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DESCOMPLICANDO AS DESCRIMINANTES PUTATIVAS

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DESCOMPLICANDO AS DESCRIMINANTES PUTATIVAS
(por tópicos)
- Para entender descriminantes putativas é necessário entender a TEORIA DO ERRO! Por quê? Porque a discriminante putativa pode ser proveniente de 4 hipóteses:
1-erro sobre o fato
2-erro sobre a existência de causa excludente de ilicitude
3-erro quanto os limites de causa excludente de ilicitude
4-erro provocado por terceiro
Então, iremos abordar a teoria do erro primordialmente, para só então adentrar nas discriminantes putativas.
- Primeiramente, o que se entende por ERRO? 
“Erro é uma falsa percepção da realidade”
Dito isto, a teoria do erro distingue o erro em duas grandes espécies:
I- ERRO SOBRE A ELEMENTAR DO TIPO: (ART. 20, CAPUT, CP)
-No erro de tipo, o sujeito tem uma falsa percepção da realidade referente a uma elementar do tipo penal incriminador.
Ex: A retira para sí um celular que estava na mesa do seu trabalho acreditando ser o seu. Acontece que o celular era de B. Nesse caso houve um erro sobre a elementar “coisa alheia”.
- Ainda assim, esse erro pode ser Escusável/Inevitável ou Inexcusável/Evitável. 
-Como se resolve isso? Simples, deve ser feita uma análise do caso fático em comparativo à conduta provável de um “homem médio”. Se diante daquela situação, o homem médio erraria igualmente então será erro de tipo escusável/inevitável. Por outro lado, se o homem médio, diante de suas diligencias ordinárias conseguisse evitar o erro, estamos diante do erro de tipo inescusável/ evitável.
*QUAIS SÃO OS EFEITOS DESTA DISTINÇÃO? Se o erro de tipo foi inevitável/escusável haverá a exclusão do DOLO e da CULPA, consequentemente não haverá CONDUNTA nem FATO TÍPICO (atipicidade da conduta). Por outro lado, se o erro de tipo foi evitável/inescusável, haverá tão somente a exclusão do DOLO, respondendo pelo crime na modalidade CULPOSA se o tipo penal permitir.
Obs: Isso não significa que não poderá ocorrer a atipicidade da conduta quando se tratar de erro evitável/inescusável, já que uma vez que tipo penal não tiver previsão da modalidade culposa não haverá crime da mesma forma. Por exemplo, o crime de estupro descrito no art. 217-A do CP.
[o erro de tipo ainda se divide em essencial e acidental. Essencial seria justamente o gênero que fora trabalhado logo acima, já o erro acidental não convém ser trabalhado na distinção das discriminantes putativas]
II- ERRO DE PROIBIÇÃO: (ART. 21, CP)
-Em que pese o desconhecimento da lei ser inescusável, pode ser que as condições do sujeito não permitiam ele ter um conhecimento ordinário sobre as ilicitudes. Assim, da mesma forma do erro de tipo, o erro de proibição também pode ser inevitável/inexcusável ou evitável/inescusável. Mas, aqui não será usado o “homem médio” como parâmetro, mas sim as condições intrínsecas ao agente.
*se inevitável/escusável: excluirá a CULPABILIDADE, na sua modalidade POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE.
Ex: “Pode-se citar o caso de alguém que, sendo credor de outrem, entende que pode ir à casa deste pegar o dinheiro devido, sendo certo que tal atitude configura crime de Exercício Arbitrário das Próprias Razões (art. º 345 CP)”
*se evitável/inescusável: como a regra é que ninguém pode excusár-se da lei alegando seu desconhecimento, se esse erro poderia ser evitado o agente responderá na forma DOLOSA, todavia recairá sobre ele uma CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA.
Entendido a Teoria do Erro, cabe agora entendermos as Descriminantes Putativas. Mas o que seria descriminantes putativas?
 “DISCRIMINANTES PUTATIVAS, é uma causa de exclusão da ilicitude (descriminante), mas que só existe na psiquê do sujeito (putativa), ou seja, ele imagina estar diante de uma causa excludente de antijuridicidade”
-Como essa causa de excludente de ilicitude não existe de fato, ela é proveniente de um ERRO, só que o erro que provoca as discriminante putativas não são os dois erros citados lá em cima. Seria a “outra face da moeda” daqueles erros. Quais sejam: 
I- ERRO DE TIPO PERMISSIVO: (ART. 20, P. 1º, CP) 
Nesse caso, o agente diante da situação fática acredita estar agindo mediante uma causa excludente de ilicitude, ou seja, ele age com DOLO, ele sabe que existe a causa excludente de ilicitude, mas pelas circunstancias do caso concreto, faz ele acreditar que está amparado. 
-Assim, o erro de tipo permissivo gera uma descriminante putativa, que pode ser qualquer espécie das causas excludentes de ilicitude na forma putativa:
1- LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA
2- ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO 
3- ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL PUTATIVO
4- EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO PUTATIVO
Deve ser feito da mesma forma, uma valoração se fora justificável ou não diante das circunstancias. Se sim, a consequência da descriminantes putativas é ISENÇÃO DE PENA. Se não era justificável, responderá na forma CULPOSA, se o tipo penal prever. 
II- ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO: (OU ERRO DE PERMISSÃO)
Nesse caso, o agente pode errar quanto à EXISTENCIA de uma causa excludente de ilicitude, ou seus LIMITES.
Se inevitável/excusável: exclui a culpabilidade
Se evitável/inescusável: responde dolosamente, atenuando a pena
-COAÇÃO MORAL IRRESÍSTÍVEL PUTATIVA
-OBEDIENCIA HIRERARQUICA PUTATIVA

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