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Semiologia da pele e anexos

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0 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DEPARTAMENTO DAS CLÍNICAS VETERINÁRIAS 
 
 
DANILLO BRENNO DE ASSIS TORRES 
DEBORAH CRISTINA MARQUINHO SILVA 
LUANA GARRETO RODRIGUES COSTA 
RENATA MONDÊGO DE OLIVEIRA 
SÂMARA CRISTINA COSTA PINTO 
VENIR LIA FRAZÃO 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA PELE E ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS 
2011 
1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DEPARTAMENTO DAS CLÍNICAS VETERINÁRIAS 
 
 
DANILLO BRENNO DE ASSIS TORRES 
DEBORAH CRISTINA MARQUINHO SILVA 
LUANA GARRETO RODRIGUES COSTA 
RENATA MONDÊGO DE OLIVEIRA 
SÂMARA CRISTINA COSTA PINTO 
VENIR LIA FRAZÃO 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA PELE E ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS 
2011 
Trabalho apresentado ao Prof. Geraldo Mahon, 
como atividade complementar da disciplina de 
Semiologia Veterinária. 
2 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução 03 
Desenvolvimento 
 Características gerais 04 
 Espessura da pele 04 
 Estrutura da pele 04 
 Manchas Pigmentares ou Discrômicas 05 
 Formações sólidas 05 
 Coleções Líquidas 06 
 Alterações de Espessura 06 
 Perdas Teciduais e Peparações 07 
 Glândulas anexas 07 
 Exame da Pele 09 
 Prurido 10 
 Exame físico 11 
 Classificação das lesões cutâneas 12 
 Lesões associadas 13 
 Inspeção Indireta 14 
 Parasitológico de Raspado Cutâneo 14 
 
 Exame Micológico 16 
 Teste Radioalerdossorvente (Rast) E Ensaio Imunossorvente Ligado À Enzima (Elisa) 16 
 
 Citologia 16 
 
Conclusão 17 
 
Referências 18 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
A pele é o maior órgão do organismo animal. Funciona como barreira anatômica 
e fisiológica entre os organismos e ambiente, é sensível ao frio, calor a dor ao 
prurido e a pressão. 
Este órgão é responsável por 30% a 70% dos atendimentos nas clinicas. 
Suas principais funções são: 
ü Proteção contra perdas liquidas 
ü Proteção contra lesões externas, químicas, físicas ou microbiológicas 
ü Produção de estruturas queratinizadas-pêlos, unhas e a camada córnea 
ü Flexibilidade 
ü Termorregulação 
ü Reservatórios de água, eletrólitos 
ü Imunorregulação 
ü Secreção- glândulas sebáceas e sudoríparas 
ü Produção de vitamina D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Características gerais 
Espessura da pele 
A espessura da pele varia entre as espécies domésticas. 
As principais espécies domésticas e suas respectivas espessuras de pele estão 
listadas abaixo: 
ü Caninos: 0,5 a 5mm 
ü Felinos:0,4 a 2mm 
ü Felinos:0,4 a 2mm 
ü Ovelhas:2,6mm 
ü Caprinos: 2,9mm 
ü Equinos:3,8mm 
ü Equinos:3,8mm 
A superfície cutânea é levemente ácida, o pH varia de 5,5 a 7,5, sendo que as 
maiores variações são encontradas nos bovinos : 4,8 a 6,8 e nos equinos : 4,8 a 
6,8, na sudorese pode chegar a 7,9. 
 
Estrutura da pele 
A pele está dividida nas seguintes camadas: 
ü Epiderme: camada mais externa da pele, é constituída por células epiteliais 
(queratinócitos) com disposição semelhante a uma "parede de tijolos". Esta 
camada dá origem aos anexos cutâneos: unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e 
glândulas sebáceas. A abertura dos folículos pilossebáceos (pêlo + glândula 
sebácea) e das glândulas sudoríparas na pele formam os orifícios conhecidos 
como poros. 
5 
 
ü Derme: camada localizada entre a epiderme e a hipoderme, é responsável pela 
resistência e elasticidade da pele. É constituída por tecido conjuntivo (fibras 
colágenas e elásticas envoltas por substância fundamental), vasos sanguíneos e 
linfáticos, nervos e terminações nervosas. 
ü Hipoderme: também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais 
profunda da pele. É composta por feixes de tecido conjuntivo que envolve 
células gordurosas (adipócitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura 
fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias. 
 
