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P3 - REPRODUÇÃO FÊMEA 
 
1. Como a conformação da vulva influencia a fertilidade da égua? Como podemos avaliar este órgão? 
R: O órgão deve ser avaliado a partir da inspeção e palpação, fazendo parte do exame ginecológico da égua 
pré-estação de monta. A partir dessa avaliação podemos observar a angulação vulvar (Índice de Caslick), 
que, normalmente, é vertical. Com o passar do tempo, com as parições, a angulação se torna mais 
horizontal, o que predispõe a partos distócicos e além disso, pode aumentar as chances de infecções que 
podem ascender ao útero e causar endometrite, comprometendo não só o parto como a prenhez e a 
fertilidade, podem comprometer a troca de nutrientes do embrião com o útero (devido a fibrose das 
glândulas) e facilita a formação de cistos endometriais. 
2. Cuidados para evitar endometrite em equinos? 
R: A endometrite pode ter diversas origens, como infecciosa, sexualmente transmissível (garanhões são 
carreadores geralmente assintomáticos, contaminados por Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas 
aeruginosa e Taylorella equigenitalis), pós-cobertura, degenerativas crônicas. Dessa forma, as medidas de 
prevenção são amplas e envolvem: exames para doenças sexualmente transmissíveis que causam 
infecções em caso de monta natural e inseminação artificial; descartar da reprodução éguas com 
deformidades de conformação perianal (facilitam infecções) ou realizar vulvoplastia; boa higiene da região 
para monta/inseminação para o pênis do animal/pipeta de inseminação não carrear microrganismos para o 
canal vaginal e útero; falta de higiene durante palpação; cuidar da imunidade das éguas susceptíveis (pois 
e endometrite pós-cobertura/inseminação é normal devido à deposição do ejaculado/diluidor). 
3. Quais são os fatores que interferem na taxa de recuperação de embriões na espécie equina? 
R: Égua Doadora: influência da idade, sendo que éguas jovens apresentam maior taxa de recuperação; 
Manejo Reprodutivo: controle folicular eficiente obrigatoriamente a cada 24 horas; coberturas ou IA no 
momento apropriado (importante ser pré ovulatória e eventualmente pós ovulatória); manejo pós coleta 
(controlar condições uterinas de forma a fazer uma colheita limpa no próximo ciclo). 
Garanhão e qualidade do sêmen utilizado: procurar substituir o garanhão em pelo menos dois ciclos. 
Dia da Colheita: éguas com contaminação uterina podem comprometer a viabilidade do embrião e devem 
ser colhidas no D7, as demais devem ser colhidas no D8. 
4. Explicar o protocolo do dia 0 em pequenos ruminantes 
R: É realizada a colocação de dispositivo intravaginal de progesterona que deve ser retirado após 6-9 dias 
(protocolo tradicional), realiza-se então a aplicação de prostaglandina. De 58 a 60 horas depois, a maior 
parte das fêmeas entram em cio e devem ser inseminadas 54 horas depois da retirada do dispositivo 
intravaginal. Caso as fêmeas estejam em contra estação é necessário aplicar gonadotrofina ao final do 
protocolo para induzir a ovulação, nesse caso ainda é recomendado que seja aplicada a prostaglandina 
pois o desejável é que a única fonte de progesterona seja o dispositivo. 
5. As formas de induzir cio em pequenos ruminantes (efeito macho, programa de luz) 
R: Efeito macho: método natural e de baixo custo que se aproveita dos feromônios, os machos devem ficar 
afastados no mínimo 100 metros das fêmeas por aproximadamente 2 meses oprimindo assim todos os 
estímulos sensoriais. No momento em que os machos são reintroduzidos ocorre estímulo para a liberação 
de pulsos de GnRH estimulando que as fêmeas voltem a ciclar, ainda que estejam em anestro estacional. 
Se trata de uma técnica de indução não sincronizada apresentando alta dispersão no momento de 
manifestação de estro. 
Programa de luz: as fêmeas dos pequenos ruminantes são poliéstricas estacionais com fotoperíodo 
negativo, ou seja, a liberação de GnRH é influenciada pela melatonina. Aproveitando-se disso, é possível 
induzir o estro por meio da exposição das fêmeas a dois meses de programa de luz artificial para simular o 
verão (luz natural +4-5 horas de luz artificial), assim, quando essa luz for retirada ocorre o gatilho para 
liberação de GnRH induzindo o estro. 
 
