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PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O uso de agrotóxicos e o seu impacto na saúde e no meio ambiente”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I Governo autoriza mais 63 agrotóxicos, sendo 7 novos; total de registros em 2019 chega a 325 Ritmo de liberação no ano segue sendo o mais alto da série histórica. O Ministério da Agricultura registrou nesta terça-feira (17) mais 63 agrotóxicos. Desse total, 2 são princípios ativos (que servirão de base para produtos inéditos) e 5 são novos produtos que estarão à venda. Os demais 56 são genéricos de pesticidas que já existem no mercado. As autorizações foram publicadas no Diário Oficial da União. Com os novos registros, o total de agrotóxicos liberados chega a 325, superando o volume do mesmo período de 2018, quando houve 309 registros. Assim, o ritmo de liberação deste ano segue sendo o mais alto da série histórica do ministério, iniciada em 2005.Segundo o governo, do total de produtos registrados em 2019, 310 são produtos genéricos e 15 são à base de ingredientes ativos novos. Do total de produtos registrados em 2019, 185 são produtos técnicos, ou seja, destinados exclusivamente para o uso industrial. Outros 140 são produtos formulados, aqueles que já estão prontos para serem adquiridos pelos produtores rurais mediante a recomendação de um engenheiro agrônomo. Destes, 14 são produtos biológicos e orgânicos. Novas substâncias Entre as novidades estão os princípios ativos fluopiram, que é usado para matar fungos, e o dinotefuram, um inseticida. Eles serão usados pela indústria, que poderá desenvolver produtos a partir dessas substâncias para o agricultor (o chamado produto formulado). No caso do fluopiram, ao mesmo tempo já foi liberado um registro de produto formulado, para utilização nas lavouras. Liberação acelerada Segundo o governo, a maior velocidade na liberação de agrotóxicos se deve a medidas de desburocratização que foram adotadas desde 2015 na fila de registros. O objetivo, de acordo com o ministério, é aprovar novas moléculas, menos tóxicas e ambientalmente mais corretas para substituir produtos antigos. Isso porque as empresas que desenvolvem agrotóxicos só podem registrar itens de ação parecida se eles tiverem um risco à saúde menor ou igual do que os que já estão no mercado. A associação que representa as fabricantes de agrotóxicos (Andef) afirma que a fila do Brasil é mais lenta em comparação com a da União Europeia e dos Estados Unidos. Segundo as empresas, o desenvolvimento de um princípio ativo inédito para agrotóxico leva de 10 a 11 anos e custa em torno de US$ 286 milhões. Agrônomos dizem que é melhor ter mais produtos registrados do que correr o risco de que os produtores recorram a agrotóxicos "piratas", mas alertam que, quanto maior o uso, mais resistência as pragas têm ao veneno. Para ambientalistas, no entanto, a aceleração do ritmo de aprovações é uma forma de o governo colocar em prática tópicos do polêmico projeto de lei 6.299/02, que ficou conhecido como "pacote do veneno", que ainda está em discussão na Câmara dos Deputados. Para produtores rurais, o registro de novos produtos, especialmente os genéricos, é uma forma de baixar os custos de produção. Em Mato Grosso, maior estado produtor, os agrotóxicos equivalem a 21% dos gastos nas lavouras de soja. https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/09/17/governo-autoriza-mais-63-agrotoxicos-sendo-7-novos-total-de- registros-em-2019-chega-a-325.ghtml. Publicado em 17/09/2019. (Adaptado) TEXTO II Intoxicação por agrotóxicos aumenta com liberação de produtos pelo governo Em ritmo acelerado, substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente são validadas para que o agronegócio proteja as lavouras O aumento do número de agrotóxicos registrados anualmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem sido acompanhado de uma elevação das notificações do Sistema Único de Saúde (SUS) de pessoas intoxicadas por esses produtos. Em ritmo acelerado, substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente são validadas para que o agronegócio proteja as lavouras. No entanto, isso deixa os brasileiros mais expostos a enfermidades, como câncer, problemas reprodutivos e distúrbios comportamentais. Enquanto o número de validação de agrotóxicos pelo Mapa, em 2015, foi de 