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Waffen SS

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WAFFEN SS 
 
 
 
Para compreender a complexa mística do fabuloso exército de voluntários 
estrangeiros que lutou ao lado do Reich durante a guerra é necessário remontar no 
tempo até à primeira época do partido nazi. Poucos anos depois da fundação do 
NSDAP surge a necessidade de criar um corpo de elite, destinado a proteger os 
chefes Nazi nos comícios e concentrações. Por esta razão foram fundadas as SS, 
as Seções de Proteção do partido Nazi. 
 
Num primeiro momento, as SS fazem parte das SA ou Seções de Assalto, organização paramilitar 
destinada à luta de rua. Mas após a sangrenta noite das facas longas, as SS são reconhecidas como 
organização independente dentro do partido. 
 
 
PODER ABSOLUTO APÓS A NOITE DAS FACAS LONGAS 
Nessa altura, Heinrich Himmler, SS-Reichsfuhrer ou Chefe Nacional das SS, 
dividiu a sua estrutura em dois grandes ramos: a SS-Allgemeine ou SS-
General e a SS-Verfungungstruppe (SS-VT) ou Tropas Militarizadas SS à 
disposição. Ambas diferentes. Enquanto a SS-Allgemeine estava concebida 
como tropa de reforço policial, a SS-VT era totalmente uma organização 
militar, e como tal começou a desenvolver-se. 
Em Fevereiro de 1933 cria-se a SS-Totenkopfverbande, destinada ao serviço 
da guarda dos campos de concentração, organizada em cinco batalhões sob o 
comando do inspetor de campos de concentração e general das SS Theodor 
Eicke. Em Agosto do mesmo ano, Hitler, mediante um decreto ultra-secreto, 
dispõe que as SS-VT sejam instruídas como organizações militares, com equipamentos fornecidos 
pela Wehrmacht. Ao mesmo tempo decreta a aceitação de voluntários nórdicos não alemães. 
Em 1935, a SS-VT está organizada em dois regimentos: o primeiro, aquartelado em Munique, e o 
outro, em Hamburgo. À margem, existe o corpo de guarda de Hitler, conhecido como Leibstandarte 
Adolf Hitler. 
Com a anexação da Áustria ao Reich em 1938, Himmler cria outro regimento em Viena, e em 
Novembro é formado em Dantzig um corpo das SS, integrado por oficiais da Totenkopfverbande. 
 
ESTALA A GUERRA: NASCEM AS WAFFEN-SS 
Quando a Alemanha atravessa a fronteira polaca, a 1 de Setembro de 1939, a SS-VT está organizada 
em três divisões, um regimento motorizado e catorze regimentos de reforço policial. Também é 
criada a SS Haupt Amt, o Departamento de Recrutamento das SS, com o General Berger à frente. 
Em princípios do ano 1940, Andreas Schmidt, líder da comunidade germânica da Romênia e 
Transilvânia, propõe a Berger o recrutamento dos Volksdeutscher, os alemães étnicos súditos de 
países estrangeiros. 
Em Março de 1940, Himmler adota o título oficial de Waffen SS, e o contingente de estrangeiros 
soma uma centena de homens, entre os quais cinco norte-americanos de origem alemã, três suecos e 
quarenta e quatro suíços. Mas a invasão da Dinamarca e da Noruega em Abril abre novas 
possibilidades, e Himmler põe todo o seu empenho em recrutar voluntários escandinavos. A 20 do 
mesmo mês autoriza a criação do regimento SS-Nordland, com voluntários dos dois países. 
A campanha do Oeste abre também novas perspectivas, e a 25 de Maio constitui-se o regimento SS-
Westland, com voluntários holandeses e flamengos. No Outono, estes dois regimentos, junto com o 
alemão SS-Germânia, formam a primeira divisão estrangeira das SS, a Divisão SS-Wiking, sob o 
comando do General Steiner um dos melhores generais da Waffen SS. 
Enquanto isto, na maioria dos países ocupados pelo Reich, surge, com a invasão da Rússia no ano 
1941, diversas legiões de voluntários que dependem da Wehrmacht. Dotadas de maior entusiasmo 
que efetividade, lutarão na frente do Leste durante todo o ano de 1942, até que são paulatinamente 
enquadradas na Waffen SS no princípio de 1943. As legiões holandesa e flamenga formam duas 
brigadas de assalto, a SS-Neederlander e a SS-Langemark, respectivamente. Por outro lado, a 
dinamarquesa e norueguesa integram o regimento SS-Nordland, posteriormente elevado a divisão 
em Maio de 1943. 
Além dos corpos de voluntários, vários países europeus conheceram a sua própria SS. Tal é o caso 
dos belgas flamengos, que formam uma Germaansche SS in Vlaandern ou SS Germânica no 
Flandres. Também a Noruega, com as suas SS-Norske, e a Holanda com as Germaansche SS in 
Neederland, concebem estas forças de reforço policial, à semelhança da sua homônima germânica. 
 
