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LIDERANÇA E A MOTIVAÇÃO LEADERSHIP AND MOTIVATION Kesia Santos Pereira UNASP Resumo: As empresas estão, cada vez mais, buscando líderes treinados que tem a responsabilidade de fazer com que o colaborador sinta a necessidade de fazer o melhor para a corporação e também se sentir motivado e satisfeito dentro dela. O líder deve sempre estar ao lado de sua equipe, conhecendo cada um de seus liderados, aconselhando-os nas tomadas de decisões e nos relacionamentos entre si, sempre em busca dos objetivos propostos. Palavras-chave: Liderança; Inteligência Emocional; Colaborador Abstract: Companies are increasingly seeking trained leaders who have the responsibility to make the employee feel the need to do the best for the corporation and also feel motivated and satisfied within it. The leader must always be on the side of his team, getting to know each one of its leaders, advising them in making decisions and in relationships with each other, always in pursuit of the proposed objectives. Keywords: Leadership; Emotional intelligence; collaborator 1 INTRODUÇÃO Atualmente as empresas estão passando por diversas mudanças, que levam as empresas a terem líderes sem controle emocional fazendo ele se tornar um chefe o verdadeiro líder deve renovar suas estratégias fazendo-se cada vez mais eficaz dentro da organização. A motivação deve estar presente diariamente dentro das organizações, um líder deve desenvolver cada um de seus colaboradores trabalhando nas diferenças entre eles para que possam junto alcançar metas e objetivos tanto como uma conquista individual e em grupo. Este artigo esclarece que não existe um único tipo de liderança e que a empresa deve ser um ambiente agradável para que o líder e o liderado para que sejam bem atendidos fazendo que as metas sejam alcançadas. 2 LIDERANÇA Para entender melhor o conceito de liderança, é necessário discutir, primeiramente, a etimologia desse termo. Liderar é uma palavra que vem do inglês “to lead”, e teve seu primeiro registro em 825 d.C. e significa; conduzir, dirigir, persuadir, encaminhar, encabeçar, capitanear, atravessar. Esse conceito tem relação com a palavra “ducere”, do latim, que significa conduzir. Tal palavra influenciou as derivações do termo “to lead”, que mais tarde foi documentado como “leader”, e significa condutor, guiador. A partir daí já se tem a ideia da função, de conduzir e guiar, e na mesma época surge o “leading”, que foi traduzido como “ação de conduzir” (Enciclopédia Mirador Internacional, 1987). Bem mais tarde, no ano de 1834, surge a palavra “leadership” que remete a função ou posição de guia, de chefe. Na segunda metade do século XIX, o vocábulo “lead” foi inserido na língua portuguesa e nas décadas de 30 e 40 foi integrado à morfologia e adaptado para os seguintes termos: líder, liderança, liderar (Enciclopédia Mirador Internacional, 1987). A liderança é uma habilidade que está presente nas relações pessoais e estabelece diversos níveis de influência de uma pessoa sobre a outra. É possível encontrar esse processo em diferentes situações e inúmeros ambientes, como por exemplo, no âmbito familiar, na escola, no desporto, dentro do trabalho, nas relações comerciais e políticas. Assim, toda pessoa pode ser considerada um líder em potencial, tendo em vista que, de acordo com a situação, pode influenciar o seu próximo em atitudes, pensamentos e escolhas. Pode-se considerar que a liderança faz parte do processo de gestão, assim, um modelo gerencial só é eficaz quando a liderança é efetiva. Diante disso, 6 muitos autores discorrem sobre a ideia de liderar como sendo a capacidade em direcionar pessoas à realização de uma atividade, projeto e ação, de modo a influenciá-las a produzir e a estarem motivadas e focadas no alcance das metas propostas. Basicamente, liderança é um poder pessoal dado ao líder, e assim, toda a ação de liderar está focada nele. Quando o assunto é liderança podemos associa-la ao processo de conduzir ou influenciar no comportamento de outras pessoas, em busca dos objetivos pessoais e da organização, seu papel é se relacionar com a equipe, pensando sempre em ajudar em busca de resultados, ajudando no clima da organização e em ter um ambiente sempre produtivo. A liderança é um processo social no qual se estabelecem relações de influência entre as pessoas. O núcleo desse processo de interação humano é composto do líder ou lideres seus liderados. 