 
 
6. Manejo reprodutivo em fazendas de ovinos de corte e caprinos de leite 
R: Para evitar que o produtor fique sem produtos durante os meses de junho e julho o ideal é que atrase 
metade do plantel e realizar a indução de estro nesses animais seis meses depois do lote que emprenhou 
durante a estação reprodutiva (março), dessa forma o lote que atrasou emprenha na primavera, pare no 
verão e permanece em lactação durante os meses de junho e julho. 
7. Métodos de coleta de embriões em pequenos ruminantes e suas vantagens e desvantagens 
R: Coleta cirúrgica de embriões: tem uma boa recuperação de lavado de embriões, mas é um procedimento 
invasivo que demanda anestesia e jejum, promovendo maiores riscos ao animal, leva a aderências que 
impossibilita coletas sucessivas; Coleta transcervical de embriões: permite coletas sucessivas, a anestesia 
é somente epidural e local, há rápida recuperação pós-procedimento, porém a anatomia do cérvix muitas 
vezes dificulta a transposição (principalmente de ovelhas), não é possível realizar a palpação retal nessas 
espécies. Apesar disso, é possível selecionar previamente as ovelhas em que será possível coletar pela via 
transcervical pela avaliação ultrassonográfica. São utilizados hormônios para induzir o relaxamento da 
cérvix. 
8. Como deve ser feita a inovulação do embrião em fêmea bovina (lembrar de falar que tem que ser no lado 
com CL e em qual local) 
R: A inovulação transcervical de embriões nessa espécie é realizado por meio de inovulador específico 
montado com a palheta de 0,25mL contendo o embrião a ser transferido. A região perineal da receptora 
deve estar devidamente higienizada, o animal devidamente contido e sob efeito de anestesia epidural 
baixa, o inovulador é então introduzido na vagina e guiado pela cérvix até o corno uterino por meio da 
manipulação retal. Para obter sucesso nessa técnica é importante que sejam selecionadas receptoras que 
atendam a requisitos de sanidade geral e de sistema reprodutor, possuam boa condição corporal, 
regularidade de ciclos estrais e adequação às condições de manejo, ademais no momento da transferência 
as receptoras devem estar em sincronia com as doadoras, possuindo CL ativo, de boa qualidade e com a 
mesma quantidade de dias do CL encontrado na doadora; pois no momento de guiar o inovulador deve-se 
guiá-lo até o corno uterino que possui o CL a fim de evitar luteólise já que as veias uterinas contralaterais 
na espécie bovina não se comunicam, dessa forma a PGF2-ⲁ é incorporada no útero ao sangue venoso e 
deixa o órgão pela veia útero-ovariana que é externamente enovelada pela artéria ovariana responsável 
por encaminhar o sangue ao ovário, por diferença de concentração a prostaglandina alcança a artéria 
ovariana e consequentemente os ovários onde exercerá sua função luteolítica, a prostaglandina produzida 
no corno uterino esquerdo é direcionada apenas ao ovário esquerdo e vice-versa caracterizando uma 
independência do arranjo vascular que deve ser levada em consideração no momento da inovulação para 
garantir a prenhez. 
9. Como realizar a coleta de embriões em um corno específico 
R: A coleta de embriões em bovinos é feita entre o dia 6 e 8 após a primeira IA, período em que os embriões 
encontram-se no lúmen da ponta dos cornos uterinos. Pode ser realizada de duas maneiras: de corpo 
uterino, onde são lavados os 2 cornos uterinos simultaneamente ou de corno uterino, onde é lavado um 
corno uterino de cada vez. A coleta é realizada via transcervical com o animal em estação, com auxílio de 
cateter flexível, contendo balão inflável e mandril metálico para torná-lo rígido, permitindo transpor a cérvix 
e melhor manipulação e posicionamento correto. Utiliza-se o cateter de Foley descartável, que possui bolha 
inflável na sua extremidade,fixando o cateter no corno desejado. O mandril metálico possui uma válvula 
que permite entrada de ar ou de líquido para inflar a bolha da extremidade, permitindo seleção da porção 
do lavado (corno uterino). 
10. Função de algum hormônio específico dos protocolos de sincronização de vacas 
R: A progesterona, na sincronização do estro, tem a função de suprimir o cio e a ovulação dos animais até que 
o CL de todos os animais tenha regredido de forma síncrona. Assim é aplicada no D0. Após a retirada da 
fonte de progesterona (por dispositivos intravaginais ou subcutâneos), a ovulação tende a ocorrer a partir 
do segundo dia, promovendo a sincronização do rebanho. 
Prostaglandinas / GnRH + Prostaglandinas “Ovsynch” / Progestágenos ou Progesterona 
 