DO RACISMO ARIANO AOS VOLUNTÁRIOS ESTRANGEIROS 
Em Janeiro de 1942, Hitler decide criar um batalhão de 
carros blindados nas principais divisões da Waffen SS. 
Além disso, aceita que se organize um SS-
Panzergeneralkomando, cuja chefia recai no veterano 
General Paul Hausser, verdadeiro pai das Waffen SS. Em 
Novembro, outras quatro divisões recebem dotações de 
carros suplementares, canhões de assalto e veículos de 
transporte blindado, passando estas a denominarem-se SS-
Panzergrenadierdivision, mais tarde conhecidas como SS-
Panzerdivision. 
Em meados do ano autoriza-se a criação de novas divisões. São a SS-Nord, a SS-Prinz Eugen e a 
SS-Florian Geyer. Assim, em Agosto, a Waffen SS consegue triplicar os seus efetivos, e criam-se 
duas novas divisões, a SS-Honenstauffen e a SS-Frundsberg. Mas as limitações que continuavam a 
existir para o ingresso de não germânicos na Waffen SS faziam perder numerosos contingentes de 
possíveis voluntários. Já em 1941, o chefe do recrutamento, Berger, solicitou a Himmler o uso de 
ucranianos, que foi rejeitado por motivos raciais. Depois de numerosas objeções - também de Hitler 
- abrem-se os centros de recrutamento para ucranianos em 1943. A realidade supera largamente 
todas as previsões: apresentam-se cem mil homens, dos quais são selecionados trinta mil, 
formando-se com eles a divisão SS-Galizien. 
Também, no princípio do ano de 1943, cria-se uma das divisões mais famosas das Waffen SS, a SS-
Hitlerjugend. Arthur Axmann, chefe da Juventude Hitleriana, propõe a Himmler a criação de uma 
divisão formada por rapazes de dezessete anos, membros da juventude do partido Nazi. Himmler 
fica fascinado com a idéia, mas o ministro da Propaganda Goebbels opõe-se ao projeto, referindo as 
possíveis conseqüências propagandísticas da medida. Pensava que os Aliados aproveitariam o 
recrutamento de crianças para denunciar o regime Nazi. Contudo, Hitler não só apóia a idéia da 
formação como também propõe oficiais da sua nova SS-Leibstandarte para comandos da nova 
divisão. Formada e treinada na Bélgica, a XII SS-Panzerdivision Hitlerjugend fará o seu batismo de 
fogo durante o desembarque da Normandia, tentando travar o avanço dos carros britânicos. Apesar 
de terrivelmente destruída, seria reconstituída, participando na ofensiva das Ardenas, durante o 
Natal de 1944. 
 