Manchas Pigmentares ou Discrômicas 
Hipopigmentação ou Hipocromia: Diminuição do pigmento melânico. 
Acromia: Ausência do pigmento melânico, também denominada leucodermia. 
Significado clínico de ambas: perda do pigmento por lesão dos melanócitos (exemplo: 
após crioterapia), ou imunidade contra os melanócitos, como nas dermatopatias auto-
imunes e vitiligo. 
Hiperpigmentação ou Hipercromia: Aumento de pigmento de qualquer natureza na 
pele (hemossiderina, pigmentos biliares, caroteno e tatuagem). Quando decorrente do 
aumento de melanina, o termo mais apropriado é melanodermia, que pode se apresentar 
com diferentes tonalidades de castanho como claro, escuro, azul-acastanhado e preto. 
Significado clínico do aumento de melanina: dermatopatia crônica. 
Há ainda a mancha senil decorrente da maior deposição de melanina em indivíduos de 
idade avançada. Geralmente ocorre na região abdominal ventral dos animais e na região 
dorsal das mãos dos humanos. 
Formações Sólidas 
Significado clínico: as formações sólidas resultam de processo inflamatório, infeccioso 
ou neoplásico, atingindo, isolada ou conjuntamente, a epiderme, derme e hipoderme. 
Podem ser classificadas em: 
Pápula: Lesão sólida circunscrita, elevada, que pode medir até 1 cm de diâmetro. 
Placa: Área elevada da pele com mais de 2 cm de diâmetro, geralmente pelo 
coalescimento de pápulas. 
6 
 
Nódulos: Lesão sólida circunscrita, saliente ou não, de 1 a 3 cm de diâmetro. 
Tumor ou Nodosidade: Lesão sólida circunscrita, saliente ou não, de mais de 3 cm de 
diâmetro. O termo tumor deve ser utilizado preferencialmente,para neoplasia. 
Vegetação: Lesão sólida, exofítica (cresce se distanciando da pele), avermelhada e 
brilhante, pode ocorrer pelo aumento da camada espinhosa. 
Verrucosidade: Lesão sólida, exofítica, acinzentada, áspera, dura e inelástica, ocorre 
pelo aumento da camada córnea. Lesão clássica da papilomatose e sarcóide equino. 
 
Coleções Líquidas 
Dentre as coleções líquidas, incluem-se as lesões com conteúdo seroso, sanguinolento 
ou purulento. 
Vesícula: Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. Esse 
conteúdo inicialmente claro (seroso) pode se tornar turvo (purulento) ou avermelhado 
(hemorrágico). 
Bolha: Elevação circunscrita maior que 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. 
Pústula: Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo pus. 
Significado clínico das vesículas e bolhas: ao se deparar com esses três tipos lesionais, o 
clínico deve incluir no seu plano de diagnóstico as lesões cáusticas, farmacodermias e 
doenças auto-imunes. Ainda no caso das pústulas, além desses três diagnósticos, as 
piodermites devem ser consideradas. 
 
 
Alterações de Espessura 
Hiperqueratose ou Queratose: Espessamento da pele decorrente do aumento da 
camada córnea. A pele torna-se áspera, inelástica, dura e de coloração acinzentada. 
Denominada leucoplasia, quando ocorre em mucosas. 
Liquenificação ou Lignificação: Espessamento da pele decorrente do aumento da 
camada malphigiana com acentuação dos sulcos cutâneos, dando à pele aspecto 
quadriculado ou em favos de mel. 
7 
 
Significado clínico da queratose e lignificação: Processo inflamatório crônico ou região 
de traumas repetidos (calo ou calosidade). 
Cicatriz: Lesão de aspecto variável, saliente ou deprimida, móvel, retrátil ou aderente. 
Não apresenta estruturas foliculares, nem sulcos cutâneos, decorrente da reparação do 
processo destrutivo da pele. Associa atrofia, fibrose e discromia. 
Perdas Teciduais e Peparações 
São lesões decorrentes de eliminação ou destruição patológicas do tecido cutâneo. 
Escama: Placas de células da camada córnea que se desprendem da superfície cutânea, 
por alteração da queratinização. Podem ser classificadas em farinácea, furfurácea ou 
micácea. 
Significado clínico: Queratinização precoce ou aumento da epidermopoiese, decorrentes 
de fatores genéticos, processos inflamatórios ou metabólicos. 
Erosão: Perda superficial da epiderme ou de camadas da epiderme. 
Úlcera: Sinônimo de ulceração crônica. Denomina-se de úlcera tenebrante, aquelas 
muito profundas. 
Colarinho Epidérmico: Fragmento de epiderme circular que resta aderido à pele após a 
ruptura de vesículas, bolhas ou pústulas. 
 
