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Caso Concreto Prática 4 (aula 12) (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA/PR 
 
Processo nº: ... 
 
LEONARDO, qualificação completa, por seu advogado devidamente constituído, 
conforme instrumento de mandato em anexo,com endereço profissional à..., nos autos da 
AÇÃO INDENIZATÓRIA, movida em face de GUSTAVO, qualificação completa, 
inconformado com a respeitável sentença de fls.__, vem, perante este juízo, interpor 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
Ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as razões em 
anexo, assim como o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo da 
presente peça recursal. 
Diante do exposto, requer ainda seja o presente recurso recebido no duplo 
efeito, com fulcro no artigo 1012, caput do CPC, remetendo os autos à Superior Instância. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Curitiba, 27 de janeiro de 2009. 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
APELANTE: LEONARDO 
APELADAS: GUSTAVO 
AÇÃO: INDENIZATÓRIA 
 
PROCESSO Nº: ... 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL, Merece anulação e reforma a respeitável sentença proferida 
pelo juiz de primeiro grau, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
DA TEMPESTIVIDADE 
 
Esclarece o Apelante que a interposição do presente recurso encontra-se em absoluta 
conformidade com os artigos 219, 224 e 1003, §5º do Código de Processo Civil, quanto à 
contagem de prazo, tendo sido interposto no prazo de 15 dias. 
 
DOS FATOS 
 
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com 
pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido 
atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. 
Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de 
Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, 
Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. 
Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo 
hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes 
fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na 
farmácia. 
Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque 
ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, 
ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com 
medicamentos. 
Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas 
declararam que a mureta da casa de Leonardo média cerca de um metro e vinte 
centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. 
O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a 
indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o 
proprietário do animal falhará em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia 
que o autor alegou ter gasto com medicamentos. 
Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, 
Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
A) NULIDADE DA SENTENÇA 
 
Inicialmente, cabe salientar que o magistrado, ao proferir a sua sentença, além de 
condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no 
valor total de R$ 5.000,00, também o condenou ao pagamento de indenização por danos 
morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, no valor de R$ 6.000,00. 
corre que em nenhum momento o apelado pleiteou dano moral ao apelante, sendo assim, 
essa parte da sentença extra petita, uma vez que o juiz concedeu algo distinto do pedido 
formulado na inicial pelo apelado, isto é, o dano moral em momento algum foi pleiteado pelo 
apelado em sua exordial. 
 
B) NEXO DE CAUSALIDADE 
 
Ademais, cabe esclarecer que o animal do apelante apenas avançou no apelado, 
causando as lesões que este alega ter sofrido, uma vez que o mesmo jogava pedra no 
animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme preceitua o artigo 936, do 
CC/02, que dispõe que o dono, ou o detentor, do animal ressarcirá o dano por este 
causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 
Alega ainda o apelado que, em face do ocorrido, gastou R$ 3.000,00 em 
atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, porém, os gastos com 
medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, alegando tê-los esquecido 
de pegá-los na farmácia, sendo assim não há a sua comprovação desses gastos, não há 
que se falar em indenização dos mesmos. 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a este Egrégio Tribunal: 
 
1) Conheça o recurso ora interposto e lhe dê provimento para reformar parcialmente a 
sentença proferida pelo magistrado para julgar improcedente o pedido de indenização por 
danos materiais no valor de R$ 5.000,00, e anular a outra parte da sentença que condenou 
o apelante em indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00, uma vez que estes 
jamais foram pleiteados pelo apelante; 
2) A intimação do Apelado para, querendo, oferecer suas contrarrazões; 
3) A condenação do Apelado ao ônus da sucumbência. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data. 
ADVOGADO 
OAB/UF

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