 
11. Saber quando inseminar de acordo com o estradiol utilizado (benzoato ou cipionato) 
R: Benzoato de estradiol e cipionato de estradiol são dois indutores de ovulação, caso seja desejado induzir 
com o cipionato no dia em que é removido o dispositivo intravaginal de P4 deve-se administrar o indutor e 
de 48 a 56 horas depois da retirada do dispositivo o animal encontra-se pronto para a inseminação. No 
caso da indução de ovulação com o benzoato, as fêmeas também estarão prontas para serem 
inseminadas de 48 a 56 horas depois da remoção do dispositivo intravaginal de P4, contudo a 
administração do benzoato deve ser realizada somente 24 horas depois da retirada do dispositivo, ou seja, 
os animais necessitam de manejo adicional. 
12. Descreva como é realizada a classificação dos oócitos antes da realização da fertilização in vitro 
R: A classificação morfológica de qualidade é subjetiva e realizada em meio tamponado aquecido em 
microscópio estereoscópio (lupa), os COC são avaliados quanto à qualidade com base no aspecto do 
citoplasma (coloração e homogeneidade) e no número e disposição das células do cumulus. 
13. Classificação dos embriões (ela já colocou fotos de embriões e tinha que dizer se era não fecundado, 
mórula, blastocisto...) 
a) b) c) d) e) 
a) Mórula (embrião de 8-16 células) 
b) Oócito fecundado 
c) Mórula 
d) Não-fecundado 
e) Blastocisto inicial 
14. Vantagens da PIVE (produção in vitro de embriões) em relação a TE (transferência de embriões) ou 
vice-versa 
R: A PIVE é uma biotécnica menos variável que a TE (alta variabilidade na resposta superovulatória), é 
possível nessa técnica utilizar fêmeas estimuladas ou não, a aspiração de oócitos também promove a 
sincronização da onda folicular, é possível também utilizar fêmeas pré-púberes, senis, gestantes ou 
post-mortem, essa técnica acelera o ganho genético, possibilita o uso de doadoras que não respondem à 
superovulação, otimiza o uso de sêmen e uso mais eficiente de sêmen sexado além de ser uma técnica 
essencial para a clonagem e transgênese. Por outro lado, a TE promove maior sanidade pois reduz o risco 
de transmissão de doenças já que permite a lavagem de microrganismos aderidos à zona pelúcida além de 
fornecer embriões com mais qualidade e mais criotolerantes. 
15. Percoll e swim up 
R: Ambos são métodos de seleção espermática, o Percoll se baseia na centrifugação em gradiente de 
densidade realizado a partir de soluções isotônicas compostas de sílica coloidal modificada, as 
combinações de densidades permitem que na centrifugação se reduza a quantidade de impurezas 
separando os espermatozoides viáveis de partículas leves, espermatozóides imaturos, células, bactérias 
dentre outros, além disso se baseando na diferença de conteúdo de DNA dos espermatozóides X ou Y 
também é possível realizar essa técnica para sexagem. Já o swim-up se baseia na motilidade das células, 
após incubação em estufa a temperatura específica os espermatozoides móveis se localizarão na parte 
superior do tubo em que foram incubados, seguindo esse princípio é possível separar os espermatozoides 
viáveis das demais impurezas e também realizar sexagem. 
16. Etapas da PIVE 
 
 
R: Coleta de complexos cumulus-oócitos (CCOs): antigamente era realizada por laparotomia, o ovário era 
exposto para colheita, mas atualmente trabalha-se ou com ovários de abatedouro local (para 
aperfeiçoamento da técnica) ou de fêmeas vivas (com alto valor zootécnico). Em bovinos, pode ser 
realizada aspiração guiada por ultrassonografia, em pequenos ruminantes, laparoscopia (LOPU). 
Maturação in vitro (MIV): após a coleta do oócito imaturo, deve ser feita sua maturação (progressão da 
cromatina durante a meiose de vesícula germinativa à metáfase II), quando ocorre a extrusão do primeiro 
corpúsculo polar. É realizada em meio base, com adição de hormônios (estrogênio e LH), fonte proteica, 
fonte de energia, fatores de crescimento, antioxidantes e antibióticos, em placas de 4 poços, colocada em 
incubadora entre 18 e 24 horas, 5% de CO2, em ar, a 38,5-39ºC (mimetiza condições da tuba uterina). 
Fecundação in vitro (FIV): co-cultivo in vitro de oócitos em MII com espermatozoides previamente 
capacitados (selecionados por Percoll ou Swim up). O segundo corpúsculo polar é extrusado ao espaço 
perivitelino após a fecundação, e há dois pró-núcleos formados no interior do oócito. Dois dias depois da 
FIV é avaliada a taxa de clivagem, podendo verificar os oócitos que foram e os que não foram fecundados. 
Desenvolvimento in vitro (DIV): cultivo in vitro dos presumíveis zigotos até o estágio de blastocisto (ovócito 
fecundado → estágio de 2 células → estágio de 4 células → estágio de 8 células → estágio de 16 células 
→ blastocisto). No dia 8 verifica a taxa de blastocistos e avalia quantos dos oócitos adicionados no início 
da FIV chegaram à etapa de embrião. 
17. Vantagens e desvantagens congelamento lento × vitrificação 
R: Congelamento lento: busca o equilíbrio progressivo entre o crioprotetor e o compartimento aquoso do 
embrião. Não há grandes efeitos osmóticos ou mudanças na forma celular que sejam prejudiciais a 
funcionalidade das células, devido a pouca concentração de crioprotetor utilizada (1 a 2M ). As taxas de 
resfriamento permitem a troca gradativa da água intracelular por crioprotetor. As desvantagens envolvem o 
custo do maquinário que a técnica exige, tal como sua manutenção e calibração. Cerca de 2 horas, 
depende de maior volume da amostra (100-250 ul), forma cristais de gelo, mas oferece menos danos 
químicos pela menor quantidade de crioprotetor. 
Vitrificação: não é uma técnica de congelamento, e sim uma técnica de criopreservação rápida ou 
ultrarrápida onde não há formação de cristais de gelo no embrião. Utiliza grande concentração de 
crioprotetores. Embriões passam diretamente da fase líquida para uma fase amorfa, vítrea, sem congelar, 
não formando cristais de gelo. Dispensa o uso de maquinário, pois as paletas são acondicionadas 
diretamente no isopor com N2 líquido. É uma técnica mais rápida (cerca de 10,5 minutos), acelerando o 
processo de conservação de embriões coletados em grandes rebanhos, pois o embrião coletado da 
primeira vaca pode ser vitrificado imediatamente após a coleta, sem precisar esperar o último para 
acondicionar. Simples, rápida, menos de 10 minutos, barata, dispensa máquina, volume de 1-2 ul, com 
menos danos mecânicos, porém mais danos químicos à célula, não forma cristais de gelo e utiliza maior 
concentração de crioprotetor. Maior estresse osmótico e toxicidade química do crioprotetor. Vantagens: não 
forma cristais de gelo e dispensa congelador. 
18. Fatores que influenciam as taxas de sobrevivência de embriões na criopreservação 
R: Qualidade do embrião: geralmente os embriões oriundos de transferência possuem maior qualidade do que 
os embriões de FIV. 
Estádio de desenvolvimento embrionário: quanto mais desenvolvido terá maior chance de sobreviver. 
Mórulas têm 16 células maiores e blastocistos têm cerca de 100 células menores localizadas na periferia. 
Os crioprotetores entram mais facilmente no blastocisto pois este possui a blastocele, ambiente facilitador 
da entrada dos crioprotetores. 
Raças zebuínas: menor taxa de sobrevivênciaembrionária* 
Origem do embrião: TE ou FIV 
Zona Pelúcida: é uma barreira de proteção contra microrganismos e contra crioprotetores. Quando ausente 
– no blastocisto eclodido – não é permitida a comercialização do embrião, entretanto pode-se ser utilizado 
para a pesquisa, onde descobriu-se que os resultados de criopreservação são melhores, embora a 
manipulação seja mais delicada. 
Momento da 1ª clivagem pós-inseminação: tal fator influencia diretamente na taxa de blastocistos (estágio 
embrionário que possui melhor criotolerância), além disso estudos sugerem que os embriões que se 
 