Glândulas anexas 
Glândulas Sebáceas 
Estas glândulas estão presentes em toda a superfície da pele, com exceção dos coxins e 
do plano nasal. Sempre desembocam suas secreções no folículo piloso. A secreção é do 
tipo holócrina, e recebe a denominação de sebo e tem como função principal manter a 
maciez e a hidratação da pele, além de funcionar como uma barreira física e química 
contra patógenos. 
As glândulas sebáceas podem sofrer influência nutricional e controle hormonal, os 
andrógenos causam hipertrofia e hiperplasia e os estrógenos e glicocorticóides 
involução. 
 
 
8 
 
Glândulas Sudoríparas 
São as glândulas responsáveis pela regulação de temperatura e eliminação de 
substâncias através da sudorese. 
Estão classificadas em epitriquiais, exercendo ações antimicrobianas e de feromônios, 
localizadas logo abaixo das glândulas sebáceas, e em atriquiais, localizadas na derme 
profunda ou no tecido subcutâneo, presente nos carnívoros. 
 
Sudorese 
A frequência com que a sudorese ocorre em felinos e caninos ainda é pouco 
compreendida. 
Estudiosos afirmam que nas raças caninas pastor alemão e golden retriever apresentam 
uma pequena sudorese nas regiões axilar, inguinal e abdominal ventral. 
Os eqüinos apresentam intensa sudorese em resposta a exercícios, neste caso a sudorese 
é principalmente uma forma de termorregulação, assim como nos bovinos. 
 
Vascularização da Pele 
O sistema vascular cutâneo está subdividido em: 
ü Plexo profundo 
ü Plexo intermediário 
ü Plexo superficial 
O plexo profundo é a principal rede vascular para a pele sobrejacente. A preservação 
desse plexo é fundamental para a sobrevivência da pele. 
O plexo intermediário mostra variações evolutivas e posicionais variando de acordo 
com a distribuição dos folículos pilosos na pele. 
O plexo superficial é irrigado por raízes do plexo intermediário e está situado na camada 
externa da derme. Esse plexo é pouco desenvolvido em cães e gatos, o que explica, por 
exemplo, por que a pele dos caninos geralmente não forma bolhas nas queimaduras 
superficiais. 
 
Músculo eretor do pêlo e inervação da pele 
 
O músculo eretor do pêlo está presente em toda a superfície da pele recoberta por pêlos. 
Recebe inervação colinérgica e contrai em resposta a epinefrina, produzindo a 
piloereção. 
9 
 
As fibras nervosas tem ação sensitiva e estão inter conectadas com órgão sensitivos, 
como: 
ü Corpúsculos de Pacini (sensibilidade à pressão) 
ü Corpúsculos de Meissner (sensibilidade tátil) 
ü Corpúsculos de Ruffini (sensibilidade térmica) 
 
Hipoderme 
 
É a camada mais profunda e geralmente a mais fina da pele. 
Funcionalmente, além de depósito nutritivo de reserva, participa no isolamento térmico 
e proteção mecânica e facilitando o deslizamento da pele em relação as estruturas 
subjacentes. 
 
Exame da Pele 
Identificação 
Devido a algumas doenças fazerem parte de peculiaridades entre espécies como o 
sárcoide, característico de equinos, o clínico deve identificar em primeiro lugar a 
espécie animal em questão. 
Ainda dentro de uma mesma espécie deve-se observar também a idade, a raça, o sexo e 
coloração da pelagem. 
Anamnese 
Pode ser responsável por até 50% do diagnóstico final. 
As principais perguntas a serem feitas, neste caso para dermatopatias, são: 
ü Queixa principal: de todos os sintomas apresentados pelo animal qual ocorre com 
maior incidência 
ü Antecedentes: verificar parentesco, procedência geográfica do animal 
ü Inicio do quadro e tempo de evolução: a quanto tempo a animal começou a apresentar 
o problema 
ü Tratamentos já efetuados e suas consequências: se o animal já tomou algum tipo de 
fármaco ou se já foi em alguma outra clínica. 
ü Periodicidade: se já ocorreu outras vezes e se é em determinado período do ano 
ü Ambiente, manejo e hábitos: qual ambiente o animal vive, com qual frequência esse 
lugar é limpo, com qual freqüência o animal toma banho 
ü Alimentação: qual tipo de alimentação desse animal, com que freqüência se alimenta 
10 
 
