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Professora: Claudia Mara de Oliveira Bezerra 
Psicopatologia I 
 
Aluna: Magali Nunes de Oliveira 
 
Ansiedade e os Transtornos de Ansiedade 
 Ansiedade é a reação natural do corpo ao stress. . É um estado emocional caracterizado por 
sentimentos de tensão, preocupação e pensamentos ruins. 
 A ansiedade em seu estado normal é saudável para o indivíduo, pois ela o impulsiona para realizar 
projetos, prosperar e planejar o futuro. Dependendo da freqüência e intensidade dos sintomas, a 
ansiedade pode se tornar uma patologia de diversas formas: transtorno depressivo maior ou com certos 
transtornos de personalidade; transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, dentre outros 
desdobramentos que vamos abordar neste texto. As pessoas tendem a usar as definições de preocupação e 
ansiedade de forma errônea, mesmo sendo estados psicológicos muito distintos. Apesar de estarem 
associados com o conceito geral de preocupação e inquietação, a maneira que convivemos, no cotidiano, 
com esses sentimentos são extremamente diferentes, bem como suas implicações em nossa saúde 
emocional, física e psicológica. 
 
 O que é transtorno de ansiedade? 
 
 Transtorno de ansiedade é uma doença causada pelo excesso de a ansiedade ou medo estados 
emocionais comuns do ser humano. Este transtorno mental faz com que ela tenha pensamentos negativos 
e uma série de desencadeamentos de sintomas fisiológicos e emocionais que podem prejudicar a vida 
social e rotina. Os transtornos de ansiedade Além disso, podem aumentar a chance de desencadear 
doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes, além de ganho de peso, gordura abdominal e aumento da 
pressão arterial. Esses sintomas podem ser tão intensos que, muitas vezes, as pessoas buscam ajuda 
médica acreditando estar com problemas no coração ou em algum outro órgão. 
 
 Causas da ansiedade 
 
 Predisposição genética, fatores ambiental e até mesmo histórico familiar são algumas das centenas 
possibilidades de origem da ansiedade. Enorme tabu sobre saúde mental no ambiente de trabalho 
Precisou quebrar esse tabu e isso não será feito de uma hora para a outra. Esses fatores podem gerar uma 
preocupação constante a ponto de evoluir de uma ansiedade comum e natural para um quadro mais sério 
de transtorno; 
Pensamentos disfuncionais e que normalmente as pessoas não conseguem avaliar se são verdadeiros ou 
não devido ao tempo em que esses pensamentos negativos são interiorizados na mente. Cada indivíduo é 
único, tem suas experiências e gatilhos, isso nos leva à conclusão que não podemos generalizar ou então 
colocar em uma prateleira todas as pessoas taxá-las. 
 
