram 73 reuniões interdisciplinares com gestor público, rede intersetorial, conselhos de direitos e 176 reuniões com diretoria, coordenação geral e coordenação Técnica, resultando também em 94 planejamentos, execuções e participações em eventos e ações coletivas. Esses planejamentos foram organizados em reuniões intersetoriais e interdisciplinares, que através da rede realizaram as ações de conscientizarão sobre diversos temas que precisam ser trabalhos com a população.
Alem de reuniões a equipe interdisciplinar tem outras funções no âmbito de gestão do serviço, como a elaboração de relatórios externos que por meio do levantamento de dados constaram 71 relatórios elaborados, podendo se adequar a diversas categorias de relatórios, o institucional, o de atendimentos e familiar, entre outros. Em atribuições constam também que foram realizados 48 preenchimentos de instrumentais destinados ao CSAC como forma de seleção dados para aprimoramento da gestão dos serviços e construção de políticas públicas, quantificação e qualificação do trabalho realizado e para o CREAS que utiliza como forma de monitoramento, sobre encaminhamento de casos a equipe teve 14 recebimentos de casos por instituições, onde as famílias passaram pelo processo de acolhimento e integração do serviço.
Os profissionais realizam atualização de prontuários e registros de sistemas implantados no município de campinas que são o Sistema Integrado de Governança Municipal- SIGM é um sistema que contem o acompanhamento e atendimentos prestados aos usuários que estão inseridos no Cadastro Único, permitindo a identificação das famílias e a vinculação aos serviços e programas e benefícios do município, e no Sistema de Notificação de Violência- SISNOV que recebem notificações de casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes, de violência sexual em qualquer idade ou sexo e de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, os profissionais fizeram cerca de 9.149 registros no ano de 2019.
Assim, a operacionalização da política de assistência social em rede, com base no território, constitui um dos caminhos para superar a fragmentação na prática dessa política. Trabalhar em rede, nessa concepção territorial significa ir além da simples adesão, pois há necessidade de se romper com velhos paradigmas, em que as práticas se construíram historicamente pautadas na segmentação, na fragmentação e na focalização, e olhar para a realidade, considerando os novos desafios colocados pela dimensão do cotidiano, que 45 se apresenta sob múltiplas formatações, exigindo enfrentamento de forma integrada e articulada (BRASIL, 2004, p.44) 
 O CREAS realiza a proteção social especial através da Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, todo o trabalho realizado pelo SESF é com a equipe interdisciplinar e intersetorial, realizando a prestação de serviço continuada.
Na instrumentalização socioassistencial segundo Guerra (2000), as ações são pautadas em metodologias operativas e de cunho profissional, na multidisciplinaridade específica do Assistente Social em contrapartida em conjunto com outros profissionais. No SESF, as questões de discussão de caso são referências primordiais para o andamento e as tratativas de conduções das famílias atendidas como, a aplicação de metodologias singulares no andamento do processo que caracterizam como: contato telefônico com a rede de serviço; na cobrança de análise da condução de especificidades de cada caso, e na metodologia ético-profissional também contemplado por Guerra. No exercício profissional e para o desenvolvimento do trabalho é necessário o entendimento subjetivo de cada caso, á partir de um olhar critico e operacional, em contrapartida nas relações de um serviço de excelência com assessoria jurídica e supervisões de trabalho como ferramenta de acesso ao contexto atual e territorial, pautados em ações na qualidade do serviço prestado pelo Progen, na execução de seu trabalho com valores éticos contemplados pela tipificação e do contexto do SUAS.
  Pela instrumentalidade, os profissionais objetivam suas intencionalidades em respostas profissionais, modificando e transformando as condições objetivas e subjetivas, assim como as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível social – o cotidiano. Desse modo, “Na medida que os profissionais utilizam, criam, adequam as condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de instrumentalidade” (GUERRA, 2000a, p. 53).   
No objetivo de uma melhor intervenção profissional as estratégias metodológicas direcionam o profissional para o caminho do conhecimento e, assim favorecendo um melhor e eficaz atendimento aos participantes do serviço.