 
desenvolvem mais rápido (atingem estágio mais avançado no mesmo dia pós-inseminação) são de melhor 
qualidade e estão mais propensos a sobreviver a criopreservação. 
*Achavam que tinha a ver com a quantidade de lipídios dos embriões, que pioraram a qualidade, mas os 
embriões taurinos possuem mais lipídios que os zebuínos, e entretanto os taurinos possuem taxas e 
sobrevivência maiores. 
19. Qual o hormônio usado para superovular uma vaca e quais são os dias ideais para usá-lo? 
R: O hormônio mais utilizado atualmente para a técnica de superovulação é o FSH. O dia ideal para a 
utilização do FSH depende do protocolo que será estabelecido para sincronização do crescimento folicular, 
além de ser necessário definir a fase da onda folicular. No protocolo clássico de superovulação, o FSH é 
administrado duas vezes ao dia, nos dias 9, 10, 11 e 12, com inseminação nos dias 13 e 14. No protocolo 
CIDR II, o FSH é aplicado duas vezes ao dia, nos dias 5, 6, 7 e 8, com inseminação nos dias 9 e 10. Vale 
ressaltar que o excesso de FSH não é desejado, uma vez que promove alterações uterinas, alterações 
ovarianas, degeneração folicular e cistos foliculares (caso não ocorra a ovulação). 
Obs.: tanto eCG e FSH fazem desenvolvimento de folículos, porém o FSH é melhor em termos de 
qualidade e quantidade de embriões formados. 
20. O que é período seco e período de trabalho e como o período seco influencia no período de trabalho 
R: O período seco é o período no qual “seca” a vaca com a interrupção da produção de leite para regenerar os 
alvéolos para a próxima lactação, durando aproximadamente 60 dias. Durante esse tempo as vacas não 
precisam de dieta tão energética quanto durante a produção de leite, para que o peso não atrapalhe o 
parto. O período de serviço se refere do parto (pico de produção leiteira) até a próxima seca, quando a 
vaca está produzindo leite, com maior demanda energética. Sem o período seco entre os partos, favorece 
o desenvolvimento de doenças que afetam o sistema reprodutivo e consequentemente a duração do 
período de serviço, o que acarreta em menor número de bezerros paridos e menor produção de leite. 
21. Descreva um hormônio de acordo com o seu modo de ação, estrutura química e mecanismo de ação. 
Descreva também as funções desse hormônio. 
a) hipotalâmico: 
 
Hormônio liberador de Gonadotrofina (GnRH): 
Modo de ação: ação endócrina 
Estrutura química: protéico (aminoácidos) 
Mecanismo de ação: Atuam somente sobre os folículos. Ligam-se a receptores presentes nas membranas 
celulares e atuam por meio da ativação de segundos mensageiros.Tem como alvo a adenohipófise pelo sistema 
porta-hipotalâmico-hipofisário. Estimulado por epinefrina, norepinefrina, acetilcolina e GABA. Inibido por 
dopamina, serotonina e opióides endógenos. 
Funções: estimular a secreção principalmente de LH e também de FSH. 
 
b) gonadotrófico: 
 