ü Contactantes: se animais da mesma propriedade ou vizinhos ao animal estão enfermo 
estão apresentado esta mesma sintomatologia 
ü Ectoparasitos: se foi observado à presença de carrapatos, pulgas, ácaros no animal 
 
Prurido 
Sensação desagradável que manifesta no paciente o desejo de se coçar. 
A abordagem deve ser feita minuciosamente para que se definam pontos, tais como: 
1- Avaliação da presença de prurido 
a. Tomar cuidado com determinadas frases prontas ditas pelos donos, por 
exemplo: “meu cão está com coceiras” 
2- Intensidade 
a. Deve-se avaliar, por exemplo, se o animal apresenta prurido patológico, 
neste caso, o animal se coça acima de 30% do tempo disponível ou mais. 
b. A classificação da intensidade: 
i. Leve, moderado ou severo 
3- Manifestação do prurido 
a. Trauma com os membros (modo clássico de manifestação do prurido) 
b. Ato de lambedura 
c. Roça em parede 
d. Ato de mordiscar 
4- Localização do prurido 
a. Local que se apresenta mais traumatizado pelo animal no ato de se coçar 
b. Depois, deve-se buscar lesões dermatológicas nesse local 
5- Listar prováveis diagnósticos 
6- O uso de exames complementares 
 
 
11 
 
Exame físico 
É feito logo após a identificação do paciente, por exemplo,raça, sexo, idade do mesmo 
e da anamnese. 
Dentre os exames físicos usados na semiologia da pele, podemos citar: 
Palpação 
Através desse método, é possível avaliar a temperatura do animal, o volume, a 
elasticidade, a umidade e a consistência da pele. 
No caso de encontrar-se edema, deve-se dar uma atenção especial ao mesmo. 
Se o animal não tiver apresentado prurido durante a avaliação, mas o dono 
queixa-se que o animal coça-se, esse exame pode estimular também o animal a se coçar, 
através de estímulos na área onde há alopecias e até mesmo traumas causados pelo ato 
de coçar do animal. 
 
Olfação 
É um dos métodos mais utilizados na dermatologia, contudo é um método que 
depende muito da experiência profissional. 
Temos como exemplo casos de miíase, em que o animal apresenta um odor 
característico causado pela necrose. 
 
Inspeção direta 
Este método é o principal com relação a orientação para diagnóstico, desta 
maneira, deve ser realizado em ambiente bem iluminado. 
A observação deve ser feita em primeiro lugar, à distância, atentando-se para 
falhas nos pêlos, levando-se sempre em consideração a espécie e a raça em questão, já 
que de acordo com essas variantes, a pelagem muda. 
 
 
 
12 
 
Classificação das lesões cutâneas 
As lesões cutâneas podem ser classificadas da seguinte maneira: 
1-Distribuição 
a. Localizada: o animal apresenta entre 1 a 5 lesões individualizadas 
pela superfície corporal 
b. Disseminada: mais de 5 lesões individualizadas pelo corpo do animal 
c. Generalizada: acometimento difuso de mais de 60% da superfície 
corporal do animal 
d. Universal: quando há comprometimento total da superfície corporal 
do animal 
2- Topografia 
a. Podem ser classificadas em simétricas e assimétricas 
3- Morfologia 
a. Classificadas em lesões superficiais e profundas 
4- Configuração 
a. Esta classificação depende da forma ou contorno que a lesão 
apresenta. Vale ressaltar que algumas lesões apresentam formatos 
típicos de determinadas dermatopatias. 
5- Morfologia 
a. Alterações de cor 
Manchas ou máculas planos sem relevo ou depressão 
b. Manchas vasculo- sanguíneas 
Eritema: coloração avermelhada da pele decorrente da vasodilatação. 
Ocorre geralmente em dermatopatias inflamatórias. 
Púrpura: coloração avermelhada da pele devido a extravasamento de 
hemácias na derme. Podem ser ainda classificadas em: 
 - petéquias: púrpura de até um cm de diâmetro 
 - eqimose: púrpura maior que um cm de diâmetro 
13 
 
