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Campo Visual Prof. Annamaria Ciminelli Barbosa Oftalmologia Campo Visual • O campo visual é a parte do espaço em que os objetos podem ser vistos quando o olho está focado em um ponto fixo • O campo visual monocular tem um formato elíptico, estendendo-se 60 graus superiormente, 75 graus inferiormente, 60 graus nasalmente e 100 graus temporalmente. https://www.google.com.br/imgres?imgurl=x-raw-image%3A%2F%2F%2Ffe3b25c112219efe5f9c4b2900683608860e0919cec1d51138b99b456de33e12&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.acm.org.br%2Facm%2Facamt%2Fdocumentos%2Fjornada_blumenau_05_2015%2Fexame-oftalmologico-especiais.pdf&docid=F244qbLBVYXJgM&tbnid=_p4hEsElO_4kVM%3A&vet=10ahUKEwjn0NbGlOfhAhWrDrkGHUBnBaoQMwhSKBMwEw..i&w=1280&h=720&bih=651&biw=1366&q=campo%20visual%20de%20confrontacao&ved=0ahUKEwjn0NbGlOfhAhWrDrkGHUBnBaoQMwhSKBMwEw&iact=mrc&uact=8 INDICAÇÕES DO EXAME: • Clínico e Cirurgião: Avaliação Quantitativa ( ex: Ptose Palpebral, Cloroquina) • Neurologista: Tumores do SNC, AVC, Neurite • Perito do Detran: Capacidade de direção • Oftalmologista: Glaucoma (90%), DMRI, Neuropatias Como medir o campo visual? Campo visual de confrontação Campo visual computadorizado Campo Visual de Confrontação • É a comparação do campo do examinador (considerado normal) com o campo do paciente. • O teste é uma técnica de triagem rápida que fornece limites razoavelmente precisos do campo e detecta grandes escotomas. Escotoma: Região do campo visual em que ocorre perda ou redução da AV Campo de Confrontação • Cada olho é testado separadamente e ambos os olhos são sempre testados • O paciente senta de frente para o examinador a 1 metro de distância • Idealmente, a superfície ou a parede atrás do examinador não deve ter luzes ou janelas para evitar reflexos no paciente. • O paciente é solicitado a ocluir um olho com a palma da mão. É importante usar a palma da mão e não os dedos para ocluir o olho garantindo que o paciente não possa ver Campo de Confrontação • O paciente é solicitado a fixar no nariz do examinador e relatar se alguma parte do rosto do examinador está embaçada, mais escura ou ausente em comparação com o resto do rosto para detectar defeitos grosseiros no campo central • O examinador deve monitorar a fixação do paciente durante o teste. • O paciente não deve usar óculos durante este exame. • O alvo usado deve ser colocado a uma distância igual entre o examinador e o paciente. • Cada quadrante, superior, inferior, nasal e temporal é verificado Campo Visual Computadorizado • Monocular • Cúpula 33cm • Correção para perto • Luminosidade da sala • Localização e intensidade dos estímulos Instruções ao paciente: • 1) Olhos testados separadamente • 2) Importância de fixar o olhar • 3) Apertar o botão ao menor estímulo percebido • 4) Não procurar o estímulo movimentando o olho • 5) Explicar que existem estímulos forte e fracos Depende da colaboração e atenção do paciente! Fixação • Monitoramento da Fixação 1: Monitoramento do olhar 2 : Mapeamento da mancha cega Fixação Estável: Paciente não percebe o estímulo Fixação Modificada: Paciente percebe o estímulo = PERDA DE FIXAÇÃO > 20% de PF (exame não confiável) Índices de Confiabilidade • PERDAS DE FIXAÇÃO (PF) PF > 20% : Baixa Confiabilidade • FALSO POSITIVO (FP) Paciente aperta o botão sem ter visto o estímulo luminoso Se > 33% : Baixa Confiabilidade do exame Índices de Confiabilidade • FALSO NEGATIVO (FN) Paciente não aperta o botão correspondente a um estímulo que já foi visto Pode representar cansaço ou doença FN > 33% : Baixa Confiabilidade Alterações de Campo Visual no Glaucoma • Neuropatia óptica degenerativa com perda progressiva de fibras nervosas • Alterações do Nervo Óptico + Campo visual • O arranjo das fibras nervosas na retina é responsável pelos defeitos típicos do glaucoma