Hormônio foliculoestimulante (FSH): 
Modo de ação: ação endócrina 
Estrutura química: 5% de ácido siálico, 
glicoproteico 
Mecanismo de ação: FSHRH e GnRH estimulam 
sua liberação; o estrógeno inibe. Atuam somente 
sobre os folículos. Ligam-se a receptores presentes 
nas membranas celulares e atuam por meio da 
ativação de segundos mensageiros. 
Funções: desenvolvimento folicular; estímulo da 
síntese de estrogênio; estímulo da síntese de LH 
nas células da granulosa e teca 
 
 
 
Hormônio luteinizante (LH): 
Modo de ação: ação endócrina 
Estrutura química: 1-2% de ácido siálico, 
glicoproteico 
Mecanismo de ação: GnRH estimula sua liberação; 
progesterona inibe o GnRH e consequentemente o 
LH. Atuam sobre os folículos e corpo lúteo. Atuam 
somente sobre os folículos. Ligam-se a receptores 
presentes nas membranas celulares e atuam por 
meio da ativação de segundos mensageiros. 
Funções: estimula fase de dominância folicular; 
síntese de estrogênio, responsável pela ovulação 
(pico); luteinização dos folículos; ação luteotrópica; 
 
 
síntese de progesterona; conversão de células 
lúteas pequenas em células lúteas grandes. 
 
c) gonadal: 
 
Estrogênio (E2): 
Modo de ação: ação endócrina 
Estrutura química: esteróide, originado do 
colesterol. 
Mecanismo de ação: por serem lipossolúveis, 
atravessam as membranas celulares e se ligam a 
receptores intracitoplasmáticos. Produzido pelas 
células da granulosa e da teca. 
Funções: atua no SNC sinalizando o estro; modula 
liberação de hormônios hipofisários (LH e FSH); 
potencializa ocitocina nas contrações uterinas; 
prolifera glândulas endometriais; características 
secundárias femininas; ductos das glândulas 
mamárias; efeito anabólico proteico; envolvimento 
no reconhecimento materno da gestação. 
Progesterona (P4): 
Modo de ação: ação endócrina 
Estrutura química: esteróide, originado do 
colesterol. 
Mecanismo de ação: por serem lipossolúveis, 
atravessam as membranas celulares e se ligam a 
receptores intracitoplasmáticos. É produzida pelas 
células lúteas pequenas e grandes e regulado pelo 
LH. 
Funções: manutenção da gestação; inibe 
contrações uterinas; estimula secreção das 
glândulas endometriais; estimula formação dos 
alvéolos; inibe estro e pico pré-ovulatório de LH. 
 
Prostaglandina F2α (PGF2α): 
Modo de ação: ação autócrina e parácrina 
Estrutura química: produzida a partir de ácidos graxos oriundos da membrana celular (ácido aracdônico) 
Mecanismo de ação: ligação à receptores ativa vias de sinalização intracelular. 
Funções: lise do corpo lúteo; ovulação (processo inflamatório); motilidade uterina; parto. 
 
d) placentário: 
 
Gonadotrofina coriônica equina (eCG): 
Modo de ação: ação endócrina (parácrino e autócrino também) 
Estrutura química: glicoproteica 
Mecanismo de ação: liga-se a receptores de LH (hormônio luteinizante) nos folículos ovarianos. 
Funções: manutenção da gravidez e desenvolvimento fetal; comercialmente na superovulação e protocolos de 
sincronização de cio. 
 
22. Como sincronizar receptoras e doadoras de éguas e qual o tempo mínimo e máximo de diferença da 
ovulação da receptora e doadora? 
R: A sincronização do ciclo estral de doadora e receptora deve ser realizada para que o embrião sinta o menos 
possível a diferença do ambiente (hormonal, fisiológico) entre o útero da doadora e da receptora, sofrendo 
menos impacto em seu desenvolvimento. Para TE em éguas é feito controle do cio da doadora com 
lavagem de útero 7 dias depois da fecundação. As colheitas são realizadas no 7º ou 8º dia pós-ovulação. 
As receptoras devem se encontrar no D3 (ovulando até 4 dias depois) ao D9 (ovulando 1 dia antes). Para 
esse fim podem ser utilizados hormônios como prostaglandina, progesterona LA em receptoras acíclicas ou 
GnRH/hCG. 
23. Cite 3 características de uma boa receptora de embriões na espécie bovina. 
R: Uma boa receptora de embriões na espécie bovina é essencial uma vez que o sucesso da TE se baseia 
50% na receptora. Logo, deve ter o trato reprodutivo saudável capaz de conduzir uma gestação sem 
intercorrências; deve estar ciclando adequadamente já que quando os ciclos se apresentam irregulares 
indicam alterações reprodutivas e deve ter habilidade materna para bom desenvolvimento da cria. 
24. Qual o procedimento a ser realizado para inseminar uma única vez uma égua sem prejudicar a fertilidade? 
R: A partir da detecção do cio da égua (comportamentos de cio como agachar o posterior, permanecer com os 
membros posteriores afastados, elevar a calda, inverterritmicamente o clitóris - “piscadela” da vulva) a 
ovulação ocorrerá 24 horas antes do término do cio (é variável por conta da dinâmica folicular, mas pode 
 