 - víbice: púrpura linear 
Há um processo denominado de Telangiectasia decorrente de 
hiperadrenocorticismo e cicatrização atrófica, que nada mais é do que a evidenciação 
dos vasos sanguíneos cutâneos da pele, devido ao seu adelgamento, revelando-se desta 
maneira sinuosos. 
Lesões associadas 
As lesões elementares podem ocorrer isoladamente ou associadas umas às outras. 
Os termos que podem ser utilizadas para essas lesões são papulocrostosas, eritêmato-
papulosas, vesiculobolhosas, ulcerocrostosas entre outras 
ü Lesões particulares 
Essas lesões não pertencem a nenhum dos cinco grupos lesionais e são tidas como 
lesões especiais. São elas: 
Celulite: inflamação da derme e/ou tecido subcutâneo 
Comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo branco) ou de 
queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto) 
Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada, formada por queratina. É o 
grau máximo de hiperqueratose 
Milium: pequeno cisto de queratina branco-amarelado, na superfície da pele 
ü Sinais específicos da dermatologia 
Sinal de Nikolsky: pressão friccional sobre a pele, determinando a separação da 
epiderme. 
Sinal de Godet ou cacifo: pressão sobre a pele obtendo-se depressão. Na 
presença de edema, a depressão permanece, mesmo quando não se exerce mais a 
pressão. 
Sinal de Auspitz: surgimento de pontos hemorrágicos quando se raspam as 
escama, numa área recoberta por escamas. 
Sinal de Larsson:fricção dos pêlos contra o sentido do crescimento, 
evidenciando acúmulos paralelos de escamas, característico do quadro de 
disqueratinização. 
 
14 
 
INSPEÇÃO INDIRETA 
 
ü Diascopia ou vitropressão 
É uma pressão sobre a lesão para provocar isquemia feita com uma lâmina de vidro 
ou lupa e é indicada para diferenciar eritrema de púrpura. O eritrema adquire mesma 
coloração da pele subjacente e na púrpura pele continua com coloração vermelha 
ü Luz de Wood 
É um exame feito através da fluorescência e é usado para diagnóstico de 
dermatofitoses 
ü Teste da fita adesiva 
Tem como finalidade a busca de ectoparasitas e ovos. A fita é colada e descolada várias 
vezes e em várias regiões do corpo do animal e posteriormente a fita é posta sobre a 
lâmina. O material então é levado ao microscópio óptico para ser analisado e constatado 
ou não a presença de ectoparasitas. 
ü Exame direto do pelame 
É indicado para a observação de esporos fúngicos. Não é possível identificação da 
espécie de dermatófito nem de macroconídeos 
ü Tricograma 
O tricograma avalia o ciclo biológico do pêlo, assim como suas alterações 
fisiológicas e anatômicas. É um exame detalhado do bulbo, haste e da extremidade 
do pêlo. 
 
Parasitológico de Raspado Cutâneo 
 
Uma das técnicas mais utilizadas na dermatologia veterinária, com grande 
importância no auxilio do diagnóstico, para a identificação de parasitas dos gêneros 
demodex, sarcoptes, psoroptes, notoedris e cheyletiella. 
 
Indicação 1- sarna demodécica 
 
Independente da espécie animal examinada e, por conseguinte, da espécie 
demodex procurada, o parasitológico de raspado cutâneo nos casos de demodicidose 
deve ser realizado em lesão representativa do quadro, preferencialmente em pele 
íntegra, buscando-se evitar as lesões ulceradas. com a lâmina de bisturi 
perpendicularmente colocada em contato com a pele pregueada o clínico deve fazer 
15 
 
movimentos de fricção até obter o material composto por debris celulares e sangue; 
consequentemente haverá o sangramento da região. após o inicio do sangramento, a 
região deve sofrer grande pressão, na tentativa de expulsar os ácaros que usualmente 
ocupam os folículos pilosos e, em seguida, continuar a coleta. o material coletado deve 
ser colocado em uma lâmina e coberto por uma lamínula. esse material deve ser levado 
ao microscópio óptico para ser analisado e constatado ou não a presença de ácaros desse 
gênero. 
 
Indicação 2- sarna sacóptica 
 
há na família sarcoptidae, algumas variedades de sarcoptes scabiei que acometem as 
espécies canina, suína, bovina e caprina. o exame parasitológico é realizado da mesma 
forma ao qual foi descrito para a sarna demodécica. as lesões de escabiose 
frequentemente se localizam na borda de pavilhões auriculares, mormente na espécie 
canina. Sendo assim, o clínico deve ter cuidado ao raspar esta região com lâmina de 
bisturi e o cão deve estar devidamente contido para que evite acidentes. 
 