2.1 EMPRESA E O LIDER As empresas devem investir e promover a formação de seus líderes para que se desenvolvam e alcancem o sucesso. O líder deve ter um papel extremamente importante nos processos de qualquer organização, uma pessoa que veste a camisa da empresa e se torna a própria organização. Líderes são importantes por estarem ligados a gestão de pessoas, por serem responsáveis em repassar a cultura da empresa e engajar a equipe, para que a missão, visão e valores da organização estejam alinhados aos objetivos da equipe, mas, também é preciso ser estratégico ao desenvolver e nutrir futuros líderes; sem estratégia os papéis de liderança são frequentemente atribuídos a candidatos ainda despreparados para assumi-los. O líder, por ser um representante da organização, deve entender a empresa como um todo, como funcionam os seus setores e processos. Embora ele possa não trabalhar dentro dos setores, é de suma importância entender como funcionam e o que ocorre dentro deles, o que proporciona a empresa um constante feedback de como está o desenvolvimento dos objetivos e uma melhor qualidade no contato com seus funcionários. Sabemos que a liderança de qualidade é uma combinação de habilidades certas e do treinamento certo. Identifique quem tem o que é preciso e forneça treinamento direcionado para sua formação. Cuidar da formação de futuros líderes funciona como apoio ao planejamento de sucessão e oferece caminhos de carreira para os funcionários de uma empresa, aumentando inclusive a retenção desses colaboradores. Por esses motivos, programas de treinamento para a formação de líderes tornaram-se um tópico cada vez mais importante não apenas no setor privado, mas também no setor público. Em sua essência, um treinamento de liderança é projetado principalmente para criar organizações mais eficazes e saudáveis. A suposição é que quando os líderes melhoram seu desempenho, esses benefícios contemplam todo o negócio. A seguir, entenda a importância do treinamento para o desenvolvimento de futuras lideranças em uma empresa. 2.2 TIPOS DE LIDERES Há tipos de líderes que ao decorrer do tempo vem sido estudada; segundo Bernardinho (2006, p.114 e 115): “Ser líder é dar o exemplo para que outros saibam como se faz e se esforcem para repetir a tarefa no mesmo nível ou ainda melhor. Essa é a única liderança que se sustenta com o tempo. Nada do que você diz influencia mais as pessoas do que aquilo que você faz. Liderar é inspirar e influenciar pessoas a fazerem a coisa certa, de preferência entusiasticamente e visando ao objetivo comum. Afinal, uma equipe precisa de líderes no dia a dia que todos olhem como referência. São aqueles que ajudam o treinador, ou gestor, a conduzir seu time (ou projeto) pela estrada do planejamento até alcançar a meta 199 almejada”. Os tipos são: Autocrática: A liderança Autocrática é quando o líder exerce o papel de dominador, sempre esperando obediência. Cabe também determinar as providencias para a execução de tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornem necessárias e de modo imprevisível para o grupo, quando o líder muito se ausenta as atividades param, e o grupo se sente reprimido, tendo alguns problemas até mesmo de agressividade entre eles. O líder autocrático pouco ouve seus subordinados, e acredita que sua opinião é sempre à mais correta para tomada de decisões desmerecendo opiniõesde um próximo. Fica fácil identificar que a atenção do líder está voltada para tarefas, metas e não para relações humanas de seu grupo de trabalho. Democrático: Este líder caminha na direção contraria do líder autocrático, pois é de forma democrática a sua gestão, incluindo os seus liderados nas decisões e fazendo com que participem ativamente da construção de soluções e resultados. Para isso, sempre consulta a opinião da equipe, solicitando suas ideias e feedbacks e dando espaço para que proponha novas maneias de dissolver os problemas e conquistar as metas e resultados planejados. Diferente do autocrático, que só pensa em si, o democrático pensa no bem-estar coletivo, em desenvolver seus profissionais e oferecer-lhes oportunidades reais de crescimento. Além disso, prioriza a qualidade de vida no trabalho, faz uma boa gestão do clima e contribui ativamente para que a equipe seja reconhecida e valorizada por seu empenho e dedicação à empresa. A democracia no trabalho também estimula um ambiente onde as pessoas se sentem mais à vontade para demonstrar suas opiniões ou mesmo suas insatisfações. Torna a comunicação mais direta e efetiva, pois diminui os espaços entre as pessoas e faz com que desenvolvam um senso maior de grupo. Isso faz com que se