139, e o do Ministério da Saúde sobre intoxicações, de 12.797 casos; em 2018, a pasta da Agricultura aprovou o uso de 450 produtos na lavoura; e as notificações de enfermidade subiram para 15.107. Apesar disso, até julho deste ano, houve um crescimento acelerado na validação de novos agrotóxicos: 262 foram aprovados. Quanto às mortes por intoxicação, segundo a Pasta da Saúde, caíram de 518, em 2015 para 445 em 2017 — os números de 2018 ainda não foram tabulados. O órgão informou também que, dos 220.045 casos de intoxicação exógena por tentativas de suicídio registrados de 2007 a 2017, 16.195 (7,3%) se referem a pessoas que injetaram agrotóxicos no próprio corpo. A coordenadora da Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (Cian) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Myrian Coelho Cunha da Cruz, alerta para a necessidade de a maior oferta de agrotóxicos ser acompanhada de cuidados no uso desses produtos. “Sabemos que os agrotóxicos atingem a água do subsolo e se espalham no ar, especialmente aqueles lançados por aviões. Se existem mais produtos, provavelmente existe o aumento nos riscos da ocorrência de efeitos negativos no uso”, diz a conselheira. “Teria que haver um estudo para saber se os produtos recém-autorizados são os que causaram o aumento nos registros de doença”, acrescenta. “O Conselho Nacional de Saúde tem várias preocupações relacionadas a esse tema, não só no que diz respeito ao alimento que consumimos, como também em relação à saúde do agricultor, como também ao meio ambiente”, disse. “Ao contrário do que às vezes é veiculado, não há como retirar o agrotóxico do alimento antes do consumo, pois ele compromete todo o fruto, e também as estruturas da planta”, alerta Myrian Cruz. O que a representante do CNS diz sobre a impossibilidade de se retirar o agrotóxico do alimento antes do consumo foi confirmado por uma pesquisa inédita da Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Universidade de Louisiana, dos Estados Unidos, publicada este ano. Durante o experimento, foi aplicado um fungicida na casca de uma maçã orgânica. A fruta foi analisada em um aparelho normalmente utilizado para rastrear células cancerígenas. Com o passar dos dias, foi constatado que o fungicida penetrava cada vez mais na polpa da fruta. Em uma semana, havia avançado três milímetros. Um outro exame, com infravermelho, mostrou que o produto penetrou 6 milímetros na polpa da fruta. “Infelizmente a gente está consumindo, por tabela, uma grande quantidade de agrotóxicos. Essa pesquisa acende um alerta e é um argumento para balizar essa liberação exacerbada de agroquímicos”, disse Igor Pereira, da UFG, que realizou a pesquisa nos estudos de pós-doutorado nos EUA. O Ministério da Saúde informou que o incremento do número de notificações de intoxicações por agrotóxicos é uma tendência observada desde o início da série histórica, em 2007. “Os fatores que contribuem para esse incremento ano a ano podem ser diversos, desde uma possível intensificação do uso desses produtos, como também uma maior sensibilidade dos serviços de saúde para a identificação e notificação dos casos”, informou o órgão, por meio de nota. “Esses fatores variam também conforme as características de cada território no país, nos quais os cenários de uso de agrotóxicos e de sensibilidadedos serviços de saúde podem ser muito diversos. Por isso, é fundamental a análise desses dados por parte das secretarias estaduais e municipais de saúde no que se refere aos seus territórios”, acrescentou o ministério, destacando que tem promovido o fortalecimento da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) ao longo dos anos, tanto em esfera federal quanto na implementação desse trabalho nos estados e municípios. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/09/01/interna-brasil,780159/intoxicacao-por-agrotoxicos- aumenta-com-liberacao-de-produtos.shtml. Publicado em 01/09/2019. (Adaptado) TEXTO III http://wier.com.br/agrotoxicos-no-brasil-e-os-impactos-na-saude/ https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/09/01/interna-brasil,780159/intoxicacao-por-agrotoxicos-aumenta-com-liberacao-de-produtos.shtml https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/09/01/interna-brasil,780159/intoxicacao-por-agrotoxicos-aumenta-com-liberacao-de-produtos.shtml
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