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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DO JÚRI DA COMARCA DA CAPITAL.
 
 
Processo-Crime nº xxxxxxxxxx 
GILMAR FRAGOSO, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, movida pelo Ministério Público Estadual, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, perante Vossa Excelência, tempestivamente, interpor o presente 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com fundamento no Artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal, em face da decisão de pronúncia de fls…
Caso Vossa Excelência entenda por manter a decisão de pronúncia, requer o recebimento e processamento do presente recurso a ser remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as inclusas razões.
Nestes termos, 
pede e espera deferimento.
São Paulo, 30 de Abril de 2018. 
 
MARIA PAULA DUARTE
OAB n°xxxx – SP
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: GILMAR FRAGOSO
Recorrido:Ministério Público
Processo-Crime nº: xxxxx
Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
DOUTOS DESEMBARGADORES
Em que pese o ilibado saber jurídico do Juízo “a quo”, não merece prosperar a referida decisão, sendo imperiosa a reforma por este Tribunal “ad quem”, pelas razões a seguir expostas:
I –DOS FATOS
 O réu recorrente foi pronunciado com incurso no artigo 121, § 2º, II e IV do Código Penal , conforme exposto na denúncia pelo crime de homicídio qualificado, pois no dia 20 de março de 2018 por volta das 18h30 na Ponte da Vila Guilherme, no Bairro Vila Guilherme, em São Paulo, teria empurrado a então vítima Fernando Silva, fazendo-o cair no Rio Tietê e desaparecer. O réu segundo a defesa teria agido com traição pegando o ofendido por trás, e também supôs que o real motivo era fútil já que consistia me desavença de briga anterior por torcida de futebol.
No entanto, não merece respaldo a decisão de pronúncia proferida pelas razões de mérito a seguir. 
III - DO DIREITO 
A decisão de pronúncia não pode prevalecer. Visto que o artigo 413, caput, do Código de Processo Penal estabelece 2 requisitos para levar o caso e determinar julgamento pelo Tribunal do Júri : prova da existência do delito e indícios suficientes de autoria. 
Não existem provas suficientes para provar tal autoria e infração penal, já que como visto a vítima caiu no Rio e desapareceu. Podendo estar viva, pois não foi encontrado seu corpo, sendo assim, também não sendo submetido a exame pericial obrigatório como traz o art.158 do Código de Processo Penal. 
É uma decisão duvidosa o encaminhamento para Tribunal do Júri sem a prova explícita da morte da vítima. Também não se fala sobre a vítima não saber nadar ou ter algum problema que a impedisse de tal. Por isso enxergasse a inexistência de prova da materialidade. 
No que tange a autoria jamais nega o réu ter lutado corporalmente com a vítima e esta ter caído nas águas. O próprio sendo sincero admitiu este fato. Mas deixou claro sua total legítima defesa. Houve desentendimento com ambos anteriormente, por questões banais. Porém foi Fernando quem perseguiu o acusado sobre a Ponte da Vila Guilherme, quando o réu se dirigia para casa. O ofendido chegou por trás e deu soco no réu e entraram em luta corporal. Provavelmente por isso a vítima se desequilibrou e caiu no rio. 
A testemunha Sr. Rita Souza presenciou a cena e confirma integralmente a versão dada pelo réu, comprovando sem dúvidas a legítima defesa.
Caso mantida a pronúncia deve se afastar as qualificadoras, não houve motivo fútil, pois não se configura quando há discussão entre vítima e réu : 
TJSP: "A torpeza da idéia de malvadeza, razão soez, baixa moral, cupidez, vileza. Inexiste, pois, quando o motivo do crime foi desinteligência sobre prestação de serviço"(RT 523/365.
TJMT: "A discussão antes do evento criminoso faz desaparecer o motivo fútil e a luta corporal, na qual a vítima portava um pedaço de pau e o réu uma faca, afasta o meio cruel e o recurso que torne impossível a defesa do ofendido"
TJSP: "A jurisprudência tem negado a qualificação do motivo fútil quando o homicídio vem precedido de animosidade e atritos entre o réu e a vítima, antecedente psicológico não desproprcionado, ainda que injusto" (RT 436/350)
Também é ilógico se falar de ataque na traição já que houve luta corporal entre os dois. Podendo assim se afastar as qualificadoras. 
Com efeito, deve assim ser afastada a pronúncia imposta, tendo em vista que inexiste prova suficiente da materialidade para tal.
Portanto deve ser imperiosa a absolvição sumária do acusado ou, afastando as qualificadoras pois assim se fará justiça. 
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a Vossa Excelência o recebimento e provimento do presente recurso com a aplicação da absolvição sumária do réu, ou ao menos, afastar as qualificadoras, remetendo-se os autos para o juiz competente para processamento e julgamento, por ser medida de inteira justiça.
Nestes termos, 
pede e espera deferimento.
São Paulo, 30 de Abril de 2018. 
 
MARIA PAULA DUARTE
OAB n° xxx- SP

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