sintam mais estimuladas a darem o seu melhor, o que, consequentemente, também aumenta sua satisfação com o trabalho, diminui a rotatividade e maximiza a sua produtividade. Liberal: O líder liberal é o extremo oposto da autocrática, pois defende total liberdade à equipe e que esta decida, por si só, quais são os melhores caminhos e soluções para resolver os problemas da organização. Aqui o líder não é necessário, uma vez que este modelo entende que os profissionais já são maduros, qualificados e capazes o suficiente de gerenciar o seu próprio trabalho sem a supervisão direta de alguém. Contudo, embora possa parecer um sistema melhor, pois dá mais liberdade e autonomia, na maioria dos casos, os profissionais sem liderança direta podem acabar relaxando demais e não entregando os resultados esperados. Isso afeta diretamente não só a produtividade, mas a motivação, uma vez que a falta de feedbacks sobre o desempenho e a qualidade do trabalho também acabam prejudicando sua atuação e limitando o seu crescimento. O verdadeiro líder deve ter uma visão completa e possui habilidade de vislumbrar claramente os mecanismos e recursos necessários para se alcançar os objetivos; amar o que faz e ser comprometido para que pelos seus objetivos também sejam alcançados. Possuir autoconhecimento, sinceridade e maturidade, saber suas limitações e ter autocontrole, garantir a harmonia e boa comunicação entre o grupo; delegar tarefas de maneira eficiente e otimizada; prover motivação e inspiração para os membros do grupo, organizar metas e prazos e determinar os melhores caminhos para chegar ao objetivo. 2 MOTIVAÇÃO A motivação é processo de intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcançar uma meta ou objetivo. Embora a motivação, de maneira geral, se relacione ao esforço para atingir qualquer objetivo. O ciclo motivacional se dá após uma necessidade em que a pessoa se sentirá em situação de tensão alterando o sistema psicológico exigindo uma reação diante de um imprevisto ou um acontecimento desagradável. Se ele obtiver satisfação em sua atitude de reação o sistema funcional do corpo volta ao estado anterior à frustração. O assunto motivação é algo essencial e importante para o desenvolvimento de cada pessoa, algo difícil de compreender quais fatores que motivam seus colaboradores, essencial dentro da empresa. As teorias da motivação estão ligadas ao comportamento das pessoas, onde que para melhor compreensão sobre a motivação, é preciso conhecer as necessidades humanas. Definido por Robbins (2005) algumas teorias foram desenvolvidas buscando a explicação sobre os fatores motivacionais: como a hierarquia das necessidades e teoria dos dois fatores. De acordo com Maximiano (2006), uma necessidade de satisfação conduz o indivíduo a movimentar-se levando a mudança de comportamento para satisfazê-la, de modo que, essa motivação para essa tarefa extingue-se. Certas necessidades são de curto prazo como, por exemplo, a necessidade de alimento e outras de longo prazo com, por exemplo, a necessidade de poder. A teoria da hierarquia das necessidades a noção de que as necessidades humanas estão organizadas numa espécie de ordem ou hierarquia desempenha um papel importante no estudo do comportamento humano nas organizações. Uma das principais teorias que se baseiam nessa premissa foi a proposta por Abraham Maslow. Segundo o autor, as necessidades humanas são divididas em cinco categorias: Fisiológicas ou básicas, de segurança, estima ou autor realização, nessa ordem de importância. Podemos afirmar que a mais conhecida teoria sobre a motivação é, provavelmente, a hierarquia das necessidades, de Abraham Maslow. Segundo esse autor, dentro de cada ser humano existe uma hierarquia de cinco categorias de necessidades: Fisiológicas: Inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades do corpo. Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. Social: Inclui afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo. Estima: Inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia. Autor realização: A intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser, inclui crescimento, alcance do seu próprio potencial e autodesenvolvimento. Os sistemas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivos e recompensas que as organizações oferecem a seus empregados na tentativa de conseguir o desempenho que possibilite a realização de seus objetivos. Os sistemas motivacionais abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos líderes, até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreira. Utilizando