 Sintomas 
 Geralmente os sintomas físicos da ansiedade são os que mais assustam e que despertam a atenção da 
pessoa para buscar por tratamento. Mas a ansiedade afeta o nosso corpo, mente e desempenho de várias 
formas: 
� Sintomas emocionais: tristeza, nervosismo, irritabilidade, 
� Sintomas fisiológicos: coração acelerado, sensação de formigamento, falta de ar, sudorese, 
tontura, dor de cabeça, dores musculares, insônia 
� Sintomas comportamentais: impulsividade, agressividade, fala acelerada; 
� Sintomas cognitivos: dificuldade de concentração e tomada de decisão, preocupações 
excessivas. 
Um sentimento pertinente que faz parte da crise de ansiedade é a preocupação. Conforme os sintomas 
físicos vão aumentando, o psicológico entra em estado de alerta e tensão. Nessa hora, o fluxo de 
pensamentos é bem maior e o conteúdo desses pensamentos é sempre negativo. 
 Ansiedade normal e Ansiedade patológica 
A ansiedade é considerada uma resposta habitual do ser humano ao meio em que vive e às situações que 
vivencia. 
Do ponto de vista biológico, se ela está presente até os dias atuais como um padrão de comportamento 
humano significa que possui alguma função adaptativa. 
Além disso, a ansiedade adverte o organismo a respeito de possíveis perigos, sejam eles físicos (dor, 
cansaço, esforço, ferimentos) ou psicológicos (impotência, punição, frustração, separação). Essas 
medidas tomadas em função da ansiedade não irão garantir que esses adolescentes sejam, com certeza, 
aprovados, mas minimizarão a chance de não o serem. Até que atinge um ponto a partir do qual o 
aumento da ansiedade passa a não ser mais associado a vantagens e, sim, a prejuízos, passando a alterar o 
comportamento normal do indivíduo e a afetar negativamente sua vida. 
 Importante mencionar, no entanto, que delimitar qual é o ápice de ansiedade a partir do qual se torna 
prejudicial, ou patológica, é uma tarefa quase impossível, considerando ser a ansiedade uma experiência 
subjetiva e, portanto, altamente variável entre os indivíduos. Pode-se mesmo dizer que a linha divisória 
entre a ansiedade normal e a patológica é extremamente tênue, e sujeita a inúmeras variáveis, sendo 
praticamente impossível precisá-la. Pode provocar, naqueles que a sofrem, confusão e distorções da 
percepção temporal, espacial - em relação a pessoas e ao significado dos acontecimentos. 
 Diferentes pesquisadores afirmam que a ansiedade somente deverá ser considerada patológica e, 
portanto, alvo de intervenção médica, quando for desproporcional às possíveis causas aparentes, muito 
persistente e interferir no funcionamento global do indivíduo de maneira significativa. É primária quando 
representa a manifestação principal ou única do quadro clínico e secundária quando é resultado de outras 
doenças, de natureza psiquiátrica ou não. De forma resumida, portanto, pode-se afirmar que a ansiedade 
é um estado emocional que possui tanto componentes psicológicos (como medo persistente, preocupação, 
entre outros) como componentes fisiológicos (como taquicardia, tremores, palpitações, sudorese, entre 
outros) e que faz parte do repertório normal de experiências humanas. Passa a ser patológica, portanto, 
quando é desproporcional à possível causa, persiste por tempo muito maior do que o necessário, quando 
se repete em pequenos intervalos de tempo ou quando não existe um fato ou situação específica, para os 
quais seja direcionada. 
 
 Quais são os limites entre a ansiedade normal e a ansiedade patológica? 
 A ansiedade normal ocorre quando está explicitamente presente um motivo e guarda proporção com ele 
tanto em intensidade quanto em duração. 
A ansiedade anormal é um sentimento tão peculiar e desagradável que só mesmo quem o sente pode saber 
o quão ruim ele é. 
Ao que a sofre, a ansiedade patológica parece imotivada: ocorre sem nenhum estímulo aparente ou não 
guarda proporção com ele. 
O mais típico deles é a sensação de aperto no peito que os pacientes costumam descrever como uma garra 
comprimindo-lhes o tórax. 
Outros são: suor, tremor, fala com gagueira, "respiração curta", fala entrecortada ou ausente, tensão 
muscular excessiva, vermelhidão na face, medos exagerados, perfeccionismo, alteração do sono, medos 
irracionais, autoconsciência, lembranças ruins, insônia, roer unhas e dores inespecíficas. Três medos são 
praticamente constantes na ansiedade patológica, nenhum dos quais em geral se concretiza: 
� Medo de estar ficando louco. 
� Medo das idéias de suicídio. 
� Medo de doenças. 
Além disso, a ansiedade normal não chega a comprometer as atividades e funções fisiológicas do 
indivíduo, o que faz a ansiedade patológica. Muitas pessoas confundem os sintomas da ansiedade e 
da depressão, embora uma coisa seja totalmente distinta da outra, tanto nas suas causas como nas suas 
manifestações clínicas e no seu tratamento. 
 Transtorno de Ansiedade 
Ansiedade é um termo geral para vários distúrbios que causam nervosismo, medo, apreensão e 
preocupação. Ansiedade é uma reação que todo indivíduo experimenta diante de algumas situações do 
dia a dia, como falar em público, expectativa para datas importantes, entrevistas de emprego, vésperas de 
provas, exames de saúde entre outras. 
 
Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade normais, adaptativos,por serem 
excessivos ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento. Assim, eles diferem 
do medo ou da ansiedade provisórios, com freqüência induzidos por estresse, por serem persistentes. 
 De acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais) os 
transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade 
excessivos e perturbações comportamentais relacionadas. Medo é com mais freqüência associado a 
períodos de excitabilidade aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e 
comportamentos de fuga. Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como 
um tipo particular de resposta ao medo. 
 
 Transtorno de Ansiedade de Separação 
O sintoma cardinal é um significativo ou inapropriado sofrimento adquirido, ou medos irreais e 
excessivos, após a separação de entes próximos (usualmente pais) ou até do lar (American Psychiatric 
Association, 2000). Existem três características chaves do transtorno de ansiedade de separação: 
� Medos excessivos e persistentes ou preocupações antes e no momento da separação 
� Sintomas comportamentais e somáticos antes, durante e depois da separação; e 
� Evitação persistente ou tentativas de escapar da situação de separação. 
Criança preocupa-se que algo ocorra aos seus pais (por exemplo, que eles desapareçam, se perca ou se 
esqueçam dela) ou que ela mesma venha a se perder, ser raptada ou morta se ela não estiver próxima aos 
seus pais. 
Sintomas comportamentais incluem choro, agarramento aos pais, queixas sobre separação, 
 
Sintomas físicos são similares àqueles comuns em um ataque do pânico ou transtorno de somatização, tais 
como: 
� Dores de cabeça 
� Dor abdominal 
� Desmaios, vertigens, tonturas Ansiedade de Pesadelos, dificuldades para dormir 
� Náusea, vômitos 
� Câimbras, dores musculares 
� Palpitações, dor torácica. 
 
Por causa destes sintomas físicos, TAS é uma causa freqüente de abstinência escolar e de múltiplas visitas 
ao médico da família ou pediatra para descartar um problema clínico. A apresentação clínica difere de 
acordo com idade do paciente. Crianças mais novas descrevem ter pesadelos sobre temas de separação 
mais freqüentemente do que crianças mais velhas. Também, em comparação com adolescentes, crianças 
geralmente mostram mais freqüentemente um sofrimento extremo após a separação. Elas freqüentemente 
exibem comportamentos de oposição como temperamentos de teimosia na situação de separação. 
Adolescentes com TAS têm queixas físicas mais freqüentes nos dias de escola. Situações em que os 
sintomas de ansiedade de separação podem aparecer são quando a criança: 
� É deixada na creche 
� Entra na escola 
� Pega o ônibus escolar 
� É orientada a ir para a cama 
� É deixada em casa com babás 
� Inicia o acampamento de verão 
� Muda o ambiente familiar 
� Passa uma noite fora de casa com amigos e parentes 
� Vivencia a separação dos pais ou divórcio 
 
Os sintomas aparecem apenas em dias de escola e usualmente desaparecem assim que os pais decidem 
que a criança ficará em casa. 
Também, em comparação com adolescentes, crianças geralmente mostram mais freqüentemente um 
sofrimento extremo após a separação. 
Vivencia a separação dos pais ou divórcio Os sintomas de ansiedade de separação aparecem mais 
freqüentemente em situações como mudança de escola, início de um novo período escolar (depois das 
férias de verão, ou ao iniciar o ensino médio), mudança de amigos, ao experimentar eventos adversos 
como ser alvo de bullying, ou ao sofrer de enfermidade médica. 
 