FRANCESES, INGLESES E MUÇULMANOS NAS SS 
Mas, sem dúvida, os voluntários estrangeiros que viveram uma aventura mais dramática foram os 
franceses. Após ser dissolvida a LVF, Legião de Voluntários Franceses em Setembro de 1944, e da 
autorização de Himmler para utilizar gauleses nas Waffen SS, cria-se inicialmente a Brigada de 
Assalto de Voluntários SS Franceses. Instruída por SS holandeses, é enviada para frente do Leste, 
onde é praticamente aniquilada. No Outono de 1944 recebe um novo contingente de sete mil 
trezentos e quarenta homens, que, no regresso da frente, não serão mais de oitocentos. Rebatizada 
como Regimento SS de Assalto de Voluntários Franceses, a SS-Charlemagne, é enviada para 
Berlim durante a agonia do Reich. Os seus sobreviventes ficaram prisioneiros do exército do 
General Leclerc, sendo fuzilados por traição. 
No Outono de 1943, os sobreviventes das legiões nórdicas são fundidos numa só unidade, a divisão 
Panzer das SS-Nordland. Enviada primeiro contra os partisans da Jugoslávia, ocupou mais tarde 
um setor da frente de Leningrado. Na divisão SS-Nordland estava o reduzidíssimo SS-Britisches 
Freikorps, formado por uma centena de prisioneiros renegados britânicos, que, realmente, 
funcionava mais como força propagandística que militar. Na frente deste singular grupo estava John 
Amery, filho do ministro LeopoldAmery, do Gabinete de Churchill. 
Paradoxalmente, as Waffen SS viveram o seu apogeu durante as últimas fases do conflito. Assim, os 
anos de 1944 e 1945 foram, sem dúvida, os mais frutuosos quanto a voluntários estrangeiros. No 
ano de 1944 foram formadas diversas unidades de muçulmanos, como a divisão SS-Handschar, 
utilizada contra os partisans de Tito. Posteriormente, e como apoio à divisão SS-Prinz Eugen, cria-
se outra divisão muçulmana, a SS-Skanderberg, recrutada na Albânia. Estas divisões conservaram 
os privilégios que tinham no antigo exército austro-húngaro, tais como o uso do fez, rações 
especiais e, inclusive, imãs integrados nos quadros das divisões. 
 
PRISIONEIROS E DELINQÜENTES NA RÚSSIA 
Quanto ao recrutamento de voluntários russos, o assunto era mais difícil. Considerados racialmente 
inferiores, o seu uso não era oficial, ainda que se soubesse que muitas unidades combatentes do 
Leste utilizavam os serviços dos conhecidos SS-Hilfswillige, ou voluntários auxiliares soviéticos. 
Sem dúvida, a inflexível gestão da ocupação alemã dificultou em grande medida uma colaboração 
que podia ter sido mais espontânea e, portanto, mais efetiva.Contudo, o seu trabalho limitou-se, na 
maioria dos casos, à formação de batalhões policiais de segurança, muitas vezes mais violentos que 
os próprios alemães. As unidades de Bronislav Kaminki, fuzilado pelas SS, ou a de Oskar 
Dirlewanger, eram, na realidade, brigadas disciplinadoras de delinqüentes comuns, responsáveis por 
numerosas desgraças e toda a espécie de crimes. Mas, sem dúvida, as Waffen SS foram muito mais 
que um grande grupo de divisões legionárias. A coberto dos caracteres das duplas runas (símbolo da 
vitória representado por dois sinais semelhantes a dois esses) estavam também os membros da SS-
Totenkopfverbande, encarregados da administração dos campos de concentração alemães e 
responsáveis por milhares de assassinatos. 
 
