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Testes de Ética Profissional

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TESTES 04 – ÉTICA PROFISSIONAL
	1a Questão
	Numa Audiência de Instrução e Julgamento na 44ª Vara Cível do Rio de Janeiro, quando fazia a sustentação oral, o Advogado do Réu injuriou e difamou o Advogado do Autor. Pergunta-se: O que pode acontecer ao Advogado do Réu por tal comportamento?
	
	Ser apenas punido pela OAB, pelas ofensas proferidas contra o Colega;
	
	O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer.
	 
	O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer.
	
	Ser advertido pelo Juiz da 44ª Vara Cível para não mais ofender o Colega, sob pena de ter a palavra cassada e também ser punido pela OAB, pelos excessos que cometeu;
	
	Ser processado criminalmente, pelos crimes de injúria e difamação e também disciplinarmente (pela OAB), pelas ofensas proferidas contra o Colega;
	Explicação: - A opção correta é a que menciona apenas a imunidade por injúria e difamação porque na ADI 1127-8, o STF concedeu interpretação conforme ao referido parágrafo 2° do art. 7° EOAB, determinando a retirada do desacato do rol das imunidades. Resposta correta: O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer.
	 2a Questão
	
	Adolfo, policial militar, consta como envolvido em fato supostamente violador da integridade física de terceiros, apurado em investigação preliminar perante a Polícia Militar. No curso desta investigação, Adolfo foi notificado a prestar declarações e, desde logo, contratou a advogada Simone para sua defesa. Ciente do ato, Simone dirige-se à unidade respectiva, pretendendo solicitar vista quanto aos atos já concluídos da investigação e buscando tirar cópias com seu aparelho celular. Além disso, Simone intenta acompanhar Adolfo durante o seu depoimento designado. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
	 
	É direito de Simone, e de seu cliente Adolfo, que a advogada examine os autos, no que se refere aos atos já concluídos e documentados, bem como empregue o telefone celular para tomada de cópias digitais, o que não pode ser obstado pela autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo, sob pena de nulidade absoluta do ato e de todos os elementos investigatórios dele decorrentes.
	
	É direito de Simone, e de seu cliente Adolfo, que a advogada examine os autos, no que se refere aos atos já concluídos e documentados, bem como empregue o telefone celular para tomada de cópias digitais, o que não pode ser obstado pela autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo, sob pena de nulidade relativa apenas do ato em que embaraçava a sua presença.
	
	É direito de Simone, e de seu cliente Adolfo, que a advogada examine os autos da investigação, no que se refere aos atos já concluídos e documentados, porém, a possibilidade de emprego do telefone celular para tomada de cópias fica a critério da autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone esteja presente no depoimento de Adolfo, sob pena de nulidade absoluta do ato e de todos os elementos investigatórios dele decorrentes.
	
	Considerando cuidar-se de mera investigação preliminar, Simone não possui o direito de examinar os atos já concluídos e documentados ou tomar cópias. Do mesmo modo, por não se tratar de interrogatório formal, mas mera investigação preliminar, sujeita à disciplina da legislação castrense, não configura nulidade se obstada a presença de Simone no depoimento de Adolfo.
	
	Considerando-se de uma investigação preliminar Simone tem direito de examinar os autos, tão somente na presença da autoridade policial.
	 3a Questão
	
	O advogado Carlos dirigiu-se a uma Delegacia de Polícia para tentar obter cópia de autos de inquérito no âmbito do qual seu cliente havia sido intimado para prestar esclarecimentos. No entanto, a vista dos autos foi negada pela autoridade policial, ao fundamento de que os autos estavam sob segredo de Justiça. Mesmo após Carlos ter apresentado procuração de seu cliente, afirmou o Delegado que, uma vez que o juiz havia decretado sigilo nos autos, a vista somente seria permitida com autorização judicial. Nos termos do Estatuto da Advocacia, é correto afirmar que:
	 
	Carlos pode ter acesso aos autos de inquéritos sob segredo de Justiça, desde que esteja munido de procuração do investigado.
	