 
demorar até 1 semana). Pode-se realizar palpação transretal ou utilizar ultrassonografia para definir o 
tamanho do folículo. Para inseminar égua com sêmen congelado uma única vez, devemos esperar seu 
folículo atingir 3,5 cm e aplicar hCG ou LH para induzir a ovulação. Dessa forma, a ovulação ocorrerá de 
24-36h. Deve ser feita palpação a partir das 24h e de 6 em 6 horas, até detectar a presença do corpo 
hemorrágico. Uma vez palpado, deve-se inseminar a égua, pois a mesma está recém ovulada. Para 
inseminar a égua apenas uma vez, a inseminação deve ser o mais próximo possível da ovulação. 
25. O que vem a ser o procedimento “seeding” no congelamento de embrião convencional e qual o objetivo da 
sua execução? Explicar como é feito o procedimento. 
R: O procedimento "seeding” se refere a indução da cristalização na temperatura crítica (entre -5ºC e -7ºC) 
durante o congelamento lento a fim de contribuir para a desidratação celular controlada. A queda da 
temperatura ocorre gradativamente até que na temperatura crítica realiza-se a pausa para o seeding, 
nesse momento mergulha-se uma pinça de dissecção anatômica em nitrogênio líquido, levanta-se a 
palheta que se deseja realizar o seeding utilizando outra pinça e então encosta-se a pinça mergulhada no 
N2Liq na região da palheta em que se encontra o embrião, observando a ocorrência de cristalização. 
26. Quais são as possíveis fontes para a obtenção de oócitos na realização da fertilização in vitro? 
R: A obtenção de oócitos para FIV ocorre a partir da coleta de complexos cumulus oócitos (CCOs), em que 
pode-se obter através de abatedouros ou em fêmeas vivas superovuladas. Quando obtidos por 
abatedouros, ocorre a maceração dos ovários para obtenção dos oócitos que são visualizados em uma 
lupa. Já para obter oócitos de fêmeas vivas, utiliza-se uma técnica de aspiração guiada por 
Ultrassonografia em que cada folículo será puncionado e aspirado, obtendo assim os oócitos para serem 
fertilizados in vitro. 
A coleta de oócito ocorre diretamente do folículo, onde ainda estão imaturos – com exceção dos 
ruminantes, que ovulam oócitos maduros. Em animais vivos, pode-se realizar a aspiração folicular guiada 
por ultrassonografia de ovário, independente da fase de desenvolvimento em que o oócito se encontra, 
puncionando todos os folículos visíveis. Em pequenos ruminantes, pode ser feita por laparoscopia ou em 
ovários de animais mortos (oriundos de abatedouro, para pesquisa). 
27. Quais são os acontecimentos presentes no período de transição da égua? 
R: A égua é um animal estacional de dias longos, cicla quando a luminosidade está mais alta (primavera e 
verão). A variação se dá pelo período de transição, agosto/setembro e março/abril, quando os ciclos duram 
mais e o estro é prolongado. A luminosidade é captada pelos olhos e traduzida na glândula pineal com 
produção de melatonina. Com a luz diminuindo, a pineal produz mais melatonina e bloqueia a produção de 
LH, consequentemente a taxa de crescimento do folículo diminui, aumentando a fase do estro, refletindo na 
duração de todo o ciclo estral. Até que chega um ponto que a égua para de ovular, vários folículos que 
começaram a crescer, faltou LH para ovular. É comum que os folículos comecem a se desenvolver e 
regridam lentamente. 
28. O que vem a ser superovulação e como é realizada em bovinos? 
R: A Superovulação é uma técnica fundamental no programa de TE. Consiste na estimulação, através da 
administração de diferentes hormônios exógenos, do desenvolvimento de um grande número de folículos 
levando a um maior aproveitamento do potencial genético da vaca. 
29. No protocolo clássico de superovulação em bovinos, devemos iniciar a aplicação do FSH em que dia após 
a sincronização do estro das doadoras? Por quê? 
R: No protocolo clássico devemos iniciar a aplicação de FSH entre o dia 8 e o dia 10 do ciclo (D9) para 
aproveitar a segunda onda de crescimento folicular, quando os folículos recrutados ainda não 
desenvolveram dominância. Caso a primeira onda de crescimento folicular fosse aproveitada, dificilmente a 
luteólise ocorreria no tempo adequado. 
30. Defina o que é vitrificação de embriões e cite duas vantagens dessa técnica quando comparada com 
congelamento de embriões convencional. 
 