UMA LENDA ENTRE O CRIME E HEROICIDADE 
No fim da guerra, as Waffen SS tinham formado trinta e oito divisões de combate. Durante todo o 
conflito, mais de um milhão de homens lutaram nelas, representando mais de quarenta 
nacionalidades. Mais de trezentos mil caíram na frente, entre os quais trinta e dois comandantes de 
divisões. O grau de disciplina conseguido por estas tropas de elite só se viu superado pela 
ferocidade utilizada nos seus assaltos frontais, e continua sendo uma incógnita como uma tropa que 
fez sua a divisa A minha honra chama-se fidelidade pôde ser ao mesmo tempo responsável por atos 
tão infames. 
WAFFEN SS (números e cronologia) 
O número de voluntários que lutaram sob o símbolo das duplas runas da vitória é 
muito discutível, mas sem dúvida ultrapassou um milhão de homens. 
Na terminologia do Reich estes se dividiam segundo a sua etnia, em três secções. 
Reichdeutsche ou cidadãos do Reich por direito, entre os quais se encontravam 
alemães, austríacos, sudetas, alsacianos, lorenos, luxemburgueses e tiroleses do 
sul. Outro grupo é formado pelos Volksdeutsche, ou seja, cidadãos de origem 
alemã que viviam fora das fronteiras do Reich, mas que conservavam a língua e 
costumes alemãs. Por último, os estrangeiros. 
Reichdeutsche: 400.000 
Volksdeutsche: 300.000 
Estrangeiros: 435.100 
Nacionalidade Nº Voluntários 
Germânicos 129.300 
Finlandeses 4.000 
Dinamarqueses 6.000 
Noruegueses 10.000 
Lituanos 4.000 
Flamengos 20.000 
Suecos 300 
Letões 30.000 
Estónios 15.000 
Ocidentais 29.800 
Franceses 10.000 
Valões 8.000 
Suíços 700 
Ingleses 100 
Italianos 10.000 
Espanhóis 1.000 
Asiáticos 178.000 
Russos 30.000 
Bielo-russos 12.000 
Ucranianos 30.000 
Cossacos 35.000 
Turcomanos 20.000 
Georgianos 6.000 
Indianos 3.000 
Armênios 7.000 
Tártaros 10.000 
Quiguizos 2.000 
Usbeques 3.000 
Caucasianos 18.000 
Calmucos 2.000 
Balcânicos 98.000 
Eslovenos 5.000 
Albaneses 7.000 
Sérvios 4.000 
Bósnios 20.000 
Gregos 1.000 
Checos 5.000 
Húngaros 40.000 
Búlgaros 3.000 
Romenos 5.000 
Croatas 8.000 
 