	Carlos pode ter acesso aos autos de qualquer inquérito, mesmo sem procuração.
	
	em caso de inquérito sob segredo de Justiça, apenas o magistrado que decretou o sigilo poderá afastar parcialmente o sigilo, autorizando o acesso aos autos pelo advogado Carlos.
	
	Nenhuma das alternativas anteriores
	
	o segredo de Justiça de inquéritos em andamento é oponível ao advogado Carlos, mesmo munido de procuração.
	Explicação: - Trata-se de prerrogativa expressa no art. 7° incisos XIII, XIV e XV do EOAB. se não há sigilo é um direito de todos os advogados, se há sigilo, somente o patrono constituido em procuração terá acesso. A situação efer o princípio constitucional da ampla defesa no Estado Democrático de Direito.
	 4a Questão
	
	O advogado Carlos dirigiu-se a uma Delegacia de Polícia para tentar obter cópia de autos de inquérito no âmbito do qual seu cliente havia sido intimado para prestar esclarecimentos. No entanto, a vista dos autos foi negada pela autoridade policial, ao fundamento de que os autos estavam sob segredo de Justiça. Mesmo após Carlos ter apresentado procuração de seu cliente, afirmou o Delegado que, uma vez que o juiz havia decretado sigilo nos autos, a vista somente seria permitida com autorização judicial. Nos termos do Estatuto da Advocacia, é correto afirmar que:
	 
	Carlos pode ter acesso aos autos de inquéritos sob segredo de Justiça, desde que esteja munido de procuração do investigado.
	
	Carlos pode ter acesso aos autos de qualquer inquérito, mesmo sem procuração.
	
	o segredo de Justiça de inquéritos em andamento é oponível ao advogado Carlos, mesmo munido de procuração.
	
	em caso de inquérito sob segredo de Justiça, apenas o magistrado que decretou o sigilo poderá afastar parcialmente o sigilo, autorizando o acesso aos autos pelo advogado Carlos.
	
	Carlos não pode ter acesso aos autos, caso contrário, estará infringindo as normas Estatutárias.
	Explicação: - O direito de exame  dos autos é aquela prerrogativa que pertence a todos os advogados na forma do art. 7° incisos XIII e XIV, EOAB. O direito de vista é o direito do advogado constituído nos autos mediante procuração ou substabelecimento sem reservas de poderes, conforme o art. 7°, inciso XV, EOAB.
	 5a Questão
	
	Júlia é advogada de Fernando, réu em processo criminal de grande repercussão social. Em um programa vespertino da rádio local, o apresentador, ao comentar o caso, afirmou que Júlia era ¿advogada de porta de cadeia¿ e ¿ajudante de bandido¿. Ouvinte do programa, Rafaela procurou o Conselho Seccional da OAB e pediu que fosse promovido o desagravo público. Júlia, ao tomar conhecimento do pedido de Rafaela, informou ao Conselho Seccional da OAB que o desagravo não era necessário, pois já ajuizara ação para apurar a responsabilidade civil do apresentador. No caso narrado,
	 
	o pedido de desagravo pode ser formulado por Rafaela, e não depende da concordância de Júlia, apesar de esta ser a pessoa ofendida em razão do exercício profissional.
	
	o pedido de desagravo público só pode ser formulado por Júlia,que é a pessoa ofendida em razão do exercício profissional.
	
	o pedido de desagravo público só pode ser formulado por Júlia, que é a pessoa ofendida em razão do exercício profissional, mas o ajuizamento de ação para apurar a responsabilidade civil implica a perda de objeto do desagravo.
	
	o pedido de desagravo deverá ser formulado por Julia e endereçado para a OAB Federal .
	
	o pedido de desagravo pode ser formulado por Rafaela, mas depende da concordância de Júlia, que é a pessoa ofendida em razão do exercício profissional
	 6a Questão
	
	Robson é advogado com atuação no Estado X e foi surpreendido pela acusação de participar de determinado crime, tendo sido decretada sua prisão cautelar, por ordem judicial. Com relação ao caso relatado, nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta:
	 
	O advogado ficará preso em sala de Estado-Maior ou equivalente até o final do processo;
	
	O advogado sofrerá punição disciplinar pelo fato de estar respondendo a processo criminal;
	
	O advogado em hipótese alguma poderá ser preso.
	