Os critérios diagnósticos para TAS incluem: 
� Presença de pelo menos 3 dos 8 sintomas de ansiedade possíveis que aparecem durante situações 
de separação (ex.: separação de casa ou de entes próximos importantes, medo de se perder ou 
medo de um possível dano acontecer aos entes próximos ; relutância ou recusa em ir à escola, ou 
ficar sozinho ou ficar sem algum ente próximo, etc). 
� Sintomas devem estar presentes durante as últimas quatro semanas, e devem começar antes dos 
18 anos de idade. 
� Sintomas causam pelo menos prejuízo moderado e não são melhor explicados por outro 
transtorno psiquiátrico. 
 A maior modificação proposta pela DSM-V é que o TAS seja realocado da categoria “transtornos 
usualmente presentes na infância ou adolescência” para a categoria geral de “transtornos de ansiedade” 
junto com os outros transtornos de ansiedade que são diagnosticados em crianças e adultos. No CID-10, o 
TAS é chamado de “ansiedade de separação da infância”. Ele está incluído na seção das “desordens 
emocionais com início específico na infância” que incluem transtorno de ansiedade fóbica na infância e 
transtorno de ansiedade social na infância, dentre outras. 
 Epidemiologia 
 Poucos estudos epidemiológicos têm sido publicados e a maioria contém limitações metodológicas e 
vieses, logo dados são escassos. Em um estudo de pesquisa de comorbidade nacional recentemente 
publicado, Kessler et al (2011) descobriu que os transtornos de ansiedade são os tipos de transtornos mais 
comuns de maneira geral (seguido de transtornos de comportamento, humor, e transtornos por uso de 
substâncias), e que o TAS era o transtorno de ansiedade mais comum em crianças, mas apenas o sétimo 
mais comum durante a vida por ser frequentemente solucionado antes da adolescência. Idade de início e 
curso Os sintomas de ansiedade de separação dos pais ou de entes de maior apego são marcos do 
desenvolvimento normais em crianças Sofrimento de separação de entes próximos nas crianças é um dos 
comportamentos evolutivos mais fortemente preservados (Shear et al, 2006). 
Sintomas de ansiedade da separação usualmente têm pico entre nove e treze meses de idade, decrescem 
usualmente depois dos dois anos de idade, com aumento dos níveis de autonomia por volta dos três anos 
de idade. 
 Sintomas de ansiedade de separação podem aumentar novamente a partir dos quatro aos cinco anos de 
idade, usualmente quando a criança inicia a escola (Costello et al, 2005; 
persistência de ansiedade de separação normal (via transmissão genética e pelo fato de pais ansiosos 
poderem reduzir as oportunidades de separações, diminuindo. 
 Pelo fato de os sintomas de ansiedade de separação serem parte do desenvolvimento normal antes dos 
cinco anos de idade, um diagnóstico clínico de TAS é raramente justificado antes disso. 
 Aumenta especificamente o risco de transtorno do pânico e de agorafobia em adultos, principalmente 
por causa de suas similaridades clínicas (Biederman et al, 2005). 
Isto é sustentado com base em estudos fisiológicos, que mostram uma sensibilidade aumentada à 
exposição a dióxido de carbono em crianças com TAS assim como em pacientes com transtorno do 
pânico (Pine et al, 2000). Ver sessão de tratamento (abaixo), preditores de remissão são: menor idade, 
status não minoritário, baixa gravidade da ansiedade basal, ausência de outros transtornos internalizantes 
(ex.: ansiedade, depressão), e ausência de fobia social. 
 
 Etiologia 
 Estudos demonstram que ambos os fatores biológicos e ambientais exercem algum papel, fatores 
ambientais podem ter uma influência mais forte em TAS do que em outros transtornos de ansiedade 
infantis. 
 A maioria dos fatores etiológicos propostos está mais associada com transtornos de ansiedade em geral 
do que com TAS especificamente. 
Há um amplo consenso de que a interação entre diferentes fatores, biológicos e ambientais, aumenta o 
risco de transtornos de ansiedade. 
 Por exemplo, a interação entre uma mãe com pouca tolerância à ansiedade e uma criança com inibição 
comportamental aumenta a probabilidade de resultar em ansiedade na criança. Um estudo de larga escala 
com gêmeos sugeriu uma influência genética significativa para TAS, apontando para herdabilidade em 
torno de 73% (Bolton et al, 2006). A maioria dos estudos sugere que os transtornos de ansiedadeocorrem em famílias (Pine, 1999), e que a pessoa pode herdar vulnerabilidade para qualquer transtorno de 
ansiedade mais do que para um transtorno de ansiedade específico. 
 Alguns pesquisadores têm relatado uma associação entre transtorno do pânico nos pais e TAS nos 
descendentes (Biederman et al, 2004) embora isto não tenha sido confirmado. Psicológicos Processos 
psicológicos tais como condicionamentos ao medo consistem na essência dos transtornos de ansiedade. 
Estes são produtos de genes e ambiente no funcionamento de regiões do cérebro envolvidas nos circuitos 
do medo e da recompensa (amígdala, córtex orbital frontal, e córtex cingular anterior). 
 Fatores Ambientais Muitos dos fatores de risco ambientais derivam de estudos epidemiológicos 
transversais (que não podem demonstrar a relação de causa-efeito) (Pine & Klein, 2008). Biederman et 
al, 2001), não apenas por causa dos medos das crianças com sua própria segurança, mas também com a 
segurança da mãe após a separação. 
 A Inibição Comportamental reflete uma tendência consistente para demonstrar medo e retirada em 
situações não familiares que a criança tenta evitar. 
Estas crianças são mais propícias do que aquelas não inibidas para exibir níveis significativos de 
ansiedade de vários tipos, incluindo TAS (Kagan et al, 1988). 
 