Data Cronologia 
1920 
Fevereiro 24 - Fundação do Partido Nacional Socialista Operário alemão. 
1923 
Janeiro 
27 - Durante o primeiro Congresso do partido desfilam pela primeira vez os 
Stosstruppen Hitler, antecessores das SS. 
Novembro 
9 - Pustch de Munique. É proibido o NSDAP, assim como todas as suas 
organizações. 
1925 
Fevereiro 27 - Após a saída de Hitler da cadeia reorganiza-se o partido. 
Novembro 9 - Fundam-se oficialmente as Schutz Staffen (SS) ou Seções de Proteção. 
Dezembro - Heinrich Himmler filia-se nas SS, recebendo o cartão número 168. 
1929 
Abril 
- Depois da exoneração de Heiden na chefia das SS, recebe o comando Himmler 
como SS-Reichsfuhrer. A organização conta então com 280 membros. 
1933 
Abril 28 - Autoriza-se a criação de unidade das SS armada. 
Março 
17 - O General das SS Sepp Dietrich assume o comando da Stabswach ou Corpo de 
Guarda de Hitler. 
1934 
Junho 
30 - Noite das Facas Longas. A SS atua como mão executora contra a Sturm 
Abteilungen (SA). 
Novembro 
1 - Autoriza-se a criação da SS-Junkerschulen ou escolas de preparação militar para 
oficiais das SS. 
1935 
Março 
16 - Cumprindo a ordem de Hitler de criar um serviço militar obrigatório, nascem as 
SS-Verfugungstruppe. 
1936 
Outubro 
1 - O antigo general da Reichwehr, Paul Hausse, é nomeado, com o grau de General 
das SS, inspetor general da SS-VT. 
1938 
Outubro - Invasão dos Sudetas. Participam três regimentos da SS-VT. 
1939 
Setembro 
1 - Estala a guerra. Combatem na campanha polaca o batalhão motorizado da SS-
Leibstandarte e vários regimentos da SS-Totenkopfverbande. 
1940 
Janeiro 
23 - As SS adquirem o direito de criar regimentos da reserva (Ersatz). Em Fevereiro 
somam já 10.000 homens. 
Julho - Nasce na Holanda a SS-Netherlandsche ou SS holandesa. 
Novembro 
- A SS-Verfugungsdivision recruta um regimento da SS-Totenkopfverbande, que 
formará a Das Reich. 
1941 
 - Estabelece-se na Noruega a SS-Norske, com 130 voluntários. 
Janeiro - A SS-Verfugungsdivision reorganiza-se como SS-Division Deustschland. 
Abril 
- Constituído na Holanda o regimento SS-Nordwest com voluntários holandeses e 
flamengos. 
Junho 
22 - Invasão da URSS. Participam as divisões SS-Leibstandarte, SS-Totenkopf, 
SS-Deutschland e SS-Wiking. 
Julho 
- Forma-se na Bélgica a legião flamenga SS-Flandern. 
21 - Criação do SS-Freikorps Danemark na Dinamarca sob o comando de Von 
Schalburg. 
Agosto 
- Recruta-se a 1ª divisão de cavalaria das SS, a SS-Florian Geyer. 
- As SS-Norske, junto com dois regimentos de SS-hirds (SS norueguesas), formam a 
legião SS-Norwegen. 
- O 463º regimento da infantaria soviético, sob o comando N. Kononov, muda-se 
para os alemães. Posteriormente formam o regimento cossaco 600. 
Outubro - Para efetuar missões no círculo polar ártico cria-se o SS-Standarte número 9. 
Novembro 2- A legião valã entra em combate. 
1942 
Janeiro - Sob o comando da Waffen SS formam-se seis batalhões de tártaros da Criméia. 
Março - Os voluntários da LVF são organizados em dois batalhões (regimento número 638 
da Wehrmacht) e utilizados como grupos de combate antipartisan na Rússia. O 
número de baixas é superior a 85%. 
Julho 
- O RNNA (Exército Nacional das Povoações da Rússia) organiza-se em seis 
batalhões. 
Agosto 
- A legião belga SS-Wallonie é incorporada num grupo de combate romeno em 
operações antipartisans na retaguarda. 
Novembro - A divisão SS-Deutschland transforma-se em SS-Panzerdivision Das Reich. 
1943 
Janeiro 
- Por decreto do SS-Reichsfuhrer Himmler, as legiões estrangeiras começam a 
enquadrar-se na Waffen SS. 
Março 
- As duas Druzbinas (batalhões policiais) criadas em Psokv juntam-se formando a 1ª 
Brigada Nacional Russa. 
Maio 
24- A legião SS-Wallonie é incorporada na Waffen SS, adotando-se o nome SS-
Sturmbrigade Wallonie. 
Abril 
- Composta por prisioneiros de guerra indianos cria-se a SS-Legion Freies Indien, 
comandada por Subbas Chandra Bose. 
Julho 22 - Laval assina um decreto que autorizaos franceses integrar-se na Waffen SS. 
Agosto 
- A 1ª Brigada Nacional Russa passa de novo para o lado soviético, formando 
imediatamente a 1ª Brigada Partisan Antifascista. 
Outubro 
- Composta pelo SS-Begleitbatallion (batalhão encarregado da guarda de Himmler) 
nasce a SS-Reichsfuhrer. 
- Após a assinatura de um acordo entre Hitler e Mussolini criam-se vários batalhões 
de milícias antipartisans das SS italianas. 
- Uma vez retirados da frente os restos da legião holandesa são reorganizados como 
4ª Brigada SS Panzergrenadier Neederland 
1944 
Janeiro - Organizam-se na Dinamarca os Germanische SS Sturmbatallion. 
Junho 
- Ocupação de Narva (URSS). Conhecida como batalha das SS, devido à 
participação de numerosas unidades das Waffen SS. 
Setembro 
1 - É dissolvida oficialmente a LVF. Os restos das SS francesas, formam a 33ª 
Waffengrenadier Division der SS Charlemagne, somando 7.340 homens. 
1945 
 