	O advogado deve ser apresentado ao Presidente da Seccional da OAB ou ao seu representante;
	
	O advogado ficará restrito a sua residência, em prisão domiciliar, até reunião da seccional da OAB;
	Explicação: - Trata-se de prerrogativa no art. 7°, inciso V, EOAB. Sala de Estado maior ou prsão domiciliar.
	 7a Questão
	
	Os advogados Ivan e Dimitri foram nomeados, por determinado magistrado, para prestarem assistência jurídica a certo jurisdicionado, em razão da impossibilidade da Defensoria Pública. As questões jurídicas debatidas no processo relacionavam-se à interpretação dada a um dispositivo legal. Ivan recusou-se ao patrocínio da causa, alegando que a norma discutida também lhe é aplicável, não sendo, por isso, possível que ele sustente em juízo a interpretação legal benéfica à parte assistida e prejudicial aos seus próprios interesses. Dimitri também se recusou ao patrocínio, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em outro processo. Sobre a hipótese apresentada, é correto afirmar que
	
	apenas Dimitri cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública.
	
	Ivan e Dimitri cometeram infração disciplinar, pois é vedado ao advogado recusar-se a prestar assistência jurídica, sem justo motivo, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública.
	 
	nenhum dos advogados cometeu infração disciplinar, pois se afiguram legítimas as recusas apresentadas ao patrocínio da causa.
	
	Os advogados cometeram infração ético-disciplinar prevista no Código de Ética de 2016.
	
	apenas Ivan cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado
	Explicação: - o findamento da questão está no art. 22, CED de 2015. Há a possibilidade de o advogado declinar seu impedimento ético.
	 8a Questão
	
	Alfredo Rodrigues, advogado, teve seu escritório de advocacia invadido por policiais e oficiais de justiça, em virtude de cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão. O magistrado competente, ao decretar referida medida, fez consignar no mandado que poderiam ser apreendidos todos e quaisquer objetos relevantes para as investigações. À luz das disposições estatutárias:
	
	todas as questões estão erradas.
	
	o escritório de advocacia é inviolável em qualquer hipótese, não sendo admitida a busca e apreensão, sob pena de restar quebrada a intimidade do advogado e de seus clientes
	
	a ausência de representante da OAB gerará a ilegalidade da busca e apreensão, ainda que o magistrado tenha oficiado à entidade comunicando tal medida
	 
	agiu incorretamente o magistrado, visto que o mandado de busca e apreensão deve ser específico e pormenorizado, não se podendo determinar a apreensão de objetos de forma indeterminada
	
	agiu corretamente o magistrado, visto que a busca e apreensão em escritórios de advocacia é medida que visa à satisfação do princípio in dubio pro societate
	Explicação: -Dispõe o art. 7º, inciso II, da Lei 8.906 de 04.7.1994 (EOAB), com a redação que lhe deu a Lei n. 11.767 de 07.8.2008, que é direito do advogado ¿a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia¿.
A regra, portanto, é a da inviolabilidade do escritório, materiais e instrumentos de trabalho do advogado, uma vez que indispensáveis ao exercício da ampla defesa, valor que possui raiz constitucional, e é ¿consectário da inviolabilidade assegurada ao advogado no exercício profissional¿[1]. A inviolabilidade, pois, está ligada ao exercício da advocacia e à garantia da ampla defesa, e não à pessoa ou ao ¿grau¿ do advogado.
A inviolabilidade, todavia, não é ¿ e nem poderia ser - absoluta, pois o que pretende a norma é resguardar a liberdade, o segredo e inviolabilidade profissional, o pleno exercício do direito de defesa, e não o acobertamento ou a prática de crimes.
Nesta esteira, prevê o § 6º, do art. 7º, do EOAB, que, sendo o advogado investigado, isto é, presentes indícios da autoria e materialidade de crime de sua autoria ou que tenha contado com a sua participação, poderá a autoridade judiciária competente decretar a quebra da inviolabilidade do escritório ou local de trabalho, em decisão motivada, expedindo, para tanto, mandado de busca e apreensão específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais documentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.

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