recursos variados os gestores podem aplicá- los aos liderados, conforme afirma Robbins (2005). O Programa de Reconhecimento dos Funcionários pode ser elogio, em agradecimento em público ou particular até programas formais como premiações, em que o reconhecimento relacionado com a teoria do reforço, que recompensa um comportamento com o reconhecimento, logo após sua ocorrência, é o mesmo que estimular a sua repetição. No âmbito da motivação, duas questões são colocadas em evidência, o que determina a motivação, e qual o grau de esforço para atingir os objetivos. Dessa forma, compreende-se que a motivação é um conceito psicológico, que envolve a busca pelo aumento do potencial interior e pelo autodesenvolvimento. A motivação consiste em ações do líder em buscar benefícios dentro da sua liderança para o indivíduo ou o grupo no qual ele está inserido. É, portanto, uma grande preocupação dos líderes, pois, com ela, é possível levar as pessoas a executarem ações a fim de alcançar inúmeros objetivos. Antes, a motivação humana era tida apenas como uma ação do âmbito dos recursos humanos, hoje já é considerada uma grande estratégia para empresas e organizações. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A liderança é a chave para o sucesso todos os sistemas, pois colabora para mudanças positivas e para o enfrentamento de desafios, a fim de aumentar a qualidade do serviço. Para que essa atuação seja eficiente é importante que o líder seja forte, mas não autocrático, equilibrado e estável. E que a liderança e a motivação sempre andam juntas. Um líder deve ser um grande motivador, criando estratégias diferenciadas dentro da empresa para que os profissionais, possam se esforçar em suas funções, compartilhar experiências, tomar decisões em conjunto e celebrar bons resultados. Ele deve ser responsávelpor dar condições aos membros dessa organização de realizaram seus sonhos e necessidades pessoais e profissionais, levando-os uma grande satisfação dentro do trabalho e também à realização profissional a fim de que esta organização seja dinâmica e consistente. O líder não deve ser “chefe” que é explorador, as corporações requerem muitos serviços além do designado, mais do que pode oferecer. Fazendo desequilibrar a relação existente entre a satisfação e a tensão, podendo provocar a atitudes irracionais. O uso de metas específicas, que sejam percebidas como tangíveis, reduzem as incertezas e, consequentemente, o estresse ocupacional. É necessário dar aos empregados responsabilidade, trabalhos significativos e maior autonomia, fatores que podem reduzir o nível de estresse. Clareza na comunicação permite maior transparência no relacionamento entre empresa e colaborador, contribuindo no controle do estresse e fazendo a qualidade vida no trabalho aumentar proporcionalmente da diminuição do estresse. Supõe-se que cada indivíduo tenha seus objetivos próprios de vida, ou seja, cada um quer coisas diferentes do outro. Sendo assim, o líder deve se atentar a essas informações, traçando o perfil de cada colaborador para conseguir desenvolver suas habilidades potenciais e motivá-los, de tal forma, que o trabalho se desenvolva da melhor forma e qualidade possível. A seriedade de manter esse colaborador sempre motivado, pois este espera o reconhecimento por parte da empresa, assim, em troca, contribuirá com maior empenho, melhorando seu rendimento e diminuindo os erros. Nesse ponto observamos que a liderança começa quando as exigências são definidas quando o próprio líder as determina, e não quando são estabelecidas antes para sua equipe, desse modo seus pontos fortes prevalecem e os pontos fracos são ocultados. Diante disso, considera-se a liderança como uma via de mão dupla, na qual antes que o produto ou serviço final sejam garantidos, é necessária uma atenção maior aos responsáveis por esse processo seja realizada da melhor forma. Com isso, constata-se que um líder é de extrema importância para uma organização, mas requer humildade e paciência, pois precisa ressaltar para sua equipe o que precisam e não o que querem. 4 REFERÊNCIAS SILVA, Caroline Machado Castilhos da; PEIXOTO, Roberta Ramalho; BATISTA, José Mauro Ruiz; A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Revista Eletrônica Novo Enfoque, Rio de Janeiro 2011 RIBEIRO, M. B. Liderança Organizacional: Influências Para Motivação E Cultura Organizacional. Porto Alegre. 2018 ROBBINS, S.P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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