 Para mais foram realizadas 613 ações de articulação com a rede e/ou Sistema de Garantia de Direitos, Reunião de Discussão de caso com equipe, coordenação técnica e rede intersetorial para democratizar as relações entre os serviços,15 Desligamento e/ou transferência dos casos de forma interdisciplinar e intersetorial, sendo o processo de preparação dos usuários para o encerramento do trabalho desenvolvido e o desligamento acontece a partir da avaliação técnica da equipe em vista das demandas dos participantes, 140 contato telefônico com a rede que a equipe interdisciplinar realiza diariamente para estabelecer contato com a rede de serviços para alinhamento e/ou agendamento de ações/reuniões, 966 estudo de situações familiares(equipe de referência, equipe técnica e com coordenação técnica). Para o levantamento de especificidades das situações vivenciadas, de modo a ampliar a compreensão e possibilitar outras estratégias para o atendimento, 186 reuniões de equipe e, 67 de supervisão institucionalinterdisciplinar e de gestão no favorecimento do processo de comunicação, compartilhamento das informações, tomada de decisões, qualificação do trabalho desenvolvido e avaliação das atividades realizadas, escuta e acolhida das angústias vivenciadas, referente a complexidade do trabalho desenvolvido, possibilitando a reflexão e a qualificação do trabalho.
[...] a família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, delimitando continuamente os deslocamentos entre o público e o privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida. Todavia, não se pode desconsiderar que ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência é marcada por conflitos e geralmente, também, por desigualdades, além de que nas sociedades capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social (BRASIL, 2004, p. 41).
O Serviço Social realizou 5 estudo social e diagnóstico socioeconômico para o levantamento de dados, a identificação das demandas o levantamento da rede de serviços, de rede social de apoio e de família extensa, o planejamento das estratégias para o atendimento a curto, médio e longo prazo, 36 assessoria jurídica, um apoio técnico no que diz respeito a questões jurídicas vivenciadas pelas famílias, orientação quanto a documentos a serem encaminhados ao Sistema de Garantia de Direitos e Formação junto à equipe. 
No ano de 2019 o PROGEN-SESF realizou 18.046 atendimentos com famílias proporcionando aproximação, vínculos e auxiliando nas diversas demandas apresentadas, bem como atividades lúdicas e externas com os adolescentes e com as famílias. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O SUAS operaciona e organiza considerando os níveis de proteção social, básica e especial, tendo o objetivo de contribuir para a reconstrução fortalecendo suas potencialidades.
A matricialidade sócio familiar é um eixo estruturante no Plano Nacional de Assistência Social, pois é uma atenção voltada a centralidade da família sendo fundamental para a realização das ações em meio a política de assistência social, facilitando a compreensão da realidade e do contexto sócio familiar. 
A proteção social especial de media complexidade pelo SUAS atua como um serviço voltado para as famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social e tiveram seus direitos violados, onde os vínculos sociais e familiares não foram rompidos, o serviço deve atuar para o fortalecimento desses vínculos. As demandas são encaminhadas para o Centro de Referencia Especializado de Assistência Social- CREAS com a atenção voltada à proteção especial o serviço atua com a Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI. A organização Projeto Gente Nova a partir de 2017 passa a atuar também na proteção social especial de media complexidade no Programa de Enfrentamento a Violência Domestica contra crianças e adolescentes, desta forma a resolução SAASA N° 01/2017 regulamenta o Serviço Especializado Social a Famílias – SESF, onde o Progen passa a oferecer o serviço de forma que possam complementar a atenção a famílias.
A pesquisa realizada tem o intuito de apresentar os instrumentais do SESF no seu fazer profissional na contemporaneidade, através do levantamento de dados, considerando toda a metodologia de trabalho em meio a diversas atenções voltadas aos usuários que chegaram a aproximadamente 18.046 no ano de 2019, nos mostrando uma ótima competência em seus instrumentais, para um melhor atendimento aos usuários o serviço conta com o trabalho interdisciplinar e intersetorial com todas as articulações necessária
REFERÊNCIAS
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A instrumentalidade do processo de trabalho do serviço social:por uma práxis ascendente à razão instrumental. Disponível em: <http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/425-17619-15072018-095923.pdf>.
Acesso em: 05/05/2020
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Caderno Creas.indd.Orientações Técnicas:Centro de Referências Especializado de Assistência Social-CREAS. Disponível em: <http://aplicacoes.mds.gov.br/SNAS/documentos/04-caderno-creas-final-dez.pdf>.
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Guerra,Y. A. Instrumentalidade Profissional do Serviço Social: As Mediações da Prática Profissional. Disponível em:< <http://www.fema.com.br/site/wp-content/uploads/2016/09/4/Instrumentalidade/Profissional.pdf>.
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