- Os voluntários valões, após serem aniquilados no cerco de Cherkassy, compõem 
com 700 voluntários a divisão SS-Wallonie. O regimento norueguês SS-Norge, 
depois de conseguir sair da bolsa de Latvia, é enviado para defender Berlim. 
Março 
27 - Os 500 sobreviventes franceses da SS-Charlemagne são incorporados na 
divisão SS-Nordland, dentro do Corpo do Exército SS do Oeste. 
A brigada de assalto SS-Lanstorm Neederland transforma-se em divisão, sendo a 
única formação de voluntários estrangeiros a combater contra anglo-americanos na 
frente européia. 
Abril 
- O regimento de assalto francês SS-Charlemagne, com 300 homens, é enviado para 
Berlim a fim de se juntar ao grupo norueguês. 
- Depois dos combatentes de Stagerd, a divisão SS-Wallonie desaparece, sendo 
oficialmente dissolvida no dia 19. 
- As unidades da Waffen SS da frente do Oder são aniquiladas pela avalancha das 
tropas soviéticas que se aproximam de Berlim. 
- Abril é mês da derrocada das tropas das Waffen SS. 
 
Fascismo 
 
 
 
 No final do século 19 começou a surgir na Itália uma ideologia nacionalista ultra 
conservadora que se denominou fascismo. Em 1919, Benito Mussolini fundou o Partido Fascista 
Italiano, caracterizado por sua oposição violenta às ideologias políticas democráticas e ao 
comunismo. Os princípios desse movimento tiveram eco em outros países europeus, de onde 
ganharam importância. Os fascistas se consideram superiores às pessoas de outras raças, não 
aceitavam as eleições livres, nem a liberdade de expressão, e recorreram à violência para impor suas 
idéias. 
 
Nazismo 
 
 
Conceituação. O nazismo foi um movimento político surgido na Alemanha na década de 1920, do 
qual resultou a ascensão de Adolf Hitler ao poder e cujo desenvolvimento conduziu à segunda 
guerra mundial. Constitui parte do fenômeno mundial do fascismo, apresentando-se como 
ultranacionalista e inimigo da democracia liberal, fazendo do anticomunismo a sua principal 
bandeira e mobilizando as massas com palavras de ordem belicosas demagógicas. 
 
Origens históricas. O nazismo dá seqüência histórica ao militarismo prussiano, caracterizado por 
suas ambições expansionistas e seu rígidos padrões de disciplina e hierarquia social. A ideologia 
nazista, extremamente confusa, se alimentou de muitas fontes do pensamento alemão. 
 3.1 - Entre essas fontes, cabe citar: a teoria do Estado totalitário, elaborada por Hegel; a 
pregação nacionalista de Fichte, à qual se juntaria o matiz ainda mais acentuadamente xenófobo dos 
chamados "patriotas de 1813" como Ernst Moritz Arndt e Friedrich Ludwig Jahn : a obra de 
Houston Stewart Chamberlain, inglês naturalizado alemão, apologia do homem nórdico, o "ariano 
puro"; a filosofia de Nietzche e sua glorificação do Super-Homem nórdico, o "ariano puro"; a 
filosofia de Nietzche e sua glorificação do Super-Homem, "além do bem e do mal"; a geopolítica de 
Friedrich Ratzel e Karl Haushofer; a música de Richard Wagner, dominada pela mística do herói 
germânico; a idéia de um "socialismo alemão", criada por Werner Sombart e Osvald Spengler. 
 3.2 - O nazismo tem raízes, particularmente, em certas correntes políticas ultradireitistas da 
Baviera, onde Adolf Hitler iniciou suas atividades logo após o esmagamento do efêmero regime de 
tipo soviético, chefiado por Kurt Eisner, comunista de origem judaica. O fascismo italiano, com sua 
"marcha sobre Roma", estimulou o putsh de Hitler e do General Ludendorff em Munique, mas são 
ínfimos os subsídios ideológicos que possa ter trazido ao nazismo. o maior comando de ação da 
propaganda hitlerista, embora o partido se apresentasse como de trabalhadores, foi a classe média 
alemã, especialmente sensível às humilhações originadas da derrota na primeira guerra mundial e 
do tratado de Versalhes. 
 