Indicação 3 - sarna notoédrica dos felinos 
 
Também conhecida como escabiose dos felinos, é causada pelo notoedris cati, 
ácaro pertencente a família sarcoptidae. o parasitológico de exame cutâneo é semelhante 
ao abordado para sarna demodécica. 
Cuidados devem ser tomados quando as lesões se localizam em regiões 
anatômicas delicadas, como na região periorbital e as bordas de pavilhões auriculares, 
uma vez que o quadro envolve quase exclusivamente a cabeça. 
 
Indicação 4- sarna psoróptica 
Acomete as espécies bovinas e ovinas, podendo acometer também, porém com 
menos frequencia, equinos e caprinos. a coleta do material para exame parasitológico é 
semelhante ao método utilizado para sarna demodécica. 
 
Indicação 5- cheiletielose 
 
É uma dermatite parasitária que acomete com frequencia felinos, podendo 
acometer caninos, causado por ácaros da família cheyletidae. Esses ácaros se alimentam 
de debris celulares e vivem na superfície da célula. o parasitológico deve ser realizado 
em lesões descamativas, pois frequentemente as escamas,além de estarem associadas 
ao quadro, podem ser confundidas com o parasita, preferencialmente em pele íntegra. o 
processo de coleta do raspado é semelhante ao utilizado para sarna demodécica. 
 
Exame Micológico 
 
Tem fundamental importância na determinação do diagnóstico de diferentes quadros 
provocados por fungos, como dermatofitose, malassezíase, esporotricose e criptococose. 
 
Indicação 1- dermatofitose 
 
Constitui uma micose superficial causada por fungos filamentosos nas diferentes 
espécies animais. as principais espécies fúngicas são microsporum canis, microsporum 
16 
 
gypseum, trychophyton mentagrophytes, trychophyton equinum e trychophyton 
verrucosum. 
A dermatofitose classicamente é apresentada por lesões alopecias e descamativas 
de contornos circulares.o material enviado ao laboratório deve ser representado por 
pêlos e escamas coletados da periferia da região alopecia. 
Os felinos são a única espécie doméstica que pode portar o microsporum canis 
sem apresentar lesões de pele. 
Independente da técnica escolhida para confirmação da dermatofitose, os 
animais que já estiverem submetidos à terapia tópica ou sistêmica devem ser afastados 
do tratamento por, no mínimo, sete dias, para que o material seja coletado. 
 
Indicação 2- dermatite por malassezia 
 
A dermatite por malassezia pachydermatis é uma dermatopatia relevante 
principalmente em cães. Os animais acometidos apresentam lesões descamativas, 
eritematosas ou hiperpigmentadas. A coleta do material é semelhante ao método 
utilizado em dermatofitose. 
 
Indicação 3 - esporotricose 
 
É uma micose subcutânea que pode acometer diferentes espécies animais, como 
cães, gatos e equinos. é uma importante zoonose clinicamente representada por lesões 
nodulares ou em goma com ou sem secreção. O material enviado ao laboratório deve ser 
representado por secreção coletada por swab ou por fragmento de tecido acometido 
coletado por biopsia. 
 
 
 
Indicação 4- criptococose 
 
É uma micose sistêmica que pode acometer os carnívoros domésticos. 
clinicamente representada por lesões nodulares ou em goma com ou sem secreção, além 
de acometimento pulmonar ou de tecidos neurológicos. 
 
Teste Radioalerdossorvente (Rast) E Ensaio Imunossorvente Ligado À 
Enzima (Elisa) 
 
São duas metodologias de detecção quantitativa de ige, em soro de animais, para 
diagnóstico diferencial de dermatopatias alérgicas. esses testes são indicados para 
confirmação de diagnóstico de dermatite alérgica à picada de pulgas (dapp), 
hipersensibilidade alimentar (ha) e atopia. 
 
Citologia 
 
Esse exame pode fornecer rápidos resultados que podem ser importantes na 
orientação do diagnóstico ou, muitas vezes, podem determinar o diagnóstico definitivo 
de diferentes enfermidades. é um método que pode ser utilizado em diferentes 
dermatopatias de etiologia inflamatória, neoplásica ou infecciosa. 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
 
Após as pesquisas realizadas para o presente trabalho, pôde-se perceber que a 
primeira variável determinante para um bom diagnóstico é a semiologia da pele, 
levando-se em consideração que esta é o espelho do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
LUCAS, R. Semiologia da Pele. IN: FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: a arte 
do diagnóstico. São Paulo: Roca, 2004, p. 641-676.

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