 
R: A vitrificação é uma ténica que permite a passagem pela temperatura crítica de forma rápida, impedindo a 
formação de cristais de gelo, devido ao aumento extremo da viscosidade do meio utilizado o embrião 
atinge um estado denominado vítreo, ou seja, não ocorre solidificação da célula, isso é possível graças às 
altas concentrações de crioprotetores, à utilização de curva de resfriamento extremamente rápida e ao 
baixo volume de solução utilizada para guardar os embriões. Vantagens: não ocorre formação de cristais 
de gelo, técnica extremamente rápida (otimização do tempo e redução do tempo de espera do embrião 
coletado), custo reduzido (não precisa de máquina de congelamento). 
31. Em que momento do ciclo estral devemos iniciar a superovulação das doadoras da espécie bovinos 
visando a transferência de embriões? 
R: 8º e o e 10º dia. No final da primeira onda, o FSH é aplicado para estimular o recrutamento de mais folículos 
e, assim, induzir a superovulação. 
32. Sobre a transferência de embriões (TE) em bovinos. 7 dias após a inseminação, o blastocisto expandido 
não congela bem e eclodido não pode ser congelado. 
a) Qual a temperatura em que realizamos o “seeding” e em qual temperatura estocamos os embriões? 
R: Seeding: entre -5ºC e -7ºC. Estocagem dos embriões: -196ºC 
b) Qual a importância da anestesia epidural no processo de coleta e de inovulação? 
R: A epidural baixa permite que o animal se mantenha em estação, facilitando o manejo e acesso à região do 
reto, promove relaxamento do reto e esfíncter anal, facilitando a introdução do braço do profissional 
juntamente ao cateter. 
c) Qual a vantagem do uso de etilenoglicol comparado com o glicerol no processo de congelamento de 
embriões bovinos? O EG é menos tóxico do que o glicerol? 
R: Etilenoglicol e glicerol são crioprotetores intracelulares e possuem ação semelhante substituindo parte da 
água intracelular e promovendo a desidratação parcial da célula reduzindo a formação de cristais de gelo. 
O etilenoglicol possui curva de congelação mais adequada aos protocolos e apresenta toxicidade reduzida 
quando comparada ao glicerol. 
33. Duração do estro, momento da ovulação e inseminação artificial da vaca. 
R: O estro tem duração de 12-18h. A vaca ovula cerca de 12h após finalizado o estro, período no qual deve ser 
inseminada. 
34. Como uma égua pode emprenhar sendo coberta 24h depois da ovulação? 
R: Isso ocorre pois as éguas podem ter ovulação no diestro de um folículo subordinado ao dominante, mesmo 
com a progesterona aumentando (demora mais que 24h para estabelecimento de níveis elevados de P4 e 
inibição do LH), após a ovulação primária no estro. Caso ambos forem fertilizados, pode ocorrer gestação 
gemelar, condição indesejável (aborto, parto distócico, infertilidade). 
35. Verdadeiro ou falso, corrija as falsas. 
(F) A progesterona O estrógeno é classificada como um hormônio esteroide e possui função de dilatar a cérvix; 
(V) O núcleo paraventricular é o responsável pela produção de ocitocina. 
(V) O estradiol é produzido pelas células da granulosa sob ação do FSH 
(F) O hCG possui ação semelhante ao FSH; GnRH 
(F) O folículo primordial primário caracteriza-se pela presença de um oócito circundado por um única camada 
de células foliculares e a presença de receptores de FSH; 
(V) A folistatina é produzida pelas células da granulosa e age inibindo a ação do FSH; 
 
 
(V) Na capacitação espermática ocorre fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana 
acrossomal externa; 
(V) O segundo corpúsculo éliberado no momento da singamia; 
(V) Na égua a melatonina faz um feedback negativo no hormônio GnRH; 
(V) O diagnóstico da gestação da égua pode ser feito a partir do 11° dia após a última inseminação pela 
ultrassonografia; - ou rufiação 15 e 21 dias depois 
(V) Todo o protocolo de criopreservação de uma célula tem que ser suficientemente lento para prevenir a 
cristalização da água intracelular e suficientemente rápida para prevenir a exposição das células a elevadas 
concentrações de eletrólitos antes da congelação. 
(F) A concentração dos crioprotetores na técnica de congelação lenta vitrificação é maior que na técnica de 
vitrificação congelamento lento. 
(V) A diferença na sobrevivência de oócitos e embriões criopreservados está associada principalmente à 
diferença no tamanho, na quantidade de água intracelular e número de células. 
(V) O intervalo de partos ideal para caprinos leiteiros é de oito meses, para otimizar a produção de leite ao 
longo de todo o ano 
(V) Em cabras e ovelhas cíclicas, os protocolos a base de prostaglandina F2-alfa podem ser eficientemente 
utilizados na estação reprodutiva. 
(F) Indução de estro com luz é uma estratégia promissora para rebanhos ovinos criados a pasto. tem que 
ocorrer connamento para o sistema de luz (Regime intensivo ou semi) 
(F A clonagem terapêutica é um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias 
geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo. * A clonagem terapêutica produz e cultiva embriões TNCS 
para usar essas celulas para fabricar tecidos. Não dá origem a nenhum ser 
(F) Na transgênese, os animais biorreatores normalmente secretam proteínas de interesse em sua urina e/ou 
sangue. * Acho que não produz na urina e sim no leite e no sangue mas pode ta errado 
(V) A regressão precoce do corpo lúteo ocorre frequentemente em cabras e ovelhas submetidas a protocolos 
de superovulação. 
(F) Nos bovinos, os embriões no estádio de blastocisto tendem a ser menos resistentes à criopreservação, 
quando comparados àqueles nos estádios iniciais de clivagem. *Os embriões com mais células são mais 
resistentes a criopreservação 
(F) O processo de vitrificação consiste na redução drástica da temperatura com a utilização de uma baixa 
concentração de crioprotetores. * Altas concentrações de crioprotetor 
(V) A vitricação é uma técnica de criopreservação eciente que visa eliminar a formação de cristais de gelo. 
(V) A produção in vitro de embriões possui diversas aplicações, como a utilização de fêmeas bovinas 
pré-púberes, senis e até mesmo gestantes. * 
(F) Embriões produzidos in vitro possuem maior qualidade em comparação aos produzidos in vivo, em razão 
do maior controle em todas as etapas. * In vivo tem melhor qualidade pois o desenvolvimento ocorre no trato 
da fêmea assim com condições ideais 
(V) O protocolo dia zero é uma estratégia superovulatória frequentemente utilizada em pequenos ruminantes. 
(V) O congelamento lento tem a vantagem de empregar baixa concentração de crioprotetores, o que leva a 
menores alterações osmóticas. 
 