Programa. O programa do N.S.D.A..P., formulado por Hitler em 1920, expressava em linhas gerais 
o essencial da plataforma política nazista. Eis alguns dos seu pontos: união de todos os alemães 
numa "Grande Alemanha" (incluindo seis milhões de austríacos, três milhões de sudetos e um 
milhão de alemães espalhados na Polônia e em Dantzig); revogação dos tratados de Versalhes e 
Saint-Germain; cassação da cidadania dos judeus, que não teriam direito a emprego público ou a 
trabalhar na imprensa, devendo ser expulsos do país os que nele tivessem entrado depois de 2 de 
agosto de 1914; pena da morte para os traidores e usurários; criação de um forte poder central; além 
de outros itens de caráter propagandístico. 
 
Organização. O estado-maior do partido nazista era formado por vinte Reichsleiter, diretamente 
nomeados pelo guia e chefe absoluto, o Führer. Cada um dos Reichsleiter encarregava-se de um 
setor (imprensa e propaganda, justiça, agricultura, sindicatos, polícia, etc.). O partido se dividia em 
regiões geográficas, 32 em 1933 e 43 posteriormente, com as anexações resultantes da guerra. Cada 
região (Gau) era comandada por um Gauleiter; subdividia-se em círculos, vindo depois os grupos 
locais, com suas células de bairros e ruas. 
 5.1 - Numerosas associações tinham a seu cargo os diversos domínios da vida nacional. As 
organizações paramilitares tiveram início com os esquadrões de veteranos (Ordnertruppe), a que se 
seguiram os S.A. (Sturmabteilungen), de uniformes marrons, depois suplantados pelos S.S. 
(Schutsstaffel), de uniformes negros. Os meninos de 10 a 15 anos tinham sua organização própria; 
os rapazes de 15 a 18 anos arregimentavam-se na Juventude hitlerista (Hitler Jugend); as moças, 
numa federação (Bund Deutscher Madel); as mulheres, na Nationalsozialistische Frauenschaften; 
estudantes, trabalhadores, professores, advogados, médicos, técnicos, funcionários, ex-combatentes, 
inválidos de guerra, artistas e intelectuais eram enquadrados em entidades específicas. 
 5.2 - Além das suas organizações, a ditadura nazista se apoiava, fora do partido, na polícia 
secreta, a GESTAPO (Geheime Staatspolizei), e num eficiente aparelho de propaganda, que utilizou 
pela primeira vez em grande escala, com fins de doutrinação de massa, a radiodifusão e o cinema. 
 
Ritual. A bandeira do partido era vermelha, com um disco branco no meio, sobre o qual se 
destacava o emblema da cruz gamada ou suástica (Hakenkreuz). Essa cruz, de origem oriental, era 
usada no começo do séc. XX nos países bálticos de onde foi copiada por futuros combatentes do 
Freikorps alemão que lá estiveram. Os estandartes traziam a sigla N.S.D.A.P. e, embaixo, num 
retângulo de metal, a divisa "Deutschland erwache!" (Desperta, Alemanha!). 
 6.1 - O partido, que contava 3.900.000 membros em 1933, chegou a 8 milhões em 1939 e 11 
milhões em 1945. Periodicamente, realizava grandes concentrações em Nuremberg, quando as 
novas unidades S.S. eram consagradas diante da Blutfahne, a bandeira manchada com o sangue dos 
"mártires" do putsh de Munique. Do ritual nazista eram ainda partes obrigatórias marchas e desfiles 
marciais, com tambores e fanfarras, bem como a saudação "Heil Hitler!" feita com o braço direito 
erguido e a mão espalmada,em rígida posição de sentido. 
 