 Mutismo Seletivo 
 Crianças muito quietas, que na escola falam pouco com os colegas e têm dificuldade para responder às 
perguntas do professor, costumam ser classificadas de tímidas. 
Em casa essas crianças conversam normalmente com os pais e brincam com os irmãos, entretanto, quando 
um adulto de fora do círculo familiar ou outra criança estranha lhes dirige a palavra, elas permanecem 
mudas. 
 Segundo divulgado pela revista Veja (edição de 10 de maio de 2006), até há pouco tempo pensava-se 
que esse distúrbio atingia uma em cada 1 000 crianças, mas recentemente, um estudo desenvolvido pela 
American Academy of Child and Adolescent Psychiatry mostrou que essa proporção é de sete para 1 000, 
o que torna o mutismo seletivo duas vezes mais freqüente do que o autismo. 
 Trata-se de uma situação caracterizada pela recusa da criança em falar em determinados locais, 
principalmente locais públicos ou diante de pessoas que não seja de sua intimidade, como por exemplo, 
na escola, na presença de pessoas estranhas, no ambiente social. 
 Em 1934, Tramer usou o termo mutismo eletivo para crianças que somente se comunicavam em 
determinadas situações e com pessoas específicas, mas não falavam na maior parte das situações sociais. 
Os primeiros sintomas de mutismo seletivo são geralmente percebidos entre um a três anos de idade e 
incluem timidez, relutância para falar em algumas situações e um das pessoas estranhas. 
 Epidemiologia 
 A prevalência encontrada é de 0,3 a 0,8 em 1.000 crianças. É mais prevalente em meninas. Pela baixa 
prevalência pode ser encontrado em menos de 1% da população psiquiátrica. Já o mutismo transitório, 
que acontece quando a criança entra na escola atinge 07 em cada mil crianças 
 
 Etiologia 
 Atualmente existem muitas críticas quanto ao uso do termo “mutismo seletivo”, pois passa a falsa 
idéia que a criança escolhe propositalmente não falar, enquanto, na verdade, não se sente segura para se 
comunicar em determinados espaços e situações. 
 Genética também tem um peso importante: estatísticas mostram que muitas crianças afetadas pelo 
transtorno têm um parente próximo com histórico de transtornos emocionais e a patologia é mais 
encontrada nos filhos de pais tímidos ou distantes. 
 Influência do comportamento dos pais nos relacionamentos com outras pessoas, bem como suas 
alterações de humor podem dar à criança impressões problemáticas sobre o relacionamento humano, 
gerando certa ansiedade fóbica social. 
 Importante lembrar que as crianças com mutismo seletivo após imigração para país com outra língua 
não pode recebe esse diagnóstico, já que o fato pode ocorrer em resposta ao isolamento social que a 
língua estrangeira proporciona e mesmo, principalmente, pelo choque cultural. 
 Critérios Diagnósticos 
 As crianças com mutismo seletivo são capazes de compreender, falar e produzir linguagem em 
ambientes limitados, ou seja, em casa pode se comunicar normalmente como também falar ao telefone 
com colegas. 
 Alguns comportamentos podem estar associados ao mutismo seletivo, como por exemplo, dificuldade 
de olhar olho no olho, expressão facial pouco expressiva, certa imobilidade psicomotora fora do ambiente 
familiar. 
 Outras características comportamentais podem estar associadas ao mutismo seletivo: timidez excessiva, 
dependência dos pais, acessos de birra, agressividade, isolamento social, tristeza, excessiva rigidez e 
perfeccionismo, além de evitar o contato olho no olho já comentado. 
 As características comportamentais do núcleo familiares mais observadas em casos de mutismo seletivo 
seriam comportamento de super proteção familiar, conflitos psicológicos não resolvidos, traumas 
anteriores envolvendo perda por mortes, separação, etc. Pouco envolvimento paterno, excessiva 
dependência dos pais pelo fato de não falar. 
 