 
(F) A polispermia é um evento mais comum de ocorrer in vitro do que in vivo e que não é inuenciado pela 
concentração espermática utilizada. * É influenciada pela concentração de espermatozoides 
(F) A indução de estro em pequenos ruminantes é uma ferramenta crucial para a utilização da Inseminação 
Artificial em Tempo Fixo na estação reprodutiva. indução é usada em animais que não estão ciclando, a 
sincronização que é para IATF 
36. Quais as etapas dos protocolos de sincronização com progesterona na espécie bovina? 
R: Os protocolos de sincronização com progesterona nos bovinos se baseiam na implantação de uma fonte de 
progesterona no D0 (que pode ser SC ou IVaginal) para suprimir a manifestação do cio até que todos as 
vacas tenham tido a luteólise. Além da P4, será administrado GnRh para promover a ovulação ou 
luteinização dos folículos (dependendo da fase em que a vaca está) e Benzoato de Estradiol que com a 
alta de P4 vai provocar a atresia de todos os folículos, induzindo uma nova onda de crescimento folicular 
(segunda onda que vai ser a aproveitada pela técnica). 
37. Diferencie o corpo lúteo de uma vaca vazia e de uma vaca gestante 
R: O Corpo lúteo é uma estrutura formada a partir de um folículo ovulado que tem um papel essencial na 
produção de progesterona (hormônio da manutenção da gestação). Quando a vaca está vazia, o CL vai 
produzir produzir P4 durante a fase lútea, se a gestação não ocorrer a luteólise vai ocorrer e o CL vai 
regredir sob ação da PGF2alfa, deixando de produzir P4 e recomeçando o ciclo estral. Já quando ocorre 
uma gestação, o CL vai produzir muita P4 para manter a gestação já que o embrião vai impedir a produção 
de PGF2alfa. Além disso, o CL é muito mais vascularizado e mantém essa produção de P4 por toda a 
gestação e só irá ter uma queda na aproximação do parto. (nao sei se era isso q ele queria) 
38. Uma égua perdeu a gestação com 30 dias e outra com 60. As duas vão retornar ao cio para ser novamente 
inseminadas? 
R: Uma égua que perdeu a gestação aos 30 dias volta a ciclar mais rapidamente pois os cálices endometriais 
responsáveis pela produção de eCG que estimula a formação dos CL acessórios só se formarão a partir 
dos 40 dias de gestação, dessa forma os níveis de progesterona irão reduzir de forma rápida permitindo 
que a fêmea volte a ciclar e possa ser inseminada novamente. Por outro lado, uma égua que perde a 
gestação aos 60 dias já está com os cálices endometriais funcionais e possui CL acessórios produzindo 
progesterona e mantendo a concentração circulante desse hormônio elevada, logo demora mais para 
retornar a ciclar e leva mais tempo para que possa ser inseminada novamente. 
39. Considerando o protocolo de sincronização e IATF abaixo, responda: 
 
 
a) Se utilizássemos outra fonte de estrogênio no D9 o que deveria ser alterado no protocolo? 
R: Caso seja utilizado o Cipionato de estradiol, a IA seria adiada para o D11 já que esses compostos 
apresentam meia vida diferentes. Logo, a depender da fonte de estradiol usada entre D7-D9 a IA vai 
ocorrer em dias diferentes. 
b) Qual a grande vantagem deste protocolo que o faz ser mais utilizado que o protocolo utilizando apenas a 
prostaglandina? 
 
 
R: Não há a necessidade de visualizar o cio, uma vez que foram aplicados os hormônios e há a certeza que o 
animal não está gestante o protocolo irá funcionar independente da fase do ciclo em que o animal se 
encontra (incluindo anestro) 
c) Qual o efeito esperado do Benzoato de estradiol aplicado no dia da colocação do dispositivo de 
progesterona? 
R: Promover a ovulação ou atresia folicular (se houver um folículo bem desenvolvido, ele será ovulado e se 
não houver dominância os folículos irão todos entrar em atresia) em animais que estejam ciclando, a partir 
do pico de GnRh que será promovido. 
d) Qual é o objetivo de se incluir o eCG no protocolo? 
R: O eCG pode ser utilizado para substituir o FSH em vacas que não apresentam o ECC ideal, promovendo o 
desenvolvimento dos folículos.

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