https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiuwtnQoOfhAhXBHbkGHafdCyQQjRx6BAgBEAQ&url=http%3A%2F%2Fieeexplore.ieee.org%2Fiel7%2F42%2F4359023%2F07817842.pdf&psig=AOvVaw3xKInqYwIjURRR3r2FO5Xx&ust=1556144613943418 Glaucoma • Os primeiros feixes de fibras nervosas afetados no glaucoma são aqueles que entram nos pólos superior e inferior do disco óptico. Quando feixes de fibras nervosas são danificados no disco óptico, a região do campo visual suprida por essas fibras perde sua sensibilidade visual, resultando em depressão localizada ou escotoma. • Defeitos respeitam a linha horizontal • Escotomas Paracentrais Glaucoma • Escotoma Paracentral • Degrau Nasal • Escotoma Arqueado Glaucoma • Pólo INFERIOR do nervo óptico • Alteração de campo visual SUPERIOR • Escotoma de Siedel (Paracentral + Mancha Cega) • Escotoma Arqueado Superior Progressão do Glaucoma no Campo Visual ESCOTOMA DE SIEDEL ESCOTOMA ARQUEADO SUPERIOR ESCOTOMA TUBULAR Classificação de Acuidade Visual • Visão Normal: > ou = 0,8 ( 20/25) • Baixa visão / Visão Subnormal: AV corrigida melhor olho < 0,3 ( 20/60 ) e > = 0,05 ( 20/400 ) ou Campo Visual < 20 graus melhor olho • Cegueira: AV corrigida melhor olho < 0,05 (20/400) ou Campo visual < 10 graus Escotomas no Glaucoma Degeneração Macular Relacionada a idade (DMRI) Campo Visual na DMRI Escotomas na DMRI Campo Visual na DMRI Glaucoma X DMRI Alterações das Vias Ópticas • Pré Quiasmático • Quiasmáticos • Pós Quiasmáticos Nervo óptico • Glaucoma avançado • Acidente com arma de fogo • Neuropatia óptica isquêmica • Papiledema Quiasma óptico • Cruzamento das fibras nasais • Danos compressivos e vasculares • Hipósife • Hemianopsia Heterônima https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjLx5Gh8M_hAhVUA9QKHW3UAIMQjRx6BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D1845530&psig=AOvVaw256T8PeXbd11BrrR0szuFa&ust=1555341332328436 Quiasma Óptico - Hemianopia bitemporal. (a) Imagem de ressonância magnética T2-ponderada, mostrando craniofaringioma cístico. (b) Hemianopia bitemporal predominantemente inferior decorrente de compressão quiasmática superior Trato óptico • Meningioma, Craniofaringioma, Aneurisma carótida • Hemianopsia Homônima Contralateral • Um déficit de campo homônimo indica uma lesão da via visual retroquiasmal. Padrões específicos podem ajudar a localizar a lesão no trato óptico, radiações ópticas ou córtex visual. Trato Óptico Hemianopia homônima incongruente a partir do trato óptico, desmielinizando a lesão. (a) Imagem de ressonância magnética de recuperação por inversão líquido-atenuada, mostrando sinal aumentado no trato óptico esquerdo (seta). Numerosas lesões de substância branca adicionais foram observadas. (b) Hemianopia homônima direita incongruente (maior envolvimento do olho esquerdo). Radiações ópticas • Quadrantanopsia Homônima • Superior ou Inferior • Hidrocefalias e AVC Radiações Ópticas Quadrantanopia superior. (a) Imagem de ressonância magnética subsequente à ressecção de cavernoma temporal esquerda. (b) Quadrantanopia homônima superior resultante de lesão nas radiações ópticas inferiores junto à alça de Meyer Lobo Occiptal • Hemianopsia Homônima • Preserva a Mácula • Infarto da Artéria Cerebral Posterior Lobo Occiptal Hemianopia homônima poupadora de mácula. (a) Imagem difusão-ponderada, mostrando infarto do lobo occipital esquerdo na distribuição da artéria cerebral posterior, poupando o polo occipital. (b) Hemianopia homônima direita com preservação macular. Caso clinico • Homem, 65 anos, pardo, natural do RJ, casado. • Apresentou hemiplegia súbita a esquerda , com queixa de embaçamento em AO • HPP: DM e HAS, nega alergias, nega trauma • HF: NDN • Ao exame apresenta: • AV c/c: 20/200 j6 • Biomicroscopia: pseudofácico, íris trófica, córnea transparente, CA ampla, pupila reagente • PIO 14/14mmHg Perguntas • Descreva a lesão de campo visual • Localizea lesão na via óptica • Hipóteses diagnósticas