Alguns pontos que devem ser entendidos em relação ao mutismo seletivo: 
• Estas crianças entendem o idioma falado e têm a habilidade para falar normalmente, 
• Em casos típicos, eles falam com os pais e selecionam outras pessoas com as quais irão 
manter contato verbal, 
• Às vezes, eles não falam com certos indivíduos do circulo familiar, 
• A maioria não pode falar na escola, e em outras situações longe do convívio familiar, 
• A maioria aprende, sem maiores problemas, aquilo que é adequado para sua idade escolar, 
• Muitos participam de atividades não verbais, especialmente em locais onde tem dificuldade 
em verbalizar, 
• O comportamento retraído não é geralmente óbvio até que a criança comece freqüentar a 
escola, 
• Estas crianças podem responder, ou fazer suas necessidades conhecidas, acenando com a 
cabeça, apontando, ou permanecendo imóveis até que alguém "adivinhe" o que eles querem, 
• A maioria destas crianças expressa um grande desejo para falar em todas as situações, mas é 
incapaz devido à ansiedade, medo, timidez e embaraço, 
• Às vezes, a criança é vista como tímida e é suposto que a timidez é temporária e será 
superada. 
 Diagnóstico diferencial 
Nenhuma dessas condições apresenta o padrão característico do mutismo seletivo: 
-Retardo Mental 
-Transtornos invasivos do desenvolvimento (ex. Autismo, Síndrome de Asperger) 
-Transtornos de expressão da linguagem 
-Fobia social 
-Depressão 
-Transtorno de ajustamento 
-Condições orgânicas (drogas, transtornos neurológicos) 
 Transtorno de Ansiedade Especifica 
 Transtornos fóbicos específicos consistem em medos persistentes, irracionais e intensos (fobias) de 
situações, circunstâncias ou objetos específicos. Os medos provocam ansiedade e esquiva. As causas das 
fobias são desconhecidas. Os transtornos fóbicos são diagnosticados com base na história. O tratamento é 
principalmente com terapia de exposição. 
 Uma fobia específica consiste em medo e ansiedade diante de situação ou objeto em particular (ver 
tabela Algumas fobias comuns*). A situação ou o objeto é geralmente evitado quando possível; mas, 
caso a exposição ocorra, a ansiedade se desenvolve rápido. A ansiedade pode se intensificar até o nível 
de ataque de pânico. As pessoas com fobia específica normalmente reconhecem que seu medo é 
irracional e excessivo. 
 As fobias específicas são os transtornos de ansiedade mais comuns. Algumas das mais comuns são 
medo de animais (zoofobia), de altura (acrofobia) e de tempestades (astrofobia ou brontofobia). As 
fobias específicas afetam cerca de 13% das mulheres e 4% dos homens em qualquer período de 12 
meses. Algumas causam poucos inconvenientes, por exemplo, quando moradores de uma cidade têm 
medo de cobras (ofidiofobia), a menos que eles sejam solicitadosa ir a uma área em que cobras são 
encontradas. Mas outras fobias interferem seriamente no funcionamento, por exemplo, quando as 
pessoas que devem trabalhar em um andar alto de um arranha-céu têm medo de locais confinados, 
fechados (claustrofobia), como elevadores. Medo de sangue (hemofobia), injeções (tripanofobia), 
agulhas e outros objetos cortantes (belonofobia) ou ferimentos (traumatofobia) ocorrem em algum grau 
em pelo menos 5% da população. As pessoas com fobia de sangue, agulhas ou ferimentos, diferente 
daquelas com outras fobias ou transtornos de ansiedade, podem realmente desmaiar em razão de 
reflexo vasovagal excessivo que produz bradicardia e hipotensão ortostática. 
 Critério Diagnóstico 
 O diagnóstico é clínico e baseia-se nos critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders, Fifth Edition (DSM-5). 