Nazificação e anti-semitismo. A política de nazificação, empreendida logo após a tomada do 
poder, com a denominação de Gleichschaltung (coordenação), teve como ponto de partida a 
desfederalização e a implantação do sistema unipartidário. 
 7.1 - Simultaneamente iniciou-se a perseguição aos judeus, com o boicote ao comércio 
israelita. Em 1935 foram aprovadas as leis raciais de Nuremberg, pelas quais os judeus passavam a 
ser considerados Gegenreich (contra o Reich) e se proibiam os casamentos ou relações 
extraconjugais entre judeus e “elementos de sangue alemão ou semelhante”. As medidas de 
perseguição culminaram com os campos de concentração e o genocídio, política a que foi dado o 
nome cufemístico de “solução final do problema judaico” 
 
Mein Kampf. - A “bíblia” do nazismo foi o livro Mein Kampf (1925-1927; minha luta), que Hitler 
começou a escrever na prisão de Landsberg, onde esteve recolhendo, com razoável conforto, de 
novembro de 1923 a dezembro de 1824. Desse livro, redigido com incrível desleixo e numerosos 
erros de sintaxe, venderam-se milhões de exemplares. 
8.1 - O autor se investe na missão de predestinado, a que cabe a missão de purificar o 
mundo. “Creio agir - escrevia - no sentido desejado pelo Criador Todo-Poderoso. Lutando contra o 
judeu, eu defendo a obra do Senhor”. A arte dos grades líderes, dizia ainda, sempre consistiu, 
através dos tempos, em não distrair a atenção do povo, mas concentrando-a sempre sobre um só 
adversário, segundo ele o “judaísmo internacional”, sustentáculo, ao mesmo tempo, do capitalismo 
e do comunismo. 
 
A anticultura. Uma das principais características do regime nazista foi a sua hostilidade ao livre 
florescimento das ciências, letras e artes. Já em maio de 1933 realizaram-se na Alemanha grandes 
fogueiras de livros, em que foram lançadas obras de autores condenados, como Erich Maria 
Remarque, Stefan Zweig, Thomas Mann e muitos outros. 
9.1 - Sob a inspiração do ministro da propaganda, Josef Goebbels, criou-se sete “câmaras de 
cultura”: artes plásticas, música, teatro, literatura, imprensa, radio e cinema. Quem não participasse 
de uma dessas organizações não poderia exercer qualquer atividade cultural; e elas podiam aceitar, 
recusar ou expulsar seus membros, conforme a demonstração que estes dessem de sua “capacitação 
política”. De acordo com os estatutos, o intelectual nazista, além de ser leal ao Führer e ativista do 
partido, deveria manter-se fiel às tradições ancestrais da cultura germânica. 
 
A mística do chefe. A mística do chefe absoluto, personagem carismático, se consubstanciava no 
Fuhrerprinzip, segundo o qual Hitler era o legislador, o juiz e o executor supremo, a própria 
encarnação da vontade do povo e da raça. Suas ordens deviam ser obedecidas cegamente, e não 
tinham necessariamente que tomar a forma de leis, como se viu no caso da decisão de exterminar os 
judeus, a qual não deixou registro em documentos legais. 
 
Política exterior e guerra. O nazismo adotou, desde o início, ma política externa voltada para o 
expansionismo, apoiando-se na teoria do Lebensraum (espaço vital), consoante a qual todos os 
povos germânicos deviam unir-se sob um só Estado. Outro conceito, resultante dessa teoria, era o 
do Grosswirtshaftsraum (grande espaço econômico unificado). O alemão estava destinado a ser um 
“povo de senhores”, que governaria os demais em bases orgânicas e hierarquizadas. Nesse sentido 
atuou sistematicamente a diplomacia nazista. o desfecho lógico dessa política seria a guerra, pela 
qual se deveria impor o domínio germânico, criando um império que, segundo Hitler, deveria durar 
um milênio, mas que se desmoronou pouco mais de 12 anos depois de sua implantação, com a 
Alemanha em ruínas.. 
 
 
 
 
 
 
 
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