Os pacientes apresentam 
• Pacientes com medo acentuado persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade sobre uma situação ou 
objeto específico 
Além disso, os pacientes têm todos os seguintes: 
• A situação ou o objeto quase sempre provoca medo ou ansiedade imediato. 
• Pacientes evitam ativamente a situação ou objeto. 
• O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real (levando em conta as normas 
socioculturais). 
• O medo, a ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam muito o 
funcionamento social ou ocupacional. 
Além disso, o medo e a ansiedade não podem ser mais corretamente caracterizados como um 
transtorno mental diferente (p. ex., agorafobia, ansiedade social, transtorno de estresse). 
 Transtorno de ansiedade social ( Fobia Social) 
 Consiste em medo e ansiedade de se expor a certas situações sociais ou de desempenho. Tais 
situações são evitadas ou enfrentadas com ansiedade substancial. 
A fobia social afeta cerca de 9% das mulheres e 7% dos homens durante período de 12 meses, mas a 
prevalência ao longo da vida pode ser de pelo menos 13%. Os homens são mais propensos do que as 
mulheres a também ter transtorno de personalidade esquiva, que pode ser considerado um transtorno de 
ansiedade suficientemente grave e persistente para influenciar a personalidade da pessoa. 
O medo e a ansiedade das pessoas com fobia social freqüentemente giram em torno do sentimento de 
vergonha ou humilhação caso não correspondam às expectativas das pessoas, ou seja, julgadas por 
outras pessoas nas interações sociais. Muitas vezes, a preocupação é que a ansiedade torne-se aparente 
por meio de sudorese, rubor, vômitos ou tremores (às vezes expresso como voz trêmula) ou que a 
capacidade de manter a linha de raciocínio ou de achar palavras para se expressar seja perdida. Em 
geral, a mesma atividade realizada sozinha não produz ansiedade. 
As situações em que a fobia social é comum incluem falar em público, atuar em um desempenho teatral 
ou tocar um instrumento musical. Outras situações potenciais incluem comer com outras pessoas, 
conhecer novas pessoas, conversar, assinar um documento na frente de testemunhas ou usar banheiros 
públicos. Um tipo mais generalizado de fobia social produz ansiedade em uma ampla variedade de 
situações sociais. 
A maioria das pessoas reconhece que seus medos são irracionais e excessivos. 
 
 Critério Diagnóstico 
O diagnóstico é clínico e baseia-se nos critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders, Fifth Edition (DSM-5). 
Para atender os critérios do DSM-5 para o diagnóstico, os pacientes devem ter 
• Medo acentuado e persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade em uma ou mais situações sociais em 
que podem ser julgadas por outras pessoas. 
O medo deve envolver uma avaliação negativa por outras pessoas (p. ex., de que os pacientes serão 
humilhados, envergonhados ou rejeitados ou ofenderão outros). Além disso, todos os seguintes devem 
estar presentes: 
• As mesmas situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
• Pacientes evitam ativamente a situação. 
• O medo ou a ansiedade é desproporcional à ameaça real (levando em conta as normas 
socioculturais). 
• O medo, a ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam muito o 
funcionamento social ou ocupacional. 
Além disso, o medo e a ansiedade não podem ser caracterizados mais corretamente como um 
transtorno mental diferente (p. ex., agorafobia, transtorno do pânico, transtorno dismórfico corporal).

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